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História Medicine - Conqueror


Escrita por: leonhardtprice

Notas do Autor


Música do capítulo: Conqueror - Aurora

Avisos de gatilho do capítulo: TEPT, Abuso.

Capítulo 10 - Conqueror


Chapter X – Conqueror

13 de novembro de 2013

Ela podia ver o sangue da outra garota escorrendo pelo piso gelado, suas pupilas dilatadas de modo que mal podia ser visto o que restava de azul em seus olhos. O contraste não se dava apenas entre o vermelho e o azul – o sangue escorria colorindo os fios azuis da garota punk, saindo de sua testa e caindo pelo seu rosto pálido – mas também entre uma cor sem nome, ou uma falta dela, que apenas a morena sentia que poderia ver naquele momento. Era a cor da morte.

“Nós seríamos uma ótima dupla, sabia?”

Max apenas moveu seu olhar, voltando seu foco para o homem a sua frente. Não havia palavras que pudessem descrever o que a morena sentia, uma vez que angústia era relativamente pouco para tudo aquilo. Mil e uma formas das quais poderia usar para matá-lo e ver o sofrimento nos olhos dele a cada minuto mais próximo da morte passaram pela cabeça de Maxine em questões de segundo.

Não era apenas raiva. Era nojo. E ela já não se preocupava mais em controlar seus pensamentos lúgubres.

“Poderíamos fazer muito juntos. Seríamos ótimos. E não apenas com a fotografia.” Jefferson disse, sua voz equilibrada enquanto dava um pequeno sorriso de canto. “Mas suas escolhas te trouxeram até aqui, infelizmente. Você teria muito potencial, Max. Ainda que ingênua, não é infantil como as outras.”

“Você dizia isso pra Rachel quando manipulava ela também? Como se magicamente fizesse dela uma adulta?” A morena falou, fulminando o homem com o olhar. Ele soltou uma sarcástica risada antes de responder.

“Idade é só um número.” Ele sorriu de canto. “E pare de ser estúpida, Max. Ela queria, sempre quis. Se eu a manipulei foi porque ela permitiu isso, não é mesmo?”

Foram questões de segundos nos acontecimentos seguintes, enquanto Maxine cuspia em direção ao homem que estava relativamente próximo, e sentia a mão gelada do mesmo golpeando seu rosto.

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Chloe se moveu lentamente na cama, acordando ao sentir um movimento brusco ao seu lado. Ela abriu os olhos a tempo de ver a expressão de angústia no rosto de Max, que ainda dormia, enquanto suas sobrancelhas estavam franzidas. A respiração da morena começou a ficar mais ofegante, e a garota de cabelos azuis percebeu que se tratava de mais um pesadelo, ainda que aparentemente não tão desagradável quanto os outros costumavam ser.

“Ei, Max...” Ela disse, sua voz baixa enquanto se movia lentamente e tentava acordar a garota cuidadosamente.

Maxine esfregou os olhos, virando-se e abraçando Chloe. Ela não precisou falar nada sobre seu pesadelo para que a garota punk soubesse que tinha a ver com ela: a morena sempre a abraçava daquela forma familiar quando sonhava com ou se recordava das imagens da garota de cabelos azuis sangrando, sua vida se esvaindo de seus olhos, de sua pele, de seu corpo.

Segurar Chloe daquele jeito era como uma forma de lembrar sua própria mente do fato de que ela estava ali com ela, e acima de tudo viva. Pouco a pouco os batimentos cardíacos de Max foram abaixando, a garota se acalmando enquanto tentava retomar sua respiração de forma correta.

“Eu não consigo dormir.” Maxine disse ainda segurando Chloe, deitada com a cabeça no pescoço da garota punk enquanto sentia seu cheiro.

“Eu sei.” A garota de cabelos azuis respondeu, a apertando mais fortemente. Ela não apenas estava com dificuldades para dormir, como também ficava acordada por um bom tempo, geralmente preocupada com Max, e sabia que não era fácil para a morena conseguir pegar no sono – e quando conseguia, acordava rapidamente com cada pesadelo que tinha. “Eu tô aqui. Com você.”

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Max acordou algumas horas depois, percebendo que Chloe já estava acordada ao seu lado, jogando algum jogo qualquer em seu celular. A garota punk desligou a tela ao perceber o movimento da morena, virando-se e sorrindo para ela. Maxine podia ver nos olhos azuis da garota aquele olhar que ela conhecia muito bem quando Chloe Price tinha algo a lhe falar. Ela apenas sorriu de volta, esperando que a garota de cabelos azuis dissesse sem que ela tivesse de perguntar.

“Eu tava pensando,” Chloe começou a dizer, e o sorrido de Maxine não pôde deixar de aumentar quando a morena confirmou suas suposições. “A gente poderia dar uma volta hoje. Você escolhe o lugar. Eu sei que lugares muito cheios não têm te deixado confortável, então...”

Max sorriu. Eram poucas as pessoas que se importavam com os limites (físicos e psicológicos) dela ou que sequer o tomavam como válidos. Chloe sempre havia a entendido naquela – e em várias outras – questões, mais até mesmo que seus pais, que por vezes não só achavam que os remédios para a ansiedade mudariam aquilo (e vários outros aspectos do Asperger) na garota, mas também costumavam dizer que Maxine deveria ‘enfrentar seus limites’, como se aquilo fosse ter outro resultado além de um ataque de pânico no meio de lugares cheios. Tudo aquilo só acabou fazendo com que a morena passasse a recusar passeios e ficasse em casa por muito tempo quando passaram a deixá-la ficar sozinha.

“É uma boa ideia. Como é quarta-feira, talvez o parque aqui perto não esteja tão cheio assim.” Ela disse com um sorriso genuíno no rosto.

“Mas antes, eu tô cagada de fome então vou pra cozinha fazer alguma coisa pra gente comer.” A garota de cabelos azuis disse, tirando uma risada de Max, que tirava a franja de seus olhos enquanto observava alguns papéis em cima de sua escrivaninha. Eram alguns desenhos de Chloe, e um especificamente chamou sua atenção. Era um cervo, com algumas flores – que ela deduziu serem crisântemos. A garota punk percebeu que os desenhos haviam chamado a atenção da morena, e se aproximou, arrumando seus cabelos azuis com as mãos num implícito ato de timidez.

“Eu tava desenhando ontem.” Ela explicou, dando de ombros. “Sei lá, fiquei com vontade.”

“Estão lindos, Chloe. Sério.” Max disse, ainda olhando os desenhos na mesa e imersa em todos os sentimentos que eles lhe passavam.

“Você acha mesmo?” A garota de cabelos azuis perguntou, e Maxine assentiu, sorrindo. Chloe pôde ver nos olhos dela que ela estava sendo sincera. “Bem, nesse caso vou confiar. Talvez eu até consiga arrumar algum dinheiro com isso algum dia, quem sabe.” Ela continuou, dando de ombros e oferecendo um leve sorriso para a morena.

Aquela seria de fato uma ótima ideia, e mesmo sabendo sobre a antiga paixão de Chloe por biológicas, Max conseguia ver a garota punk trabalhando com aquilo. Ela sempre havia sido boa desenhando.

As garotas desceram as escadas, indo em direção à cozinha, porém Max não conseguiu conter seu ímpeto de ligar a televisão no canal de notícias. Felizmente para o psicológico – já abalado ao máximo – da morena, não havia nada sobre Arcadia Bay sendo noticiado por enquanto. Aparentemente toda a agitação da mídia quanto a tudo aquilo havia diminuído um pouco, e isso levou à Maxine mais um pensamento intrusivo: quando informações sobre Mark Jefferson e o que ele havia feito começassem a ser divulgadas. Ele era renomado e respeitado por muitos. Seria a palavra dele contra a de alguns policiais de uma cidade pequena e de garotas adolescentes.

Max pôde sentir seu estômago revirar em um aparente início de gastrite ao relembrar a possibilidade de Jefferson estar vivo. De aquele pesadelo não ter acabado, do homem ir atrás dela, de Chloe. O sentimento de não estar segura em nenhum momento, de acreditar que está sendo constantemente vigiada e seguida. Nenhuma terapia quando criança poderia ter a preparado para o peso moral e psicológico de tudo que estava sentindo e que não conseguia expressar – e para muitos não podia.

“Max.” Chloe disse, sua voz ligeiramente alta vinda da cozinha para que a morena a escutasse. Ela aparentemente não havia nada específico para dizer, mas o barulho da televisão chamou sua atenção e a garota de cabelos azuis simplesmente queria tirar Maxine do meio daquilo tudo, pelo menos que por algum tempo. Ela estava fazendo isso com certa frequência nos últimos dias.

A morena se dirigiu à cozinha após desligar a televisão, ouvindo o barulho de algo sendo fritado – que constatou ser bacon após sentir o cheiro tão familiar e adorado por ela – e passando por Chloe ao ir em direção a alguns armários, se esticando um pouco para conseguir abrir as portas e alcançar a caixa de remédios, a fim de pegar um comprimido de seu – tão famigerado para ela ultimamente – remédio para depressão.

Aquele era mais um dos momentos em que Max começava a se distrair aos poucos no meio de ações tão simples como engolir sua pílula enquanto tomava alguns goles d’água. Ela simplesmente se desligava mentalmente enquanto ouvia o barulho da frigideira e os carros passando do lado de fora, ao mesmo tempo em que aproveitava a textura agradável do copo de vidro e observava os cabelos bagunçados de Chloe, uma mistura de loiro e o que ela acreditava ser roxo, que desciam da raiz em fios azuis no resto do cabelo.

Foi em um ato involuntário que a morena deixou o copo em cima da bancada, se aproximando de Chloe e a abraçando por trás de uma maneira que só poderia demonstrar certo desespero daqueles momentos em que vem à tona o receio e a preocupação de perder algo que lhe significa absolutamente tudo.

Aquilo surpreendeu a garota punk, que dentro de alguns segundos desligou o fogão, deixando a espátula de lado e virando-se, e Maxine pôde jurar sentir o coração de Chloe acelerando. Ela puxou o corpo de Max para ainda mais perto do seu e a apertando fortemente enquanto fechava os olhos ao deitar sua cabeça na da garota mais baixa.

Não demorou muito para que elas estivessem terminando de comer seu café da manhã – que consistiu em bacon, ovos, mais bacon, café com leite e... bacon. Não que a falta de variedade fosse algo ruim para as garotas, não quando se tratava de bacon pelo menos. Poderia ser algo ligeiramente clichê, mas não havia uma viagem juntas que elas faziam quando crianças que não incluísse cafés da manhã com excesso de bacon.

Max tentava controlar a quantidade de comida que pegava, uma vez que tendia a descontar sua ansiedade naquilo às vezes – isso quando não estava tendo crises de gastrite, claro. Já Chloe havia comido consideravelmente bem, distraída enquanto sua mente se enchia de mais e mais pensamentos sobre a garota sentada à sua frente.

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Algumas folhas secas coloriam o chão cinza da parte asfaltada do parque, uma leve brisa na atmosfera calma em torno de pensamentos atordoantes e angustiantes de ambas as garotas. Max se contentou em tentar aliviar sua ansiedade ao se distrair dando passos um pouco largos para que conseguisse pisar nas folhas secas, o barulho delas se misturando aos gritos de algumas crianças do outro lado do parque, aos carros passando e ao baixo som de Chloe roendo suas unhas – mais um hábito que o tempo não tirou da garota de cabelos azuis.

Haviam alguns momentos em que era relativamente fácil se desligar de tudo aquilo e se lembrar de alguns momentos bons, como se estivesse sendo levada de volta à infância quando ela e Chloe brincavam ao redor da casa na árvore que tinham, procurando folhas secas para pisarem ao mesmo tempo em que corriam, uma procurando ser mais rápida que a outra como em uma competição.

Os pensamentos de Maxine foram interrompidos quando a garota de cabelos azuis deu um pulo com passos largos na sua frente, procurando pisar em uma folha antes da morena, como se lesse seus pensamentos – e após perceber que a garota estava distraída com a mesma tarefa. Foi em questões de segundos que Max deu uma risada enquanto Chloe sorria, porém mal percebeu quando o sorriso desapareceu do rosto da morena, dando lugar ao medo.

Maxine pôde sentir seu coração disparar e suas pernas ficarem bambas enquanto o ar saía de seu peito e dava lugar à angústia, e tudo o que ela conseguiu fazer foi apertar ainda mais seu lenço ao redor de seu pescoço num movimento protetivo. Foi num rápido movimento que Chloe teve de ajudar a morena a continuar de pé, os olhos da garota fechados devido à tontura. A condição física dela já estava ruim o suficiente, e aquele havia sido definitivamente um péssimo momento para sua cabeça voltar a doer, trazendo consigo o receio de que seu cérebro ainda estivesse aos poucos se deteriorando.

Aquele receio, contudo, não foi maior do que o medo que sentia com o que via. Era Jefferson, ela podia ter certeza disso. Em frações de segundos sua mente se encheu de pensamentos sobre o que aconteceria com ela e com Chloe.

“Max? Max, fala comigo.” A garota punk dizia, segurando Max para perto de seu corpo com todas as forças que tinha.

“É ele... Chloe, ele tá aqui...” A morena respondeu, sentindo seus olhos arderem ainda que fechados, algumas lágrimas começando a escorrer de seus olhos, mal conseguindo fazer sua voz continuar a sair de sua boca. “Jefferson, ele...”

A garota de cabelos azuis olhou em volta, observando o parque atenciosamente, ainda que de fato nervosa e com receio do que poderia acontecer, procurando manter a calma. E tão rápido quanto o alívio por ele não estar ali chegou, foi embora dando lugar a preocupação com Maxine depois de mais uma alucinação; não só pela recente concussão cerebral, mas também pelo fato de que Chloe se sentia completamente incapaz. Incapaz de tirar todos aqueles sentimentos e lembranças ruins de Max, incapaz de tirar o medo e a ansiedade dela.

A garota punk conseguiu de alguma forma ajudar Maxine a andar junto dela para um banco próximo, ainda que distante da maior parte das pessoas no parque – o que era de fato bom, pois lugares minimamente cheios não ajudavam em nada no meio de ataques de pânico (muito pelo contrário).

“Max. Presta atenção em mim, ok? Presta atenção na minha voz.” Chloe começou a dizer, sentando-se ao lado da morena no banco e a abraçando enquanto afagava seus cabelos castanhos. “Ele não tá aqui...”

“E-eu vi ele, Chloe. Eu vi!” A garota dizia, se segurando na garota punk em um misto de confusão e medo – ela sabia de todos os problemas com alucinações que estava tendo, mas não poderia deixar de acreditar na sua própria mente, ainda que estivesse sendo enganada por si mesma.

Era agoniante, não poder acreditar mais no que via, no que pensava, duvidar até mesmo da realidade.

Foi apenas alguns minutos depois que Chloe conseguiu de fato acalmar Maxine, que ouvia os batimentos cardíacos da garota punk com atenção a fim de tentar se acalmar, uma vez que seu próprio coração estava disparado demais para que ela pudesse prestar atenção em si mesma e a tudo ao seu redor. Não era um conceito simples de explicar ou até mesmo entender, mas Max de alguma forma pôde sentir quando sua mente se desprendeu da alucinação e começou a se acalmar.

As garotas passaram um tempo daquela forma, abraçadas enquanto tentavam se desprender de todas as suas preocupações. Funcionou por alguns segundos quando um Golden Retriever há alguns metros avançou em um piquenique de um grupo de amigos e conseguiu tirar uma leve porém sincera risada de Max no meio de lágrimas.

Eram naqueles momentos que a garota de cabelos azuis sentia ainda mais falta dos sorrisos e das risadas da morena, e ponderava receosa na ideia de que talvez ela estaria melhor agora se tivesse simplesmente deixado Chloe morrer. Talvez Maxine superaria rápido, todos aparentavam superá-la facilmente.

“Talvez a gente devesse voltar.” A garota punk disse, prestes a se levantar quando sentiu a mão de Max segurando seu pulso fortemente a fim de fazer com que ela continuasse ali.

“Não...” A morena começou a dizer, desviando o olhar e procurando se distrair com alguns detalhes do parque. Algumas folhas que caíam, pessoas que iam embora, o sol começando a se pôr.

Por mais incrível que parecesse, Maxine não queria voltar para casa naquele momento. Estar em lugares públicos e abertos não a ajudava muito, e a ansiedade e preocupação excessiva com tudo ao seu redor era prova disso. Mas ultimamente eram raros os momentos em que ela conseguia ficar sozinha com Chloe, sem seus pais por perto com a constante apreensão deles, tratando a morena como se ela fosse feita de vidro e pudesse quebrar a qualquer momento. Não que a garota de cabelos azuis não acabasse a tratando daquela forma às vezes, mas Max tinha de admitir que ela mesma também fazia aquilo com Chloe.

Momentos como aquele – mesmo que envolvessem os ataques de pânico de Maxine e sua necessidade de constantemente checar os arredores – começaram a ser ainda mais importantes para a morena a partir do momento em que seus pais apenas a pressionavam e indiretamente ou não acabavam atrapalhando os momentos que ela tinha com Chloe.

Eles não entendiam. Nunca entenderiam tudo pelo que elas passaram naquele período de uma semana. Nunca entenderiam o que uma significava para a outra.

“Max? O que foi?” A morena mal reparou que lágrimas escorriam pelo seu rosto, apenas se dando conta daquilo quando a garota punk, já sentada novamente, puxou-a para perto de si. Começar a chorar sem perceber já havia se tornado um hábito, ela não pôde deixar de notar.

Maxine enxugou as lágrimas, ainda com a cabeça deitada no ombro de Chloe e pôde sentir seus próprios batimentos cardíacos acelerarem um pouco na medida em que ela se ajeitava no ombro da garota punk, seus rostos próximos. Próximos até demais. Aquele foi mais um dos momentos em que vários pensamentos passaram pela mente de ambas, mas dessa vez elas ignoraram o suficiente para esquecerem-se deles por alguns segundos.

E elas não só esqueceram suas inseguranças como também se esqueceram de absolutamente tudo – por alguns segundos até mesmo de onde estavam – no momento em que Max aproximou-se ainda mais e juntou seus lábios aos de Chloe.

Dessa vez a garota de cabelos azuis não se surpreendeu tanto para se afastar, e a morena podia sentir as mãos dela subindo pelo seu pescoço, parando em sua nuca a fim de puxar o rosto da morena mais para perto do seu.

O beijo durou alguns segundos, ou minutos, elas nunca saberiam. Max se afastou lentamente, mas não antes da garota punk se aproximar e dar mais um selinho rápido na boca da morena, que ajeitava sua franja atrás de sua orelha, relativamente tímida – e ela poderia jurar ter visto o rosto de Chloe levemente corado.

“Desculpa... Eu nem...” Maxine começou a dizer no momento em que pensamentos intrusos começaram a tomar conta de sua cabeça, lhe causando mais ansiedade. Típico. A garota fechou seus olhos e olhou para baixo ao evitar contato visual, mas Chloe segurou seu queixo com uma mão, levantando-o, enquanto entrelaçava seus dedos com os de Max com a outra.

“Para, não pede desculpas.” A punk disse, sorrindo levemente, e Maxine quase se perdeu nos olhos azuis da garota por alguns segundos. “Eu pensei que ia ter que te desafiar de novo.” Ela continuou, seu sorriso aumentando um pouco enquanto ela fechava um de seus olhos, em uma careta.

Max sabia que aquele era o jeito que Chloe tinha de esconder quando estava com vergonha. Ela não havia mudado nada. Nenhuma das duas tinha, na verdade. E não só a garota de cabelos azuis estava sendo sincera, mas também aquele era o tipo de momento raro em que no meio de tudo o que estava acontecendo na vida de ambas, Maxine sorriu de fato.


Notas Finais


Oi, gente <3
Em primeiro lugar, eu vou mais uma vez pedir desculpas pela demora colossal (pelo menos foi menos de um mês, mas sei que pra quem lê a ansiedade é muita hahah).
Como eu já disse pra vocês algumas vezes: Medicine é um dos projetos mais importantes pra mim, e eu não vou parar, acreditem em mim. As vezes posso demorar mais do que o normal pra postar algum capítulo, mas parar eu não vou.
Desde algumas semanas atrás eu não tenho estado muito bem e fiquei bastante doente. Comecei a melhorar um pouco agora embora tive de lidar com algumas questões (principalmente de abuso e com a minha família) que acabaram me deixando pior, como a vida é ótima né.
Mas vocês são ótimos leitores e não me pressionam nem me cobram muito, e mesmo sem ser o momento de fato de postar esse capítulo (precisava terminar algumas coisas antes), eu tive que fazer isso pra vocês porque já tava demorando muito mesmo, imagino a ansiedade heheh.

Mais uma vez, desculpem a demora, e saibam que meu inbox aqui tá sempre aberto caso vocês queiram ter a certeza de que não, eu não sumi hahah
Obrigada, e espero que vocês gostem desse capítulo <3


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