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História Medicine - Take your Medicines, Taeyong


Escrita por: Markhyucwk

Notas do Autor


Olá, eu sei que vocês talvez estejam esperando cap novo da de Markhyuck, porém eu tive essa ideia e não resisti escrever ela hoje dhsjsd
eu estava sem postar porque tive alguns probleminhas essa semana, espero que entendam, Boa Leitura <3

Capítulo 1 - Take your Medicines, Taeyong


Era um dos poucos momentos diários que Taeyong gostava de vivenciar, quando a musica do quarto era maior que seus problemas, maior que o cheiro de hospital que o local exalava, o som do violino sendo tocado em um ritmo eufórico relaxava os músculos de seu corpo e faziam o quarto de cor branca ganhar um pouco mais de cor na visão do moreno, nem todos no hospital psiquiátrico tinham direito a ouvir musica ou fazer algo além de ficar deitado o dia inteiro sendo consumidos por pensamentos suicidas, porém ter uma família rica que pagaria o dinheiro que precisasse para que ficasse a quilômetros de distancia de um filho datado como problemático e que mancharia o nome da tão prestigiada família Lee, fazia o jovem-adulto ter alguns privilégios a mais no lugar.

Privilégios que o próprio havia imposto como condições para que ficasse no hospital, Taeyong podia ser ‘’louco’’ mas de fato, não era burro, sabia que poderia pedir até mesmo um hospital próprio, desde que ninguém descobrisse que era filho dos Lee.

A musica foi interrompida pelo barulho da fechadura sendo destrancada, o tão conhecido cheiro de lavanda invadia o espaço sem que o psiquiatra ao menos entrasse pela porta do quarto, tal cheiro que era tão forte que dava dores de cabeça no Lee.

- Tae, está na hora da sua consulta diária. – disse fechando a porta atrás de si e vindo em direção a cadeira na frente do moreno.

- Ah... Ainda não vejo os justificativos para essas consultas, psicólogos deveriam ouvir problemas, e meu único problema, é o fato de eu ser datado como alguém que precisa de um. – disse o Lee afundando-se em sua poltrona.

 - Eu sou um psiquiatra, e vamos lá Taeyong, já nós conhecemos há um ano e meio, pare de agir como um adolescente rebelde, você sabe que não há escapatória. – o loiro disse ao Lee que suspirou.

- Está bem, comece logo esta coisa que você chama de consulta. – Yoonoh sorriu por depois de tanto tempo conseguir fazer Taeyong desistir com menos de vinte minutos.

- Tomou seus remédios hoje?

- Infelizmente, cada pílula desceu pela minha garganta, com o mesmo gosto de sempre, algo diferente, como... comida de prisão?

- Nunca esteve em uma prisão Lee Taeyong, e isso é um exagero, remédios não têm um gosto, e visto você não tomou nenhum para que se acalmasse.

- Não estive em uma prisão de fato, ainda. – o medico revirou os olhos, Taeyong poderia ser tão teimoso quanto uma criança quando se tratava de remédios, e tão ameaçador quanto um próprio presidiário, mas para a sorte do Jung, eram apenas ameaças. – e eu não preciso estar calmo, o mundo não é calmo. – sorriu de lado para o loiro e sentou corretamente na cadeira levando um copo de água aos lábios.

- Todos precisam de calma, inclusive o mundo.

- Você é tolo.

- E você age como um psicopata, vamos Taeyong, tome seus calmantes dessa vez. – o loiro disse levantando-se e indo até a prateleira onde estavam os remédios e alguns livros do Lee. – O que tens lido ultimamente?

-Os últimos da minha lista, romances policiais, todos iguais e desinteressantes, uma moça indefesa da cidade grande que tem busto grande acaba no motel mais caro junto ao detetive. – Taeyong riu soprado. – Afinal, há clichês em todos os livros.

- Odeias tanto clichês? Como gostaria de um livro? Posso procurar algum para ti. – disse ao finalmente achar o remédio que queria, jogou o calmante que se dissolvia na água e deu ao Lee. – O que há de tão ruim em clichês?

- São todos iguais, sempre uma garota bonita com um corpo atrativo fica com o personagem principal que na maioria das vezes é mais como um tonto. É ridículo em todos os aspectos, entediante. – pegou o copo da mão do Jung o bebendo de uma só vez.

- Afinal o problema são os casais comuns e heterossexuais? – disse Yoonoh sentando-se novamente na poltrona.

- Talvez sejam, talvez fosse mais interessante pra mim ler historias onde um cara louco que tem uma fixação por belos olhos castanhos e cabelos loiros escuro beije alguém com tais características, ou até mais. – sorriu de lado para o Jung.

- Seria uma proposta até interessante, Lee. – Yoonoh disse apoiando seu tronco para frente um pouco mais perto do moreno. – Se eu não fosse demitido por isso, assim como seus outros psiquiatras que sucumbiram ao seus charmes, sei dos seus truques. Não cairei neles. – sorriu antes de levantar sair do local, deixando o garoto com um sorriso tolo no rosto.

 

Doyoung sorria para o espelho, seus cabelos, agora tingidos de roxo estavam meio molhados bagunçados na frente de seus olhos, o garoto podia até negar a si mesmo, mas era bonita, a jaqueta preta em cima de seus ombros realçavam o novo visual do mesmo, arrumou os cabelos jogando-os para trás e virou-se voltando ao bar lotado de motoqueiros estilo anos 50.

- Kim DongYoung. – disse uma voz atrás de si. – Por que demorou tanto no banheiro? – o garoto virou-se para trás vendo seu colega, Nakamoto Yuta sorrindo para ele. – Por acaso você estava retocando a tinta roxa é? – riu

- Eu estava a me olhar no espelho me perguntando o porquê de você ter me trazido para este lugar quando eu podia estar andando pelas estradas de Miami no meu Bel Air 1957.

- Tão sonhador o com seu carro antigo, mas porquê sozinho, siga os clichês dos anos 50 tenha junto a você uma garota bonita usando um lenço cor vermelho.

O de cabelos roxos riu baixo, Yuta não sabia ao certo a sexualidade do mais novo, nunca havia visto o amigo com alguém e quando o garoto dizia que havia ficado com outra pessoa preferia não especificar sexo e era sempre por apenas uma noite, Doyoung era bissexual, mas passavam-se os dias em que o garoto achava mais interessante dormir com outros homens do que com garotas.

- Por que tudo é um romance pra você? – disse e Yuta deu de ombros deixando-o novamente para ir ao bar e pedir mais uma garrafa de Soju, aquele sabia que mais tarde o japonês nem mesmo estaria a vista dele, talvez acordasse fora do estabelecimento ou em outra cidade, fora da estrada, na cama de alguém.

Doyoung sentou em uma mesa revirando os olhos ao observar o local, o cheiro forte de bebida e cigarros incomodava o Kim que preferia ficar apenas respirando o ar da estrada, não era um motoqueiro, mas se interessava por motos e carros, assim como Yuta, que também levava a vida de viajante como uma desculpa para beber e beijar bocas diferentes nas semanas.Já havia um mês que os dois estavam viajando pelas estradas coreanas no carro antigo de Doyoung, o estilo anos 50 dos dois era ultrapassado mas continuava como um sonho de quem queria estar fazendo toda aquela viajem pelas avenidas dos Estados Unidos, onde era mais fácil e mais bem aceito que Doyoung beijasse caras, e onde as garotas não eram tímidas demais e sonhadoras que apenas queriam príncipes perfeitos.

O Kim se permitiu tomar um copo da bebida que Yuta havia pedido, aquele liquido amargo descia pela garganta do Coreano tão quente quanto o asfalto em dias de sol.

Para alguns quanto mais bebesse melhor ficava, para o Kim quanto mais tivesse a experiência pior era o gosto da bebida, estava a ponto de odiar álcool.

- Como alguém pode gostar disso? – levantou a mão para o garçom e pediu apenas uma coca-cola, alguns motoqueiros o olhavam como se dissessem ofensas sexistas que Doyoung desejava apenas ignorar, não queria ser bem visto entre os brutamontes e se quisesse ele tomaria aquela coca com um canudinho, a vida era dele afinal.

 

Saiu do local olhando seu relógio de pulso que marcava as 3AM, as poucas arvores da planície onde estavam faziam o lugar ficar um pouco mais frio junto aquela madrugada, Doyoung encostou-se à porta do próprio carro escolhendo olhar as estrelas a voltar para dentro do estabelecimento.

 - Depois da meia noite este lugar fica um saco. – disse um garoto loiro que se aproximava de si com um cigarro na mão.

- Esse lugar é um saco, em todos os horários e aspectos. – suspirou vendo o ar gélido sair da própria boca.

- Pelo que parece você não bebe.

- Nem fumo. – disse ao loiro que jogou imediatamente o cigarro no chão. – Obrigado.

- De nada, estava fumando pra me esquentar, terei de voltar pra Seoul amanhã antes da tarde – suspirou. – como eu sou um idiota, não devia ter saído de lá.

- Por que tão apressado?

- Tenho trabalhado perto daqui em um lugar isolado, mas eu moro em Seoul, se eu não voltar logo terei que ficar aqui até amanhã no horário de trabalho. – pendurou a cabeça para trás olhando o céu.

- Com o que trabalhas?

- Psiquiatria.

- Cuidas de loucos?

- Gosto de pensar que todos somos loucos, cuido de loucos perigosos, especificamente, um  louco perigoso.

- Eu gosto de pensar que somos todos perigosos por um lado. – tossiu por causa do frio em suas mãos. – Me chamo Kim Dongyoung, e você?

- Jung Yoonoh, mas pode me chamar de Jaehyun. – disse o loiro sorrindo para o de cabelos roxos, estava escuro mas mesmo a luz neon do letreiro do bar podia iluminar o bastante para que o Kim percebesse as covinhas no rosto de Jaehyun.

- Posso levá-lo á Seoul, Jaehyun. – disse Doyoung encarando o outro. – ou se o problema é só ter onde dormir pode ficar comigo no carro até amanhecer, ai amanhã te levo ao teu trabalho, irei ficar sozinho aqui toda a noite esperando Yuta. – disse e o loiro abriu a boca para protestar. – calma, não estou dando em cima de você, é ficar aqui no conceito literal de só estar junto comigo. – sorriu.

- Por que não? Não irei dar o gosto ao Taeyong de não me ver amanhã.

- Taeyong?

- Meu paciente, alguém bem interessante de ser lidado.

- Quem você chama de louco perigoso? – Doyoung perguntou entrando no carro e abrindo a porta para que o Jung entrasse.

- Exato.

 

[...] 

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