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História Medo de amar - Um giro, um olhar.


Escrita por: mrsvaughan

Notas do Autor


Antes de tudo, terráqueos, queria deixar claro algumas coisas:

➡ Nunca fiz ballet na minha vida, então eu estou pesquisando muito para desenvolver a história então me desculpem qualquer coisa as bailarinas de plantão e... Aceito qualquer ajuda!
➡ Finjam que a língua que está sendo falada aqui é o francês, quando for para o inglês ou algo assim, vocês vão saber.
➡ Eu estou muito nervosa com essa história, eu tô juntando algumas coisas dais quais eu amo e colocando em uma história. Espero de verdade que gostem!
➡ Sou aberta a elogios, sugestões, críticas boas ou ruins (pois elas no ajudam a melhorar) etc. Em breve farei um twitter para fanfic para que nosso contato seja melhor.

É isso, embarquem comigo nessa amorosa história!

Capítulo 1 - Um giro, um olhar.


Fanfic / Fanfiction Medo de amar - Um giro, um olhar.

Uma bolsa no ombro, o Le Parisien numa mão e seu habitual latte na outra. Era assim que Regina seguia para o trabalho todo dia bem cedo. Ela podia pegar um metrô que chegaria mais rápido, podia ir com a Mary que sempre lhe oferecia uma carona, mas não, ela gostava de ir andando e apreciar a vista. Enquanto tomava o seu café, ela observava tudo ao seu redor, pessoas apressadas indo para o trabalho, pessoas com uma aparência horrível voltando da noitada, crianças animadas àquela hora da manhã, ela não se cansava de observar, de sentir aquela brisa matinal no rosto soprando-lhe um lembrete de liberdade. Uma liberdade conquistada com muito custo.

Por muito tempo vivera como uma marionete, sendo controlada e fazendo de tudo para agradar os outros, ouvindo como deveria ser, o que teria que fazer. Graças a Deus agora tudo com o que ela tinha que se preocupar era com ela mesma e em compartilhar seu amor pelo ballet com suas lindas alunas. 

Regina começou no ballet aos sete anos de idade, graças a sua mãe que sempre dera o maior incentivo para a menina, aliás era de encher o coração ver sua bonequinha com todos aqueles passos delicados dando um show no palco.  Já seu pai não apreciava muito a ideia, dizia que era uma tremenda perda de tempo e que a única coisa que a menina precisava era estudar para ser sua futura sucessora na construtora, mas foi na adolescência que tudo virou um inferno e ela conheceu o cara errado. Seu pai, claro, apoiava o relacionamento pelo garoto ser de uma família bem nobre e sua ambição era tão grande que chegava a cegá-lo, o impedindo de ver tudo o que o rapaz fazia à sua filha. Ela quase fora obrigada a se casar com aquele monstro, mas após a terrível morte dos pais, Regina conseguira deixar tudo pra trás. A empresa que herdara, deixou para o tio, pegou apenas o dinheiro que era seu por direito e veio recomeçar sua vida na cidade luz. Sem dar explicações a ninguém. 

Matriculou-se na academia de dança Paris Opera Ballet School, onde mais tarde veio a ser professora. Não podia esconder a felicidade que transbordava em seu peito. Qualquer um poderia ver o brilho em seus olhos quando botava os pés na escola de dança.

- Bom dia, Mary! – lá estava ela com o mais iluminado sorriso.

- Bom dia, Rê! – a morena sai de trás do balcão e anda até a amiga.– Como foi sua miniférias? 

- Deu para relaxar, mas já estava morrendo de saudades disso aqui.– olha em volta soltando um suspiro.

- Como se eu não te conhecesse.

- Muita gente nova? – elas andam até o balcão onde Regina se debruça e Mary Margareth assume seu posto.

- Poucos fixos, porém muitos estrangeiros.

- Alguém saiu?

- Apenas as gêmeas porque se mudaram.

- Uma pena, tomara que ela encontrem um bom lugar para continuar as aulas.

- Também espero!

- Bom, vou lá me trocar e me aquecer pra aula.

- Não esqueça do nosso café. 

- Pode deixar.– ela sopra beijos pra amiga e some no corredor em direção ao seu armário. 

 

>>>

 

- O Ballet nasceu na Itália e mais tarde veio a se desenvolver aqui, em Paris.– dizia enquanto andava pela grande sala circular onde geralmente dava suas aulas.

Sempre no começo de cada período era o mesmo ritmo, ela conhecia seus alunos, os questionavam sobre o porquê deles estarem ali e por fim começava a falar sobre a história da dança.

- O ballet exige bastante habilidade física e sobretudo técnica, por isso é necessária muita prática...– ela anda até a barra.– Hoje a aula vai ser simples, aprenderemos alguns importantes passos.– ela segura na barra, abre um pouco as pernas e em seguida flexiona o joelho.– Vocês conhecem esse passo? – pergunta dirigindo o olhar para os alunos novos.

Uma branquinha ruiva e toda sorridente se arrisca em levantar o braço.

- Diga!

- Esse é o plié, um dos movimentos mas importantes do ballet.

- Perfeito, Meghan! – outro dom que ela tinha, guardar nomes.

Regina solta a barra e volta a ficar no centro do salão. 

- Existem dois tipos de pliés.– olha para uma antiga aluna e sorri, logo a menina entende o que a professora queria e se levanta indo direto pra barra.– Existe o demi plié, onde nós flexionamos o joelho até um pouco abaixo dos quadris, mantendo o en dehors nas articulações, permitindo que as coxas e joelhos estejam diretamente acima da mesma linha que os dedos.– ela olha pra aluna que prontamente executa o movimento.– E existe o grand plié... Como o nome já diz, ele é maior, grande! Uma flexão de joelhos mais profunda. Neste caso, o calcanhar pode sair, levemente, do chão. Mas não pode subir no máximo da sua meia ponta.– mais uma vez a aluna demonstra o movimento.– Maravilhoso Lucy, muito obrigada! – a menina sorri com sinceridade e volta para o seu lugar.– Pegaram o movimento? Então barra, todo mundo! Vou passar de uma em uma auxiliando no movimento e depois iremos fazer todas juntas.

Regina passara de uma em uma com uma incrível paciência para ajudá-las, o movimento parece fácil pra quem está de fora, mas executar já é outra história. Assim que terminou de auxiliar a última, ela ficou no centro olhando quem tinha mais dificuldade e quem pegara com mais facilidade.

- Professora! – uma loirinha surge no campo de visão dela.

- Ei Lou, por que saiu da barra?

- Eu já sei esse movimento.– dá de ombros.– Eu cheguei mais cedo pra aula hoje e vi a senhora dançando. Que giro incrível! – exclama realmente admirada.– Qual é o segredo? 

Regina ri e fica na ponta dos pés. 

- Não tem segredo...– pegou impulso e girou.– Você só precisa...– outro giro.– Deixar o corpo leve.– mais um.– Sentir...

Ela rodopiava com uma facilidade de dar inveja, uma leveza de um anjo, um sorriso de fazer qualquer um parar e admirar como uma raríssima obra de arte.

Regina continuava girando atraindo o olhar de toda a classe até que uma silhueta na porta lhe chama atenção e ela para. Num último giro, ela se vira para o dono da silhueta e estranhamente tem a certeza de que a falta de ar não era resultado dos movimentos que acabara de fazer.


Notas Finais


Até a próxima, comentem o que acharam 💛


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