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História Medo de amar - Valentina


Escrita por: mrsvaughan

Notas do Autor


Estou de volta! Estou muito feliz com os comentários do último capítulo, vocês não imaginam o quanto. Essa história envolve muito amor e também vários obstáculos e quero que vocês sintam tudo comigo!

P.s: Quero me desculpar com a demora, mas vocês sabem como é o final do ano né? Espero que gostem desse capítulo! ❤

Capítulo 2 - Valentina


Fanfic / Fanfiction Medo de amar - Valentina

Perdera a noção. Há quanto tempo estava parada encarando o estranho na porta da sua classe? Ela não sabia dizer, só foi trazida a realidade quando sentiu um leve cutucão de sua aluna no braço.

— Está tudo bem, professora?

— Está sim, eu só... Só um minuto, já volto! — após respirar fundo, Regina segue em direção onde o tal homem estava parado e só então se dá conta que havia uma linda menininha com ele.

— Bonjour, posso ajudá-lo?

— Desculpe. — ele parecia ter acordado de um transe — Eu acho que estou na classe errada.

Regina abaixa seu olhar até a menininha ao seu lado e abre um sorriso ao vê-la se esconder atrás de seu pai.

— Você trouxe essa princesa para aula?

— Sim, é o primeiro dia dela. — Regina se perde no sotaque dele, com certeza não era francês.

— Suponho que o senhor não tenha sido informado, mas a professora das crianças retorna das férias semana que vem e eu assumi a responsabilidade da turma à tarde. Agora são as jovens. — diz com um tom de voz sereno. — Existe também a outra turma com uma outra professora, mas é à tarde também.

— Nossa! — o rapaz passa a mão pela massa de cabelos castanhos, os desalinhando e deixando-o com um ar mais atraente. — Eu não fazia ideia. Ela estuda à tarde.

— Eu não vou fazer mais, papa?

— Hoje não, princesse.

Ela abaixa os olhinhos e Regina sente seu coração derreter completamente.

— Não há outra classe nesse turno?

— Infelizmente não, a única professora que dá aula para as crianças no turno da manhã é a Belle que por motivos pessoais teve que adiar o retorno. Sinto muito!

— Tudo bem.

Regina volta a olhar para menininha e não aguentando se abaixa para ficar na mesma altura que ela.

— Ei lindinha, qual é o seu nome?

— Valentina. — responde tímida. 

— Uau! Que nome lindo igual a você.

— A senhora também é linda.

— Senhora? Aprecio muito sua educação, mas pode me chamar de Regina. — fala sorrindo — Valentina, que tal você ficar com a tia Regina hoje?

— Eu posso, papa?

— Isso não irá atrapalhá-la?

— De modo algum, vou adorar ter a companhia dela. — ela fica de pé e encara o rapaz.

— Nesse caso, eu só tenho a agradecer. Ela estava muito animada para começar hoje.

— Oh, fico mais do que feliz em poder ajudar então.

— Você é um anjo!

Regina fica sem jeito e desvia o olhar, pedindo aos céus para que não ficasse vermelha.

— Pequena... — ele se agacha — Estou indo trabalhar, daqui a pouco a Ruby vem te pegar, ok? Comporte-se e nada de enrolar você e o Roland para ir pra escola, ouviu?

— Ouvi. — ela sorri e olha pra Regina.

— Qualquer coisa você pode me ligar e eu venho, aqui está meu telefone. — ele estende um cartão — Meu chamo Robin Locksley.

— Pode deixar, Robin.

Ele abre mais um largo sorriso evidenciando as covinhas e em seguida se inclina deixando um  beijo no topo da cabeça da pequena, ele olha mais uma vez pra Regina antes de piscar um olho e deixar as duas ali o acompanhando com o olhar até perdê-lo de vista. 

Robin. Por que Regina sentia-se tão intrigada em relação àquele homem que acabara de conhecer?
 

 

 

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Durante todo o tempo de aula, Regina estava se revezando entre dar atenção às suas alunas e dar atenção à pequena Valentina. A menina tinha um desejo imenso de aprender e isso fez com que Regina se lembrasse da sua infância, ela tinha o mesmo apetite pelas aulas de ballet e essa lembrança só fez com que ela tivesse a certeza de que essa menina iria longe. Suas alunas adoraram a pequena, vez ou outra alguém estava a paparicando e foi bem  difícil fazer com que todas se despedissem dela no final da aula.

— E aí princesinha, gostou da aula? — Regina senta-se no chão ao lado dela que estava bastante ofegante e ela nem havia feito movimento que exigisse demais. Regina preocupou-se. 

— Eu amei!

— Está tudo bem? — ela faz que sim com a cabeça.

— Eu quero ser uma grande bailarina.

— Se a senhorita se dedicar sempre do mesmo modo que se dedicou hoje, pode ter certeza que será a melhor bailarina do mundo.

— Tio Robin diz que eu vou ser, a melhor. — Regina franze a sobrancelha. Tio?

— Ele está certo, você é muito inteligente e talentosa. — Regina aperta o narizinho dela que sorri, menos ofegante que antes.

A professora estava curiosa, uma hora a garota chamou o Robin de papa e agora o chamara de tio? Apesar de confusa, ela decidiu ficar quieta, não tinha o direito de bisbilhotar a vida de seus alunos e muito menos dos pais. 

— Está cansada?

— Um pouco.

— Ah... Eu ia te convidar para uma dança comigo, mas já que está cansada...

— Não tia, eu quero dançar! — ela rapidamente se levanta — Viu? Não tô mais cansada.

Regina solta uma gargalhada e fica de pé também. Ela pega o controle e põe uma música bem suave para que as duas pudessem dançar.

— Tenta me imitar está bem? Vou fazer bem devagar e falar o que você deve fazer, qualquer dificuldade eu vou te ajudar. — Valentina balança a cabeça positivamente e logo Regina fica na ponta dos pés e não demora para que a loirinha execute o mesmo movimento do jeitinho dela, já que era a primeira aula da mesma nova e era impossível ter uma ponta tão impecável quanto a da profissional. 

Logo elas estão rodopiando pela sala, Regina sempre ajudando a garota a fazer os movimentos e dava altas risadas com suas caretas. Criaram uma afinidade tão rápido, que Regina tivera o desejo de ser sua professora fixa. A música acaba e elas se jogam sobre o chão rindo e satisfeitas com a dança que acabaram de fazer.

— Nininhaaaaa. — elas ouvem uma voz fina ecoar pelo ambiente e um menininho moreno de cabelinhos cacheados entra correndo na sala.

— Roland! — Valentina corre de encontro a ele e os dois se abraçam.

Regina se senta e sorri, era fofura demais para um dia só. 

— Roland, eu disse pra você não entrar correndo. — uma moça alta dá a bronca e se vira pra Regina. — Me desculpa, eu tentei segurar.

— Está tudo bem. — sorri — Você deve ser a Ruby, certo?

— Isso.

— Eu sou a Regina. — ela se levanta e estende a mão — Prazer.

— Prazer, Regina! — elas se cumprimentam e Regina olha para os dois.

— Você é a...

— Babá. — Ruby completa. 

— Uau! Deve ser incrível trabalhar com eles né? — indaga sem tirar os olhos das duas crianças que tagarelavam sobre algo. — Bom, eu adoro crianças e já estou apaixonada pela Valentina.

— A Tina é um amor, um verdadeiro anjo. Eu adoro cuidar deles, apesar de aprontarem bastante, mas são crianças especiais e precisam muito de amor. — a última parte soa melancólica e Regina quis saber o porquê mas novamente se repreende. Não tinha o direito.

— Roland, vem cá. — a voz de Valentina afasta a morena de seus pensamentos e ela sorri ao ver que os dois caminham em direção a ela. — Land, essa é a minha amiga Regina, você pode ser amiga dela também, mas ela é mais minha amiga porque eu conheci primeiro.

Regina solta uma gargalhada e se ajoelha para ficar na altura deles.

— Oi Roland, tudo bem? — ele sorri evidenciando suas lindas covinhas, idênticas a do Robin e Regina se encanta. 

O menino cochicha algo no ouvido da Valentina e ela solta uma risada gostosa.

— É mesmo. — diz animada. 

— Ei, vocês dois vão ficar de segredinhos? — Regina faz um bico fingindo estar chateada.

— Posso contar pra ela? — Valentina pergunta divertida e o pequeno apenas faz que sim com a cabeça. — Land disse que você é linda e que deveria sair com o papai.

Regina abre a boca e fecha sem saber o que dizer, tinha se esquecido como as crianças podem ser bem diretas quando querem.

— Ei, vocês dois, não podem ficar falando essas coisas. — Ruby chama a atenção deles e Regina olha pra ela.

— Está tudo bem, Ruby, são crianças. — ela volta a encará-los — Obrigada pelo elogio, Roland, você é muito bonito também.

— Obrigado! — fala um pouco envergonhado. 

— Bom, vamos? Vocês ainda têm escola hoje.

— Eu posso vir na outra aula, tia Regina?

— Pode vir quando quiser.— a pequena sorri e se atira no colo da professora. — Adorei você, princesse!

— Eu também, tchau, Gina! — e ela corre pra segurar a mão de Ruby.

— Tchau Roland, foi um prazer conhecer você. — o menino sorri de novo e corre para acompanhar as meninas. 

Regina observa os três desaparecerem, com um brilho nos olhos e muito encantada. Ela não sabe o motivo mas sente que esses dois seriam muito especiais!


Notas Finais


E eles vão ser mesmo, muito especiais, ela só não imagina o quanto.
E essa história de Valentina chamar o Robin de papa, tio, papai... Muito mal contada, hum? Logo vamos descobrir tudinho!

Até a próxima! :-)


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