1. Spirit Fanfics >
  2. Medo de amar >
  3. Aquele olhar

História Medo de amar - Aquele olhar


Escrita por: mrsvaughan

Notas do Autor


Olá, leitoras!

Primeiramente, gostaria de me desculpar pela enorme demora pois como avisei em alguns comentários tive problemas com minha internet e meu computador, fora outras coisas, ainda estou resolvendo algumas situações então não posso falar que atualizarei a fanfic rapidamente mas farei o meu possível e respondendo algumas pessoas que pensaram que eu iria abandonar essa fanfic. NUNCA! Tem muita coisa pra contar nessa historia ainda, nem se eu quisesse eu pararia.

Aproveitem esse capitulo que eu fiz com muito carinho pra vocês. Logo veremos mais sobre a família Locksley <3

Capítulo 3 - Aquele olhar


Fanfic / Fanfiction Medo de amar - Aquele olhar

A semana toda passou num piscar de olhos para Regina e Valentina que criaram um laço muito forte em tão pouquíssimo tempo. As aulas no Paris Opera Ballet School aconteciam todos os dias, mas as classes de Regina era sempre às segundas, quartas e sextas no turno da manhã e naquela semana Valentina participara da sua classe como sua convidada especial.

Valentina era uma menina de ouro, ela havia se encantado por Regina de uma maneira inexplicável e o mesmo acontecia com a mais velha. Por isso a "despedida" foi bem difícil, a pequena Valentina não queria ir embora de jeito nenhum e Regina não queria deixá-la ir, mas o dever chamava as duas e então elas contaram com a sorte de se esbarrarem nas próximas semanas pelos corredores da instituição, pelo menos Regina faria o possível para que isso acontecesse. Após encerrar mais um dia de aula, Regina se arrumou e com uma pequena pasta transparente seguiu para saída, mas não sem antes parar pra falar com Mary.

— Amor, já estou indo. — Regina se debruça sobre o balcão da recepção. 

— Você volta hoje?

— Não, dona Elizabeth não precisa mais dos meus serviços por hoje. — elas riem e Regina levanta a pasta que carregava — Mas não vou ficar de bobeira, já estou montando a primeira apresentação do semestre.

— Não tenho dúvidas de que será mais um sucesso. — Regina sorri orgulhosa, ela dava o sangue para que todas as apresentações da sua classe fossem impecáveis — Mas agora, parece que você tem visita. — ela aponta para uma direção e Regina vira para ver quem era, imediatamente seus olhos ganham um brilho.

— Ginaaaa! — a loirinha que fez a sua semana mais alegre.

— Ei, o que você está fazendo aqui? — ela se abaixa para receber o abraço gostoso que tanto gostava. 

— Ela estava toda tristinha quando chegamos em casa. — Ruby explica — Ela pensa que não vai mais te ver.

— Claro que vai, cher.

— Mas não muito. — fala manhoso e Regina a aperta em seus braços.

— Nada estava animando essa menininha e então eu sugeri convidá-la para um almoço. — a babá sorri mas logo trata de complementar — Isso é claro, se não for atrapalhá-la em algo.

— Vamos Gina, por favor, depois você pode ir com a Chapeuzinho levar eu e o Land pra escola. — a pequena insiste e só então Regina nota que os dois estavam uniformizados. 

— Chapeuzinho?

— Um apelido que essas criaturinhas me deram. — elas riem. 

— E então? — Valentina pergunta mais uma vez.

— Eu vou. — a pequena sorri largamente — Mas só se o Roland me der um abraço. — ela cruza os braços e olha de canto de olho para o garoto, captando a forma como ele ficava sem jeito, era uma graça.

— Roland, você também quer isso. —  Valentina fala arrancando uma risada da Regina. 

O menino solta a mão de Ruby e um pouco sem jeito abre os braços para abraçar Regina que retribuí de forma gostosa. 

— Hum... Agora sim podemos ir. — Regina se levanta na mesma hora em que o celular de Ruby toca, ela pede licença e se afasta. 

— Alô? Ah, não... Não estamos em casa. — mesmo brincando com os pequenos Regina ouvia a conversa da babá com seja lá quem fosse. — Eles já estão arrumados, Robin. — Robin... apenas a menção daquele nome fez com que Regina se arrepiasse. O motivo? Ela não sabia. — Hoje? Mas as crianças queriam almoçar com a Regina, a professora de ballet. — Ruby olha para Regina — Também? Está certo então, tchau!

— Era o papai? — Roland pergunta.

— Sim, ele quer almoçar com vocês.

— Oh! — Regina tenta esconder o desapontamento — Então fica para o outro dia, esse é o horário que eu geralmente saio daqui para almoçar então vocês podem vir quando quiserem.

— Regina, o Robin também a convidou.

A morena fica surpresa, não sabia se seria uma boa ideia aceitar, só de lembrar do modo como ficou após encarar aqueles olhos azuis pela primeira vez, um rubor nascia em seu rosto. Definitivamente não queria passar por isso de novo.

— Não quero atrapalhar um almoço em família, é melhor deixarmos pra outro dia.

— Não, Gina. — Valentina aperta a mão dela.

— Robin sempre almoça com as crianças quando pode, não fará mal você participar dessa vez.

Regina olha para as duas fofurinhas em sua frente, os dois com os olhos pidões, como o famoso personagem infantil "O Gato de botas". Alguém consegue negar algo a essas crianças? 

— Jura que não vou atrapalhar?

— Sim. — os três falam juntos e Regina sorri.

— Tudo bem, eu vou.

— Ebaaa! — Valentina agarra as pernas dela.

— Então vamos lá pra fora que o Robin já mandou o motorista buscar a gente. — Ruby diz e sai na frente de mãos dadas com o Roland.

Motorista? Por essa Regina não esperava. Eles deviam mesmo ter uma condição boa, ela já devia imaginar, a mensalidade no Opera Ballet School não é lá muito baixa. Mas como Robin sustentava a família? O que ele fazia? Regina se perguntava na mesma intensidade em que se repreendia por se interessar tanto na vida deles. Mas como controlar alguém que sempre fora curiosa?

— Gina? — a voz da pequena Valentina retira a mulher de seus pensamentos — Você fica muito linda de cabelo solto! — ela sorri, era a primeira vez que via Regina fora das roupas de ballet.

Diferentemente das outras vezes, Regina estava vestida com uma blusa de botões branca transparente com a manga dobrada até os cotovelos e saia, também branca que ia até à metade das coxas e um cinto dourado envolvia sua cintura combinando com os sapatos de salto. Os fios longo dos cabelo de Regina estavam soltos e jogados para o lado, dando uma ar mais jovial a moça.

— Fico feliz em ouvir isso da menina mais bonita que eu já tive o prazer de conhecer. — a loirinha sorri largamente e franze as sobrancelhas. 

— Eu sou?

— Pode ter certeza. — toca o nariz dela com a ponta do indicador.

Enquanto esperavam pelo carro que os levariam de encontro a Robin, Regina se esforçou o máximo para fazer aquelas duas crianças sorrirem, ela sentia uma necessidade gigantesca disso, até porque amava aqueles lindos sorrisos. Até mesmo Roland, que era o mais tímido, se rendia aos encantos da bailarina.

— Graças a Deus! — suspira aliviada ao avistar o carro entrando na rua, o dia estava quente e ela definitivamente não estava vestida adequadamente para aquele clima como Regina estava. — Vamos?

Regina se ajeita e quando vê o carro que estaciona na frente deles, arregala os olhos. Era um Cadillac Escalade preto, não precisava ser uma expert para saber o quão caro aquele carro era. Um rapaz alto e forte sai de dentro do veículo e se apressa em abrir a porta da frente, Ruby sorri simpática e entra no carro e então o homem faz o mesmo com a porta detrás, as crianças entram e Regina os segue depois de abrir um sorriso como agradecimento para o motorista que corresponde levantando o quepe.

— Pierre, essa é a Regina... — a babá diz quando já estão todos acomodados dentro do carro. —... A professora que Tina está sempre falando. Regina, esse é o Pierre, o melhor motorista de todos.

— Prazer, Pierre. — Regina diz sorrindo.

— O prazer é todo meu, senhorita. — a encara através do retrovisor mas logo volta sua atenção para pista.

Regina se recosta no banco e se permite observar os detalhes do interior daquele carro luxuoso.  Os bancos eram de couro e os cantos eram trabalhados em madeira, havia suporte para notebooks e havia também uma tela que Regina supôs que fosse para entreter as crianças quando estivessem ali dentro. Sorriu olhando para eles, não devia se apegar assim, mas era inevitável. 

Pierre para o carro em frente ao Bonfinger, um restaurante elegante situado entre o bairro Bastille e Place de Vosges. Regina fica imediatamente surpresa, ela adorava esse lugar, além da ótima comida que era servida, a decoração era de primeira. Assim que descem do carro, os quatro se despedem de Pierre e seguem para dentro do estabelecimento. Um maître vem atendê-los e assim que Ruby fala o nome de Robin, o rapaz os leva até a mesa onde o loiro se encontrava. Ao notar a presença deles, Robin fica de pé e abre um imenso sorriso para as suas crianças.

— Papa! — Roland é o primeiro a correr para os braços dele.

— Ei, garotão, como vai?

— Eu tô bem, eu derrotei a Ruby várias vezes no videogame. — sorri de um jeito sapeca.

— Injustamente. 

— Esse é o meu garoto. — bagunça os cabelos do filho e o coloca do chão — Não irei ganhar beijo da minha princesse?

— Sua princesse hoje está nos trocando pela belíssima Regina. — Ruby brinca e Regina fica corada ao ouvir o elogio, ainda mais quando aqueles olhos azuis tão penetrantes a encaram.

Regina dá um pequeno sorriso e desvia o olhar, procurando controlar sua respiração para que ninguém percebesse o quanto estava nervosa. Regina dança sob o olhar de milhares de pessoas há vários anos, mas bastava aquele olhar para que ela ficasse daquele jeito. Era estranho. Nunca se sentira assim, não sabia explicar.

— Olá Regina, é um prazer revê-la! — Robin estende a mão e Regina faz o mesmo para ele, que educadamente a beija ainda com os olhos fixos no dela.

— Digo o mesmo, sr. Locksley.

— Somente Robin, por favor.

— Certo, Robin! — eles sorriem um para o outro.

Robin então se agacha para falar com a pequena Valentina e então todos se sentam. O almoço seguiu num clima gostoso, Regina e Robin trocaram pouquíssimas palavras e muitos, muitos olhares. Como fugir daquela atração que ambos sentiam? Impossível. 

Robin estava admirado com o jeito que Regina tratava seus filhos, a única mulher que os tratava desse jeito era Ruby e mais ninguém, até porque ele não permitia que seus pequenos conhecessem as conquistas de uma noite dele e quando isso inevitavelmente acontecia, as mulheres os tratavam com indiferença ou então forçavam demais só para ganhar pontos com ele. Mas Regina não, ela conhecia os dois há tão pouco tempo e já cativava um carinho por eles, isso era nítido em seus olhos. Não foi à toa que o assunto da semana na casa da família Locksley girou em torno da Tia Gina. Na hora de ir embora, houve uma pequena discussão sobre a conta, Regina queria pagar sua parte mas Robin fez questão de pagar tudo e não desistiu até convencê-la – o que não foi nada fácil. Depois Valentina, nem Roland queriam se despedir de Regina e ela muito menos, o almoço havia sido agradável demais, mas os pequenos tinham que ir para escola e então não teve jeito, com um aperto no coração Regina os deixou e seguiu para casa. 

 

 

 

 

 

>>>

 

 

 

— Boa noite, Land! — beija a testa dele e acende o abajur que ficava ao lado da cama do garoto.

— Ruby? — chama antes que a babá pudesse se levantar.

— Sim?

— Tia Gina, é bem legal né?

Ruby sorri, era a primeira vez que via Roland e Valentina nutrir um carinho por uma figura feminina que não fosse ela. Soltou um suspiro.

— Ela é.

— Você acha que ela e o papai podem namorar? — os olhinhos dele brilham.

— Namorar? — franze as sobrancelhas — Ainda é muito cedo para sabermos, Roland, isso só o tempo pode dizer. Mas eu adoraria ver seu pai com alguém como a Regina.

— Eu gostaria de ter uma mãe como a Regina, deve ser legal. — diz inocente e Ruby sente os olhos marejarem — Você ajuda eu e a Tina?

— Ajudar em quê?

— A fazer o papa e a Regina gostarem um do outro ué. — a morena ri.

— Não é assim que as coisas funcionam, querido.

— É como então? — pergunta confuso, era adorável aquela inocência toda e Ruby não ousaria a tirar isso dele.

— Nada não. Eu topo! — o garoto sorri de orelha a orelha — Pode me incluir na operação cupido.


Notas Finais


Comentem o que acharam, é muito importante saber como estou me saindo e se estou indo pelo caminho certo. Um beijão e até a próxima!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...