História Medo de amar - Piquenique

Era um costume Zelena, Mary Margaret, Belle, Daniel e Regina almoçarem juntos em algum restaurante próximo a academia. E dessa vez não foi diferente, os cincos escolheram um bistrô bem pitoresco ali por perto e logo estavam decidindo o que iriam comer, mas havia algo errado. Regina estava calada e parecia com a mente bastante avoada, quem a conhecia sabia que esse não era o perfil da dançarina.

“Regina?” depois de várias tentativas, Zelena praticamente grita o nome da amiga.

“O… Oi?”

“Estamos há meia hora tentando falar com você.” Belle cruza os braços “Aconteceu alguma coisa? Você está muito aérea hoje.”

“Não aconteceu nada. Qual é o assunto?”

“Aconteceu sim.” Zelena cruza as mãos sobre a mesa e chega um pouco pra frente “Te conheço, Regininha, vamos falando.”

“Se não quiser falar, não precisa.” se o olhar de Zelena queimasse, certamente, Mary Margaret seria cinzas agora.

“Claro que ela vai falar. E se for algum problema?”

“Não é nenhum problema, Zel.” Regina respira fundo “É que… Eu fui chamado para um encontro.”

“Um encontro?” todos olham espantados pra ela que fica vermelha na mesma hora.

“Sim, qual é a surpresa?”

“Você não sai com ninguém desde Daniel.” Belle esclarece.

“E foi muito difícil convencer você a sair comigo.” o rapaz brinca.

“Ah, gente!” ela esconde o rosto nas mãos “Eu só não penso muito nisso, sabe?”

“Pois você tem que pensar nisso, você tem que se divertir mais, Regina.” diz Zelena, olhando-a com carinho “Agora me conta, quem foi? Você aceitou? É quando?”

“O pai da Valentina.”

“Uau!” Daniel exclama “Ele é um gato!”

“Daniel!” Regina ri acompanhando suas amigas “Deixa Jeff ouvir você falando assim.”

“Não sou cego, cher.”

“E ele é mesmo um gato, Rê.” Zelena concorda.

“E o que você respondeu?” Mary quis saber.

“Eu aceitei.”

Os quatro arregalam os olhos e Regina acha a reação engraçada. Não os culpava, afinal, quando foi a última vez que saira com um homem? Ela chegou em Paris, muito tempo depois, quando já tinha se tornado professora e já tinha formado laços, começou um namoro com Daniel que não foi pra frente, depois saiu com um pianista italiano que estava de passagem pela França, mas foi um desastre já que o cara não parava de falar da ex-namorada. Depois disso não houve ninguém. Mas Regina não ligava, não fazia daquilo uma prioridade.

“Será que vão me expulsar se eu gritar?” Zelena fala, a voz abafada pelas mãos que cobriam sua boca.

“Não seja palhaça!” Regina revira os olhos.

“Não é palhaçada, eu só estou muito feliz. Quando vai ser o encontro?”

“Não sei.” dá de ombros “Ele só me perguntou se eu gostaria de sair com ele algum dia e eu falei que sim. Ele tem o meu número, qualquer coisa é só ligar, mandar uma mensagem, sei lá.”

“Espero que seja logo.” Belle sorri “Talvez ele seja o seu cara.” pisca.

“A gente nem saiu ainda.”

“E…?”

“Vocês já começam a achar que nós vamos casar. Parem!”

“Vai acontecer o que tiver que acontecer.” Mary diz segurando a mão de Regina por cima da mesa.

Era exatamente aquilo, ela não era daquelas que colocavam expectativa em tudo. Ela simplesmente deixava rolar pra ver no que ia dar e pronto, era mais fácil ser surpreendida do que cair de muito alto.

A semana passou voando, mas não para Regina que tinha milhares de coisa pra resolver. Já era sábado, e se engana quem pensa que ela iria descansar, pois dona Elizabeth Plantel, direitora da academia onde ela dava aula queria na segunda feira, um portifólio, onde estariam todas as ideias para a primeira apresentação de suas alunas. Regina já vinha fazendo isso a algum tempo, desde um pouco antes das voltas às aulas, mas ainda faltava algumas coisas. Ela estava discutindo algumas coisas com Zelena, pois as duas tinham ideias de juntar a classe do ballet e do teatro, quando seu celular apita com uma nova mensagem.

Ruby: “Você vai mesmo hoje? Preciso saber quanto de comida levaremos, faremos um belo piquenique ”

“Droga!” Regina pragueja ao terminar de ler.

“O que foi, Rê?”

“Estava tão concentrada no nosso trabalho que me esqueci completamente que Robin me convidou para ir ao Jardin d’Acclimatation com ele, as crianças e a babá.” bufa e se sente culpada por ter esquecido “Vou mandar uma mensagem dizendo que não posso ir.”

“Por quê?”

“A gente precisa terminar isso, Zel.”

“Terminamos amanhã, pode ir.”

“Sério?” ela olha para os papéis jogados sobre a mesinha de centro e mordisca os lábios com dúvida.

“Sim, você ficou o resto da semana inteira sem ver a Valentina.”

“Verdade.”

“Então vai lá matar a saudade dela, do irmão dela e do bonitão de olho azul.”

“O nome dele é Robin.” sorri.

“Robin bonitão.”

“Para!” joga uma almofada na ruiva sem parar de rir “Eu vou, tem certeza que dá pra gente terminar isso amanhã?”

“Absoluta!”

“Não quero ter problema com a Elizabeth.” diz enquanto desbloqueava o celular para responder a mensagem de Ruby.

“E não vai ter, você é a queridinha dela.”

“Nem vem que você também é.” revira os olhos e deixa o celular de lado “Vou tomar banho, escolhe uma roupa pra mim?”

“Claro!” responde prontamente “Vou caprichar, passe meu número para Robin, pois ele vai querer me agradecer.”

“Você é ridícula!”

Elas se levantam e seguem para o quarto da morena, Regina entra para o banheiro e Zelena mexia no guarda-roupa da amiga procurando por uma roupa que a deixaria mais linda do que já era. Ela não queria que Regina soubesse, mas torcia que seja lá o que fosse que estivesse rolando entre ela e Robin fosse pra frente. Regina vivia para o ballet e somente isso, gostava da paixão que a amiga tinha pelo o que fazia, mas ela precisava se divertir um pouco mais e voltar sua cabeça para outras coisas também.

“Escolheu?” Mills pergunta saindo do banheiro com uma toalha enrolada no corpo e outra secando o cabelo.

“Escolhi, meu amor, você vai hipnotizar o bonitão!”

>>>

“Ruby, Ruby, Ruby…”

“O que foi, Roland?” pergunta saindo da cozinha e quase se chocando com o menino que estava correndo “Aconteceu alguma coisa?” pergunta preocupado.

“Eu só quero saber se a tia Regina vai sair com a gente.”

“Nossa, Roland!” ela leva as mãos ao coração e solta o ar que prendia aliviada “Que susto, eu pensei que tinha acontecido alguma coisa, não faz mais isso!”

“Desculpa!” abaixa o olhar.

“Tudo bem! E a Regina vai sim.”

Os olhinhos de Roland brilham e ele bate palmas animado. Ruby sorri e bagunça o cabelo dele.

“Pronto, madame, pode andar agora!” Robin fala após descer as escadas com Valentina no colo. “O que estamos comemorando aqui?”

“Tia Regina vai passear com a gente.”

“Vai?” Valentina pergunta.

“Sim, ela não tinha prometido?”

“Ela também prometeu que me veria sempre no ballet, mas foi mentira.” diz com a cara emburrada.

Depois daquela segunda-feira, quando tinha aula de ballet, Valentina ficava animada na esperança de ver Regina, mas isso não aconteceu. A menina claro, ficou magoada dizendo que a morena havia se esquecido dela. Robin, Ruby e até mesmo Roland, com seu jeitinho inocente, tentavam convencer a pequena de que não era nada daquilo, Regina deveria estar ocupada ou algo do tipo e jamais a esqueceria. Porém Valentina era irredutível, e não era pra menos, única figura feminina que entrou na sua vida e permaneceu, foi a babá, como explicar que Regina não tinha ido embora?

“Nós já conversamos sobre isso, Valentina.” a menina faz bico “Quando chegarmos lá, você vai conversar com a Regina e vai ver que ela não mentiu pra você.”

“Ela gosta da gente, Tina, ela veio cuidar de você quando você ficou dodói.” Robin sorri com as palavras do filho “Vamos, papa?”

“Vão vocês dois na frente que eu vou ajudar Ruby com as coisas do piquenique.” Eles começam a correr para fora da casa enquanto Robin segue com Ruby para cozinha.

Com tudo pronto, os quatro seguem para o passeio que planejavam há meses. Roland era o mais ansioso, nunca teve a oportunidade de visitar o lugar, mas sempre ouvia histórias incríveis que seus amigos da escola contavam.

“Papa, falta muito?” Roland pergunta com os olhos vidrados nas paisagens.

“Não, Land, já estamos chegando.” Robin responde.

“Tia Gina, vai mesmo?” Valentina fala pela primeira vez desde que entrou no carro.

“Vai sim, querida!”

“E ela não vai por causa de mim ou de Robin. Ela vai por vocês dois.” Ruby completa tentando animar a garotinha.

“Eu tô com saudade dela.” diz mexendo no cabelo da boneca que havia escolhido pra levar consigo.

“Eu sei que está.”

“Chegamos!” Roland grita animado.

“Agora você vai poder matar a saudade dela.” Robin olha para filha através do retrovisor enquanto estacionava o carro.

“Eu vou, só que ainda tô com raiva.” faz uma careta arracando uma risada dos mais velhos, pois sabiam que aquela carranca toda, era pura manha.

Robin encontra uma vaga e estaciona o carro. Ele desce do veículo seguido por Ruby e retiram as crianças das cadeirinhas, assim que eles saem do carro, ficam admirados com a vista. Jardin d’Acclimatation era uma área verde bastante extensa, ao longe era possível ver um rio com alguns barcos próprios para passeio, o lugar também era conhecido pela presença de alguns animais da fazenda e aves, que prendia a atenção das crianças, bem como, o parque de diversões.

“Você já avisou à Regina onde estaremos esperando por ela?”

“Já! Ela deve est…”

“Tia Reginaaaaa!” Roland sai correndo em direção a morena que caminhava até eles.

Regina se agacha para receber o abraço que o garoto estava prestes a dar. Ela abre um sorriso enorme e o aperta.

“Você não vai lá?” Ruby pergunta à Valentina, que apenas nega com a cabeça.

Após encher Roland de beijos, Regina se levanta e dá a mão livre para ele, pois a outra estava ocupada segurando uma enorme caixa. Robin a examina enquanto ela caminha, usava um vestido florido com diversos tons de rosa, com um recorte na cintura que deixava uma parte dela em evidência. O loiro engoliu em seco e tentou desviar o olhar, o que era quase impossível se tratando dela.

“Olá, olá!” a voz doce e alegre de Regina atinge seus ouvidos causando um efeito que ele tentava a todo custo rejeitar “Meu anjinho, você não vem falar comigo?” ela olha pra Valentina que fecha mais a cara e se esconde atrás do pai, o que a fez lembrar de Roland no dia em que conheceu o garoto, mas Valentina era o oposto dele, o que causou um estranhamento “Está tudo bem?” ela olha da menina para os mais velhos.

“Ela está chateada porque você não viu ela no ballet.” Roland é quem se pronuncia.

Regina abre e fecha a boca, sem saber ao certo o que responder, sentia-se culpada por não ter cumprido a sua palavra, mas o que ela poderia fazer? Estava atarefada no trabalho.

“Tina!” ela entrega a caixa para Ruby segurar e então se ajoelha para ficar frente a frente com Valentina “Me desculpa, meu anjo, eu realmente tentei falar com você, mas a titia estava muito ocupada e não podia largar o trabalho dela.”

“Você tinha prometido.”

“Eu sei, você acha que eu não fiquei mal por isso? Eu estava morrendo de saudades de vocês.”

“Jura juradinho?” ela sai detrás do Robin.

“Juro juradinho.” pisca um olho pra ela e recebe um sorriso lindo de volta “Vai me abraçar agora?” pergunta abrindo os braços e Valentina se joga em cima dela “Senti sua falta, anjinho!”

“Eu também, Gina, eu preciso te amostrar o que eu aprendi.”

“Vou adorar ver.” sorri e se levanta “Olha, vocês me falaram sobre o piquenique hoje, então não deu tempo de preparar nada então passei em uma confeitaria maravilhosa e comprei uma torta de chocolate com cereja.”

“Hummm!” Roland e Valentina adoram a novidade.

“Não precisava, Regina.” Robin assegura.

“Não foi nada.” sorri sem jeito e volta a encarar as crianças “Mas da próxima vez, vocês provarão minha famosa torta de maçã. Sem querer me gabar, mas eu faço a melhor torta de maçã de toda Paris.”

“Nossa, até eu fiquei com vontade agora.” Ruby fala fazendo Regina sorri.

“Você vai adorar!”

“Quero ver.” ela dá uma mão a Roland e olha para Robin e Regina “Vamos procurar um lugar para arrumar nosso piquenique?”

Todos concordam e começam a andar, Ruby puxa as crianças para irem na frente deixando os outros dois para trás. Robin tinha certeza de que aquilo era proposital, mas com certeza não falaria nada agora, não agora.

“Hum…” Robin tenta puxar assunto um pouco sem graça “Quer dizer que você gosta de cozinhar?”

“Eu adoro!” sorri “Não que eu cozinhe sempre, é mais quando eu estou ansiosa ou estressada.”

“Quando eu estou estressado, eu não saio de dentro do meu escritório.”

“Sério? Ou eu cozinho ou danço, pra mim é uma ótima terapia.” Antes que Robin pudesse responder, Ruby os interrompe.

“Aqui está bom né?” pergunta debaixo de uma árvore.

“Por mim, está ótimo.” Regina responde se aproximando deles.

“Por mim também.”

“Então me ajudem aqui.”

Eles estendem o pano no chão e colocam a cesta com as comidas que preparam por cima dela. Regina ajuda a Ruby a organizar tudo sobre o pano, e logo todos estão sentados desfrutando da comida. Regina não fazia ideia da última vez que participara de um piquenique, talvez na adolescência com suas antigas amigas, mas nunca em Paris, e ela estava genuinamente feliz por fazer parte daquele momento.

“Papai, vem cá!” Valentina se levanta e puxa o rapaz até um local onde havia várias florzinhas cor de rosa.

“O que foi, minha filha?”

"Papi, olha que florzinha mais linda!"

"É linda mesmo." sorri.

"Toma! Entrega pra Tia Gina!"

“Eu?” fica sem saber como agir.

“Sim, ela vai adorar!” sorri “Toma!”

“Por que a gente não faz o seguinte, primeiro você deixa ela feliz e depois o papai?” sugere.

“Você promete?” Robin sacode a cabeça concordando “De dedinho?” ela levanta o dedo mindinho para entrelaçar ao dele. Ele teria que cumprir a promessa ou teria sérios problemas.

Valentina volta correndo para perto de Regina e estende a flor para ela, a bailarina sente seu coração crescer dentro do peito com o gesto da menina e iria guardar aquela florzinha com o maior cuidado, como se fosse um tesouro intocável, e para ela de fato era.

“Vamos ver o teatro de fantoche?” Roland pede.

“Vamos!” Ruby levanta.

“Algum de vocês vem comigo?”

“Deixa eu descansar um pouco, não sei como você aguenta o pique deles.” Regina responde rindo.

“Anos nesse mesmo ritmo.” e saí deixando Robin e Regina a sós.

“E então Robin, você não me falou com o que você trabalha, só sei que envolve escritório e viagens.” a morena puxa assunto quando Ruby e as crianças os deixam sozinhos.

“Eu sou dono de alguns hotéis.”

“Sério? Eu conheço?”

“Acho que sim, meu pai fez um bom trabalho e eu estou tentando continuar isso.”

“Qual é?” pergunta curiosa e Robin sorri, ela parecia uma criança querendo saber o final de alguma história.

“Enchanted Hotel.”

Regina fica boquiaberta, não podia acreditar que o homem à sua frente era dona de uma rede de hotéis que ficava entre os mais famosos da França, e de outras partes do mundo também.

“Você está brincando comigo, não está?”

“Por que eu brincaria?”

“Não sei.” ele solta uma risada fazendo-a se arrepiar com o som. Era lindo, ele deveria rir assim mais vezes. “Robin!”

“Eu estou falando super sério, Mills.”

“E como é dirigir um império desses?”

“Acho que deixarei para falar sobre isso no nosso encontro.” ela para de sorrir imediatamente e de repente passa a se sentir como se milhares de borboletas brincassem no seu estômago.

“Quando me convidou, você estava mesmo falando sério?”

“O que você tem contra mim que acha que eu brinco o tempo todo?” ri “É claro que eu estava falando sério. Eu quero sair com você.”

Regina desvia o olhar e morde os lábios.

“Ok, então. Nós vamos sair!” o loiro não parava de sorrir, ela conseguia ser ainda mais linda envergonhada. “Que lindo!” Regina fica de pé ao ver um cisne no pequeno lago que havia ali, Robin fica de pé também e se aproxima para ver o animal.

Ela estava tão encantada com a ave que nem se deu conta da figura que se aproximava do casal, até que o mesmo pulou em sua frente e no susto, Regina deu um passo pra trás, batendo no peitoral de Robin que segurou sua cintura. A mulher estremeceu com o toque, ele percebeu, e nenhum dos dois ousou se afastar.

“Peguei vocês!” o palhaço que havia assustado os dois cai na gargalhada e depois tira o seu chapéu “Aqui, rapaz, ponha a mão aqui e retire o que tem dentro.”

Robin faz o que o palhaço pediu e então retira uma linda rosa branca do chapéu, em perfeito estado. Como? Ele não sabia.

“Dê para sua namorada.” antes que um dos dois pudesse corrigí-lo, o palhaço já corria de forma engraçada para poder divertir outras pessoas.

“Já é a segunda pessoa que me pede para lhe dar uma flor.”

“Segunda?”

“Valentina.” fala como se fosse óbvio e ela sorri.

“Ela é um verdadeiro anjo!” sorri olhando para a pequena que estava entretida com os fantoches junto de seu irmão.

"Você tem um sorriso tão bonito, Regina, e quando você olha assim pra eles eu sinto algo estranho dentro de mim." confessa.

"Estranho bom?"

"Muito bom." Regina fica sem saber o que responder e ele percebe “Sua flor.” ele estende a rosa e ela pega sorrindo. Esse homem estava mexendo com ela muito mais do que admitiria.

>>>

Já era tarde da noite e Regina não conseguia pregar os olhos, agora além de ter duas criaturinhas ocupando sua mente, também não parava de pensar no pai delas e em todos os acontecimentos daquele dia. Robin não parava de demonstrar interesse nela, mas também parecia querer se segurar, como se investir nela fosse completamente errado. Ou estaria ela vendo coisas?

Respirou fundo e fechou os olhos, ela tinha que dormir. E quando finalmente o sono parecia estar surgindo, uma mensagem chega em seu celular, um pouco contrariada ela pega o aparelho sobre o criado-mudo e olha de quem era. Robin Locksley.

Robin: “Terça-feira, às 20:00, passo para te buscar na sua casa, encontro marcado?”

Ela sorri e então envia a resposta.

“Encontro marcado :)”