Logo de manhã Hoseok notou um carro estacionado em frente á sua casa, não demorou muito para que o motorista do veículo buzinasse e chamasse pelo dono da casa, o homem dos cabelos alaranjados abriu a porta da frente ainda vestido com sua roupa do dia anterior e atendeu.
— Posso ajudar? — Hoseok perguntou. O homem de cabelos cinzentos saiu do carro.
— Bom dia, creio que você seja Jung Hoseok, certo? Muito prazer eu sou Park Jimin, o assistente social de seu filho. — O rapaz cumprimentou sorrindo.
— Ah, do Tae claro. — Hoseok sorriu falso. — Entre, eu vou chamá-lo.
— Posso checar a casa enquanto isso? — Jimin pegou uma ficha no carro.
— Pode sim, não repare a bagunça, eu ia arrumar tudo hoje já que saí pra trabalhar ontem, e Taehyung bagunçou tudo.
— Entendo, tudo bem.
Hoseok subiu as escadas com pressa e destrancou a porta do quarto.
— Taehyung acorde. — Ele chamou o menino que dormia profundo na cama, enquanto isso se direcionou ao guarda-roupas vazio. Ele realmente não tinha roupa alguma a não ser aquelas que estavam em seu corpo. Hoseok desceu em seu quarto e foi observado por Jimin, pegou uma calça e uma camisa e voltou ao quarto de Taehyung.
— Vamos, tire logo as roupas. — Hoseok puxou o menino para que esse levantasse. Taehyung ainda sonolento tentava raciocinar o que se passava. O mais velho puxou seu moletom e retirou-o do corpo do filho vendo todos os hematomas do mesmo, colocou a camisa social de mangas compridas no moreno e a abotoou.
— Hum... — Taehyung resmungou esfregando os olhos.
— Vista a calça e desça lá pra baixo. Rápido. — Hoseok saiu do quarto e voltou para a sala onde Jimin estava sentado no sofá anotando coisas na ficha.
- Bem Sr.Jung pelo que me parece, a casa está em boas condições tirando o fato da bagunça e da pouca comida nos armários. E seu filho?
— Ele já está descendo.
No mesmo momento Taehyung desceu as escadas bocejando e estranhou ao ver o assistente Park.
— Bom dia, Taehyung. — Jimin disse.
— Bom dia. — Tae respondeu.
— Eu me chamo Jimin, seu assistente social. Poderia me dizer como é seu dia a dia nessa casa? A convivência entre você e seu pai são boas?
O menino assentou com a cabeça. Jimin escreveu mais uma vez na ficha.
— Ótimo, tem lhe faltado algo que você está precisando?
— Não senhor. — Taehyung negou.
— OK. Sr.Jung, aqui no histórico escolar de seu filho diz que ele já está há um bimestre sem estudar, por quê?
— Bem, no inicio do ano ele estava com anemia e o médico ordenou para que ele ficasse em casa por umas semanas. Ele acabou não querendo voltar pra escola. — Hoseok mentiu.
— E agora você quer voltar a estudar, Tae? — Jimin perguntou ao garoto que abriu um sorriso.
— Quero sim.
— Muito bem, vou tratar de arranjar uma vaga para você. Voltarei na semana que vem e no próximo mês. Até logo, foi um prazer. — Jimin acenou e Hoseok o acompanhou até a saída. O assistente foi embora.
[…]
Pela primeira vez naquele ano, Taehyung sorriu. O menino parecia um anjo que recuperara as asas. Mas a felicidade não durou muito.
— Graças á esse seu "assistente" você vai estudar agora. Mas se eu souber que você contou algo para alguém dessa sua escola, eu irei te matar Kim Taehyung. Está me entendendo? — Hoseok falou num tom ameaçador.
— Estou sim pai. — O menino sentiu seu corpo arrepiar. — Eu... posso ir para o meu quarto?
— Se quiser ficar sem comer pode ir.
Taehyung ficou parado onde estava e seu pai foi para a cozinha pegou uns pães no alto do armário e a mortadela na geladeira.
— Venha pegar o seu.
— Obrigado, p- — Tae foi interrompido.
— Não me agradeça, eu só estou fazendo isso por causa daquele idiota. — Ele falou se referindo á Jimin.
— OK...
O homem encarou o jovem menino por um tempo, fazendo-o se sentir desconfortável. Taehyung se encolhia cada vez mais, se aproximava da parede continuamente acabou por largar sua comida na bancada da cozinha.
— Vou ir para o meu quarto. — Ele estava pronto para correr, quando o homem o segurou e levantou sua camisa. — Eh?! O q-que está fazendo? — Taehyung escondeu seu rosto envergonhado.
— Estúpido... Só estou olhando seus hematomas. — Hoseok abriu o fecho da calça de Taehyung para analisar os hematomas em suas coxas.
— V-Você não precisa olhar, eu estou bem...
Hoseok apertou o pulso de Taehyung com força e com a outra mão, encravou as unhas na coxa do garoto que trincou os dentes.
— Cale a boca. — Hoseok ordenou irritado.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.