O sol estava se pondo no horizonte, X e Zero trocavam alguns socos e chutes quando se viram exaustos e caíram de costas no chão. Alia estava ofegante e encostada numa árvore, Hilbert por sua parte encarava a bela vista, seu coração estava inquieto, o momento ficava mais próximo a cada segundo, mesmo sabendo que ainda teriam treze horas de espera, mas era inevitável o nervosismo.
Zero se levantou e caminhou até o lado do filho, ele passou a ver o horizonte e sem olhar na face de Hilbert começou a falar:
Zero: Estamos prontos?
Hilbert: Não sei dizer.
Zero: Treinamos duro por um ano inteiro, não tem como sermos derrotados novamente.
Hilbert: No meu tempo vocês também estavam convencidos que iam ganhar e no final foram mortos, não quero que isso se repita nessa linha temporal.
Zero colocou a mão no ombro de Hilbert e começou a tentar passar confiança:
Zero: Somos mais fortes que nossas contrapartes do seu tempo, se ocorrer da mesma forma, creio que os cybers humanos serão facilmente vencidos.
Hilbert: Talvez, mas sinto que tem algo de errado.
Zero: São só seus instintos, tudo vai acontecer da melhor maneira possível.
Hilbert: Espero que o senhor esteja certo.
Zero: Tenho certeza que estou, agora vamos voltar para a base.
O grupo retorna para a base dos hunters e X vai direto até a oficina de Douglas, assim que chega ao local se depara com seu amigo que parecia está terminando de construir algo:
Douglas: Oi Douglas.
Douglas se virou e assim que viu que era X deu um sorriso e pediu para ele ver o que estava construindo, logo após ver, o Hunter de armadura azul abriu a boca, realmente estava ótimo:
X: Você é o melhor Douglas!
Douglas: Todas as quatro estão prontas.
X: E os brincos?
Douglas: Os projetos que você me trouxe são incríveis, não consigo imaginar a mente que os projetou.
X: Acredite, eu sei. (Disse com uma cara de desgosto)
Douglas: Então, eu estudei bastante e percebi que podia mudar algumas coisas, mas fazer aqueles trecos é muito difícil, acho que não estarão prontos a tempo.
X: Não se preocupe com isso, termine quando puder, acho que o que temos já é o suficiente.
Douglas: Podem passar para buscar tudo amanhã antes de saírem.
X: Obrigado por tudo Douglas, eu nem sei como te agradecer.
Douglas: Não precisa dizer nada, tudo para salvar o mundo de uma nova ameaça.
X saiu da oficina e foi até seu quarto para tomar um banho. Enquanto isso Zero e Hilbert estavam no jardim da base olhando as recém-chegadas estrelas vindas junto de um céu noturno e uma lua cheia de cor prateada, pai e filho olhavam o céu, Hilbert ainda tinha seu coração agitado, finalmente iria rever aqueles que mais o atormentaram no seu tempo, foi um ano sem ver suas faces, apesar de confiante, tinha medo de qualquer coisa dar errado:
Zero: Acalme seus medos.
Hilbert: Como? Vou reencontrar aqueles que destruíram meu futuro, mataram meus amigos e familiares, me condenaram a uma vida de tristeza e dor. Como não ter medo deles? Até parece que o senhor nunca ficou com medo.
Zero: Engano seu, eu já fiquei com medo várias vezes, confesso que estou nervoso, mas é preciso controlar isso, acalmar seu coração e seguir à pé para a batalha.
Hilbert respirou fundo e depois jogou o ar para fora, encarou o céu e em seguida voltou seu olhar para o pai:
Hilbert: Vou dar o meu melhor na batalha.
Zero: Esse é o meu garoto.
Hilbert: Não sou um garoto há muito tempo.
Ao falar isso o filho de Zero teve um flashback de seu passado, ele estava com uma aparência mais jovem, numa cidade em ruinas, com o céu fechado e chovendo muito e para completar tinha o corpo de uma mulher morta na sua frente:
Hilbert: Eu não sou um garoto desde daquele dia, nem sei como conseguir contar para a Andrey sobre o ocorrido, ela ficou tão traumatizada quanto eu. (pensou o rapaz com uma cara triste)
Zero: O que foi Hilbert?
Hilbert: Só uma lembrança que eu gostaria de esquecer.
Zero: Quer-me conta lá?
Hilbert: Não obrigado, é algo pessoal.
O jovem tratou de engolir a tristeza e melhorar a cara, voltou seu olhar para as estrelas e viu uma brilhante estrela vermelha no céu noturno, aquilo o fez ficar surpreso e quase chorou com aquilo:
Hilbert: A senhora está me acompanhado para todo lugar não é? Eu vou honrar sua morte, ela não terá sido em vão eu garanto isso. (pensou o jovem do futuro)
Então alguém senta entre os dois e eles percebem ser Íris:
Íris: A dupla dinâmica não vai entrar?
Hilbert: Só demos uma parada rapidamente para olhar as estrelas.
Íris: Sério!?
Hilbert: Sim, por quê?
Íris: Porque seu pai no nosso primeiro encontro me levou num lugar para ver as estrelas.
Zero: É verdade, já faz muito tempo.
Hilbert: Minha mãe me contou essa história quando mais novo.
Íris se levantou e puxou Zero pelo braço e falou para ele:
Íris: A Ginger já está louca para ver você de novo e eu preciso ir cuidar do Hilbert.
Hilbert: Eu estou bem aqui. (falou levantando a mão)
Íris: Não você, o meu Hilbert.
Hilbert: Ah tá.
Zero: Vamos logo rapaz.
Hilbert: O senhor é quem manda aqui.
Assim que entram no quarto, Zero é abraçado por Ginger que é pega no colo pelo loiro, a pequena tinha agora dois anos completos e a cada dia ficava mais parecida com Minerva:
Ginger: Eu estava com saudades papai.
Zero: Eu também ruivinha.
Ginger: Oi mamão.
Hilbert: Fala chata.
Ginger: Eu não sou chata.
Hilbert: Não é o que a minha memória diz.
Zero e Íris já tinham falado para Ginger que o Hilbert mais velho era o irmão dela, porém do futuro, a garota na época achou tudo aquilo muito mágico e desde então sempre que tinha a chance queria brincar com ele, o rapaz aceitava, mas era porque no seu tempo não gostava de brincar com a irmã, pois preferia ir treinar para derrotar os cybers humanos, logo acabou se arrependo disso.
Enquanto os quatro comiam numa mesa, Íris vez ou outra virava a cabeça para ver se o Hilbert do presente precisava de alguma coisa, o bebezinho tinha nascido há uma semana e era bem quietinho.
O Hilbert mais velho olhou para sua versão bebê e disse sussurrando para si mesmo:
Hilbert: Você não irá sofrer como eu sofri, eu prometo isso para mim mesmo.
A manhã nasceu sobre a cidade, X acordou e foi até o refeitório e esperou pelos companheiros, minutos depois chegou Zero e Hilbert do futuro, em seguida Alia:
X: Prontos?
Alia: É hoje.
Zero: Nosso treinamento não foi em vão e vamos mostrar isso para aqueles híbridos de máquina e humanos.
Alia: Vamos acabar com eles sem terem a chance de contra atacarem.
X: Ótimo que estejam confiantes, mas eu tenho uma surpresa para todos.
Zero: Surpresa?
X: Sigam-me.
X levou os demais até a oficina de Douglas, o mecânico já estava lá e recepcionou todos:
X: Pode mostrar Douglas.
Alia chegou perto do namorado e falou bem baixinho ouvido dele:
Alia: Por acaso isso tem haver com aquela coisa que você tinha para tratar com Douglas?
X: Sim.
Douglas andou até um conjunto de quatro cápsulas, apertando um botão na parede ao lado, as cápsulas se abriram e revelaram quatro armaduras:
Hilbert: Uau!
Alia: Então era isso?
X: Tem mais.
Douglas: Essas armaduras foram feitas na antiga armadura que o X tinha na época da invasão ao castelo de Sigma, elas foram feitas com o metal mais resistente do mundo, tem potência redobrada em suas armas, um aparato nas botas que perto usar um tipo de turbo chamado de dash e cada uma conta com uma habilidade especial.
Douglas se aproximou da primeira capsula e falou:
Douglas: Essa é a de X, a Pegasus Armor.
A armadura era branca com detalhes com dourado, em suas botas e capacete tinha duas asinhas simbolizando as asas do Pégaso. Douglas apontou para a segunda armadura:
Douglas: Essa é a de Zero, a Phoenix Armor.
O traje era laranja com detalhas em vermelho e dourado que lembravam chamas ardentes. O mecânico mostrou a terceira armadura:
Douglas: Esta é a Dragon Armor e é pertencente a Alia.
A armadura era de um azul ciano, no capacete tinha três chifres tem amarelo que saiam da testa e no meio desta tinha um cristal em vermelho e na parte dos punhos tinha uma espécie de garras:
Douglas: E por fim, mas não menos importante a Lion Armor, ela é do Hilbert.
A armadura era marrom com detalhes em dourado, tinha um cristal azul na testa e um conjunto de estruturas que lembravam uma pequena juba saindo de cima do capacete:
X: Vamos ver como ficaram?
Alia: Poderia ter dito isso para nós.
X: Queria fazer uma surpresa.
Minutos depois os quatro estavam trajados com suas respectivas armaduras, todos estavam satisfeitos, para X isso era nostálgico, sua primeira armadura foi destruída junto de Giga City há quase dois anos:
X: Obrigado novamente Douglas.
Douglas: Não tem de quer.
Zero: Vou te falar X, você tem bom gosto para estilo de armadura.
Então os quatro saíram da base e pegaram uma nave até South City, assim que chegaram à cidade, eles desceram do veículo e X chamou todos para uma conversa:
X: Vamos nos dividir, se acharem algo de errado, alertem os outros.
Hilbert: Qual sinal vamos usar?
Zero: Que tal um tiro de energia no céu.
Alia: Certo, agora vamos.
X: Tomem muito cuidado todos vocês.
Alia, Zero e Hilbert: Ok.
Os quatro se separam e foram vasculhar cada canto da cidade, enquanto isso no meio de uma loja um trio de pessoas aparentemente comuns estavam com uma cara de suspeito, então um deles falou:
???: É hora do nosso show começar pra valer.
CONTINUA
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.