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História Meia Noite - Prólogo


Escrita por: Hidden_Past

Capítulo 1 - Prólogo


 - O que é... Essa sensação? A dor... está latejante, não consigo andar, respirar e nem pensar, tudo está escuro. Isso é a morte? Nunca pensei que ela fosse ser tão horrível assim... sem ninguém junto de si, sem luz, a morte me da medo. Como isso foi acontecer comigo? - Uma luz começa a iluminar meus olhos e apareço em um lugar bem conhecido meu, a estação de trem, havia dois trens, um atrás e um a frente. O da frente tinha os dizeres "Morte" logo no primeiro vagão, e o de trás escrito "Vida". - Vida ou... Morte...  - Exatamente, você tem a opção de escolher entre viver ou morrer, Léo. - Uma voz angelical surgiu da boca de uma garotinha vestida totalmente de branco que não havia visto antes encostada no trem da Morte.  - Quem é você? Outro "deles"? - A Garota deu um sorrisinho e começou a vir em minha direção, sua mão mirou um ponto no chão de mármore e um banco começou a surgir ali. Ela se sentou e me observou com seu olhos cinzentos.  - Eu me pareço com um deles? - Neguei com a cabeça e ela tocou gentilmente o espaço que restava do banco. -Venha, sente-se.  - Ok... - Me sentei aonde ela pedira e fiquei observando o trem da Vida enquanto ela observava o da Morte.  - Você sabe porque está aqui, Léo? - Ela perguntou depois de uns minutos em silêncio.  - Eu morri... certo?  - Talvez sim, talvez não.  - Como assim?  - Neste momento você está a beira da morte, você tem a opção de escolher entre viver ou morrer. - A palma de sua mão brilhante apontou para o nada e uma imagem nada agradável apareceu em pleno ar.  - Aquele... sou eu? - Perguntei apontando para a minha própria imagem, meu corpo estava ao chão junto de uma poça enorme de sangue, havia grandes buracos em certas áreas do meu corpo, foram ali que "ele" me atingiu; meu corpo estava muito branco.  - Sim, aquele de fato é você, como eu havia dito antes, você está a beira da morte como pode ver, você perdeu muito sangue e seus ferimentos estão horríveis, mesmo que escolha o Expresso da Vida, não garanto que consiga fazer muita coisa nesse estado, como por exemplo, correr.  - Ele ainda está lá? - Perguntei ressentido.  - Veja por si próprio. - Sua mão se abriu completamente e eu pude ver o túnel onde meu corpo estava, ele ainda estava em minha frente respirando violentamente enquanto olhava para meu corpo semi morto. - Como pode ver, sua situação é desesperadora, a opção mais aconselhável é pegar o Expresso da Morte.  Talvez Expresso da Morte seja o certo a se pegar, mesmo que eu volte e consiga fugir, do que adiantará? Eu sou um ninguém para todos, todos me querem morto, ninguém gosta de mim, não tenho amigos, sempre foi assim e não é porque estou no terceiro ano que algo vai mudar. Eu perdi a única pessoa que realmente se preocupava comigo, minha irmã, estou completamente sem chão, e quem sabe quantos deles ainda existem...  - Aquele que me deixou nesse estado, foi o mesmo que matou minha irmã?  - Não, há vários deles no mundo, só que eles não são visíveis, a não ser que... eles queiram que você os veja.  - Aquele que matou a minha irmã... Ele está atrás de mim também?  - Quem sabe.  Me levanto do banco e caminho até o Trem da Morte e abro a porta de um dos vagões.  - Já fez a sua escolha então Léo?  - Sim, não há motivos para que eu volte para meu corpo, ninguém sentirá minha falta.  - Isso é o que você diz, mas, me diga Léo, o que sua irmã diria se você escolhesse a morte quando tem a opção de viver? - Isso me fez pensar no que Ágata diria, provavelmente me daria um sermão, mas eu já estou cansado da minha vida. - Não esqueça Léo, que depois do tornado vem sempre a calmaria.  Assenti com a cabeça e entrei no trem e me sentei na cadeira mais próxima esperando que ele partisse, o trem balançou e o som do vapor saindo começou a ficar audível e o barulho das rodas começando a deslizar junto.  "É a hora" Pensei "Hora de morrer".



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