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História Melancholy Night - Único;


Escrita por: Sasazaki14

Notas do Autor


Essa foi a primeira fanfic que postei oficialmente, mas como a primeira estava cheia, cheia mesmo de erros e a formatação horrível eu resolvi a reescrever.

Espero que para quem leu a versão antiga goste dessa, enfim...
Boa leitura *. °

Capítulo 1 - Único;


Fanfic / Fanfiction Melancholy Night - Único;

                  

Sou Kim Taehyung, tenho 23 anos e faço faculdade de artes estou morando sozinho. Por vezes tenho companhia de um ficante, mas por alguns meros minutos, esses que resume-se em sexo.  


– Você está tão calado hoje...o que aconteceu? Esta doente? – indagou o ruivo preocupado.

– Nada...Só...cansado Hoseok. - respondeu Taehyung desanimado.

– Mas vamos transar? Tenho certeza que depois você vai estar melhor - sugeriu com um sorriso sugestivo em face já se pondo em cima do outro.

– E você irá embora depois? – perguntou mesmo já sabendo a resposta.

– Claro, você sabe que não posso ficar aqui minha esposa ficará preocupada... – confirmou de modo constrangido.  

– Okay... Então vem aqui. – o puxou pela gravata azul que usava. – Vamos acabar logo com isso.

 

Esse ficante é Jung Hoseok, dois anos mais velho que eu, alguém que eu conheci por acaso em uma balada gay. No começo eu não sabia, que iria gostar dele desse jeito...me sinto asfixiado perto dele...Não deveria gostar dele tanto assim, ele é casado, sim, o famoso hétero enrustido.

Ah...eu não deveria.

 

   -×-

_Faculdade_


Faculdade não é um lugar em que eu me sinta bem, aqui é como se eu fosse um fantasma, ninguém me vê ninguém me ouve e quando me veem correm. E eles sabem que sou gay pois quando estava no primário acabei me declarando para um colega de classe, eu era inocente e não sabia que ser gay era errado então fiz essa besteira e acabei sendo vítima de bullying em todos os meus anos escolares pois sempre tinha um colega da minha classe anterior que espalhava isso para todos os outros. 

E meus pais? Eles sabem também por este incidente do primário, meu pai me recusou, me deixou de castigo mas antes me deu uma bela surra, mas minha mãe não, ela me disse “Não me importo com isso, você ainda e meu filho que tanto amo e não vou te recusar por isso, só quero que seja feliz” Lembro disso todos os dias, como se fosse um amuleto da sorte que me dá forças para continuar. E depois de alguns anos de brigas em casa com meu pai resolvi sair e ter minha própria vida e nessa época tinha meus 17 anos.

-×-


Nos intervalos eu me encaminhava só até o refeitório e pedia o mesmo de sempre, ramem, uma comida simples mas que eu simplesmente amo logo após hambúrguer. Quando pego minha bandeja com meu prato de ramem escuto uma voz atrás de mim.


– Wow, Ramem!? – me sobressalto com o susto e logo me viro vendo um garoto de feições infantis.

– Sim... – respondo meio incerto sem saber o por que da pergunta inicialmente.

– Eu também olha! – diz me mostrando sua bandeja em completa animação. Adorável.

– Mas gente, outro estranho do ramem? É raro ver gente comendo só ramem aqui além do Jeongguk.- disse outro garoto baixinho que acabará de chegar.

– Isso que eu ia dizer mas não nos rotule “estranhos do ramem” Jimin!- ralhou com o suposto Jimin.

-Okay, mas você conhece ele? -aponta para mim.

- Oh! Não. Olá, sou Jeon Jungkook e esse aqui e o Park Jimin. Prazer. – apenas maneamos as cabeças em comprimento pois as mãos seguravam as bandejas.

– Eu sou Kim Taehyung.

– Então vamos logo antes que acabe o almoço jeongguk.- Se despediu de mim rapidamente já empurrando o outro pelas costas.

E eu fiquei lá pensando o que tinha sido aquilo? “Estranho do ramem”? Pff, os dois eram os mais estranhos.


-×-


_Dia seguinte_

Sentado em um dos bancos do pátio da faculdade observava o céu com um azul forte, o vento também forte afastava as poucos nuvens que tinham, a visão disso me deixa confortável, gosto do dia, bem diferente da noite.

As noites são melancólicas.


– Yo, Taehyung. -fui tirado de meus pensamentos pelo comprimento repentino olhei para o lado e Jungkook já estava sentado e eu retribui o comprimento. – Você tem quantos anos?

– Vinte e três, e você?

– Tenho vinte e um, então você é meu hyung? – perguntou mais para si mesmo. –Seria Taehyung Hyung? Ou Tae hyung?

– Tanto faz... – dei uma risada baixa. – pode ser apenas Taehyung.

– Okay, Taehyung e hã... – Jungkook ia dizer algo mas foi interrompido.

– Até que enfim te achei Jeongguk. – falou Jimin se apoiando no ombro do citado e depois olhou para mim. – Ah! Oi, Taehyung certo?

– Certo, Jimin? – questionei recebendo um aceno positivo.

– Bom...temos que ir Jeongguk, o professor está te procurando. – avisou já puxando Jeon, isso que parecia ser um costume do baixinho.

– Que chato! - resmungar com uma adorável cara emburrada. – Até depois Taehyung. – se despediu e eu mostrei um positivo com as mãos.

Eles sempre eram estranhos e confusos assim? E aliás , por que eles falam comigo?

 Por que Jungkook fala comigo?


[... ]


Eram por volta das 22: 00 horas da noite quando voltava para casa depois de meu trabalho, passava por uma rua vazia quando levei um susto ao ter meu braço agarrado.


– Até que enfim eu te achei Taehyung - falou a voz tão conhecida por mim me fazendo ter arrepios.

– O que você quer Hoseok?- indaguei com raiva e indiferença.

– Por que não me atende mais? E nem na sua casa te encontro, você se mudou? – começou o questionário se pondo a minha frente.

– Por favor me deixa em paz! - exclamei engolindo o bolo em minha garganta. – Você já é casado e se quer alguém pra sexo procure outro!

-O que?- perguntou com uma expressão incrédula no rosto. – Eu te amo Taehyung, eu preciso de você...só de você.


E lá estava sua personalidade manipuladora que me dizia coisas doces e amáveis, coisas que eu queria e necessitava ouvir, e pôr essas coisas o meu eu fraco e carente caia e eu simplesmente não podia ignorar.


– Okay Hoseok, quer ir pra minha casa? – sugeri ainda sentindo o bolo de lágrimas que eu engolia persistentemente.

– Vai demorar Tae, que tal um hotel que tem aqui perto? – sem forças para argumentos eu apenas concordei.

– Te amo tanto. – disse e me deu um beijo logo se pondo a andar.


E enquanto eu o seguia só conseguia pensar “por que faço isso a mim mesmo?”


[... ]


O hotel era normal, nada muito extravagante, o que achei bom, sempre gostei de coisas simples.


– Vou lá reservar o quarto para a gente. – avisou Hoseok merece deixando perto de uns sofás no salão da recepção onde me sentei.


Fiquei pensando o quanto seria bom se ele ficasse hoje, mas será apenas por uns minutos, o tempo da transa, e ele irá embora me deixado só.


– Taehyung? - e lá estava eu me assustando novamente por aquela mesma voz. Jungkook. – O que faz aqui?

 Eu acho que quem deveria perguntar isso sou eu, você é o mais novo afinal. - o lembrei tentando manter a expressão séria o que era impossível para com aquele ser adorável e eu já sorria.

– Bem, eu estou sem casa e passando as noites neste hotel. – respondeu simples logo dando de ombros.

– E seus pais!? – perguntei incrédulo, como alguém vive em um hotel?

– Estão em Busan, eu sou de lá e vim para Seoul pois aqui tem melhores chances de emprego e melhores faculdades. – novamente de ombros e refez a minha pergunta. – E o seus pais?

- Estão em Daegu, sou de lá e vim para cá por várias razões que são difíceis de explicar. – difíceis de explicar e que eu não tinha nem ânimo para contar.

– Pronto Tae, podemos ir? – chegou Hoseok guardado seu carteira até levantar os olhos e vendo Jungkook. – Ah, quem é o seu amigo?

– Jeon Jungkook, prazer? - se apresentou mas sem sua costumeira educação o que estranhei.

– Jung Hoseok. – respondeu apresando já virando sua atenção para mim – Vamos? – pegou minha mão me guiando até o elevador mas antes de entrar na cabine fui impedido por mãos em meus ombros.

– Espera. – era Jeon que tinha olhos perdidos em suas mãos. – Aqui... – colocou alguém em meu bolsa da calça. – caso queira.


[... ]


– Hoseok? - o chamei mas ele continuava a beijar meu pescoço. – Hã...Hoseok – o empurrei fraco.

– O que foi agora Tae? - me perguntou impaciente.

– Você nem conversou comigo direito e já me tacou na cama. – reclamei com certa raiva. – poderia pel-

– Você sabe que eu não tenho tempo para isso Taehyung. – me interrompeu sendo rude. – Não vamos mais falar disso Okay? – e sem mais continuou com os beijos apressados demais.


Hoseok era sempre pressa, era rápido e impaciente, nunca escutando minha vontades ou reclamações, e sim eu me sentia um boneco sexual do mesmo. O que me faltava era não ter um coração idiota para me fazer um completo boneco.


A falta de um coração que senti demais deixaria tudo mas fácil e suportável.


Olhei brevemente para a janela e lá estava ela, a lua, cheia e com um brilho lindo, queria que Hoseok presta-se mais atenção a essas coisa, queria conversar com ele sobre essas coisas, mas isso era impossível afinal ele estava ocupado demais em gozar.


Noites são realmente melancólicas... 


[... ]


Então como sempre ele se foi depois de transarmos, me deixando sozinho naquele quarto imenso aonde eu ficaria até o amanhecer.

Tomei um banho depois de um tempo e enquanto pegava minhas roupas espalhadas pelo chão me lembrei de algo, Jungkook avia colocado alguém em minha calça. Peguei a calça sobre o pé de cama e procurei pelo que era tirando de lá um pedacinho de papel se o abri vendo um número de três dígitos, era com certeza o número de seu quarto aqui no hotel.

– Isso foi um convite, certo? – pensei em voz alta. – Certo.


[... ]


E lá estava eu na porta do quarto alheio tocando o interfone, enquanto reparava ser o quarto ao lado do meu... Essas coincidências me assustam, ou destino?

Ri com meu pensamento sem nexo. 


Uns minutos depois a porta foi aberta revelando um Jungkook de cabelos desarrumados vestindo uma blusa branca fina e uma calça moletom que mostrava perigosamente um pouco de sua cueca.


– Mas olha, você veio mesmo? – perguntou surpreso mas logo abrindo um lindo sorriso que se assemelhava a um coelho. – Entre.

– Sim estou entediado e...acabei vindo. - falei meio sem jeito indo em direção a um sofá médio que ficava nos cantos dos quartos.

– E o seu namorado? Ele não vai ficar bravo? Ou ele se cansou depois desse fuzuê todo ai? - fez todas as perguntas sem pausa e eu queria ver que expressão tinha em seu rosto mas ele estava de costas para mim e em frente a um micro-ondas.

Fuzuê? – repeti a palavras em entender o sentido dela.

– É e-eu escutei vocês transando. E eu vi o número do seu quarto na chave e...enfim.– respondeu meio constrangido mas pronto a outra pergunta ou afirmação. – E então os rumores de você ser gay são reais.

– Waa – fiz um som estranho pela vergonha mas acabei ficando com mais vergonha. – É, a, ele não é me namorado. É, hm... Só um ficante. – suspirei me acalmando. – E sim, os rumores não são apenas rumores.

– Não precisa ficar com vergonha. – falou soltando uma risadinha fofa e calma depois de se virar para mim.

– Não estou envergonhado. – neguei olhando para o chão intuitivamente.

– Não é o que sua cara diz. – disse se aproximando e depois colocou as mãos em minha bochechas me assustando. – Quentinho e vermelho. – e sorriu, e quê sorriso.

– Não tem graça! – o empurrei ficando de pé e andando até a janela do quarto para me acalmar. – Por que você e seu amigo falam comigo se já sabem do rumor?

– Jimin é gay também e eu. – fez uma pausa parecendo pensar. – Eu não me importo com gêneros nem aparências, eu não rótulo as pessoas.

– Ah, certo...-ignorei uma esperança boba que pareceu surgir em meu âmago e me foquei na visão fora daquele quarto. – A lua está tão bonita hoje.

– Está mesmo, eu amo noites com lua cheia, apesar que as vezes podem ser triste também. – comentou chegando próximo a Taehyung.

– Sim tristes e melancólicas. – concordou meio soturno o que não passou despercebido por Jeon o fazendo mudar de assunto.

– Ei quer ramem? Eu estou fazendo. – quando perguntou o mais velho se virou para si deixando os corpos muito próximos e ambos prenderam a respiração inconscientes antes de se afastarem.

– Quero. – aceitou e pode sentir a quentura em seu rosto outra vez.  


-×-


Dois meses se passaram desde que não encontro mais com Hoseok, mas me sinto bem, como nunca pensei que ficaria, até me assustei quando me percebi esquecendo do mesmo, e isso eu devia graças a um novo garoto adorável de sorriso encantador e personalidade cativante. E ele estava ao meu neste momento, o mesmo garoto que me apareceu de repente me falando sobre ramem e o amigo dele nos apelidando de “estranhos do ramem”.

Somos o trio estranho da faculdade agora, mas não ligamos, estamos sempre rindo e nos divertindo, sentimentos esses que eu avia esquecido como eram e agora são tão fáceis de senti-los.


– Taehyung! – Sai de meus pensamentos com Jimin me chamando já com impaciência.

– O que foi? Desculpe, estava distraído.

– Me diz por que aquele seu ficante está aqui ? Você não tinha dito que vocês pararam de se ver? – me perguntou e eu fiquei atónito, mirei a Jungkook sem saber por que mas ele não me olhava, estava mais interessado em seus pares de sapato.

– Mas nos paramos de nós ver sim. – falei olhando confuso para o baixinho. – E como assim ele está-

– Olha lá. – apontou para o para o pátio. – É ele não? E está olhando para você. – olhei para o local apontado e era mesmo ele, agora com os cabelos castanhos e roupas despojadas de baixo de uma árvore.

– Obrigada Jimin, vou ir lá. – avisei já me levantando da mesa do refeitório e enquanto cruzada as mesas para chegar o lado de fora fiquei me perguntando o que ele estaria fazendo ali, eu não sábia, mas sabia que o iria dispensar de uma vez. E assim logo estava de frente com o mesmo.

– TaeTae! Que bom te ver amor. – me abraçou forte sem ser retribuído. – Tive que ir visitar meus sogros que estavam doentes e acabei demorando mais q- 

– Me solta, Hoseok – o empurrei me afastando em seguida. – Era isso? Posso entrar agora certo? Tchau.  

– Eu, espera. – me parou segurando meu pulso. – O que aconteceu amor? Não vai me dizer que agora tem TPM também?- falou rindo em seguida.

– Taehyung!- escutei Jungkook me chamar e ele logo se aproximou. –Vamos entrar, agorinha temos que ir para as classes. – o a agradeci mentalmente pelo interrupção proposital.

– Sim Jungkook, já estou indo. – me virei para Jung que permanecia me segurandl. – me solta logo Hoseok, olha, a gente já terminou.. ou melhor a gente nunca nem começou! – me exaltei um pouco puxando meu pulso de seu aperto.

– Vocês namoravam mesmo? Mas eu achava que você era casado moço! – exclamou com uma surpresa fingida. – Faz assim, sai desse armário logo e vai procurar um outro homem por aí seu besta.


E aquilo foi o estopim para me fazer cair em gargalhada olhando a expressão incrédula de Hoseok que ficou sem resposta, Jungkook era incrível.


– Jeon Jungkook, até em horas assim você me faz ri. – limpei algumas lágrimas que começavam a cair devido a risada e segurei a mão de Jeon e antes de entramos falei a Hoseok. – Sinto muito Jung, mas de agora em diante, tenho outra pessoa.


E quando já dentro da faculdade, enquanto passávamos pelos corredores indo até nossas respectivas aulas o perguntei.


– Por que você disse aquilo para ele Jungkook?

– Não sei. – passou sua mão esquerda pelos cabelos de sua nuca, sinal que percebi ele fazer sempre que nervoso. – Só queria te tirar de lá ou fazer ele ir embora.

– E por que? – estava me atiçando mais por respostas.

– Quando você fica...perto dele, você tem uma expressão triste. – olhou para mim e eu conectei nosso olhar. – Eu não gosto que você faça esse tipo de expressão Taehyung.

- A-a... Obrigado. – desviei meu olhar pois sentia que meu coração sairia de minha caixa torácica tamanho a força que bombeava.

– Evocê, de qual outra “pessoa” estava falando? – talvez desviar o olhar não adiantasse muito para um não infarto, não depois daquela pergunta.

– Hã, é...aquilo? Ninguém na verdade era, era mentira. – o respondi rindo e orando para que ela não parece-se uma risada nervosa.

– Entendi. – o olhei de soslaio e o vi abrir um sorriso médio. – Que bom.


 Apesar de minha resposta a verdade era que por um instante eu achei ter uma pessoa, por um instante pensei que Jungkook poderia gastar de mim, pensei que ele pudesse ser essa pessoa....a minha pessoa.


-×-


Era por volta de umas meio-dia e eu ainda estava no emaranhado de cobertas da minha cama, faculdade? Não frequento a mesma a duas semanas desde um certo ocorrido.

Duas semanas atrás...

Estava voltando para minha sala de aula depois do intervalo terminar quando Jungkook apareceu em minha frente me levando até o banheiro.


 – O que foi Jungkook? Por que me trouxe para o banheiro? - perguntei assustado o seguindo quando começou a se aproximar das pias.

– Porque não tem ninguém em horário de aula. – respondeu simples me deixando mais confuso ainda.

– Porque todos estão na aula? – lhe indaguei o óbvio. – Aliás, onde você e eu deveríamos estar!

– Estou muito mais preocupado com o que irei fazer agora, do que com a aula. – disse me olhando pelo espelho mas logo se virando e diminuindo o espaço entre nós e eu apenas sentia arrepios por todo meu corpo.

– M-mas o que exatamente isso quer dizer? – desviei meu olhar para a cerâmica branca do chão mas seus dedos foram colocados em meu queixo com isso levantando minha cabeça e ele findou o espaço entre nossos corpos.


Não só o espaço entre nossos corpos mas também entre nossas bocas.

E sim, Jeon Jungkook estava me beijando. E eu ainda estava assimilando isso. Assimilado.

Eu o empurrei e sai correndo, não para minha classe e sim para minha casa a onde estou a duas semanas.


-×-


– Arrrg. – gritei enraivecido bagunçando meu cabelos. – Porque ele me beijou?


Se eu fechasse meus olhos eu poderia sentir a textura de seus lábios no meu, tudo ainda muito recente. Na eu não queria não podia, eu não nasci para relacionamentos, provavelmente sairia machucado novamente.

Mas eu teria que tomar uma atitude logo.


[.... ]


Cheguei na faculdade, finalmente depois do dia retrasado eu ter decidido tomar uma atitude mas talvez isso não fosse possível, não comigo tremendo em nervosismo.

Passando pelo pátio o primeiro que encontrei foi Jimin. 


– Finalmente apareceu! - exclamou parando em minha frente com os braços cruzados.

– O-oi Jimin. – Gaguejei após ver Jungkook chegando com os olhos em seu celular mas os levantando ao ouvir minha voz.

– Taehyung? – sua expressão era de surpresa, onde esbugalhava seus olhos o deixando fofo.

– Sim Ju-Jungkook?- antes que pudesse cogitar o evitar ele já estava abraçando meu corpo com tanta força que parecia ter medo de eu sumir.

– A não, lá vai a pegação em plena luz do dia e  na minha frente? – reclamou Jimin me fazendo rir e Jungkook o ignorar. – Tchau pra vocês.

– Jungkook? Tudo bem? – consegui sair dos braços dela para observar seu rosto.

– Aliviado, muito aliviado.– Suspirou passando as mãos pelo cabelo. – pensei que você tinha saído da faculdade por eu...ter te beijado. – abaixou a cabeça com certeza tristeza.

– Não, tá tudo bem, eu não sai. – falei rápido na tentativa de o acalmar e animar.

– Que bom, e sobre o beijou. – levantou a cabeça arrumando a postura. – Descu- Não espera! - exclamou me deixando confuso. – Eu não vou me desculpar e eu não me arrependo, não foi errado e eu faria de novo. – foi sincero e eu quase pude me engasgar com o ar pela sinceridade alheia que me causa muita vergonha.

– Mas Jungkook...- fiz uma pausa para não embargar a minha voz. – eu sou homem e...você deve só estar confuso.

– Tae! Eu já disse que não me importo com gênero! Se eu gosto eu gosto- falou tentando controlar seu tom de voz para não gritar. – E eu gosto de você.

– Mas você sabe que isso é errado, certo?

– Eu não acredito que ouvi isso. – me olhou incrédulo. – Ser feliz é errado? Amar ou gostar é errado? Taehyung é claro que não!


Com essas palavras eu pensei e realmente, não deveria ser e não era errado. Mas eu cresci com essa idéia sendo implantada na minha mente que em um certo momento passei a acreditar. Estava constrangido por tal pensamento limitado e ignorante.

Isso não é errado e nunca vai ser errado.


– É Jungkook, realmente não é errado. – proferir as palavras sentindo um peso sair do meu coração, senti liberdade.

– É Taehyung. – me olhava com ternura mas logo arregalando seus olhos. – A é! Tae, eu consegui arrumar uma casa! – passou a procurar em seu bolso e de lá tirou um papel. – aqui o endereço, eu tinha que decorar ele mas já tirei uma foto, pode pegar e sexta-feira quero você lá! – eu o peguei mas antes de contestar fui pego de surpresa com um beijo em minha bochecha e uma despedida. – Tenho que ir, até depois!  

– Mais gente... 


-×-


Eram umas nove da noite de uma sexta-feira e eu estava em frente a casa de Jungkook, hesitante em bater, inspirei o ar para meus pulmões e os soltei dei uma arrumadinha em minha roupa e meu cabelo e finalmente bati.

Depois de alguns minutos Jeon estava abrindo a porta, com seu visual simples e despojado que o deixava lindo.


– Bem vindo a minha humilde residência. – disse fazendo um sinal de reverência exagerado enquanto abria passagem me fazendo rir descontraído.

– Muito melhor que a minha até – entrei na brincadeira. – Mas então, porque me chamou aqui?

– Para comermos ramem. – respondeu animado fechando a porta e indo paras sua cozinha enquanto eu o seguia.

– Ah... Só isso então. – murmurei comigo mesmo mas talvez alto o suficiente para Jeon escutar.

– Bom...se isso e pouco então tenho permissão para....- sem aviso e em um ato repentino se virou colando seus lábios nos meus. – Assim está melhor?

-Ju-Ju-Jungkook! – Exclamei surpreso quase caindo para trás pela surpresa e vergonha. – Já disse pra não fazer esse Ti-tipo de coisa!

– E Por que? Você parece gostar. – soltou com um sorriso ladino cantando um lalala em seguida. – Vermelhinho. – se voltou para frente indo até seu armário.


Comecei a balançar minha cabeça como se com isso meu rosto corado volta-se a pigmentação normal. Sentei me no balcão que separava a cozinha da sala e fiquei fitando as costas fortes de Jungkook. Passei a pensar o quanto eu não queria me machucar novamente, e se me machucasse sinto que desse vez seria mil vezes pior que todas as outras, não queria e não deveria me apaixonar.


Pena que era tarde demais agora.



– Você quer mesmo isso?- queria que ele tivesse certeza, pois eu já tinha, sempre tive. – Pense bem no que está fazendo Jeon.

– Taehyung, você deveria ter percebido que...- se virou apoiando o seu peso com os braços sobre a superfície de mármore me olhando sério. – Desde da primeira vez que te vi na cantina, comendo com a expressão mais triste que já vi, eu já tinha me perdido em você, mesmo sem saber. Só sei que desde aquele momento meu objetivo de vida se tornou “fazer Kim Taehyung sorrir. “... – se aproximou dando uma volta pela bancada e ficando parado ao meu lado. – Você tem passado muito tempo vivendo em função de outros, vivendo triste para alegrar outros, mas agora Tae, é sua vez de ser feliz, de ser cuidado, então, me deixe ser a pessoa que vai cuidar de ti?  


Eu nem sei em que momento, mas eu passei a soluçar de tanto chorar, me sentia sem ar, e me perguntava se tudo aquilo que Jeon disse foi real ou eu iria acordar logo? Eu desejo muito, muito que não.


– Me deixe enxugar suas lágrimas – segurou meu rosto com ambas as mãos e com seu polegar limpou meu rosto.


Sim eu estava chorando, mas era de felicidade, essas lágrimas eram da mais pura e completa felicidade.


– Eu estou tão apaixonado por você. Como um bobo. – com isso me beijou, e eu permitir, até aprofundar o contato, um beijo com gosto de lágrimas mas bom, feliz e apaixonado.


E eu não sabia que poderias sorrir enquanto chorava, muito menos enquanto beijava.

Não sabia que o garoto que me beijava com tanto vontade me faria tão feliz.


Só sabia que aquela noite não era melancólica.   




Notas Finais


Eu revisei meio por cima, então se ainda tiver erros me perdoem.

Queria pedir que deixassem um comentário sobre a estória e o que acharam ;3

E não sintam raiva do Hoseok, ele é vítima da pressão da sociedade, e era o jeito dele de demonstrar algo a Tae, mesmo que és algo não seja um amor, talvez um gostar.

See you❣


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