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História Melhores Amigos - Dois


Escrita por: TitiFlor

Notas do Autor


Como vocês são carinhos@s ❤ Fiquei muito feliz com os comentários e favoritos. Obrigada!

Capítulo 2 - Dois


Naquela noite os amigos estavam reunidos em um jantar na casa de Ana Paula e Antônio, marido de Ana, um médico dermatologista muito conceituado, amigo de infância de Henrique. Foi através de Henrique, por causa da relação com Antônio, que Paola e Ana se conheceram. Apesar das diferenças, Ana Paula, muito extrovertida e simpática, ganhou o carinho de Paola. Além da amizade, nasceu uma parceria nos negócios, que Ana tinha bastante experiência. Ana Paula era uma mulher forte, apesar da pouca estatura e silhueta, com o astral sempre pra cima. Era daquelas que sempre procurava olhar o lado positivo das coisas. Era uma amiga muito leal e sincera. Sincera até demais. E a maior torcedora do "casal" de amigos. Era boa observadora, logo notara o interesse de Henrique pela mulher, que, até então, ele matinha guardado a sete chaves. Nem mesmo seu amigo Antônio sabia. Vez ou outra instigava os dois sobre isso, pois também desconfiava dos sentimentos da amiga. Paola sempre levou na brincadeira as insinuações de Ana Paula. Já Henrique não sabia se ficava nervoso ou fingia desentendimento.


Paola queria reunir seus amigos para apresentar o namorado e Ana Paula ofereceu o jantar. Contratou um buffet simples, apenas para dar mais conforto a eles. Além dos anfitriões e do novo casal, estavam Henrique, Daniela e mais dois amigos de Alexandre, um deles também acompanhado da namorada. Henrique só estava ali porque sabia que Paola ficaria muito decepcionada caso ele não fosse. 
O entusiasmo dela com esse namoro era notável, coisa que ele nunca tinha visto desde que se conheceram, e apesar dele não querer se sentir assim, aquilo o fazia se sentir mal e estranho, não conseguia olhar pra ela, desviava o olhar do casal principalmente quando se beijavam ou trocavam carícias, e ele bem sabia o motivo. Sentou-se o mais distante que conseguiu deles, aproveitando a companhia de Daniela para conversar qualquer coisa que tirasse seu foco do casal. Impaciente, vez ou outra mexia no seu celular. Se sentia sufocado. Pediu licença à Dani e foi até a sacada. Henrique estava sentado nas poltronas dispostas ali e continuava no seu celular quando foi interrompido por Ana.

- Huuumm... essa conversa deve tá muito interessante, hein? – a mulher falou em tom de brincadeira e se sentou também. – Nem trouxe seu copo – falou entregando um copo de uísque puro ao homem. Ele agradeceu, mas permaneceu sério, bloqueou a tela do telefone e tomou um gole da bebida quente. Puxou fortemente o ar pelas narinas e finalmente falou:

- E aí? Que cê achou dessa invenção da Paola? – Henrique perguntava à Ana Paula.
- Invenção? O namorado? – Henrique confirmou com a cabeça – Eu acho ótimo! Paola precisava superar esse trauma de se relacionar. Vai fazer muito bem a ela. – o tom de Ana Paula era de provocação.
- Namorar esse engomadinho? Sério mesmo, Ana? – o homem respondeu com sua voz já alterada.
- Você queria que ela namorasse quem? Um cozinheiro, forte, tatuado? Ou ninguém? – a mulher de pequena estatura o provocou.
- Lá vem você com essa conversa... tô falando sério, porra! – ele vira mais um gole de bebida.
- Sabe qual é o problema de vocês? É que são dois idiotas. Só não sei ainda qual dos dois é mais.
- E você é uma maluca... cê não entende que isso é complicado, né?
- Complicado por quê? Você a ama, Henrique! E ela te ama também!
- Ela não me ama! – o homem grita fazendo a mulher se assustar. – Ela tá ali rindo a toa e pendurada naquele filhinho de papai metido a galã – ele gritava apontando para dentro da casa. Por sorte o som que tocava ali iria abafar aquele ruído. Henrique suspirou forte e baixou a cabeça, com os braços apoiados nos joelhos.
- Ela te ama, sim, Henrique... – a voz de Ana era suave.
- Como amigo, como irmão... é o que ela sempre diz, você sabe disso...
- Porque é uma idiota! – dessa vez quem esbraveja é a mulher. – Qualquer pessoa que olha pra vocês enxerga isso. Quantas vezes vocês já foram confundidos ccomo se fossem um casal? A intimidade e confiança que vocês têm um com o outro... Você sabe que a ama e a burra da Paola vive em negação porque ainda é uma medrosa e covarde.
- Não fala assim dela, Ana Paula! A Paola sofreu demais, foi muito machucada, vez ou outra tem recaídas, não é fácil pra ela, você sabe bem.
- Eu sei, sim!!! Mas já são 10 anos, porra! Ela precisa superar, ser feliz...
- Ela já está fazendo isso...    
- Todo mundo sabe que a felicidade dela é do teu lado, Henrique... Qualquer pessoa que convive com vocês! Vocês são lindos juntos, são melhores amigos, cuidam um do outro, a paciência que você tem com ela ninguém mais tem e ela confia tanto em você... - O homem apenas ouvia as palavras da amiga. – Você precisa se declarar pra ela, Henrique.
- Não posso! Você sabe que isso seria o fim.
- Não seria! Você não tem como saber...
- Tenho, sim! Eu conheço a Paola. Se ela me ama apenas como amigo, ela vai fugir de mim... vai criar mil coisas na cabeça dela, vai se defender... ela não vai aguentar.
- A diferença é que ela não te ama apenas como amigo...
- Mas é assim que ela pensa, caralho! Eu não vou arriscar ficar longe dela. Eu não consigo, eu não posso... – a voz rouca do homem tatuado falha e seus os olhos se enchem de lágrimas e por mais que ele lutasse, não iria conseguir evitar que elas se derramassem. Passou o dorso da sua mão com certa brutalidade no rosto para limpá-las. – Eu prefiro viver assim... se ela tiver feliz, eu também tenho que estar, mesmo que não seja comigo, contato com quem eu ainda possa cuidar dela.
- Ela está feliz e mesmo assim você não está – Ana Paula cutuca sua mais nova ferida.
- Quer saber? Chega dessa conversa. Já deu. Tem uma loira mó gostosa dando muito mole pra mim – ele pega o celular e desbloqueia a tela – vou seguir minha vida também. Preciso me libertar. -  Henrique arrasta seu dedo algumas vezes no telefone. - Vou sair por aqui mesmo – o homem passa uma perna,  pula a sacada e vai para o jardim da casa com o telefone no seu ouvido.
- Henrique! – Ana Paula o chama assustada com a reação do homem
- Se alguém perguntar por mim inventa aí uma desculpa qualquer. Até mais Ana, valeu... – Henrique vira-se e vai embora falando ao telefone.

Ana Paula retorna ao ambiente onde todos estavam e se sentou ao lado do marido.

- Tá tudo bem? Onde estava? – Antônio dá um selinho na esposa e pergunta somente pra ela ouvir.
- Estava conversando com Henrique – ela acena para um garçom - Não sei se tá tudo bem.
- E cadê ele? O que houve? – o homem faz um movimento para procurá-lo.
- Já foi – pega seu espumante e agradece – atrás de uma loira mó gostosa, segundo ele. E o que houve... - Ana Paula direciona seu olhar de forma sugestiva para Paola e Alexandre enquanto bebe seu espumante. Antônio maneia a cabeça de um lado para o outro dando a entender o recado.
-  Eu acho que essa novela está só começando -  ele toca seu copo de uísque na taça da esposa e a beija novamente.

Após todos terem se servido do jantar, Paola fica em pé e propõe um brinde. A morena já estava alegre demais por conta do álcool.

- Cadê Henrique? Cadê Ana? Aaaanaaa? – ela sai a procura deles e encontra a amiga no corredor voltando do banheiro.

- Quero fazer um brinde, vem... Cadê o Henrique?
-  Ele já foi.
- Já foi? – Paola pergunta confusa – Que horas? Por que?
- Huuum... recebeu um convite de uma gostosa aí e se mandou – Ana Paula gostava realmente de provocar. 
- Gostosa? Ele me trocou por uma noitada com as periguetis dele? – Paola falava alterada.
- Para de gritar, Paola. E quem disse que é perigueti? – ela questiona e a morena revira os olhos.
- Henrique só sai com perigueti interesseira – ela responde como se fosse óbvio.
- Sei não... vai que ele resolve investir sério em alguém também... 
- Henrique não suporta essas meninas, só se diverte mesmo.
- É mesmo? Mas veja bem, você também só saia pra se divertir e olha só onde chegamos – Ana Paula falou apontando a cabeça para a mesa onde todos estavam.
- Para de ser chata! Vamos logo voltar pra lá. Deixa que eu me acerto com ele amanhã. 
– Olha o ciúme! Disfarça! – Ana Paula agora ri na cara dura. Paola levanta o seu dedo do meio pra ela e sai bufando, enquanto Ana Paula a segue com um sorriso de satisfação no rosto. 


Notas Finais


Às vezes eu só quero abraçar o Henrique ❤


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