História Melhores amigos ou algo a mais? - A Social

Sábado chegou.

Eu tinha marcado com Laura de irmos juntas para a social, então eu vou para a casa dela às 17:00, para a gente se arrumar juntas.

A social começava oito horas e só terminava as duas da manhã. Como eu e Laura demorávamos muito para nos arrumar, logo que eu cheguei na casa dela nós já começamos. Laura ainda não tinha decidido uma roupa para usar, o que era de esperar, já que ela sempre foi muito indecisa.

Ela acabou optando por uma calça jeans clara, o que não era muito problema para ela, já que ela nunca gostou de dançar. Também escolheu um cropped azul marinho com algumas flores roxas. E ela também preferiu ir de tênis, um azul bem escuro, quase preto.

Até a gente escolher tudo, pensar em uma maquiagem  e nos vestir, já eram seis e meia. Começamos a nos maquiar, e a maquiagem ficou bem legal, tanto em Laura quanto em mim.

Deu oito horas. Mas nem eu e nem Laura gostávamos de chegar na hora exata da festa, pois ninguém chegava na hora exata. Então continuamos nos arrumando com tranquilidade, colocamos um perfume, escovamos o dente e depois retocamos o batom.

Deu oito e vinte e, finalmente, resolvemos sair de casa.

Cheguei na festa e sim, Vitor estava lá. Com os amigos, conversando e, ele estava um pouco mais feliz pelo menos. Mas ai eu percebi que, tinha uma garota do lado dele. Mas não parecia ser namorada, pois eles não estavam se pegando ou estavam de mãos dadas. Pareciam só bons amigos se divertindo juntos. E era exatamente o que eu esperava no inicio da semana que acontecesse nessa social, mas não ele com outra garota, ele comigo, nos divertindo. Mas ele só olhou para mim por alguns segundos, me ‘’analisando’’. E, logo, fechou a cara para mim e voltou a falar com a amiga dele.

Nem tentei falar com ele, era uma festa, não queria ficar pior do que já estava. Eu já estava de saco cheio disso. Então fui até o balcão onde estavam servindo as bebidas. Foi ai que eu percebi que a menina que estava servindo as bebidas era a menina que, na minha escola antiga, andava comigo e com a Laura, nós éramos um trio. Então fui falar com ela.

- EMILY!!! Quanto tempo!! Quer dizer que hoje quem está cuidando das bebidas é você? – Sorri para ela.

- Pode crer, Gabi!! – Então rimos juntas. – E ai, já está servida? – Ela balançou a garrafa de vodka para mim, sorrindo.

- Então, Emily, eu queria saber se você consegue um garrafa inteira para mim e para Laura. A gente divide, por favor... É que eu não estou em uma semana boa... – Implorei.

- Afogar as mágoas, né? – Ela me olhou e balançou a cabeça, como se tivesse negando algo. – Mas tudo bem, eu sou sua amiga. Vou te dar sim, mas se perguntarem, você trouxe de casa, hein! Se não eu tô ferrada! – Ela me disse, me dando uma garrafa de Vodka.

- Pode deixar. – Sorri.

- Você tem certeza que não quer misturar com alguma coisa? Tipo, algum refrigerante? Tá todo mundo fazendo isso... – Ela perguntou, preocupada.

- Não, eu quero ficar bêbada. Esquecer um pouco os problemas... – Respondi, já tomando um gole da garrafa.

- Tá bom, então... Mas você não vai dormir em casa, né? – Ela perguntou.

- Não, vou dormir na casa da Laura, relaxa. – Respondi, e depois sai andando para a pista de dança, enquanto bebia da garrafa.

Estava tocando ‘’In The Name Of Love’’ da Bebe Rexha com o Martin Garrix, eu adorava essa música. Então comecei a pular e dançar.

Na metade da música, resolvi ir para algum banco, onde Vitor estivesse a vista. Já estava na metade da garrafa, e estava bebendo sozinha, já que Laura estava com Luiz desde o começo da festa. Já tinha me perdido dela.

Até eu achar ela novamente, beijando Luiz. O beijo estava bem quente, pelo o que dava para perceber. Luiz estava apertando a bunda de Laura e quase colocando a mão no peito dela, enquanto Laura estava com a mão nos cabelos de Luiz, puxando-o sempre mais para perto, o que eu achava quase impossível, já que eles estavam colados um no outro.

Mas eu estava feliz por ela, ela estava se divertindo, e estava ficando com o garoto que ela achava gato.

Eu estava muito bêbada, então chegou um garoto e pediu para ficar comigo. Não cheguei a responder, ele só começou a me beijar e eu retribui o beijo. Ele fez muita mão boba, e também puxou meu cabelo. Estava muito bom, e nos intervalos dos beijos, quando ele ia beijar meu pescoço, ou coisas assim, eu começava a rir ou eu dava mais alguns goles da garrafa.

Foi quando Vitor chegou e deu um soco na cara do garoto com quem eu estava ficando.

- Caralho moleque, tu não tá vendo que a garota tá bêbada não, porra?! Deixa de ser aproveitador, babaca! – Vitor respondeu, puto.

- Olha, olha, quem resolveu aparecer!! – Eu disse rindo. – Fala sério, eu estava me divertindo!! Estraga prazeres. – Ri e bebi mais da garrafa.

- Cala a boca, Gabrielle! Você tá bêbada!

- BÊBADA? EU? Eu não bebo.

- Ah, é? Então o que é isso na sua mão?

Olhei para a garrafa na minha mão e comecei a rir.

- Água. Quer? – Bebi mais um pouco. A vodka já estava quase acabando.

- Não.

- Não fode, Vitor! É uma festa. Fora que você tá muito bem com sua amiguinha ali. No começo da festa você fecha a cara pra mim e agora quer dar uma de protetor da menina bêbada? Ah, vai se foder, né? Sabia que estava começando a te considerar um dos meus melhores amigos? Mas parece que você não sabe o que é ter uma amizade. Um ajuda o outro. Mas você não deixou eu te ajudar.

- Eu vacilei contigo, e eu me arrependo, tá? Agora me dá essa garrafa. –Ele respondeu, triste.

- FINALMENTE! Resolveu beber e parar de encher meu saco. – Ri, entregando a garrafa quase vazia para Vitor. – Deu sorte, eu tô deixando o último gole para você!

Vitor pegou a garrafa e jogou em um jardim. Era um lugar que estava proibida a passagem de qualquer um da festa.

- Você tá maluco? Aquela passagem é proibida, agora eu vou ter que ir lá pegar! Se brigarem comigo a culpa é sua! – Respondi, brava.

- Você não vai buscar.

- Vou sim. – Respondi determinada e entrei no jardim, que estava vazio e escuro.

- Teimosa... – Eu ouvi Vitor murmurar.

- EU OUVI ISSO! – Gritei.

- Foda-se.

- ISSO TAMBÉM!

Ele bufou.

Então eu percebi que ele estava me seguindo, mas não consegui dizer nada, eu já estava muito enjoada, então eu vomitei no mato que tinha ali perto.

- Você tá bem? – Ele perguntou, preocupado.

Ri.

- Eu acabei de vomitar. O que você acha? – Ri de novo.

- Você vai dormir na minha casa hoje, não importa se já tinha marcado de dormir na casa de outra pessoa. Vai ficar sobre a minha supervisão.

- ‘’Vai ficar sobre a minha supervisão.’’ – Fiz uma imitação péssima da voz dele, e depois ri.

- Já chega, vou te levar para minha casa! – Ele respondeu, irritado.

Então ele me pegou no colo, pois eu não estava mais conseguindo andar direito.