" Meu nome é Dawn, e tento me recompor, pois a vida ainda continua! "
Após ouvir aquele grito ensurdecedor, Jason e eu fomos andando até a porta que nos daria liberdade enfim, mas no caminho achamos a sala de observação. Entramos nela só por curiosidade, porém nos espantamos com sua falta de espaço.
Thomas aparentava ser um homem com muito dinheiro, pois tinha aquele terno e inclusive seu jeito de falar o tornava tal. Só que aquela sala parecia ser feita para nos observar e somente isso. Não é a primeira vez que me espanto com coisas relacionadas à ele, quando nos vimos pela primeira vez foi bem entranho, em pensar que o maníaco que fez tudo isso conosco era albino! Não sei por que ainda penso nessas besteiras.
- É melhor deixarmos tudo como está para a polícia poder examinar! - orienta Jason. - Eu não quero estar aqui quando eles chegarem, então vamos.
Então ele sai da sala e continua a andar pelos longos corredores, me carregando já que estou impossibilitada de andar ( isso me faz lembrar de tudo que houve novamente), mas Jason me faz esquecer isso rápido.
- Há um ano, estava correndo desesperado... - relembra ele. - Por mais que me faltasse fôlego, eu seguia em frente com esperança.
Percebendo sua tristeza ao lembrar de sua mulher, tento melhorar a situação:
- Fica tranquilo, tudo de mal já passou...
Porém, é em vão, não por ele, mas por mim. " Tudo de mal já passou ", não importa o que faça, tudo me faz lembrar o que aconteceu. A bala, aquela única bala...
Minha vida volta ao status de acabada. Parece que não importa o que eu faça, nada vai tirar o fato de eu ter feito aquilo. Acho que nunca irei conseguir dizer isso. E minha família, o que vai ser agora?
Quando chegamos em frente à porta fechada, Jason me olha fixamente, mas desvio o olhar ainda na dúvida do que irá acontecer e também desmoronada.
- Agora começamos uma vida nova! - incentiva Jason.
- O que eu faço? Como vou encarar minha mãe e meu pai? - pergunto eu extremamente desorientada e preocupada.
- Seus pais? Você não pode vê-los agora, fique comigo, depois que você se estabilizar e tiver coragem, volte para casa. Está bem? - propõe Jason.
Eu aceito, pois ainda confio nele. Acho que um tempo para me recompor será ótimo, ainda mais depois do que houve. Ele então abre a porta, um clarão surge sobre nossos rostos e iluminando o caminho escuro por onde tínhamos passado.
Estamos em um lugar que não conheço, parecia um lugar pobre, então olhei para trás. O labirinto se escondia no subterrâneo, a única coisa que aparece é um simples armazém que se mistura com o resto da paisagem. Tudo estava camuflado!
Mesmo com pouca gente na rua, Jason me tirou de seus braços e passou a me ajudar a andar. Eu usava ele como apoio. Minha perna ainda doía quando tocava no chão, então não ousava fazer força nela.
- Espera aí! - chama a atenção Jason. - Como vamos cuidar dessa sua perna?
- Não se preocupe...
- Vamos chegar logo em casa, lá eu vou poder te ajudar melhor! - ele parecia outra pessoa fora do labirinto, uma pessoa mais simpática.
Enquanto ele se preocupa comigo, eu me preocupo com alguém querer saber o que houve com nós dois. Eu não iria dizer que um maníaco sádico nos aprisionou em um labirinto, nos obrigando a matar um ao outro.
Agora entendo tudo que Jason quer: fugir da polícia, pois mesmo sendo vítima de Thomas, matou muita gente; ele sempre foi meio solitário, então não se preocupava mais com o labirinto. E o fato de ter matado Thomas o ajuda a pensar assim.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.