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História Memórias - It Must Have Been Love


Escrita por: LadyNara

Capítulo 14 - It Must Have Been Love


Hospital de Konoha, 23 de Novembro – 10h55min.

- Eu ouvi falar que você está bem diferente do que eu me lembro. – falei logo que entrei no quarto e Temari olhou para mim com um sorriso.

- Fiz você sair de Suna para vir me ver? – ela perguntou irônica. – Ou está me usando como desculpa para ver a Ino?

- Você deveria ter visto o Kankurou. – revirei os olhos, não entrando no assunto Ino. – Ele bateu no Shikamaru por você. – ela riu.

- Eu queria ter visto isso. – ela respondeu, e logo depois deu um sorriso triste.

- Estávamos preocupados.

- Que tipo de coisa está acontecendo esses dias? Vocês acharam que uma coisinha dessas iria me derrubar?

- É claro que não. – respondi e ela sorriu de canto. – É bom vê-la inteira. Mais ou menos.

- Sakura me disse que ainda terei que ficar no hospital por um tempo. – ela falou. Sim, eu já sabia. Mais algumas semanas para ter certeza que estava mesmo bem. – Quando eu puder sair, quero voltar para Suna.

- Fugir não combina com você. – eu fiquei ao lado de sua cama. – Nem um pouco. É só olhar para esses olhos afrontosos e determinados para perceber isso.

- Falar demasiadamente também não parece com você irmãozinho. – ela provocou.  – O que aconteceu? – mudou de assunto outra vez.

- Contei a verdade para Ino. – revelei e ela arregalou os olhos.

- Finalmente. – sua voz agora era suave. – Eu fico feliz... O que te levou a essa decisão?

– Ela está grávida... – e ninguém sabia quem era o pai. – Mas, ela ainda não sabe se quer ficar comigo.

- Entendo. – ficamos em silêncio. – Não tenho mais o que fazer aqui. Preciso de um tempo.

- Se é assim, então eu prepararei tudo para quando você tiver alta. – nós não precisávamos nos forçar a dizer nada, na hora certa aconteceria.

- Quero que peça ao Kankurou para arrumar meu antigo apartamento. – ela pediu.

- É definitivo? – ela olhou para mim e eu entendi sua resposta, não precisávamos dizer mais nada.

Residência Hyuuga, 24 de Novembro – 12h07min.

Bati na porta duas vezes e quando ninguém abriu a porta, imediatamente, virei às costas para ir embora. Eu só podia estar ficando completamente louca indo atrás dele. Eu havia dito que me deixasse só e agora batia na sua porta. Entretanto eu não fui rápida o bastante, e a porta foi aberta.

- Tenten? – a voz de Neji soou atrás de mim. Virei-me para ele devagar e dei um sorriso envergonhado. – O que aconteceu?

- Eu... Eu... – não conseguia formular uma frase ao vê-lo. O cabelo solto, sem camisa, levemente suado.

- Você quer entrar? – ele perguntou.

- Na verdade, vim pegar o material de treino que te emprestei. – disse rápido e ele assentiu. Foi a primeira coisa que pensei, por que obviamente ele estava treinando. Neji entrou no apartamento e eu o segui.

- Você veio de táxi? – ele perguntou de dentro do quarto.

- Mas ele não me esperou. – respondi envergonhada. – Vou ligar para outro.

Tudo naquele lugar gritava Neji. Era extremamente limpo e organizado. Havia alguns troféus aleatórios na estante junto de algumas fotos, uma delas era de nós dois. Aquele dia havia sido divertido, nós tínhamos ido a um piquenique no lago. Eu não me lembrava daquela foto, e nunca tinha notado ela. Quem tirou não me mostrou.

- Quer que eu leve você? – ele voltou à sala, já de blusa, e ficou parado olhando para mim. - Foi Hinata quem tirou. – disse e um nó se formou em minha garganta. – Está tudo bem?

- Sim. – eu respondi tentando forçar um sorriso.

- Tenten. – ele largou a caixa de equipamentos que segurava no chão e se aproximou de mim. Devagar ele passou os braços ao meu redor e me abraçou. Ficamos assim por algum tempo. Eu sentia falta dele, muito mais do que admitia a mim mesma. Não apenas do homem pelo qual eu era completamente apaixonada, mas do meu melhor amigo.  – Eu sinto sua falta Ten.

- Me leva para casa Neji. – pedi em um sussurro.

- É o que você quer, de verdade? – ele pôs a mão em meu queixo e o ergueu um pouco para que nos olhássemos.

- É. – foi tudo o que falei; ele ainda permaneceu olhando para mim algum tempo.

- Tudo bem. – ele se afastou de mim, pegou a caixa e saiu do apartamento esperando que eu o seguisse.

Estacionamento do Hospital de Konoha, 24 de Novembro – 13h00min.

Agora que Temari podia receber visitas, eu voltei ao hospital. Provavelmente encontraria Gaara aqui, não seria ruim vê-lo, no entanto, não foi ele quem eu encontrei.

- Eu sabia que encontraria você aqui. – Sai disse assim que me viu. – Precisamos conversar.

- Sai, por favor, não aqui... Não agora.

- Essa criança também pode ser minha Ino, e eu não vou abrir mão dela. – ele disse e se aproximou. – Eu pensei bem, e quero que fique comigo, se a criança for minha nós poderemos ser uma família feliz.

- Saia da minha frente. – eu pedi. – Eu já tomei minha decisão. Chouji vai resolver tudo sobre o divorcio com você.

- Chouji? – ele repetiu. – Você está falando sério? – ele segurou meu braço.

- Está tudo bem aqui? – Gaara apareceu e Sai se afastou de mim.

- O quê? Agora você é um segurança dela? – ele perguntou, mas Gaara o ignorou. – Ino, eu não vou vir atrás de você outra vez. – ele continuou com a voz baixa.

- Você está bem? – Gaara perguntou e eu assenti, porém não estava realmente bem, não com aquela situação.

- Ino, isso não vai durar daqui a pouco ele vai voltar par Suna e você vai ficar sozinha de novo, como sempre. - Gaara se virou tão rápido que eu me assustei.

- Eu não vou abandona-la, eu a amo. – ele disse sério, porém sem demonstrar nervosismo. – E vou fazer tudo o que for possível e impossível para que ela seja muito feliz. – as palavras dele me emocionaram; e o nosso pequeno conflito chamou a atenção de algumas pessoas.

Sai olhou para mim esperando que eu encerrasse o assunto, entretanto eu não disse nada e ele acabou indo embora, parecia extremamente decepcionado. Depois de tudo ele ainda veio atrás de mim, o quanto mais eu poderia magoa-lo?

- Não é tudo culpa sua. - Gaara pareceu perceber meus pensamentos. – Nós três fomos atingidos, mas agora tudo vai se resolver, você vai ver. – ele tentou me animar. Nós entramos no hospital e ele pegou um pouco de água para mim.

- Você não deveria... – suspirei. – Ele está certo sobre algo... Você vai voltar para Suna.

- Eu disse a você que não a abandonaria, e eu disse a verdade Ino. – ele suspirou. – Eu não menti quando disse que não me importo quem é o pai dessa criança também.

- Mas?

- Mas, agora, Temari precisa de mim, assim como Suna. – constatar isso, pouco mais de três anos atrás foi o que me fez aceitar o pedido de Sai. - Eu quero que você venha comigo. – ele interrompeu meus pensamentos. – Eu não quero ficar longe de você Ino.

- Eu...

- Você não precisa responder agora. – ele me interrompeu. – Eu vou entender e aceitar sua decisão. – ele acariciou meu rosto.

Minha vida estava de cabeça para baixo, e cada vez que eu pensava que estava consertando algo, tudo desmoronava.

Residência Nara, 24 de Novembro – 18h34min.

Olhei minhas preciosas nuvens, hoje o céu estava cheio delas, talvez fosse chover. Acendi um cigarro, fazia tempo que não fumava. Minha mãe me chamou novamente para jantar, contudo eu estava sem fome.

Meu quarto estava revirado novamente, do jeito que minha mente estava. Não podia acabar assim. Podia?

Hospital de Konoha, 24 de Novembro – 17h16 min.

O cabelo dela estava preso num tipo de coque, o rosto estava mais corado, e eu sabia que em alguns minutos ela ia acordar e eu poderia ver o brilho de seus olhos. Ainda assim, era desesperador saber que quando ela acordasse, ia pedir que eu saísse.

Sentei na poltrona do quarto que ela estava, finalmente, e fiquei olhando-a dormir, até que eu mesmo peguei no sono.

Quando acordei, era ela que me observava. Tinha a expressão triste e suspirou quando notou que eu havia acordado.

- Desculpe. – pedi e levantei preparando-me para ir embora. – Eu não queria que me visse aqui. – fui sincero quanto a isso e ela arqueou uma sobrancelha.

- Está tudo bem, Shikamaru. – ela falou; cocei a nuca sem graça, ela riu e olhou para a janela. – Você ainda faz isso. – ela comentou do meu gesto e eu coloquei as mãos nos bolsos. - Tuas nuvens estão bonitas hoje.

- Estão sim. – os olhos dela me revelavam um brilho distinto. - Você mudou de ideia? – perguntei, mesmo sabendo que a resposta era não.

- Não significa que nunca mais poderia ver ou falar com você. – ela voltou a olhar para mim. – Isso é melhor para nós dois, você não precisa tornar tudo mais difícil.

- Você é quem está tornando mais difícil mulher. – ela riu. Eu tinha sentido tanta falta da risada dela. Eu desejei beija-la, e acho que ela percebeu por que mais uma vez desviou os olhos.

- Você pode vir quando eu tiver alta, até lá, eu espero não saber mais que você está nesse hospital. – ela ainda acha que eu estou aqui por sinto culpa?

Residência Nara, 24 de Novembro – 18h38min.

Ela teria alta em algumas semanas. E depois ela iria embora, tinha acabado. Meu relacionamento com Temari agora só sobreviveria em minhas memórias.


Notas Finais


Não sei dizer, só sentir...

Muitas coisas acontecendo, como será que ficarão nossos queridos?


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