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História Memórias - Bound to you


Escrita por: LadyNara

Notas do Autor


Para quem estava apenas esperando por isso..... cenas ShikaTema FINALMENTE e GaaIno TAMBÉM!

Capítulo 7 - Bound to you


Hospital de Konoha, 21 de Novembro - 19h05min.

Tinham a transferido para um quarto, mas os fios e o montante de aparelhos ainda estavam lá, assim como os machucados. Respirei fundo e me aproximei.

- Desculpe, eu demorei. - fiquei em pé ao lado da cama a observando. – Está caindo uma tempestade imensa lá fora, você iria odiar. – Ela parecia tão tranquila. Parecia estar apenas dormindo, perdida num sonho bom. Queria que pudesse me ouvir, talvez pudesse. - Eu estava conversando com Naruto hoje, sabe do que falamos? De você e eu. - Mesmo que ela não respondesse, eu me sentia um pouco melhor ali. - De quando começamos a sair e de quando me contou do nosso filho, quando aceitou casar comigo. - Era irônico como uma coisa levava a outra. - Eu queria te dizer naquele dia, que nosso casamento foi a decisão mais fácil que já tomei, a mais correta também.

Apartamento do Shikamaru, 04 de Novembro – Um ano antes.

Eu só podia ter entendido errado. Grávida?  Mas nós sempre tomamos cuidados, a não ser... Droga, no dia em que fui promovido, estávamos embriagados demais para qualquer cuidado. Olhei-a de baixo para cima, até encontrar seus olhos e senti uma calma me invadindo. Ela estava ali, não é?  Estávamos juntos afinal, então, porque o nervosismo? Seria difícil e certamente problemático, contudo o que não era? Além do mais, nada me traria mais alegria.

A expressão em seu rosto ainda era de indiferença, não obstante mudava para curiosidade um pouco mais a cada passo que eu dava em sua direção. Não tinha muito que se pensar para chegar a melhor solução. Portanto, fiz a única coisa que poderia nesse momento, abracei-a. Ela ficou imóvel no começo, ainda sem compreender.

- O que você está fazendo? – ela perguntou.

- Não é óbvio? – afastei – me um pouco para fita-la, as sobrancelhas dela estavam franzidas - Eu pensei que você me contaria isso em um jantar ou algo assim. Deveria saber que não faz seu estilo.

- Você tá de brincadeira comigo? - Ela me afastou bruscamente e assumiu uma postura ofensiva.

- Você acha que eu brincaria sobre isso? – franzi o cenho. Nossa primeira briga de casal. – Nós dois gostamos de ter controle sobre o que fazemos, mas... Isso – apontei de mim para ela – o que nós temos o que acontece quando estamos juntos, é incontrolável.

- É uma das coisas que torna tão bom. – Ela riu.

- Não planejamos isso, porém, não há nada que não poderíamos resolver juntos.

- E o que você pensou gênio?  O que você decidiu fazer? – A ironia significava que ela já estava bem.

- Eu vou casar com você, se me quiser.  – minhas mãos estavam suadas e tremendo e eu usava todo meu autocontrole para que ela não percebesse.

- Não quero. - Ela respondeu firme. Para alguém que demorou mais de vinte segundos para responder, ela parecia realmente decidida, como se fosse a última coisa que quisesse fazer na vida. - Não vou me casar só por que estou grávida. Esqueça. - agora eu entendi.

- Problemática. – suspirei e voltei a me aproximar dela. - Eu não quero me casar com você só por que você está grávida, é por isso também.

- Então?

Ela ia mesmo me fazer dizer. - Eu quero casar com você, porque eu não tiro você da cabeça desde que te conheci, por que eu não consigo resistir ao seu sorriso, por que eu gosto de você.

Hospital de Konoha, 21 de Novembro - 19h10mim.

Ela aceitou casar comigo aquele dia e se tornou minha esposa dois meses depois.

Nosso relacionamento nunca foi como o dos outros, nunca seguiu uma linha de acontecimentos anteriormente planejados que terminavam em grandes decisões. Nós só nos entregamos. Simplesmente. Loucamente.

- Eu queria te dizer que... Meus sentimentos não mudaram... Eu ainda estou preso à você. Eu sempre estarei.

Residência Yamanaka, 21 de Novembro - 20h00min.

- Desculpe o atraso, está um caos por conta da chuva. - Sai aparentemente chegou do trabalho animado.

- Está tudo bem. – ele olhou minha bolsa jogada sobre o sofá. - Fui ao hospital.

- E como ela está?  Alguma melhora? - Ele se pôs atrás de mim, mãos em meus ombros iniciando uma massagem. – Você está tensa.

- Nenhuma novidade sobre ela. – Sakura garantiu que não se tinha muito que fazer antes que acabassem às 72 horas.

- Sobre ela? - Ele parou a massagem.

- Encontrei Gaara no hospital. - disse baixo, ele continuou em silêncio. - Uma infelicidade que ele não consiga vir por outros motivos que não sejam acidentes.

- É claro. - Ele ficou irritado. Sai ainda tinha ciúme da minha amizade com Gaara; se ele soubesse do que já senti por ele. - Bom, certamente quando nosso filho nascer será um bom motivo para ele voltar.

Senti minha cabeça pesar e tudo foi ficando recoberto por névoa até apagar. Eu desmaiei. Quando acordei Sakura estava ao meu lado e estávamos em meu quarto.

- Ela está voltando. - a ouvir dizer. - Por favor, nos deixem sozinhas. - A voz de Sasuke se fez presente também e pouco depois pude ouvir o barulho da porta sendo fechada. – Ino?

- O que aconteceu? – perguntei, ainda sentia minha cabeça doer.

- Você desmaiou. – Ela me entregou um copo com água. - Sai ligou – me desesperado. - Eu desviei os olhos. - Lembra – se o que se passou?

- Ele descobriu. - Ela suspirou.

- Como?

- Não sei. - larguei o copo sobre a cabeceira da cama. - Estávamos conversando e ele disse “quando nosso filho nascer Gaara terá um bom motivo”...

- Estavam falando de Gaara? - aquela expressão surpresa e desesperada significava que ela devia de algo que eu não lembrava.

- O que você sabe? - Fui direta.

- Que Sai morre de ciúme dele. - Ela desconversou. - Tem certeza que ele sabe? Ele pode ter dito apenas para, quem sabe, lhe dizer que é o que ele quer.

- Ele afirmou Sakura. - tinha certeza que ele já sabia. - Eu não queria que ninguém soubesse agora. Principalmente... - Quem eu realmente não queria que soubesse? Gaara, minha mente respondeu.

- Eu entendo. – Ela me interrompeu e segurou minhas mãos.  - No entanto, não há mais volta e você sabe que não vai ser fácil, agora você tem que se cuidar, ou pode... - ela parou.

- Perder o meu bebê. – Eu terminei a frase que ela não pode. Sakura se sentia culpada por não ter conseguido ajudar Temari. Foi muito difícil para todos nós. Eles haviam chegado da lua de mel há poucos dias, no meio de uma noite Temari acordou sangrando, Shikamaru estava numa viagem a trabalho com Naruto, eu e Sakura fomos para lá, mas era tarde demais. – Não se preocupe, eu vou tomar cuidado.

Hotel de Konoha, 21 de Novembro - 23h18min.

Eu estava numa praia. A areia sob meus pés. O vento bagunçando meus cabelos. O sol forte sobre minha pele. Duas mãos acariciando meu peito. Dois olhos azuis fitando os meus.

Acordei com o corpo quente. Mais uma vez. Esses sonhos, lembranças, sempre me deixavam assim. Quente. Falar com ela hoje, me deixou machucado. Ela estava tão linda, tão feliz.

Como eu poderia me intrometer mais uma vez em sua vida? Seu casamento? Tudo o que Ino desejava de mim agora, era minha amizade, como antes. Só que antes, ela me amava. Será que ela ainda me ama e age assim porque não lembra o que tivemos? Eu deveria procurar os dois e contar – lhes a verdade? Não. Ela nunca me perdoaria a eu fizesse desse modo.

Hospital de Konoha, 21 de Novembro - 14h43min.

Era uma alucinação, só podia ser. – Ino?

- Gaara. - Ela respondeu com um sorriso. - Faz tanto tempo que não nos vemos. - não tanto quanto você pensa, eu quis dizer, mas não disse.

- Sim. – tentei não parecer nervoso, contudo era a segunda vez que nos falávamos depois do acidente. - Como você está?

Ela me lançou um sorriso amarelo, estava desconfortável com aquele encontro. - Poderia estar melhor. E você como está tudo?

- Trabalhando muito. Indo bastante a hospitais. - todas as vezes que vim a Konoha no último ano, aliás.

- Você sempre trabalhou demais. – Ela reclamou. - Acabava perdendo tudo que se passava ao seu redor. - Ela podia não lembrar, no entanto, aquilo parecia com o que tinha me dito pouco antes de nos tornarmos amantes.

- Eu nunca perdia uma festa sua. - revidei.

- Você vinha por causa das garotas de Konoha. – Ela riu. - Minhas festas eram só uma desculpa.

- Tem razão, a festa era sempre uma desculpa. Eu vinha ver você.  - Ela arregalou os olhos.

- O que disse? - Ela apertou a mão nos joelhos. Para ela nós éramos apenas bons amigos.

- Você e o pessoal claro.

Hotel de Konoha, 21 de Novembro - 23h23min.

Quase estraguei tudo. Quase digo tudo a ela. Quase. Porém, ela sorriu e começou a falar de tempos antigos quando eu não havia percebido ainda. Quando ainda éramos apenas amigos. Tudo o que pude fazer foi a acompanhar naquela volta no tempo. Até Sakura me contar sobre aquilo. 

Olhei o relógio. Ainda tinha a noite toda pela frente. Ainda faltava quase 24 horas. Shikamaru ficou no hospital essa noite. Amanhã terei que ir a uma reunião de governo com Naruto, Tenten ficará no hospital, espero que ela tenha se resolvido com Neji ou consigo mesma. Só me pergunto se ele já percebeu.


Notas Finais


Falta bem pouco para a contagem regressiva acabar. Será que ela vai acordar?

Amores, tem tantas visualizações mas, quase ninguém comenta.. o que houve? Quero agradecer muito a quem sempre comenta, eu amo vocês <3


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