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História Memórias Ao Vinho - Uma boa pianista resolve


Escrita por: BitchDobrev

Notas do Autor


MARRRR GENTI
Oiá quem deu as caras
É, eu sei que to pra lá de atrasada nas postagens. "Ah, mas você nao iria postar no final do ano?" A INTENÇÃO ERA ESSA, porém, a vida de ninguem é perfeita
Eu ando tendo problemas serios e a escrita sempre veio me ajudando a me levantar, por isso resolvi postar hoje
"Cadê sqav?" Venho pedir um milhão de desculpas. Era pra ser postado hoje, mas a burra aqui apagou metade do capitulo sem querer
DESCULPA
Mas amanhã sai esse bendito capitulo, me deem amor e não desistem de mim

Musica amorzinho da vez, Além do Arco-íris
Luiza Possi
(a maioria das musicas será clássicos. Bate palma quem gostou, quem não, paciência)

Capítulo 2 - Uma boa pianista resolve


Fanfic / Fanfiction Memórias Ao Vinho - Uma boa pianista resolve

"Me perdoe"

 

– Elena? Filha, eu não quero brincar. — minha mãe não andava muito disposta, e eu não facilitava —

– Eu estou aqui, mamãe. — sai da cortina que cobria a porta principal e corri para seus braços — A gente vai na praia hoje?

– Três dias já curaram seu machucado? — levantou uma das sobrancelhas — Tudo bem. Vou pegar seu biquíni e...

Eu tinha seis anos, era considerada uma criança ainda, mas nem por isso eu tinha que ser tratada como uma.

– Eu já sou grandinha, mãe. Sei vestir o biquíni sozinha.

Eu gostava de me sentir superior aos outros as vezes. Mas só as vezes. Nos demais momentos como, comprar algum brinquedo, tinha que ser a boneca mais bonita da loja.

– Posso pelo menos pegar pra você? — eu queria deixar ela me mimar um pouco, apenas balancei a cabeça afirmando — Vamos subir então.






 

– Meu Deus! Meu Deus! Olha o tamanho desse mar, mamãe! Cabe uma cidade inteira lá dentro. — acho que eu fui um pouco ingênua nesse momento, já que o tamanho do oceano é infinito — O Sol também está bem maior hoje. Parece que vai explodir.

– Um dia, quem sabe. Acha que esse biquíni está bom? Não me sinto confortável nele.

Minha mãe tinha um corpo formidável. Seus olhos amendoados e seus longos cabelos castanhos chamavam atenção de quem quer que fosse. Para um mãe de primeira viagem, ela tinha um corpo em forma. Nunca deixava de ir a academia ou praticar algum esporte. Não ficaria solteira por muito tempo.

– Eu acho que isso aqui seu, — coloquei minha mão sobre um de seus seios que estava quase totalmente a mostra — está quase saindo para a fora.

– Essa é a intenção, Elena. — eu não via nenhum benefício em fazer isso — Eu vou ficar deitada sobre a areia um pouco, pode brincar por essa redondeza, desde que eu possa vê-la.

Ela me deu um beijo na testa e eu sai correndo.

Por que será que nunca me trouxeram em um lugar como esse? Será que esperavam que eu fosse maior para entender como a natureza agia? Eu não sei, mas eu quero sempre vir aqui nos verões.

Mas deixarei um pouco o futuro de lado. Ha conchinhas lindas trilhando um caminho a frente, e eu não as deixarei aqui sem ninguém.

– Gostei mais dessa... — peguei uma que tinha uma espessura bem engraçada — Você também vem comigo, azulzinha.

Apelidar coisas era o meu dom. Tudo tinha que ter algum apelido, era normal pra mim isso.

– Ei! Você pegou as minha conchas!

Um garoto dos olhos igualando-se ao mar, pele bem clarinha e um cabelo preto jogando de lado, veio correndo até mim.

– Não, não... Elas estavam aqui. São minhas, e não grite comigo!

– Eu não gritei, só chamei a sua atenção. E elas não são suas, são minhas.

Ele começou a puxar as conchas e eu me agarrava a elas com toda a força que eu tinha, mas tinha um detalhe, ele era maior e mais forte.

– Tem várias conchas espalhadas pela praia, procure outras! — pisou no meu pé e conseguiu deixar as conchas caírem no chão —

E choro veio... Lagrima por lágrima, gritos absurdos. Não doía tanto, mas a pirraça que eu queria fazer falava mais alto. 
Os grandes olhos azuis do garoto me olhavam com certa atenção, mas com um pouco de medo.

– Por que está gritando tanto? Não pisei com força, menina.

Eu nem ouvia o que ele disse. Só escutava meus gritos e me perguntava o por que da minha mãe ainda não ter aparecido e brigando com ele.

– Pare de chorar! Não tem motivo para continuar com esse show.

Ele pegou a última concha e se levantou da areia. 
Eu o observei caminhar não de onde estava, mas em direção ao mar.

O choro se calou, e nenhuma lágrima mais desceu. De um momento para o outro eu quis saber quem era ele.

Corri meio desajeitada até a beira do mar, e ele se espantou pela a minha aparição.

– O que quer? Eu não suporto mais ouvir você gritar.

Por que ele precisava ser tão mau. comigo? Eu não havia lhe feito nada... Nada que o deixasse triste.

– Eu... — o que eu iria dizer? Eu queria uma daquelas conchas, mas ele não me entregaria — Qual o seu nome? — soltou um deboche em uma risada — O que foi?

– Por que quer saber meu nome? Eu falo, mas e depois? Viramos amigos pelo verão inteiro, não é? — eu podia ser pequena, mas era notável a ironia em sua voz —

– Por que tão mau?

– Porque você é uma pirralha, e eu não gosto de pirralhas. — oh, quanta grosseria —

– Você é um chato, isso sim. — cruzei os braços e ele deixou as conchas caírem no chão — Além disso, é desastrado.

Soltei uma minúscula risada, mas ele parece não ter gostado. Para consertar meu deslize, abaixei e comecei a ajudá-lo com as conchas.

– Ah, não. Saía, não quero que me roube mais uma vez.

– Eu não sou uma ladra! Pare de ser tão mau! — ele nada disse, apenas me estudava —

– Não foi o que pareceu quando pegou as minhas conchas.

Eu não as roubei, eu as encontrei. É diferente, mas não adiantaria dizer isso. Ele parecia ser teimoso demais.

– Filha, o que está fazendo?

Minha mãe apareceu toda Vermelhinha junto ao um homem do cabelo grisalho e alto.

– Fez uma amiga, filho? — o homem se dirigiu ao garoto das conchas —

– Ela não é minha amiga, ela é uma ladra.

Os dois adultos pareceram perplexos com o que acabou de sair da boca dele.

– Peça desculpas à ela. — disse o que parecia ser pai dele —

– Mas é verdade o que eu disse. Não vou pedir desculpa coisa nenhuma.

O pai do garoto o olhou com uma raiva estampada em seus olhos e minha mãe percebeu. Logo tratou de intervir naquela situação.

– O que aconteceu, Elena? Seja sincera.

– Eu encontrei algumas conchas espalhadas e peguei elas. Então ele apareceu e começou a gritar falando que era dele.

– E ela começou a gritar feito uma histérica, pai. Não foi minha culpa, eu só queria as conchas de volta.

– Tudo isso por conchas? Céus, Damon! Dê elas para a Elena, você não tem idade mais pra isso.

Damon? Esse nome me lembrava demônio, só que não combinava com o garoto das conchas.

O pai do Damon tentou pegar as conchas a força do filho, mas minha mãe o parou.

– Robert, isso não é necessário. Elena gosta de um drama as vezes. — não é drama, eu só quero as conchas — Não precisa dar todas para Elena, Damon. Mas poderia deixá-la pegar uma?

Ele a encarou, e logo em seguida colocou seus olhos frente aos meus. Ele não queria dividir, era óbvio.

– Pode pegar, mas só uma. — abriu as mãos e eu peguei uma conchinha pintada de lilás — É bonita. Quero dizer, a concha é.

Minha mãe abriu um sorrido imensurável e cochichou no meu ouvido para agradecer.

– Obrigada, Damon.

Ele apenas assentiu e guardou as outras conchinhas no bolso do calção.

– Bom, agora que tudo está resolvido, por que vocês duas não vem jantar comigo e com meu filho hoje? São nossos vizinhos mais próximos, e seria uma honra tê-los conosco essa noite.

Damon bufou. Ele era difícil de desvendar, mas parecia que não gostava de aproximidade. Se interessava mais em se isolar. Algo sombrio o cercava.

– Seria ótimo, Robert. — abriu um sorriso animado para o mesmo — Isso daria uma oportunidade para as crianças serem amigas.

– Espero vocês duas a noite então. Até mais, Eleanor. — deu lhe um abraço — Damon, despeça de Elena.

Ele rolou os olhos. Apenas deu um tchau rouco e nos deixou sozinhas lá.

– Você gostou do Damon? — ela se sentou na areia — Ele parece ter gostado de você, só é tímido.

– Ele é estranho, mãe. E não quero ir nesse jantar.

– Elena, nós vamos, você querendo ou não.

Por que ela defendeu aquele mentiroso? Por que ela queria se aproximar deles?




 

– Eu não gosto desse vestido, mãe. Ele é rodado demais, por que não posso ir com aquele florido da praia?

– Porque é um jantar bastante formal. Temos que ter a melhor aparência possível, filha.

Ela pegou uma escova de cabelo e começou a passar por fio a fio no meu cabelo.

– Posso usar um batom? — ouvi um resmungo — Por favor, mãe.

– Use aquele coral que eu comprei semana passada.

Peguei sua bolsa e segurei o batom, fui para a frente do espelho tentando ter todo o cuidado do mundo para não borrar o batom. Não tive sorte.

– Mamãe... — começou no lábio inferior e terminou no meu queixo —

– Elena! Você não tem jeito, não é verdade? — tirou dois lenços da gaveta e começou a passar no meu rosto — Venha cá.




 

A propriedade de Robert era verdadeiramente digna de um castelo. Era magnifica! Tinha até uma torre que lembrava a Repunzel. As paredes exteriores lembravam muito a cor do ouro.

– Seja educada, Elena.

Ela apertou a campainha que fazia um pequeno e incômodo barulho.

Uma mulher que me parecia uma das serviçais da casa, apareceu.

– Posso ajudá-las?

– Eu sou Eleanor, vim para um jantar com Robert.

A empregada apenas assentiu e nos deu passagem para entrar. Eu, ingênua como sou, achei que nada mais me surpreenderia nessa casa, estava enganada.

Das diversas pinturas até os mais belos talheres. Um candelabro maravilhoso cobria a central da entrada principal. As cores pareciam ter sido escolhidas por alguém com um gosto impecável.

– Sigam-me. O senhor Somerhalder as aguarda na sala de jantar.

Seguimos a simpática empregada até onde estavam, e devo admitir, o cheirinho da comida já dava água na boca.

– Eleanor, que bom que veio. — Robert apareceu vestindo um traje sensacional — Está linda, e vejo que a pequena Elena segue os passos da mãe.

– Eu estou com fome. — minha mãe lançou-me um olhar de reprovação — Quando vamos comer?

– Perdoe a educação da minha filha. Eu juro que tento, mas você deve imaginar como é.

– Damon tem o mesmo temperamento, não se preocupe. Respondendo a sua pergunta, Elena, estou apenas esperando Damon descer, mas parece que ele gosta de testar a minha paciência.

– Eu posso chamá-lo, se quiser.

– Eu agradeceria bastante, Elena. É só subir as escadas e bater na segunda porta á direita.

– Só uma pergunta, a direta é para que lado mesmo? — minha mãe colocou a mão sobre a testa —

– Esse lado é a direta. — Robert mostrou — Cuidado com as escadas.

Acenei positivamente com a cabeça e subi as escadas sem nenhuma pressa, assim como Robert recomendou.

Vi a tal porta entreaberta. Eu não iria espioná-lo, mas era tentador fazer aquilo.... Tudo bem, ele nem iria saber, quem mal ha nisso? 
Me aproximei mais da porta e consegui vê-lo. Ele chorava baixinho, agarrando-se á uma fotografia que não era totalmente visível.

As lágrimas escorriam por toda a sua face. Era frustante não poder ajudá-lo. Será que ele estava assim por termos vindo aqui? Ele não gostava de companhia?

Eu tive um deslize, e senti meu corpo cair totalmente no chão, e a porta se escancarar para fora.

– O que você está fazendo aqui? — ele rapidamente enxugou as lágrimas e jogou a fotografia em cima da cama — O que diabos você ouviu, Elena?!

O alto na voz dele me assustou. Por que ele estava tão irritado? O que tinha de mais naquilo?

– Me responda, Elena!

Apoiei-me na parede e levantei. Seus olhos estavam subitamente cravados aos meus. Um ar pesado se apossou do lugar.

– Eu... Eu apenas vi você chorando... Me desculpa. Seu pai mandou eu te chamar.... Eu vou descer.

Deixei-o em frete a porta de seu quarto e corri para a mesa de jantar, onde minha mãe nem notara a minha falta pelo visto.

– Oh, Elena, você foi rápida. Aonde o Damon estar? — os dentes da minha mãe pareciam que iriam saltar para fora, de tanto que ela sorria para Robert —

– Eu apenas o avisei e desci, não esperei para ouvir sua resposta. Mas creio que ele já desce.

Ou não. Pelo menos não agora, já que eu o deixei bravo daquela maneira. Só que eu não fiz aquilo mal intencionada, foi uma simples coincidência eu ter aparecido naquela hora.

– Ah, Damon, venha jantar conosco. Mandei Adelaide fazer um ótimo risotto para nós.

Virei-me para atrás e ele apareceu descendo as escadas. Sua cara não era animadora, era fria e chorosa.

– Está muito bonito, Damon. Seu pai me contou coisas muito boas à seu respeito.

– Obrigada, Eleanor. Mas meu pai quer apenas te impressionar. — ele passou por mim sem nem ao menos me dar um olhar, puxou uma cadeira próxima a que eu estava e se sentou —

– Você tem quantos anos, Damon? Parece ser tão novo. — minha mãe se dedicava no momento a ter aproximadade com eles —

– Fiz dez na semana passada.

– Elena tem seis. Mas tem uma maturidade excepcional. — continuou sem me olhar — Vocês dois poderiam ser grandes amigos, pelo o que seu pai me disse, você tem algo em comum com Elena.

– Não acho que temos... — olhou para mim por um breve momento — Mas o que seria?

– Elena é muito boa em tocar piano, e seu pai me disse você adora ouvir o bom soar de um piano.

– Sim, eu gosto.

– Eu poderia tocar para vocês. — rapidamente me corrigi — Claro, se quiserem.

– Eu adoraria, Elena. Meu filho também, aposto até que você poderia dar lhe algumas aulas.

Ele não gosta de ficar perto de mim, Robert. Penso que ele deve me achar estranha, mas pensei comigo apenas.



 

– O piano fica por aqui. — Robert nos levou até uma das salas de sua casa, bastante espelhado esse cômodo —

O piano tinha uma aparência rústica e bastante atrativa.

– Tem alguma música em mente, filha?

Eu iria dar algo especial. Era uma música nova pra mim, mas sua idade era bastante antiga. Além do arco-íris era a grande música da noite.
Sentei no banquinho e puxei a música para fora de mim. Meus dedos apenas seguiam minha intuição.

A melódia era prazerosa de ser escutada. E todos, inclusive Damon, pareciam maravilhados com o que escutavam.

 

Além do arco íris,
Pode ser 
Que alguém, 
Veja em meus olhos 
O que eu não posso ver 

Além do arco íris, 
Só eu sei que o amor. 
Poderá me dar tudo o que eu sonhei .

Um dia a estrela vai brilhar 
E o sonho vai virar realidade 
E leve o tempo que levar 
Eu sei que eu encontrarei a felicidade 

Além do arco íris 
Um lugar 
Que eu guardo em segredo 
E só eu sei chegar 

Um dia a estrela vai brilhar 
E o sonho vai virar realidade 
E leve o tempo que levar 
Eu sei que eu encontrarei a felicidade 

A luz do arco íris 
Me fez ver 
Que o amor 
Dos meus sonhos 
Tinha que ser você...


Notas Finais


Não é fofa e meio "educada" essa Nina? haha
Viram como a dinâmica dessa é diferente da minha outra fic?

Alguém ja sentiu que cheiro de Eleanor dando uns pegas no @Robert? Se ate ela tem @, quem sou eu pra não ter, ne non?

Gosto bastante de saber o a opinião de vocês :)

Ate sabe se la Afrodite quando :*


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