História Memórias de amor - O inesperado

POV Vicente Machado

Depois de deixar Laura na clínica fui para casa. Assim que cheguei Sílvia já estava lá.
S: Oi meu amor, boa tarde! -disse levantando-se do sofá e indo ao meu encontro
V: Oi Sílvia, boa tarde! -disse frio
L: Você está bem? Achei que fosse vir almoçar comigo hoje -disse triste
V: É justamente sobre isso que quero conversar com você Sílvia! -disse a olhando sério
S: Vamos para o nosso quarto, hum? O que você acha? Eu estou sentindo a sua falta querido. -disse beijando o meu pescoço e querendo desabotoar os botões da minha camisa
V: Sílvia... Nós... -interrompido por Sílvia
L: Xii!! Não diga nada, apenas aproveite comigo -disse ficando de joelhos e tirando minha calça.
V: Sílvia, chega! Eu não quero. -disse ajudando-a a levantar
S: O que? como assim Vicente? Você nunca me negou isso, muito pelo contrário, você cometia loucuras comigo na cama e agora está recusando! O que há com você? Ontem a noite foi a mesma coisa.
V: Eu preciso conversar com você! -disse puxando-a para o sofá
S: O que você quer conversar? Você está com algum problema? por isso não quer transar comigo? Se for me diga, nós podemos resolver de alguma forma...- Interrompida por mim
V: Não, eu não tenho nenhum problema, a questão é outra.
S: Outra? O que você quer me dizer Vicente? -disse nervosa
V:Eu quero o divórcio! -disse convicto
S: O... o que? Como? O... o divórcio? Porque? -disse sem entender
V: Sim Sílvia, eu sinto muito, nós fomos muito felizes nesses anos juntos agora eu descobri que...-interrompido por Sílvia
S: Descobriu o que? Você tem outra não é?  Quem é ela? Eu sabia Vicente, por isso não estava querendo transar comigo, eu tinha certeza! Quem é a vagabunda?
V: Calma Sílvia! A Laura não é nenhuma vagabunda, muito pelo contrário! eu a amo, sempre amei e sempre irei amar!
S: O que? Então a vadia é a Laura? Eu não acredito nisso Vicente, depois de dez anos separado daquela mulherzinha sem sal você ainda gosta dela? Meu Deus o que você tem na cabeça? Como tem coragem de dizer que ainda ama aquela lá para mim? -disse levantando-se alterada
V: Sílvia eu não queria que fosse assim entre mim e você, procure entender o meu lado. Acalme-se!
S: Me acalmar? Como assim seu cretino? Você está me deixando por aquela outra, está deixando uma mulher jovem como eu pra ficar com aquela velha? -disse gritando
V: Não tem nada haver a questão de idade Sílvia, eu amo a Laura e é com ela que eu quero ficar! -disse também exaltado
S: Você não pode me deixar, você não pode! -gritou
V: Sim, eu posso! Eu sinto muito Sílvia. -disse indo em direção ao quarto fazer as malas
S: Vicente volte aqui, não me deixe falando sozinha! Eu tenho algo a lhe dizer, você não pode me deixar!
Eu não dei ouvidos ao que ela tinha a dizer e fui para o quarto fazer minhas malas, Sílvia continuava gritando comigo dizendo que eu não podia deixa-la, que eu tinha que ficar com ela de qualquer jeito, mas eu não dava atenção.
S: Vicente para de fingir que não está me ouvindo!
V: Sílvia eu sinto muito, mas nada do que você diga vai me fazer ficar! Eu amo a Laura, ela é a mãe da minha filha, eu sempre a amei e não teria me separado dela se ela não tivesse visto você me beijar no meu escritório!
S: Não, você não ama! Você foi seduzido por ela de alguma forma, eu não vou deixar você ir embora Vicente! -disse indo atrás de mim que já estava de malas prontas pegando a chave do carro
V: Eu sinto muito por isso Sílvia, eu vou falar com meu advogado para ele organizar os papéis do divórcio.
S: Não Vicente, não vá. Eu estou grávida!
Na hora que Sílvia disse isso eu senti que todos os meus planos com Laura haviam ido por água a baixo, eu não poderia deixar a Sílvia grávida! Teria que assumir esse filho.
V: Você está o que? -disse virando para ela
S: É isso mesmo que você ouviu, eu estou grávida de um filho seu!