História Memórias de amor - Armação

POV Laura Boaventura

Após o dia agradável com minha amiga Raquel a deixei em casa e segui para minha casa.  Cheguei e fui direto para meu quarto, tomei um bom banho e deitei em minha cama. Eu pensava sobre as coisas entre mim e Vicente, como nos conhecemos, o dia do nosso casamento,  o dia que a Mari nasceu, e o dia que descobri que estava grávida do meu segundo filho. Eu não gostava de lembrar daquilo, me sentia mal porque tudo que me fazia lembrar o Vicente, me fazia lembrar da traição e de quando perdi o bebê. Lembro que eu estava triste e feliz ao mesmo tempo, estava feliz porque estava grávida, era o que eu e Vicente queríamos naquele momento e triste por tudo que ele havia feito comigo. Após 2 meses da minha separação com Vicente eu já estava conseguindo superar tudo e começar a pensar nas coisas para o bebê, no dia que perdi o bebê eu estava deitada na cama lendo um livro quando senti uma forte dor no abdômen, levei a mão a minha barriga e pensei meu Deus não posso estar perdendo meu filho. Assim que coloquei a mão na barriga senti minha roupa e os lençóis molhados, vi que era sangue, então me desesperei e gritei por Rosa, não podia acreditar no que estava acontecendo, Rosa veio correndo subindo as escadas perguntando o que havia acontecido, e eu dizia meu bebê, meu bebê...Estou perdendo meu bebê, Rosa entra no quarto, pega imediatamente o telefone e liga para emergência assim que ela desliga o telefone e vai me ajudar eu sinto todo meu corpo amolecer e minha vista escurecer, tive um desmaio. Só me lembro de acordar no hospital e ver Raquel sentada na poltrona a me observar,  logo que ela me viu acordar veio até mim perguntando como eu me sentia, não me vinha nada a cabeça, apenas queria saber do meu filho, se eu o havia perdido. Raquel fez um sinal positivo com a cabeça quando perguntei se tinha perdido o bebê, não acreditei, apenas chorei com o rosto encostado no peito de Raquel, que me consolava e também chorava. Quando cheguei em casa pensei que Vicente tinha pelo menos o direito de saber que não iria ser pai novamente, mandei uma mensagem pois não queria vê - lo nem muito menos falar com ele por ligação, então escrevi que havia perdido o bebê. Ele me mandou várias mensagens de volta, mas não respondi nenhuma, tentou me ligar, tentou até vim em minha casa, mas eu falei para Rosa manda - lo ir embora, eu estava muito magoada com ele, mas ainda o amava muito e tudo que eu queria era estar com ele, mas me enchia de raiva só de lembrar do que ele fez...
Toc Toc Toc
M: Mãe?? A senhora tá acordada? Desculpa te incomodar, só quero te dar um beijo de boa noite. -Mariana me fez voltar a realidade
L: Oi filha, pode entrar.
M:Oi mãe como a senhora está? Está cansada não é?  Eu já vou para o meu quarto só vim te dar um beijo. -Disse se aproximando de mim para me dar um beijo de boa noite
L:Estou bem filha, fique aqui comigo essa noite, durma aqui, faz tempo que não fazemos isso... -puxando a filha para a cama
M:Está bem eu durmo aqui hoje, mas só hoje viu mocinha -falou com um ar descontraído
L:Está bem mamãe -falou com voz manhosa.
As duas estão deitadas de conchinha e Laura logo pegou  no sono. Mariana percebe que a mãe está dormindo e liga para o pai...
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M:Alô, pai? -disse saindo do quarto e fechando a porta devagar para não acordar Laura.
V:Oi filha, que horas são? Aconteceu alguma coisa? -disse com voz sonolenta.
M: Desculpa te acordar, não aconteceu nada, é que... amanhã o senhor pode vir aqui em casa me buscar e me levar a uma festa?
V: Festa? Que festa Mariana? A sua mãe já sabe disso?
M: Claro que sabe pai, é uma festa de uma amiga. Quando o senhor chegar eu vou estar chegando da faculdade,  pode entrar aqui em casa e me esperar, a mamãe vai ficar na clínica até tarde.
V: Tem certeza? Que horas quer que eu chegue aí?
M: Umas 17:00 horas está bom.
V:Está bem querida, amanhã nos vemos.
M: Obrigada pai, te amo!
V: Também te amo filha, boa noite. -Desligou a ligação.
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POV Mariana Boaventura

Liguei para meu pai pedindo que viesse aqui para me levar a uma festa, mas na verdade quero que ele e a minha mãe fiquem frente a frente e conversem. Eles têm muitos assuntos a resolver, sei que provavelmente vão brigar, mas quero que se resolvam. Acredito que o que meu pai tem a dizer possa amolecer o coração da mamãe. Quando ele chegar não vou estar em casa, nem eu nem Rosa, apenas a mamãe, quero que estejam completame sozinhos.