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História "Memórias de Nina Garbo" - Aceita se casar comigo?


Escrita por: ValentinaEli

Notas do Autor


"O amor deixa marcas que nem a própria morte consegue apagar."


Espero que gostem meus amores😘

Capítulo 10 - Aceita se casar comigo?


Fanfic / Fanfiction "Memórias de Nina Garbo" - Aceita se casar comigo?

Narrado por Nina

Ao encontrarmos os demais convidados na festa, me senti extremamente leve e bem disposta, Vitor me faz um bem enorme, ele pensa em tudo muito antes que eu esboce qualquer vontade. Todos estavam um pouco eufóricos esperando o primeiro pronunciamento do anfitrião. Vitor se dirigiu até a escada que dá acesso ao hall de entrada do restaurante e proferiu um breve discurso, todavia, formidável.

- Boa noite a todos e a todas. - sua voz aveludada e seu sorriso tímido encantam a qualquer pessoa. - É uma honra tê-los aqui para a inauguração do La Nuit, projeto que demorou a sair do papel, mas que agora vejo o quão maravilhoso ficou. - todos deram uma salva de palmas. Eu estava num canto um pouco afastada com Marcela e Juan, ouvíamos o discurso bastante animados.

- Como todos já sabem, esse restaurante é fruto de um trabalho áurduo, agradeço ao meu sócio e amigo, Júlio Silveira, o melhor gastrônomo que eu conheço. - Júlio se aproximou dele e ambos se abraçaram com tapas nas costas, era seu grande amigo e estudaram gastronomia juntos na França, no Instituto Culinário Le Cordon Bleu, em Paris.

- Ah, meu amigo, sou grato por adentrar neste projeto contigo. - Júlio disse animado. - Então vamos aos finalmente. - Vitor se aproximou da fita com as cores da bandeira francesa que enlaça a porta principal, pegou uma dessas tesouras grandes e com a ajuda do amigo fez às honras da casa.

Bienvenue, mesdames et messieurs (Sejam bem vindos, senhoras e senhores). - assim que o laço foi cortado ouviu-se uma segunda e calorosa salva de palmas, as portas, enfim, se abriram.

- La maison est la vôtre (A casa é de vocês). - os convidados estavam deslumbrados com a luxuosidade do ambiente, uma decoração impecável e um estilo que misturava o rústico e o moderno, extremamente arrojado.

- Então, minha querida, o que achou? - Vitor se aproximou de mim com duas taças de champagne nas mãos.

- É perfeito, Vitor. - selou calmamente nossos lábios e me entregou uma das taças.

 - Você está tão linda. - me olhou sedutor. Seu sorriso de canto de boca denunciava nossa farra no ambiente VIP a pouco instantes atrás.

- Você também. - passei a mão por seus cabelos e sorrimos um para o outro. Marcela e Juan vinham em nossa direção, e nos quatro, nos sentamos em uma das mesas para apreciarmos o primeiro banquete do La Nuit. A noite foi esplêndida, muito requinte e uma organização sem falha alguma. No fim da noite, os convidados já iam saindo e por fim, restamos os quatro, conversando sobre qualquer outra coisa sem muita importância. Passei a noite na casa de Vitor, na Gávea e terminamos de comemorar por lá mesmo, do jeito que ele sabe fazer. Pela manhã, segui para minha casa, precisava descansar um pouco, pois a noite teria um jantar na casa de Vitor, uma recepção para saudar amigos íntimos e um agradecimento pelos serviços prestados pelo engenheiro e arquiteto responsáveis pela obra.

Ao cair da tarde, decidi me arrumar, tomei um banho morno e ao sair, apenas de toalha, fiquei durante um bom tempo em meu closet a escolher o figurino, depois de tanto analisar, optei por uma lingerie bordô de renda, um vestido longo preto e com um decote em "v", calcei uma sandália da mesma cor do vestido, com salto agulha. Me maquiei e finalizei com um batom vermelho matte, logo depois, segui para a casa de Vitor, que por sinal, é uma casa de três andares que fica nos arredores da floresta da Tijuca, próxima ao Leblon. O ar é refrescante por causa das árvores que cercam a propriedade e a decoração é divina.

Cheguei à casa, havia alguns carros estacionados, inclusive o de Marcela e também o de Juan, assim que adentrei ao recinto, Leonora, a governanta veio me receber gentilmente, como sempre faz. Os convidados estavam na sala tomando um drink até que o jantar fosse servido. Comprimentei a todos, exceto Vitor, que não estava na sala no momento. Juan estava sentado no sofá tomando uma taça de vinho, fui até ele.

- Oi meu querido. - ao me ver, esboçou seu melhor sorriso. - Nina. - levantou e me abraçou. Após esses oito meses, Juan e eu edificamos nossa amizade, ele entendeu o meu lado da história e para mim, foi melhor assim, o estimo muito, como um irmão.

- Onde está Marcela? - estava ansiosa para lhe contar uma novidade do escritório. - Foi ao toalete.

- E Vitor? - perguntei curiosa. - Leonora disse disse que está no escritório com o engenheiro. - Ai, meu Deus! Essa mania de reformas que ele tem. - rimos de minha fala. Vitor não perde uma oportunidade de reformar a casa, o apartamento e certamente vai arrumar uma desculpa para reformar o restaurante, muito em breve.

Sentamos no sofá e começamos a conversar com os demais convidados, mas meus olhos buscavam incessantes o encontro com ele, tive vontade de ir até seu escritório para dizer que havia chegado, mas me contive, não queria atrapalhar seus negócios.

Minutos depois, observei que Marcela vinha em nossa direção um pouco assustada, posso dizer, até meio pálida.

Ela andou rápido para uma sala à parte, próxima a que estávamos, era uma pequena biblioteca. Vendo sua aflição, Juan e eu fomos ao seu encontro.

- Marcela, o que houve? - ela tentou disfarçar. - Nada, Nina. Só um mal estar passageiro. - ela estava ansiosa por alguma coisa. - Você está muito pálida, tá suando frio. - Juan disse colocando a mão direita em sua testa, sentindo a temperatura.

- Você está estranha. - afirmei, ela sentou numa poltrona de couro marrom e respirou fundo. - Nina, fica calma tá. - a olhei espantosamente.

- Mas estou calma. - olhei para Juan e ficamos sem entender nada.

- Fala o que aconteceu, Marcela. - Juan se abaixou em sua frente e segurou suas mãos.

Neste momento, interrompemos por um minuto a conversa ao ouvirmos a voz de Vitor na sala. - Marcela, por favor, fala. - voltei a indagá-la. Ela queria falar alguma coisa, mas nenhuma palavra saía de sua boca. De repente, senti Vitor me abraçar por trás.

- Estão escondidos aqui. - riu e me beijou a nuca. - O que foi? - viu que Marcela não se sentia bem. - Estou bem, não foi nada. - ela insistiu.

- Tem certeza? - questionou. - Sim. - disse com um desânimo contagiante.

- Vem minha amiga. - estendi minha mão para que ela segurasse. - ela prontamente o fez. Seguimos para a sala de estar, o ambiente estava bastante agradável, pelas bebidas e pelas músicas. Vitor me abraçava e me dava selinhos, a trilha sonora contemporânea com uma batida pop tocava ao fundo, embalando o ambiente. Passados alguns minutos, Vitor pediu para que alguém desligasse a música, um jovem rapaz assim o fez.

- Quero aproveitar a ocasião, diante de tantos amigos queridos. - me olhou, segurou minha mão direita, erguendo-a e sobre a mesma depositou um beijo doce.

- Essa noite é especial, muitas coisas boas tem acontecido na minha vida e boa parte delas, eu devo a esta bela mulher. - corei ao ouvir suas palavras, todas as atenções eram voltadas para nós.

- Que lindos. - ouvi a voz de algum dos convidados.

Ele tirou uma caixinha de dentro do bolso da calça social e me olhou profundamente.

- Muito obrigado por fazer parte da minha vida. - abriu a caixinha em minha frente, era um lindo anel de noivado com uma pedra central, um diamante azul e parcialmente cravejado de ouro branco na lateral.

- Nina. - respirou fundo. - Aceita se casar comigo? - fiquei boquiaberta com o pedido, de fato eu não esperava tão cedo por isso, nosso relacionamento está se solidificando aos poucos, mas não pensei que ele tivesse intenção de fazer o pedido assim, na frente de tantos amigos. Senti meu coração quase parar por alguns instantes, minha mente, como um flash, voltou a um lugar no meu inconsciente onde guardei todas as lembranças do meu passado, por mais que eu queira me desfazer de tudo o que passou, tem coisas que se enraizam em nossa mente e coração até o dia de nossa morte, se é que esta pode findar com esse tipo de coisa.

- Vitor - suspirei ao dizer. - Claro que aceito. - sorri para ele, dizer esse sim foi a coisa mais radical que fiz nestes últimos tempos e também foi o passo mais importante para minha paz de espírito, aqui se encerra definitivamente qualquer laço meu com o passado.

Ele me abraçou e me ergueu do chão dando voltas comigo em seu colo. Os amigos vibravam com a cena que viam e eu fiquei contente por ele ter me escolhido, porém, senti uma sensação peculiar em meu coração, como se alguma coisa estivesse prestes a acontecer, apesar da animação de Vitor ser evidente. Ele colocou o anel em minha mão direita e beijou a mesma. Nos olhamos, sorrimos e selamos o momento com um beijo demorado. Assim que cessamos o beijo ele aproveitou o momento.

- Agora, quero erguer um brinde. - todos seguraram suas taças. - Primeiramente, à minha noiva. - todos riram pela obviedade. - E a todos vocês, meus amigos e amigas. - erguemos as taças e demos um brado de viva. Marcela se aproximou de mim puxando discretamente meu braço, enquanto ele ainda falava.

- Ah! E um brinde ao meu arquiteto que acaba de chegar. - todos voltaram o olhar para o homem que vinha chegando. Minha distração de minutos ao ter que ouvir Marcela tentar sussurrar alguma coisa em meu ouvido cessou rapidamente assim que ouvi o restante do pronunciamento.

- Senhoras e senhores, esse é Otávio César Finnegan, o homem responsável pela obra magnífica do La Nuit.

Senti minhas pernas ficarem bambas na hora, sem forças para continuarem em pé, uma palpitação tomou conta do meu coração e minha respiração findou por alguns segundos, foi quando a taça de champagne que eu segurava, simplesmente caiu de minhas mãos, estilhaçando-se no piso de mármore. Os cacos se espalharam causando um barulho estridente. Unanimemente, os convidados olharam para mim e eu, paralisei dos pés à cabeça ao ver Otávio alí, em minha frente, mais uma vez.


Notas Finais


Obrigada por lerem até aqui😘
Espero que tenham gostado💜
Aceito sugestões😙😙😙😙


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