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História "Memórias de Nina Garbo" - Uma Dança Erótica


Escrita por: ValentinaEli

Notas do Autor


Bom pessoal, espero que apreciem mais um capítulo😘

Novos personagens:

Juan - Thiago Lacerda
Luiza Maldonado - Gianne Albertoni

Capítulo 4 - Uma Dança Erótica


Fanfic / Fanfiction "Memórias de Nina Garbo" - Uma Dança Erótica

Narrado por Nina 

 Eu sentia sua boca quente brincar com meu pescoço. Inclinou meu corpo um pouco para trás, sua língua lentamente passeava delineando meu colo, minha blusa um pouco decotada deixava-o a mostra. Nem eu acreditava que havia me rendido àquele beijo. Foi mais forte do que eu. Quando consegui me livrar daqueles braços, o olhei por uns instantes. Estávamos ambos sem conseguir proferir uma só palavra. Sem pensar duas vezes desci as escadas correndo, precisava processar o ocorrido. Já no carro senti que não conseguia mais me conter, mas dessa vez não chorei, nem tentei impedir, mas um sorriso invadia minha alma. Bati as mão contra o volante com raiva. Sentia uma coisa e demonstrava outra.

 Ao fitá-lo, percebi que visualmente Otávio estava mudado, certamente que estaria depois tanto tempo. O reconheci na empresa de imediato sim, mas a maturidade lhe fez muito bem. Não era mais aquele menino, se tornará um homem. Era alto, seu corpo demonstrava seu porte atlético, ele sempre prezou por esportes desde jovem, também gostava de cuidar de si mesmo, gozava de boa aparência. As roupas sociais lhe caíam muito bem, afinal de contas era um homem de negócios. Seu rosto me chamou tanta atenção, sua barba bem feita e aparada não era áspera, era macia e delicada, estilo cerrada, desenhava seu rosto que brilhava ainda mais com seus belos olhos azuis. Seus cabelos aveludados, tinham um corte clássico, mas que tem sido muito usado hoje, do tipo Quiffed Back, com o volume jogado para trás, discretamente curto nas laterais, mas não raspado como o dos jovens, mas sim, como um homem maduro e utilizou muito bem desse artifício ao seu favor, além de ser muito alinhado, o que deixava seus poucos fios grisalhos um charme. Bem típico de homens elegantes e finos. Uma classe fora do comum, tinha o mesmo modo de levantar a sombrancelha quando estava atento e sua boca pequena muito bem desenhada era perfeita. Parecia, na verdade, ser um belo homem em todos os sentidos. Moderno à moda antiga. Mas eu o conhecia bem, não podia me enganar de novo.

 Quando cheguei em casa fui direto para o banho. Entrei no box e liguei o chuveiro, deixando a água deslizar pelo meu corpo. Não posso me abater, não posso me deixar levar por um beijo, ainda mais dele, destrói a minha vida e ainda ousa me beijar? Porém, nem eu sabia mais o que estava sentindo. Beijar o Otávio me tirou deste plano, me deixou sem rumo. Agora o senti como homem, o menino se foi, seus braços fortes e sua boca praticamente me deixarem em êxtase. Nem consigo conceber o que teria acontecido se tivesse continuado alí. Que eu nunca mais o veja, nunca mais! Cafajeste! D

Deitei na cama tentando recobrar a consciência. Respirei fundo. Preciso dormir, pois amanhã a noite tenho uma festa de gala de uma grande amiga. Preciso estar descansada até lá, pretendo fazer ótimos negócios. É a única coisa que me interessa. A festa será em Angra dos Reis, na mansão da dona de uma das maiores agências de publicidade do Rio de Janeiro, Laura Chevalier. Uma francesa famosíssima que se mudou para o Brasil a cinco anos. Nos tornarmos amigas e sempre que podia ia às suas grandes recepções. Deitei e me acomodei na cama me encolhendo feito criança, pensando em Otávio, no passado...mas não sou mulher de recuar. Não sou nenhuma menina indefesa...fechei meus olhos e dormi. 

 No dia seguinte, acordei e me preparei para trabalhar, precisava distrair minha mente e apagar a loucura do dia anterior. Tomei café da manhã, minha funcionária de tantos anos sabe exatamente do que gosto, muitas frutas e cereais e sucos. Não podia mais demorar fui direto para o escritório. Quando cheguei em minha sala lá estava Marcela, aflita à minha espera. Mal entrei e praticamente me bombardeou de perguntas.

 - Escuta aqui, você não atende mais o celular não. Estava louca a sua procura. Você nunca, nunca perde uma reunião, aí bate o carro, não voltou para a empresa...foi ao hospital? Se machucou? 

 Enquanto ela falava sentei em minha poltrona e apoiei e os cotovelos na mesa entrelaçando minhas mão que serviram de repouso para o meu queixo. Marcela estava preocupada, coisa de amiga, mas ela falava e eu nada entendia, não prestava atenção. Não me contive, a interrompi... 

 - Eu vi o Otávio, Marcela! Meu olhos tentaram marejar, mas engoli seco. Ela me olhou espantosa e incrédula. - Como é que é? Otávio? O Finnegan? Oh, Meu Deus? Como assim? - sentou-se à minha frente e de modo silencioso ouviu toda a história. Marcela acompanhou todo o meu sofrimento na época, me apoiu como um ninguém mais o fez. Se não fosse ela acho que não teria aguentado. 

 - Mas Nina, oh! minha amiga! O que você está sentindo? - Raiva de mim, Marcela! Nojo dele... não sei! - disse impaciente. - Mas e o beijo? E ele? Acha que ele vai te procurar? Porque depois de tudo isso é impossível vocês não se esbarrarem por aí! 

- Não diga besteiras! Eu só tive o desprazer de ver aquele homem, por causa desse maldito acidente. Está proibida de falar dele na minha frente, entendeu? Ele foi muito covarde comigo...

 - Tá bom, Dama de Ferro! Agora não vem mentir pra mim. Mas acima de tudo não minta para si mesma. O que te mata não são as coisas ruins que já te aconteceram, mas sim, esse orgulho ferido. Para com isso, você está indo num caminho sem volta. Está quebrada por dentro, eu sei, para com essa pose. Um dia você vai viver de novo, de verdade, sem essa máscara, essa não é a Nina de verdade. O que aconteceu ontem só veio para mostrar isso. Eu sei que você ainda ama esse homem. Do mesmo modo como ele te feriu, ele também foi ferido, mesmo que indiretamente, se ponha no lugar dele. Agora, olha pra mim. Seja uma mulher de verdade, engula seu orgulho e resolva essa situação. Ou vai morrer engasgada com as palavras que nunca disse. - Marcela se exaltou, caramba! Parece que ela não ouviu nada do que eu disse a ela. 

Mas suas palavras me deixaram tão sem ação que eu não tive forças para responder. Ela saiu de minha sala, encostei a cabeça na poltrona e tentava digerir tanta coisa...quando o telefone tocou, graças a Deus era minha secretária, me despertando do transe e me lembrando das reuniões, só assim para me distrair. 

 Saí do escritório no final da manhã, fui ao salão, e lá fiquei durante umas três horas. Quando cheguei em casa fui tomar um longo banho. Depois de sair da chuveirada tinha que me arrumar, uma longa estrada me esperava até Angra. O que me tranquilizava era o fato de que ficaria hospedada na casa de minha anfitriã, que tanto insistiu. Melhor assim, voltar por essas estradas de madrugada era um perigo. Arrumei as coisas para levar e então me produzi. 

 Optei por um vestido de gala, preto e longo, estilo sereia. Decote conhecido como coração, era firme e levantava ainda mais meu busto, com alça de pequena espessura. Além disso, possuía uma abertura reta entre os meus seios, era estreita e discreta sensualizando meu corpo, contudo, não aparentando vulgaridade. Havia uma abertura na lateral da perna direita, não muito cavada, mas na altura adequada para um dama de minha idade sem contar que me deixava livre para movimentar confortavelmente as pernas. Do decote em forma de coração descendo até minha cintura faziam o desenho de minha fina silhueta algumas pedrarias trabalhadas artesanalmente em um atelier italiano. Escolhi, também, um colar que termina em ponta para valorizar meu busto, é delicado e me deixa com ar de condessa. Calcei uma salto alto tipo agulha preto, fiz uma maquiagem com um brilho discreto destacando a boca com um batom vermelho matte. Por fim, finalizei com um toque de Tom Ford Noir, um perfume oriental floral, que faz todos ao seu redor sentirem e buscarem de onde vem tamanha maravilha.

 Não ia dirigindo, seria horrível com o vestido e com o salto. Marcela iria comigo e também um amigo nosso, Juan, ele era dançarino e dava aulas em uma academia de dança contemporânea. Nos conhecemos quando frequentei esta academia durante cinco anos. Juan me ensinou a dançar Tango, Dança Flamenca, Dança Contemporânea, Dança de Salão e até Jazzel. Era incrível como misturávamos os passos e as danças, adorava isso, sempre ao som de uma música mais sensual utilizávamos passos de tango, salsa e inclusive balé, que era minha grande paixão desde criança, tanto que fiz balé até os vinte e cinco anos de idade, o que me proporcionou uma postura elegente eu uma leveza no corpo. Era incrível. Éramos muito hábeis na coreografia, já conhecíamos os movimentos um do outro. Dançamos muitas vezes em minhas festas particulares e também de grandes amigos. Sem contar que já tivemos nosso casinho, ele era bem mais novo do que eu a adorava me bajular...mas era mais meu amigo do que outra coisa. F

Fomos os três para Angra, ele, cavalheiro, foi dirigindo. Ele e Marcela apreciariam a festa e depois iriam para outra compromisso nas redondezas, e eu me acomodaria na casa de minha anfitriã. Enfim, depois de uma longa estrada, chegamos. Era uma mansão maravilhosa de frente para a praia. Havim muitos seguranças e tudo estava muito iluminado. Entramos em sua casa, a recepção estava sendo num grande salão comunal, muitas pessoas bebiam champagne e se deliciavam com caviar, sushi e calamares. Sobremesas francesas e frutas exóticas. Tudo servido em louças de prata polida e muito cristal. Estava tudo belo. Assim que entramos Laura veio nos receber, me abraçou e nos conduziu a uma mesa reservada. A música era ambiente, e muito agradável. 

 Aquele momento estava sendo ótimo, me distraía e me fazia esquecer a certa pessoa. Laura então, pediu uma pausa na musica e ergueu um brinde, agradecendo a presença de todos, mas em especial a alguns poucos indivíduos.

 - Que alegria imensa tê-los aqui! Me sinto honrada e espero que todos se sintam muito bem acolhidos, que aproveitem o máximo possível. - Sua expressão era de êxtase, adorava ver a casa cheia e sabia o quanto era querida por todos. 

 - Em especial quero agradecer à minha querida, linda e adorável amiga, Nina Garbo. Palmas para ela!!! - É sempre muito bem vinda minha cara! Obrigada por tantos anos de amizade. - Eu estava muito feliz com seu brinde, não contive a alegria. Me levantei e nos abraçamos, todos nos olharam. Alguns comentários eram ditos sobre minha roupa e de como eu estava linda. Senti meu ego inflamar pouco. 

 - E quero de modo especial agradecer, também, a um querido amigo, muito importante para mim. Alguém que considero como se fosse um filho. Venha cá meu querido... - apontou o dedo para um canto isolado da sala. Fiquei boquiaberta quando o vi alí. Era ele! Não posso acreditar que Otávio estava na mesma festa que eu. 

 - Nina, Nina... - Marcela segurou meu braço dando um ligeiro aperto. - Se não é o destino é muita coincidência mesmo, ele aqui, você também não acha?...to pasma. 

- Preciso sair daqui agora, Marcela. Minha noite acabou aqui! - disse tentando pegar minha pequena bolsa que estava sobre a mesa. 

 - Não, não vai. Ficou louca, vai fazer desfeita com sua anfitriã. Ela vai ficar desapontada com você, poxa, acabou de erguer um brinde em sua homenagem. - Marcela disse um tanto incomodada. Reparei em Otávio quando voltou ao seu lugar, numa mesa reservada no canto da sala. De modo que ao sentar ele ficaria de frente para mim. Que absurdo! Mas ele estava lindo! Trajava um Smoking preto com detalhes de cetim lindíssimo, com uma camisa branca com pregas, gravata borboleta preta e uma faixa na cintura e finalizando, sapatos lisos de verniz. Quando voltou ao seu lugar vi que estava acompanhado de uma belíssima moça, loira, alta, era uma modelo fotográfica famosa, Luiza Maldonato, que entrelaçou seu braço no dele...tive uma pontada de um sentimento que agora não quero nomear. De longe nos olhamos brevemente. Seus olhos praticamente falavam comigo, mas seu ar era de superioridade como se quisesse me mostrar seu terrível incômodo por estar confinado no mesmo ambiente da mulher que o insultou na noite anterior e que por um louco devaneio, beijou. 

 A festa estava incrível, tentei me distrair conversando com as mais variadas pessoas, mas sentia-me desconfortável com aquela situação, por mais que tentasse não conseguia tirar meu olhos dele, mesmo tentado disfarçar ao máximo. Como será que ele conheceu Laura? Luiza era sua namorada? Ela era realmente lindíssima, devia ter uns trinta anos ou menos. A todo momento eles se olhavam e se tocavam. A trilha sonora ajudava a tirar o estresse e houve um momento em que muitos começaram a dançar no grande salão comunal. Foi quando Juan me estendeu a mão me convidou para dançar.

 - Ai Juan! Não estou muito afim - disse desanimada. Ele me olhou pensativo. Fez um sinal de pare com a mão, pedindo para esperar. Voltei a conversar com Marcela quando a música parou de tocar. Alguém faria um anúncio.

 - Boa noite, senhoras e senhores! - Meu Deus o que Juan está fazendo? Pensei desesperada com um frio na barriga. - Bem, quero agradecer minha ilustre amiga Laura! Minha querida, sou seu fã. Todos o olhavam atentamente! - É uma ocasião especial e eu, como amante da dança, gostaria de fazer um convite! - fez uma pausa e disse:

- Nina, dance comigo está noite! - Corei instantaneamente, jamais faria isso ainda mais na presença daquele homem. Me senti fuzilada com tantos olhares...Juan se aproximou de mim e se ajoelhou como um cavalheiro, lhe estendi minha mão e ele de prontidão a beijou! 

 - Juan, desfaça isso! - disse baixinho e fingindo um sorriso.

 - Tarde demais meu amorzinho! Todos estão a nossa espera. Se lembra de nossa dança em que misturávamos vários estilos? - Assenti com a cabeça!

- É isso que vamos fazer...ia negar mais uma vez quando olhei disfarçadamente para a mesa de Otávio e vi a loira passando a mão em sua perna e sem sombra de dúvidas ele viu meu olhar de canto de olho, puxou o queixo da moça e lhe deu um selinho. Olhei para Juan todo gentleman comigo e pensei: - vai, dança com ele! Levantei e nos dirigimos para o centro, todos aplaudiam. E todos deram espaço para ver o espetáculo. Mal sabiam que eu estava morrendo por dentro, logo eu, que sempre costumava a dançar em muitas festas. Juan e eu éramos até bem conhecidos por nossos dotes. 

 - Escolhi numa música sensual e que sei que vai te agradar. Agora quero que me dê o melhor de si. Vamos realizar nosso desejo secreto. - Ele dizia isso com um ar sedutor, devia estar adorando a situação, sempre dançamos juntos, mas nunca nada sensual como treinávamos em seu estúdio. Mas naquele momento eu queria mesmo esquecer das pessoas em minha volta e Juan era um homem lindo, cavalheiro e me adulava até demais. 

 - Quer saber, não quero pensar em mais nada, Juan, eu danço com você esta noite. - ele fez um sinal para o DJ iniciar a música e gradativamente algumas luzes foram apagadas, só restando o foco central, então não víamos muito bem quem estava pelos cantos. Quando ouvi a batida da música pensei? - que música é essa? A batida era muito envolvente, gostosa de ouvir e tinha um tom um tanto erótico.

- Juan, é essa a música? Mas não é o ritmo adequado. - ele me interrompeu. 

- Apenas sinta o momento, eu serei seu guia esta noite. - Sorriu maliciosamente ao dizer. Eu dei um leve suspiro e resolvi me entregar, queria mostrar a algumas pessoas quem eu realmente era. Estava agindo por birra, mas me rendi a Juan. Juan se posicionou em minha frente segurando minha cintura com uma mão e com a outra ergueu lateralmente meu braço direito. A música dizia tanto sobre mim, não era coincidência.

 And you got me like, oh (E você me pegou tipo, oh) What you want from me (O que você quer de mim?) (What you want from me?) (O que você quer de mim?) I tried to buy your pretty heart (E eu tentei comprar o seu coração bonito) But the price is too high (Mas o preço é muito alto)

 Fechei os olhos e deixei-me guiar pelas mãos de Juan, não via mais ninguém naquele lugar. Aos passos das primeira estrofes...senti liberdade! Juan me pressionou contra seu corpo e com sua mão direita segurou meu queixo erguendo-o, nossos olhos se encontraram. Segurou minha nuca e num movimento rápido, jogou meu corpo para o lado me apoiando em sua coxa esquerda, sua outra mão que segurava meu quadril agora descia e levantava minha perna esquerda pressionado-a contra seu corpo. A abertura lateral do meu vestido deixava minha perna a mostra; seu olhar percorria meu corpo...deitou sua cabeça em meu colo sentindo meu doce perfume e vagamente foi me levantando. Rapidamente girou meu corpo me fazendo ficar de costas para ele, nossos corpos colaram senti suas mãos passearem por minha cintura. Iniciando uma dança lenta e excitante, que aos poucos foi se intensificando. 

Nossa! Nunca tinha dançado assim na frente de ninguém, eram movimentos calientes e meu corpo estava ficando quente. Nossos passos eram ritmados e por vezes ele me rodopiou e em seguida me puxava fortemente para seus braços. Estávamos tão colados que eu podia sentir sua excitação. Eu sabia que Juan nutria sentimentos por mim e do jeito que me segurava e me conduzia pelo salão me deixou em êxtase. Ele arqueva meu corpo para trás permitindo-me sentir seu membro rijo tocar meu corpo na altura de minha intimidade. Nunca senti tanto a batida de uma música como aquela que tocava...

 Baby, you got me like, oh (Querido, você me pegou tipo, oh) You love when I fall apart (Você ama quando eu desmorono) (Fall apart) (desmorono) You can put me together (Para você me erguer) And throw me against the wall (E me atirar contra a parede) 

 Juan estava maravilhoso como jamais esteve em toda a sua vida. Seus dedos entrelaçavam-se em meus cabelos dando ligeiros apertos. Nos entregamos àquele ritmo sensual e me senti muito livre, exalando feminilidade. No grand finale, segurou forte meus quadris me ergueu acima de sua cabeça e vagarosamente foi me abaixando, meu corpo incendiava, minhas mãos seguravam seu rosto e nossos olhares estavam hipnóticos. Num impulso inconsciente e repletos de adrenalina, Juan selou seus lábios nos meus, finalizando com chave de ouro nossa dança. 

 Todos aplaudiram de pé por um longo tempo e por um longo tempo Juan e eu nos olhamos. Sorri um pouco envergonhada pelo beijo, mas acabei o abraçando, amei aquele momento. Nesse instante o DJ voltou a tocar outras músicas e rapidamente o salão ficou repleto de pessoas que dançavam alegres. Juan e eu nos retiramos, fomos procurar o toilete para nos recompor. 

 Narrado por Otávio 

 Não pude acreditar quando a vi na casa de Laura. Nunca pensei que pudesse ver uma mulher tão linda, estava perfeita. Elegante e muito sensual em seu traje. Era difícil demonstrar minha inquietude, estava acompanhado de Luiza, o envolvimento era recente mas quis levá-la para ver se conseguia me distrair de dramas recentes. E por mais que ela fizesse de tudo para me agradar, me fazendo carícias e me abraçando eu não consegui tirar Nina de meus pensamentos, vê-la assim tão perto de mim e ao mesmo tempo tão longe me deixava louco.

 Mas a gota d'água do meu desespero foi ter que olhar pra ela com aquele cara, dançando na minha frente de forma quase erótica. Ele abusou de seu corpo e ela parecia adorar. Estava difícil acompanhar aquela cena, fiquei irritado e estranhamente excitado com a dança. Mas o beijo me deixou enfurecido, senti vontade de esmurrar esse homem atrevido. Quando enfim o tormento chegou ao fim e vi que ela se dirigia a outro lugar da casa, me senti tomado por uma ira, pois aquele homem a acompanhava. Não me detive e fui atrás.

 Narrado por Nina

 - Juan! O que foi aquilo...meu Deus! - disse maravilhada com tudo o que havia ocorrido. - Parabéns para nós!!! - disse rindo e dando-lhe um longo abraço. 

- Ah! Minha querida, você não idéia de como estou feliz. Você estava linda, meu amor! - Juan estava tão feliz e com uma cara de apaixonado. Fez uma leve carícia em meu rosto e selou nossos lábios calmamente. - Vou ao toilete e já volto, me espere. 

- Eu também vou, e se eu demorar não espere, ok! - disse de forma delicada. Eu adorava Juan, mas o beijo e os abraços, não queria que ele tivesse falsas esperanças. Tudo aconteceu no calor do momento. Otávio ainda permanecia em meus pensamentos, mesmo contra minha vontade. Juan beijou minha testa e segui para se recompor. Quando terminei de me arrumar, retocar o batom decidi tomar coragem e voltar para a festa, comecei a andar pelos corredores e observar a decoração da mansão, era magnífica. De repente parei, e olhei do meu lado esquerdo uma grande sala que ficava ao lado de uma outra, reservada para jogos, onde os convidados podiam fumar charutos, tomar uísque e jogar enquanto tratavam de negócios. A sala era enorme, tinha uma grande janela principal com extensas cortinas de seda por onde a luz da lua iluminava parcialmente o ambiente. Havia um grande piano ao centro, alguns móveis antigos e um sofá muito espaçoso, como um sofá-cama. Me aproximei do piano e por uns instantes fiqui alí parada, refletindo. 

Senti um calafrio percorrer meu corpo quando senti alguém se aproximar por trás e se posicionar perigosamente próximo de mim e com uma voz firme susurrou no meu ouvido.

 - Você quer me enlouquecer? 

 Narrado por Otávio

 Ela se virou, assustada, ficamos de frente um para outro, pude sentir seu perfume. Ela parecia espantada. Estava trêmula e sua respiração ficou irregular.

 - O que você veio fazer aqui? - disse séria. 

- O que está tentando provar dançando daquele jeito? Se queria me atingir, parabéns, você conseguiu.

 - Não lhe devo satisfação alguma. Eu não quero você perto de mim, será que não deixei isso bem claro? - disse apontando o dedo em minha direção. Eu o segurei e abaixei.

 - Não aponte esse dedo pra mim, você não tem direito de me acusar. Nós precisamos conversar, e não posso mais esperar. Ela me olhou fuzilando, ignorou, ia sair em direção à porta quando a puxei bruscamente pelo braço e a encurralei contra o piano. 

 - Você vai negar que ainda me ama? Até quando vai manter essa pose? Eu exijo que me ouça! - a olhei e percebi a mulher esplêndida que não era mais aquela menininha doce. Agora é uma mulher decidida, exuberante, que me deixava a cada segundo mais instigado. Ela tinha o poder de me fazer esquecer qualquer coisa. Me enfeitiçou!

 - Finnegan, preste atenção porque eu só vou dizer uma vez. Eu não te amo mais, a muito tempo, e o que eu mais quero é que você desapareça da minha vida. - ela dizia enquanto eu me aproximava ainda mais e de súbito segurei seu rosto, ela fez uma expressão de susto, senti sua respiração. 

- Eu não acredito, Nina! Sabe por que? Porque eu nunca lhe esqueci, não é possível você tenha tido coragem, a petulância de me tirar do seu coração. Ela me olhava em transe como se não houvesse mais palavras para me dizer o que quer que fosse. Segurei-a pela cintura e aperteia-a fazendo com que sentisse meu membro excitado. Segurei em seguida seus cabelos firmemente com uma mão, com a outra, passei o polegar no contorno de seus lábios e a beijei de forma deliciosa, minha língua encontrou a dela e gemi de tesão, os pêlos de meus braços arrepiaram-se mesmo dentro da roupa. Dei leves mordiscadas em seu pescoço, minha barba roçava suas bochechas até chegar em sua orelha. Ela gemia meu nome e entrelaça seus dedos em meus cabelos, arranhando minha nuca.

 - Finnegan, não posso fazer isso...- dizia em susurrou e me apertava ao mesmo tempo. - A partir de agora...- disse segurando seus braços contra o piano a deixando imóvel. 

- Quero ouvir você falar meu nome...diga meu nome, Nina! Apertei ainda mais seu corpo contra o piano e ela fez cara de dor. 

- Otávio, o que você quer? - disse entrecortando as palavras em alto tom.

 - Você quer um homem, Nina, não aquele moleque que te beijou na boca. Aliás, não quero mais você perto dele, entendeu? Você é só minha...e eu preciso ser seu homem, preciso ser seu homem agora! Percebi que ela me olhou com desejo e sem pensar me puxou pela nuca e me beijou quase que desesperada, como se não tivesse tempo a perder, ou medo de perder alguma coisa. A virei de costas e esfreguei meu membro em sua bunda, estava latejando...ela segurou no piano inclinando seu corpo para frente. Procurei o fecho de seu vestido e lentamente desci o zíper, deixando suas costas nuas, a me enclinei sobre ela, separando as mechas de seus cabelos, passando minha língua em sua nuca, descendo por suas costas. Senti sua pele se arrepiar e ela se contorceu. Fui puxando seu vestido para cima, estava enlouquecido de desejo por ela. 

Passei a mão em sua intimidade por cima de sua calcinha, estava quente e úmida, afastei o tecido e senti seu sexo. Fiz um movimento lento circular. Ela se retorceu e gemeu:

- Ahh! Otávio, eu te quero, muito! - Estava muito ofegante e proferia as palavras sussurrando. Terminei de tirar seu vestido que rapidamente deslizou em seu corpo, em seguida a virei, ficou de frente para mim, seu corpo era lindo, sensual, delineado. Que mulher é essa? Que desejo é esse? Estava só de calcinha, passei a língua ao redor de meus lábios com vontade de devorá-la . Desci minhas mão até sua cintura segurei-a no colo e a coloquei em cima do piano, me posicionando entre suas pernas. Ela segurou meu rosto e nos olhamos. 

 Narrado por Nina 

 Fechei os olhos e me inclinei para trás, apoiando minhas mãos no piano, queria sentir o momento. Quase gritei de desejo quando senti sua boca abocanhar meu seio, sugando e fazendo movimentos rápidos com a língua. Segurei firme seus belos cabelos e respirava muito rápido. Com sua mão, jogando meu corpo para trás, me fez deitar sobre o piano, senti suas mãos quentes abrirem minhas pernas e deslizava seus dedos por toda extensão. Estava com um olhar excitante e me olhava como se eu fosse uma presa indefesa. 

 - Por que me olha assim? - vi um sorriso malicioso brotar no canto de sua boca.

 - Não diga mais nada! - senti suas mãos segurarem minha calcinha e rasgá-la brutalmente me deixando totalmente exposta, sua língua passou em meu sexo e sugou.

 - Hummm, Otávio! - gemi arqueando meu corpo, mordi meu lábio inferior. Passou sua língua em meu clitóris com muita rapidez e me penetrou com o dedo. Senti todos os meus pêlos se arrepiarem de uma só vez.

 - Ah! Por favor! - Implorei com uma voz manhosa. A cada momento sua língua frenética fazia movimentos circulares me deixando cada vez mais louca. Ficou alí tanto tempo...levantei minha cabeça e observei a vontade com que sugava meu sexo e me penetrava com a língua. Sorri e gemi cada vez mais alto. Ele parou de me sugar e me puxou para mais perto colocando sua mão em minha boca. 

 - As pessoas podem nos ouvir! - disse isso ficando atento aos barulhos que vinham de fora da sala, que ele havia trancado ao entrar. Puxou mais ainda meu corpo contra o seu e desabotoou a calça e a abaixou junto com a cueca, enquanto isso eu tirava seu blazer e sua camisa. Ficou nu. Delicioso, forte e viril. Me deitou de novo sobre o piano e suas mãos acariciavam meu ventre delicadamente. Segurou minha coxa buscando apoio e enfim, senti um desejo carnal pecaminoso quando me penetrou de uma vez, voraz. Suspirou como um rugido de satisfação. Tentei me apoiar no piano enquanto sentia seus movimentos cada vez mais acelerados dentro de mim.  Ele gemia sem desviar seus olhos de mim. Seus olhos estavam pequenos ardendo em desejo. 

Suas mãos apertávam meus seios, apertando os bicos que já estavam rígidos de prazer. Olhei para o sof e apontei com meu dedo. Ele entendeu, saiu de dentro de mim e me tomou pelos braços até o sofá. Agora nossos corpos nús podiam ficar colados. Sentou-se e logo me posicionei em cima dele. Seu membro estava tão rijo e úmido, entrou por completo, deslizada apertado dentro de mim e eu, cavalgava cada vez mais rápido, enquanto ele sugava meus seios. Nossos corpos suados de prazer estavam ensandecidos.

 - Não vou aguentar, Otávio, não vou. - Meu corpo começou a tremer e meu rosto formigava, estava vermelho e nossos movimentos ficaram muitos intensos. Me deitou no sofá e ficou por cima de mim, estocava mais forte, o sofá balançava... 

- Goza pra mim... goza...hummm. - ia explodir a qualquer momento. Nossas respirações ficaram irregulares e nos apertávamos. Puxei sua nuca e nossos lábios se encontraram num beijo ardente, urgente e louco. Não aguentando mais, gememos alto. Nos libertando. Cravei minhas unhas em suas costas. Senti meu corpo tremer, uma sensação subindo e descendo pelo ventre...um orgasmo insano me possuia e aos poucos, sem forças suspirei fundo e meu corpo relaxou. Eu o apertava ainda mais contra meu corpo enquanto sentia seu gozo quente jorrando dentro de mim. 

Ele me olhava, seu rosto mostrava desejo e avidez, sua boca entreaberta dava passagem à minha língua, que ele prontamente chupou. Mordeu os lábios até sentir a última gota de si mesmo invadir o corpo da mulher que ele amava. Ofegantes, nos beijavamos de forma lenta e desejosos de carinho. Ficamos quietos até normalizar nossos sinais. Nos olhamos e alí permanecemos, enquanto a festa rolava do lado de fora. Quando recobramos os sentidos, estávamos abraçados e sua cabeça repousava em meus seios, enquanto meus dedos brincavam com seus cabelos.

 - Nina - Disse voltando seu olhar para mim. - Nos amamos de verdade. Eu senti você, não quero sair daqui! 

- Otávio, precisamos voltar para a festa, as pessoas vão começar a sentir nossa falta. - Selei nossos lábios e nos levantamos. Ele se vestiu e me ajudou a fechar o vestido. Nos recompomos. Não conseguíamos dizer muita coisa, só nos olhamos. Eu ia em direção à porta quando ele me deteve.

 - Olhe pra mim, olhe! - passou delicadamente seus dedos em minha face, segurei-a acarinhado. Preciso te ver de novo.  - Retribui o carinho. Eu sonhava com aquele momento. Meu orgulho caiu por terra.

 - Otávio, eu necessito te ver novo. Por favor, não vai embora da minha vida. - Ele me olhou apaixonado e me abraçou. 

- Você é minha! Nina, você é a mulher da minha vida. Nunca mais quero ter que ir embora! Essa noite ficou marcada de uma forma avassaladora e cheia de nosso amor, que para minha alegria e medo estava de volta.  


Notas Finais


Muitíssimo obrigada por terem lido até aqui. Espero que tenham gostado!😍😍😍


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