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História Memórias Póstumas de Kim Taehyung - Omma...


Escrita por: blvevelvett

Notas do Autor


Voltei \o/

Acho que esse capítulo vai deixar vocês tristes, de verdade... :/

Não tenho o que dizer, mas espero que gostem :D
Boa leitura <3

Capítulo 12 - Omma...


No dia que se seguiu ao nosso término, eu e Jimin oficializamos que agora ele poderia sair com Hoseok. Eu lhe expliquei o quanto tinha ciúme dele, mas ao passo em que ele me apresentou o hyung, isso mudou. Hoseok era uma pessoa legal, e, como Jimin dizia, era muito talentoso. E depois descobri que ele era exatamente como eu era quando eu e Jimin nos conhecemos.

Talvez ele gostasse de pessoas hiperativas que pareciam calmas à primeira vista.

Pena que eu voltei a ser aquele adolescente inseguro e depressivo que era antes. Mas disso vocês já sabem, então que continuemos.

Lembro-me que Seokjin, num dos dias de trabalho, me chamou para conversar na sala dele, depois do turno. Não fiquei assustado, sabia do que provavelmente se tratava, mas, ainda assim, fiquei um tanto nervoso.

Ele me deixava nervoso.

Sentei-me numa das cadeiras que havia em sua frente, com o rosto quente, e senti seu olhar sobre mim pesar.

— Tae, você está bem? Parece triste. Quer conversar? — perguntou, calmo como sempre, mas com tristeza no tom, me fazendo encher os olhos d’água.

Não precisei responder, ele entendeu o que acontecia. Somente se levantou de sua cadeira atrás da mesa e veio até mim, me puxando para levantar e me abraçando forte.

— Ei, eu estou aqui... — começou a correr os dedos por meu cabelo, e eu, por instinto, agarrei seus ombros, o abraçando forte.

— M-Me desculpa, hyung.

Ele me soltou e segurou meu rosto, passando os polegares por minhas bochechas.

— Não se desculpe, tudo bem? O que quer que tenha acontecido, não foi culpa sua, eu sei disso. Eu te conheço bem.

Ele parecia sempre saber o que havia comigo, mesmo que não soubesse realmente. Isso era perfeito nele, porque meu hyung parecia pressentir quando eu não estava bem.

E amava isso nele.

Na verdade, nunca deixei de amá-lo. Eu o amo.

— Hyung, me beija. — pedi enquanto encarava seus olhos.

— Tae, você disse que tem namorado, e que quer que dê certo. Eu não posso...

— Não somos mais um casal, Jin. Eu acabei com tudo. — abaixei a cabeça — Eu sempre acabo com tudo...

A culpa que sentia pelo término e pelo que havia pedido ao meu hyung era tanta que nem mesmo conseguia lhe olhar nos olhos.

— Tae... — chamou, mas ainda mantive a cabeça baixa — Tae, olha para mim.

— Não, Jin. Me desculpa. Eu sei que você é casado, me perdoa. — fiz menção de sair do lugar, mas ele me impediu.

— Taehyung, eu não a amo. — colocou o indicador em meu queixo, levantando meu rosto.

E ele fez o que pedi.

Ele me beijou.

Ainda me lembro da sensação.

E ele ainda tinha o mesmo beijo, calmo, suave, apaixonado...

Era como se nunca tivéssemos nos separado.

A diferença é que, dessa vez, ele se desculpou depois que se afastou de mim.

— Tudo bem, Jin. Eu pedi por isso. — forcei um sorriso, mas nós dois sabíamos que não era verdadeiro — O-Obrigado por me ajudar.

Com isso, beijei seu rosto e saí da sala, com semblante triste. Voltei para a minha e busquei minhas coisas, mas percebi que ele estava ali, parado na porta.

Não dissemos nada. Não era preciso. Apenas nos abraçamos forte, por um longo tempo, e depois de muito olharmos para o rosto um do outro, eu o selei levemente. Me despedi acenando a cabeça, logo voltando para casa.

As semanas seguintes foram assim: Seokjin geralmente me chamava para sua sala depois do expediente e conversávamos sobre nossos problemas, que talvez eu conte mais posteriormente. Algumas poucas vezes ousamos trocar beijos, porque estávamos em ambiente de trabalho, e mesmo que eu não estivesse mais com Jimin, Jin ainda era casado, e a ideia de eu ser um amante me deixava frustrado.

Por isso, eu estava me afundando cada vez mais...

Eu era o amante.

Eu me sentia péssimo. Horrível.

E a noticia que recebi em menos de cinco dias apenas agravou tudo.

Minha Omma estava com uma doença terminal, e não quiseram me informar qual.

Deixei claro para Seokjin o que havia acontecido, e ele me liberou do serviço para que a visitasse. Avisei a Jimin que viajaria e não tinha data para voltar, mas provavelmente voltaria em uma semana, e ele entendeu. Não contei o motivo, não queria preocupá-lo. Assim, parti no dia seguinte para Daegu, que era onde Omma agora estava. E ela estava na mesma casa em que me criou.

Só que eu sabia que ela provavelmente não iria me querer lá, porém, mesmo assim, fui visita-la. Primeiro, reservei um hotel e deixei minha mala no quarto. Troquei as roupas e tomei um trem para a estação mais próxima.

Ao chegar, bati na porta, mas não me atenderam. Somente com muita insistência é que a abriram.

— Quem é você? — era uma moça, parecia mais jovem que eu.

— Eu sou Taehyung, o filho dela. — falei baixo.

— Ah, é você. — falou em desdém.

Ela me deu passagem e a segui até o quarto, onde estavam minha mãe, moribunda e frágil na cama; meu pai, ao seu lado, numa cadeira; aquela moça e uma mulher mais velha, que eu não conhecia.

Me aproximei o suficiente para que ela me visse, mas desejei logo após não o ter feito.

— Saia de perto de mim. — Omma falou — Eu não quero você aqui. Quem te deixou entrar?

Ninguém respondeu. Ousei me aproximar, sem dizer nada, mas logo quebrando o silencio.

— Omma, o que você tem? Como posso ajudar? — perguntei baixo.

— Quer ajudar? Vá embora. Eu não quero você perto de mim. Você não é meu filho, não me chame de Omma.

Aquilo doeu como uma faca em meu coração.

Eu sabia que, quando ela disse que não queria mais me ver, falava sério. Mas pensei que, com o tempo, isso mudaria.

Pelo visto, apenas piorou.

— Omma não diga isso... — fui interrompido ao sentir sua mão contra minha bochecha.

Não virei meu rosto para olhá-la, apenas fechei os olhos, suspirando profundamente.

— Saia! — tentou gritar, apontando para a porta, mas sua fragilidade não permitira que a voz saísse.

Levantei-me e passei a andar, olhando para trás apenas para ver os outros três me encarando com expressão próxima de raiva. Então apenas abaixei a cabeça e fechei a porta de entrada, passando a andar para o hotel.

Por lá, não comi, não troquei as roupas, não dormi. Não fiz nada. Apenas chorei, porque eu nunca, nunca quis que minha Omma adoecesse daquele jeito. E os problemas que eu enfrentava eram tantos, mas tantos, que a ansiedade e o ódio estavam tomando conta de mim.

Por isso, apenas coloquei o travesseiro em meu rosto e gritei enquanto chorava. Gritava e gritava para tentar aliviar minha dor, mas não obtinha resultado. Claro que não.

Que estupidez, não?

Eu era patético. Na verdade, ainda sou, porque nem mesmo para morrer decentemente eu prestei. Fiquei por aqui, vagando e escrevendo inutilmente sobre a minha vida.

Ridículo.

Enfim, continuando minha história de dor e sofrimento:

Passei os dois dias seguintes largado no hotel, definhando. Saía apenas para comer alguma coisa, porque não queria morrer de fome. Mas, sem contar isso, fiquei deitado o dia todo. Pensava no que aconteceria com minha mãe.

Só não imaginei que ela me deixaria tão cedo. Soube da notícia de sua morte apenas três dias depois, e chorei. Chorei como uma criança, a criança que eu era e que queria que a mãe sentisse orgulho, que sentisse amor...

Nos portões do cemitério, meus olhos estavam com a visão totalmente embaçada pelas lágrimas. Não conseguia pensar em nada além de minha mãe. E, assim que vi a lápide com seu nome, me permiti cair no chão e chorar sobre a sua cova.

Minha mãe estava morta.

Sua última lembrança de mim era um tapa.

Era ódio.

E, agora, eu deixava tudo que sentia transbordar em forma de gotas salgadas, me escorrendo pela face.

E, Omma, onde quer que esteja, quero que saiba que eu amo você...


Notas Finais


Ai, meu coração :')

O que estão achando da fic com um todo? O que acham que vai acontecer?

Bom, espero que tenham gostado. Beijos e até semana que vem, tenham um ótimo fim de semana <3


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