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História Memórias Póstumas de Kim Taehyung - Meu Fim


Escrita por: blvevelvett

Notas do Autor


Cara, eu to triste. Eu to triste por esse capítulo e por terminar a fic. Eu não esperava que fosse acabar tão depressa, cara, to sad agora T-T

Enfim, vou dizer tudo que preciso nas notas finais, espero que tenham paciencia para ler kkkkkkkkkkk
Boa leitura :D

Capítulo 16 - Meu Fim


Digo-lhes que é o fim.

A história se acaba por aqui, porque, infelizmente, vivi por apenas vinte e quatro anos. Uma pena que tenha morrido tão cedo.

No momento, me encontro sentado em minha lápide, sozinho, com a chuva fraca caindo sobre meu espírito.

Pensava se encontraria minha mãe no céu ou, talvez, no Inferno.

Provavelmente não. Mas eu poderia passar meus dias como espírito convivendo com isso. O fiz durante praticamente a vida toda, e não mudaria nada agora que estou morto.

Sentiria saudade de Park Jimin. Ele era, foi e sempre vai ser o melhor amigo que eu poderia ter. Sentiria falta do ciúme que tinha quando ele estava com Jung Hoseok, mesmo que tenha aprendido a conviver com isso.

O fato de que Jimin chorou em meu funeral me corroía, porque percebi que ele sentia o mesmo. Ele também me considerava seu melhor amigo, e as lágrimas que desciam por seu rosto denunciavam isso. O que eu não imaginava era que Hoseok choraria. E, sim, ele o fez. Pude ver que seus olhos brilhavam por lágrimas enquanto abraçava meu garoto, que agora tinha os cabelos vermelhos que não tive a chance de tocar. E eu chorei junto. Não por mim, mas por sua tristeza. Nunca quis que meu Minnie ficasse triste por minha causa...

Senti falta de meu Appa ali. Eu sabia que ele não iria, porque não gostava tanto de mim. Mas ainda assim esperava que ele fosse, afinal, ele era meu pai.

Entretanto, a pessoa que mais me fez falta naquele momento fora Seokjin. Ele não compareceu. Não sei o motivo, mas isso me decepcionou. Eu o amava, ele me amava, então por que não veio me ver? Jihyun não poderia prendê-lo, até porque ele fazia o que bem entendia, por isso eu era seu amante. O escritório provavelmente não estava aberto hoje, porque alguns de meus colegas ali estavam. Nos falamos pouquíssimas vezes, mas ainda assim eles estavam aqui.

Então por que meu hyung não estava aqui comigo? O que acontecera?

Não possuía a resposta, por isso, permaneci no cemitério até o momento atual, duas horas depois de meu velório.

Me distraí com o vento leve, que balançava as pequenas folhas que haviam na terra abaixo de meus pés. Faziam um som simples que me acalmava a alma, e apenas isso.

Era o que me restava.

O vento, a chuva e o chão.

Contudo, me surpreendi com algo que aconteceu.

Ouvi passos se aproximando, mas não olhei para cima. Não queria saber quem era. Porém, no instante em que aquela pessoa parou em frente à minha lápide, olhei-a.

Era ele.

Kim Seokjin.

Minha boca se abriu em um perfeito “o” de surpresa, junto à lágrimas que se formaram, porque, além de ele ter vindo, tinha um buquê com as mencionadas rosas brancas em uma das mãos. Seu rosto estava molhado tanto pela chuva quanto pelo choro, e ele se deixou cair ajoelhado em minha frente.

Claro que ele não me via. Apenas o pedaço de pedra em que estava grafado meu nome podia ser visto. E ele começou a falar entre soluços, tentando se acalmar.

— Me desculpe, Tae. Eu lamento que não tenha conseguido te dar as flores enquanto ainda estava vivo. — passou as costas da mão pelos olhos — Juro que tentei, mas não consegui. Espero que entenda.

Mordi meus lábios, tentando conter as lágrimas, porque ele se lembrava.

— Sabe... Os papéis saíram há três dias. — engoliu o choro — E Jihyun assinou. Mas não foi só isso. Ela me expôs... Não tenho mais emprego. Não tenho mais nada, TaeTae. Nem mesmo você.

Com aquilo, coloquei as duas mãos sobre a boca, sentindo lágrimas deixarem meus olhos.

— Espero que não se importe por eu não ter vindo antes... É que eu não aguentaria ficar no mesmo lugar que toda aquela gente... Não me sentiria bem, entende... É complicado... — chorou por alguns minutos, e tudo que deixava sua boca eram os soluços devido aos prantos.

Aproximei-me, tentando tocá-lo no rosto, mas minha mão passou por sua pele. E chorei junto a ele.

— Hyung, me perdoa... Me perdoa por te deixar sozinho... — sabia que ele não me ouvia, mas ainda tentava — Me desculpa...

— Estive pensando... Digo, remoendo o motivo de te entender tão bem. — levantou a cabeça, tentando em vão enxugar o rosto — Acho que sempre fomos muito parecidos, por isso tínhamos essa ligação... Quando eu percebi que não estava sozinho, tive certeza que queria ficar com você para sempre. E eu vou manter minha promessa...

Com aquela frase, ele tomou coragem de se levantar, ainda entre lamúrias. Encarou a pedra por mais um tempo, e lágrimas rolavam por suas bochechas sem parar. Porém, ele começou a caminhar. E eu o fiz ao seu lado.

E eu, meus amigos, apenas percebi o que ele faria quando chegamos perto de uma das várias pontes da cidade. Ele fez o mesmo que eu, subindo no parapeito, pronto para saltar. E eu, numa tentativa frustrada, tentei segurá-lo.

Mas não consegui.

Meus braços passaram por seu corpo como se não existissem. Porque eu era um espírito. Um mero espírito...

Gritei por seu nome ao ver seu corpo cair, e chorei.

Mas logo eu estava numa imensidão branca, que nunca vi antes. Porém não me importei. Somente fui ao chão, tapando o rosto com as mãos enquanto gritava. Aquilo não poderia estar acontecendo.

E perdi a conta do tempo em que fiquei naquela posição, sentindo as cordas vocais não funcionais doerem pelos gritos.

Chorei porque ele não deveria morrer. E eu era o culpado de sua morte. Se não fosse por mim, ele ainda estaria vivo. Ele estaria vivo...

Apenas sei que ouvi alguém me chamar ao longe. Primeiramente, não liguei, devia ser coisa de minha mente. Não esperava que a voz se aproximasse, porém, ela o fez.

Conforme chegava perto, fui decifrando. E, mais uma vez neste dia, me encontrei com ele.

— Taehyung? — perguntou surpreso e preocupado ao me ver no chão.

E eu, ao vê-lo, me levantei e corri para seus braços. Como senti falta de seus acolhedores braços.

— Me desculpa, hyung. — solucei, o apertando com força — Agora por minha culpa você também vai para o Inferno. Eu não deveria ter me matado, assim você também estaria vivo, hyung.

— Tae. — segurou minha face, passando os polegares por minhas bochechas — Eu não me importo. A culpa não é sua. Era nosso destino, e contanto que eu esteja com você, qualquer lugar para que formos basta. Porque nós estamos juntos, e isso aqui, agora, é a maior prova que nem mesmo a morte vai te tirar de mim.

— Mas Jin... — me cortou com um beijo.

Calmo como sempre...

— Taehyung, eu não sei o que vai acontecer daqui para frente. Nem mesmo sabia que aconteceria isso depois que morresse, mas quero que saiba que estamos aqui um pelo outro. — beijou-me as mãos — Lembra-se do que dissemos antes do ‘Eu te amo’?

Acenei com a cabeça.

— Você é meu e eu sou seu... E nada, nada vai nos separar. — ele completou.

Entendi, finalmente, que ele era minha missão. Meu único motivo por continuar vagando. Minha única razão por não ter descansado logo que faleci.

Ficar com Kim Seokjin era minha missão...

Porque ele era meu, e eu era dele.

E, por mais que dissessem que estávamos errados, era assim que deveria ser...

É aqui, meus caros e fiéis leitores, que finalizo estas memórias póstumas. Finalizo dizendo que nós dois finalmente conseguimos descansar em paz...

Juntos...

Porque ele era meu...

E eu era dele...


Notas Finais


Ai meu coração, eu vou chorar.
Esse final me fez encher os olhos d'água. Foi tão emocionante escrever isso, sério. Não sei se vão gostar, de verdade, mas espero que apreciem, porque amei tanto escrever.

Essa fanfic é, sem dúvidas, uma das que mais gostei de escrever. Tipo, eu gosto de todas que escrevo, mas as que têm mais de um ou dois capítulos me trazem um certo amor, porque gosto tanto delas.
Quando assisti ao filme, eu pensei: "Cara, eu preciso fazer algo com esse toque". E sério, eu demorei quase um ano pra finalizar ela. Os primeiros capítulos estavam prontos desde Março do ano passado, lembro direitinho quando perdi e quase desisti de escrever. Mas ainda bem que continuei, porque assim pude compartilhar com vocês.

Eu amei escrever a personalidade do Tae nessa fic, ele me encantou muito, e eu meio que entrei no personagem, e, quando as coisas aconteciam com ele, eu ficava mal. E sobre esse final, se foi triste ou feliz, deixo por conta de vocês, só sei que amei.

Não, eu ainda não consegui terminar de ler o livro. Não deu tempo de fazer nada nas férias, mal consegui descansar :')

E, por fim, agradeço imensamente a cada um de vocês. Cada notificação, cada favorito e cada comentário fizeram meus dias mais felizes. Espero encontrar vocês em outras TaeJin, porque amei a experiencia, e tenho uns projetos por ai kkkkkk
Só não sei quando vão sair. To em ano de Vestibular, choremos T-T

Muito obrigada mesmo, até a próxima, amoras <3<3<3<3


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