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História Memórias Póstumas de Kim Taehyung - Meu ano mais doce


Escrita por: blvevelvett

Notas do Autor


Oioi, gente <3

Hoje resolvi publicar mais cedo, porque tava com medo de esquecer mais tarde, sorry.
Mudei a capa porque achei que aquela tava meia boca, sem contar que achei essa nova mais poética em relação ao enredo da fic, como se fosse o Tae morto olhando para a própria vida atraves do espelho e narrando tudo para a gente <3
Uma das poucas capas coloridas que eu fiz \o/
Desculpa, eu viajo muito.

Espero que gostem, amores :*

Capítulo 4 - Meu ano mais doce


Eu não o conhecia. Não tinha noção de quem era. E, mesmo depois de ouvir aquela frase, até dele eu tinha medo. Como eu disse anteriormente, eu tinha medo de tudo.

O garoto que me segurava soltou-me, e os outros me deixaram cair ao chão, o que me resultou mais lágrimas, e o primeiro foi em direção ao novo garoto.

— Eu só não acabo com você também porque isso seria suicídio. — ficou frente a frente com o outro — E eu não quero estragar a minha vida.

— Se é assim, acho melhor deixarem ele em paz. — se referia a mim.

O meu agressor simplesmente estreitou os olhos, virou a cabeça e olhou para os outros, indicando que deveriam ir embora. Todos acenaram positivamente e saíram, mas sem antes me deixarem olhares de desdém e ódio.

Assim que todos haviam ido, apenas eu e o novo estranho estávamos no lugar. Ele olhou para mim com olhar compreensivo, e me dirigiu a palavra.

— Você está bem? Eles te machucaram? — sua voz saíra docemente, mas ainda não o suficiente para que eu me acalmasse.

Neguei com a cabeça. Bom, pelo menos fisicamente, não, eles não haviam me machucado.

— Tem certeza? — perguntou novamente e se agachou, ficando em minha frente.

Acenei que sim, mas as lágrimas que escorriam por minhas bochechas denunciavam o que eu afirmava. E ele apenas me abraçou, como se fossemos amigos de longa data, e não meros estranhos um ao outro.

— Não chore. Não gosto de ver as pessoas chorando.

Me lembro de sentir seus dedos passando calmamente por meus cabelos, como se fizesse carinho para que me acalmasse, e me lembro também de agarrar seu uniforme e chorar sobre seu ombro. Ficamos daquele modo por alguns minutos, até que me acalmei e o soltei.

Olhei fixamente para seu rosto, e, mesmo com a visão embaçada, pude ver seus traços. Ele era bonito. Muito. Os olhos eram um pouquinho maiores que o comum e tinha lábios grossos que achei muito bonitos. A combinação de seu nariz a essas características o fazia se assemelhar a perfeição. Não, meus caros. Eu não estava interessado nele. Não naquele momento. Apenas apreciava a boa aparência que ele cultivava.

— Sou Seokjin. — estendeu a mão amigavelmente, se apresentando.

— E-Eu sou T... — fui interrompido.

— Eu sei. Você é um tanto “famoso” aqui na escola. — ah, me lembro de meus olhos se encherem d’água — Ei, não chora. Não quis dizer isso.

E novamente eu estava em seus braços. Porém, dessa vez, nos soltamos mais rápido.

— P-Por que está m-me ajudando? — gaguejava ainda por efeito do choro.

— Eu não gosto do que eles fazem com você. Posso dizer que fiquei sabendo de uns boatos há uns dias e fiquei te vigiando, mas então eles apareceram e eu não pude deixar fazerem aquilo.

Fiquei sem palavras. Não sabia se era pelo fato de ter encontrado uma boa pessoa ou se pelo fato de minha história ter chegado a... não sei... a última etapa escolar? Até mesmo os mais velhos já sabiam. E devo ter feito uma expressão preocupada, porque ele me chamou novamente.

— Não precisa se preocupar. A partir de hoje, eu vou estar sempre com você. E então eles não vão mais te incomodar. — sorriu.

— Mas Seokjin-ssi, como você pode ter certeza? — perguntei um tanto desesperado.

— Primeiro, me chame de hyung, eu me sinto estranho quando me chamam de “ssi”. E eles não vão querer mexer com um hyung do último ano que tem contatos com o diretor e todo o sistema. — se gabou levemente.

— Obrigado, hyung. — falei baixinho, olhando para baixo.

Lembro-me que ele sorriu, e segurou minha mão me guiando para fora das arquibancadas.

— Tem certeza que está tudo bem? — perguntou mais uma vez — Você parece bem distante.

— Sim. São só... uns problemas. — confidenciei, mas sem entrar em detalhes.

Devem estar se perguntando por que eu confiei em Seokjin. Porém, a verdade é que nem eu mesmo sei o motivo. Só sei que o achei diferente dos outros, mas não apenas daqueles meus agressores. Ele parecia diferente de todos que já conheci, e o mais próximo que chegava era de meu... Não sei... Namorado de infância?

Algo em Seokjin me dizia que eu podia confiar nele. Que podia acreditar no que dizia e que, no fundo, ele me protegeria. E essa minha intuição me fez ir com ele, e ficar com ele sempre que podia.

E, no fim desse dia, ele me acompanhou até a estação de trem mais próxima. Disse-me que somente não pegou o mesmo trem que eu porque sua casa ficava do lado oposto ao da minha. Recordo-me de agradecer e lhe dar um último abraço, e, ali, eu soube que tinha alguém que se importava comigo.

Cheguei em casa um tanto mais satisfeito. Não posso dizer que estava feliz, pois não estava, mas era diferente das outras vezes. Talvez fosse pelo fato de eu não estar com hematomas recentes quando me despi para entrar na banheira. Talvez fosse por não ter chorado enquanto me banhava. Mas talvez fosse pela intervenção de Seokjin em minha vida.

Ora, sei que isso é um tanto infantil. Mas entendam: eu tinha quinze anos e ele foi o primeiro que me defendeu durante as inúmeras vezes em que me agrediram. E isso significou tanto para mim que é um fato que ainda tenho na memória mesmo depois de morto.

Nos dias seguintes, Jin fez exatamente como havia dito. Ele ficava comigo depois das aulas enquanto eu estudava, e aproveitava para fazer o mesmo. Às vezes me ajudava quando eu não sabia o que fazer.

Durante esse tempo, ele me contou algumas coisas sobre si: estava um tanto desesperado para entrar na faculdade já que era seu último ano. Tinha medo de não conseguir, e eu o confortava dizendo que ele conseguiria, que tinha capacidade. Era realmente diferente de todos, e eu passei a ver um pouco de mim nele. Dizem que isso acontece porque somos narcisistas e nos apaixonamos por quem é igual a nós mesmos, mas não acho.

Não entendam mal. Ele era apenas uma pessoa por quem desenvolvi afeto, como se fosse um irmão mais velho que te defende. Ainda não estava apaixonado por ele, e nem imaginava que o faria. E também não imaginava que ele se tornaria a pessoa que mais amei em vida e também fora dela.

Eu ainda o amo.


Notas Finais


Essa última frase acaba com minha vidinha, ai...

Gente, tava pensando em escrever alguma coisa pro Natal, porque eu sempre fico meio pra baixo nos fins de ano, e já começou essa onda de tristeza, então pensei em escrever, que nem fiz ano passado.
O que acham? Assim, não sei se vou conseguir, minha criatividade ta no negativo, mas ainda assim vou tentar :)

Enfim, espero que tenham gostado, obrigada por lerem, até semana que vem :*
<3


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