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História Memories - New reality


Escrita por: sidneymills

Notas do Autor


Depois de tanto tempo, consegui finalmente atualizar aqui. Com pouco tempo, e bastante cansada, fica difícil administrar um tempo para o que eu gosto tanto de fazer.

Capítulo 18 - New reality


18º Nova realidade

 

[Regina]

Eu estava na porta, Zelena atrás de mim, minha mãe e meu pai cada um ao meu lado, dando tchau para o último visitante que viera me ver.

Graças a Deus, era o último.

— Logo estarei por aqui de novo, quando tiver um tempo livre do trabalho. — Meu primo de Melbourne disse todo animado, andando de costas enquanto acenava com suas grandes mãos. Ao seu lado, estava sua nova namorada, que não tirou sua atenção de mim nem por dois minutos, a tarde inteira. Eu quase deixei escapar “espero que demore bem muito” ou “não precisa vir mais”, para o rapaz, mas consegui me conter e dizer um “até logo” com um sorriso forçado no rosto.

— Até que não foi ruim... — Zel comentou, empurrando-me para dentro de casa.

— Porque não foi você, o alvo de perguntas repetitivas, sorrisos e preocupações falsas. — Escutei meu pai sorrir. — Principalmente vindo da família da nossa mãe. — Olhei de soslaio para ela que nada fez ou comentou, mas sei bem que entendeu o que eu quis dizer.

— Zelena e Henry, por favor, enquanto eu converso com Regina, vocês poderiam arrumar a cozinha? — Eu quase fiz a dança da vitória por ter me livrado da obrigação de lavar pratos. Quase fiz. Quase, mas não fiz. Não fiz porque, logo me lembrei de que, estou livre dessa obrigação porque terei uma conversa nada legal com minha mãe, tenho certeza, e por causa de minha situação atual. Devido à cadeira de rodas, o meu alcance até a área interna da pia, a esponja, o sabão e a torneira, se tornam difíceis. Para que eu pudesse alcançar com facilidade, teria que haver uma adaptação. Por enquanto, não era o caso.

— Regina... — Zelena sussurrou ao sair da sala e entrar no corredor. Quando eu olhei, ela apontou para mim. De onde ela estava não era possível mais que mamãe lhe visse, apenas eu. — Se... — E fez um gesto com as mãos. “Se fodeu” foi o recado. Em seguida, abriu um grande sorriso e sem me dar chance de resposta, saiu correndo.

— Regina... — Mamãe me chamou, despertando-me de minha atenção com minha irmã. — Lembra-se que eu havia dito que queria conversar com você? — Assenti. Meu coração batendo acelerado no peito. — Bem... — Pigarreou, dando uns passinhos para mais perto do sofá e sentando-se em seguida. — Quando você estava para receber alta do hospital, logo que acordou, antes, fomos conversar com o médico responsável por você... — Fez uma pausa breve e respirou fundo, remexendo-se no assento. — Durante esse momento, eu acabei sabendo de algo a seu respeito, que Zelena, ao responder a pergunta do Dr. Victor, revelou...

— E do que se trata? — Indaguei, antes que ela continuasse.

— Se você me deixar terminar... — Revirei os olhos e balancei a cabeça afirmativamente, indicando que ela poderia continuar. — Quando perguntado para nós, se conhecíamos alguma Emma... — Meu coração bateu acelerado no peito ao ouvir o nome de Emma e eu simplesmente não ouvi mais nada do que minha mãe falou a seguir. Era como se minha audição tivesse sido tapada ou Cora estivesse apenas batendo os lábios, pois eu a encarava, vendo eles se mexerem, mas nada ouvia.  

— Regina! — Ouvi sua voz num tom um pouco irritado, me despertando.

— Oi? — Pisquei algumas vezes e encarei-a fixamente para não perder a atenção novamente.

— Eu estou perguntando se você é mesmo gay, Regina... — Repetiu impaciente. — Você é?

E então eu fui sentindo uma tonteira, sentindo as coisas girarem ao meu redor e a visão ficar turva. Comecei a ouvir vozes ao meu redor, mas nenhuma delas estava me chamando ou eram conhecidas para mim.

Ela está acordando! — Ouvi uma dizer. O tom era animado.

Mas como assim, “acordando”? Eu não estou ou estava dormindo. Até onde eu me lembro, eu estava conversando com minha mãe, na sala, e estava muito bem acordada, ouvindo-a me perguntar se eu era gay.

Avise aos familiares. — Escutei outra voz, de um homem, pedir.

O que raios está acontecendo?

Eu estava deitada em algo muito macio, eu podia sentir, e sentia frio, muito frio. E tinha algo muito incômodo em minha garganta. Algo que liberava ar para dentro de mim. Estava me causando ânsia de vômito e estava me machucando um pouco. Forcei meus olhos para abri-los, mas não estava conseguindo, era como se algo estivesse segurando-os, mantendo-os fechados. Senti o tubo em minha garganta sendo retirado e rapidamente uma máscara que soltava ar, sendo colocada no lugar. Muito mais confortável e melhor.

Tentei mexer meus braços, mas não estava nem os sentindo direito.

Estava me sentindo sem forças para me movimentar. Era como se algo pesado tivesse sido colocado em cima de meus membros e eu não tivesse força o suficiente para movê-los, por conta disso.

Chame dois enfermeiros e a levem para a sala de exames. — Ouvi a mesma voz que falara sobre avisar aos familiares, pedindo, uma voz feminina assentindo e depois um barulho de porta sendo fechada.

De repente, tudo ficou calmo ao meu redor. Apenas o barulho chato de bipes se fazia presente. Tentei abrir meus olhos novamente e dessa vez consegui minimamente. Além do peso que eu estava sentindo em minhas pálpebras, existia uma enorme claridade, dificultando o processo. Pisquei várias vezes para poder me acostumar com o claro.

— Bem vinda de volta, Regina! — Escutei a mesma voz me saudar em tom alegre. Movi minha cabeça vagarosamente para o lado esquerdo, a procura da pessoa, encontrando em seguida, um homem branco, loiro, olhos claros e sorriso de covinhas que eu conheço muito bem. Era o Dr. Victor.

“Bem vinda de volta.”

Mas... Oi? Que? Como?

O que isso quer dizer?

— Estamos te levando para a sala de exames... — O homem voltou a falar. — Suas cordas vocais devem estar fracas pelo tempo que passou sem exercitá-las. Se tentar falar e não conseguir, não se preocupe. — Explica. — E sei que tudo isso é um pouco incomodo, mas é para o seu próprio bem. — Apontou para a máscara em meu rosto, os fios em meus braços e mãos, e algumas coisas que estavam ao meu lado, que eu não conseguia ver. — Então, não poderei retira-los e peço que não tente fazer também. — Infelizmente! — Se estiver me ouvindo e entendendo, pode piscar? — Com dificuldade e muita força, fiz o que ele pediu. — Ótimo! — Deu um sorriso. — Você se lembra do por que está aqui? — Pisquei algumas vezes. — Para sim, pisque duas vezes, para não, pisque uma.  — Pisquei duas vezes. — Muito bom!

De repente, minha atenção foi tomada por dois homens entrando no quarto, caminhando em minha direção. Um deles empurrava uma cama.

Com extremo cuidado, eles me passaram de um leito para o outro e começaram a me levar para fora do quarto e o Dr. Victor nos acompanhou, empurrando o suporte de soro e mais algumas coisas que eu não sabia o que era e para que serviam, mas também estavam conectados em mim. Eu só ouvia o barulho das rodinhas da cama e de pessoas que passavam por perto, enquanto era levada para algum lugar.

E então eu entendi o que estava acontecendo mais uma vez. Nada do que eu me lembrava era real. Mais uma vez, foi apenas uma realidade criada durante o coma.

•§•

Quarenta e quatro dias depois...

Após quarenta e quatro dias em observação e recuperação no hospital, fui liberada para ir para casa.

Quatorze dias atrás, um homem chamado Lake Hopper, que devido ao seu sobrenome, imaginei que pudesse ser da família de Archie, o único fonoaudiólogo e psicólogo que eu lembrava de conhecer, passou a me visitar em meu quarto, sempre após a saída de minha família. Cora e Henry apenas. Eu não fazia ideia de onde Zelena estava e nem podia ao menos perguntar. 

Nos primeiros dias, eu só o escutava falar. Não conseguia ter forças nas cordas vocais para dizer um “ai”, além de que, algumas vezes, eu estava com a máscara de oxigênio, devido a problemas repentinos de respiração e isso me impossibilitava de tentar algo.

Todo fim de tarde, depois das cinco, Dr. Lake estava em meu quarto, com seus óculos redondos igual ao de Harry Potter, lembrando-me muito o Dr. Archie Hopper, devo ressaltar, trajando um jaleco extremamente branco, com seu nome bordado na cor verde, acima do peito, o enorme estetoscópio pendurado em seu pescoço e um caderninho de cor prata e caneta de tubo azul escuro, em mãos, incentivando-me a tentar falar.

— Como vai hoje, Regina? — Era sempre a pergunta inicial. Eu piscava os olhos duas vezes e ele entendia como uma resposta positiva.

Após dez dias, com algumas técnicas Hopper conseguira me fazer voltar a falar, não totalmente e nem tão bem como antes, mas sim, apenas algumas palavras que começavam a sair com dificuldade, como se eu estivesse reaprendendo a falar, que era o que estava acontecendo, ou como uma criança aprendendo as primeiras palavras, e então eu pude, aos poucos, me comunicar com ele, com o Dr. Victor e com os meus pais.

Três dias antes de eu ser liberada, certa noite, após meu pai sair para lanchar, minha mãe se sentou em minha cama e disse:

— Regina, você pode perguntar o que quiser.

Não perdi tempo em questionar o motivo da ausência de minha irmã, que logo foi respondido por minha mãe.

— Zelena está morando na Inglaterra há alguns meses, mas assim que soube de você, quis vir. Está chegando amanhã.

Conversamos mais um pouco, no caso, eu mais ouvi do que falei, e meu pai logo chegou, avisando que tinham que ir embora, mas prometendo estar cedinho no dia seguinte, para me levar para casa.

 Agora, estou aqui, em meu antigo, ou talvez ainda atual, não sei bem, quarto, observando minha irmã andar de um lado para o outro enquanto conversa com alguém ao telefone.

Se eu entendi bem, é um homem, eles têm algum relacionamento e estão brigando, e acho que o motivo é uma mulher.

Após dez minutos contados por mim, com a ajuda do meu celular, minha irmã encerrou a chamada e finalmente se dirigiu a mim. Ela havia acabado de chegar e já entrara em meu quarto ao telefone.

— Desculpe-me por isso... — Mostrou-me o celular. — Fiquei surpresa quando mamãe me disse que você perguntou por mim assim que voltou a falar. — Comentou com um sorriso contido nos lábios.

Por... Por quê? — Indaguei confusa.

— Bem... — Respirou fundo, remexendo-se no lugar. — Antes de você sofrer o acidente, nós tínhamos brigado... — Arqueei uma sobrancelha. — Algumas horas atrás, e... — Passou a língua pelos lábios e desviou o olhar do meu. — E quando você saiu de casa, não estávamos nos falando...

Eu não... Eu não me... Lembro. — Minha voz saia sussurrada e as pausas eram por motivos de dificuldade de dizer as palavras todas.

— Mamãe me disse que você não se lembrava de tudo e que sua mente poderia estar um pouco confusa devido ao tempo em que passou desacordada. — Balancei a cabeça afirmativamente. — Bem... — Aproximou-se mais da cama e se sentou no final, perto de meus pés. — Nós havíamos brigado por causa do Graham. — Quem é Graham? Eu não me lembro de conhecer alguém chamado Graham. — Graham é o meu noivo... — Ela explicou, como se tivesse escutado meus pensamentos. Noivo? Desde quando Zelena é noiva? Minha irmã desviou sua atenção para o seu celular e segundos depois virou a tela para mim, mostrando uma foto dela e de um homem muito bonito e elegante, forte, barbudo e com o cabelo um pouco grande na frente, como uma espécie de franja. — Bem, você não gostava dele por causa... — Coçou a testa. Parecia nervosa.

De...? — Incentivei-a a continuar.

De repente ouvimos passos do lado de fora do quarto e em seguida, nossa mãe aparecer na porta.

— Regina, você tem visita. — Anunciou com um sorriso.

Minha mãe se afasta um pouco, provavelmente para dar passagem a pessoa, e o choque de surpresa é grande, quando visualizo Ruby vindo em minha direção com um grande sorriso no rosto e lágrimas nos olhos.

Então quer dizer que eu conheço Ruby? Minha mãe conhece Ruby?  De onde será que eu conheço Ruby? O nome dela é mesmo Ruby?

Automaticamente me lembrei de Emma.

Será que ela conhece a Emma? Será que Zelena conhece? Minha mãe e meu pai também? E eu? Emma existe?

Ao longe, pude notar que minha irmã havia se levantado e estava inquieta, perto da janela. Alguma coisa não estava certa. Tenho quase certeza que o motivo dessa inquietação é por causa da chegada de Ruby. Só não faço ideia do por que.

— Rê... — Abraça-me apertado e beija meu rosto. — Meu Deus, que bom que você voltou para nós. Que bom que está bem. Sentimos tanto a sua falta. — Seu tom era emocionado. Sentou-se ao meu lado no sofá e pegou em minha mão. — Como você está hoje? Está se sentindo bem?

Antes que eu respondesse as perguntas, minha atenção foi tomada por Zelena atravessando o quarto de forma apressada e seguindo para a saída.

Para onde ela estava indo, por que estava indo e por que tanta pressa?

— Eu vou preparar algo para comer. — Avisou rapidamente e sumiu porta afora. Ruby nem se moveu.

Inquieta com as ações de ambas, eu encarei a mulher a minha frente e vi sua expressão mudar. Ela já sabia o que eu queria.

— É uma situação complicada... — Murmurou sem me encarar. — Sua mãe me avisou de que você não se lembra de algumas coisas, então provavelmente não se lembra disso também e quer uma explicação... — Balancei a cabeça afirmativamente. — Olha, eu queria muito te contar, mas é melhor que ela te conte tudo, OK? — Assenti. — Então, mudando de assunto... Como você está? Já tem planos para o final de semana? — Indagou-me animada de novo.

Estou entediada de ficar aqui sem poder me mexer direito... — Fiz uma careta. — E com certeza eu não tenho planos. — Dei um suspiro e sorrimos. Estou com uma vontade enorme de perguntar sobre a minha vida amorosa, mais necessariamente, sobre a Emma, se a conheço, se ela existe, ou se tenho ou tinha, outra pessoa, e embora eu saiba que ela sabe que minha mente está confusa, eu não quero parecer estranha.

— Você pode me perguntar o que quiser... Estou vendo várias interrogações nesse seu rostinho lindo... — Apertou minha bochecha e deu uma puxadinha de leve.

Eu queria saber como... Como eu conheci você... — Dei um sorriso sem graça, vendo o sorriso da garota sumir de seus lábios. Talvez eu fosse magoar muitas pessoas com simples perguntas como essa.

— Você não se lembra de mim?

Não... Exatamente... — Ela franziu o cenho. — É complicado de explicar... — Eu me referia ao fato de ter outra vida em minhas lembranças, na qual eu tinha a conhecido quando fui procurar por Emma.

— OK! Então... Em uma festa que você foi com... — Pausou e remexeu-se no lugar. — Você estava numa festa e... Com a Zelena e o Graham...

Você o conhece? — Interrompi-a e ela desviou seus olhos do meu.

É... Há caroço nesse angu, com certeza.

— Sim, nos conhecemos... — Disse simplesmente. Seu tom deixava claro que realmente não queria falar do assunto. — Bem... No fim da festa, você estava muito bêbada e estava passando mal do lado de fora, foi aí que a Emma apareceu e...

Ela... Existe? — Indaguei surpresa ao ouvir o nome de Emma.

— A Emma? — Confirmo com um balançar de cabeça. — Oh meu Deus, você não se lembra da Emma? — Arregalou os olhos, com certeza, bem chocada.

É complicado! — Respondi rapidamente.

Ruby ficou me encarando como se estivesse esperando por algo mais, mas esse algo mais não veio e nós ficamos nos encarando em silêncio por alguns minutos.

— Certo... — Pigarreou. — Bem, quando você passou mal, a Emma foi te socorrer. Eu estava com ela no momento, foi aí que nos conhecemos. Depois desse dia, nos encontramos novamente e foi quando trocamos número de telefone, começamos a sair, a ir à casa uma da outra...

Será que devo perguntar se eu e Emma tivemos algo?

Só foi isso? — Perguntei, torcendo para que ela fale mais sobre nós e de alguma forma me diga se eu tive ou não, algo com a Emma.

— Bem, depois disso, aconteceram umas coisas aí e... — Ruby desvia seu olhar. — E... — Ela parecia indecisa se dizia ou não dizia algo. — E bem, depois você começou a namorar a Emma.

Então... Eu... namorei mesmo... A Emma? — Meu coração começou a bater tão forte em meu peito, que temi que a Ruby pudesse ouvi-lo.

 — Sim, vocês namoraram por um bom tempo... Sua mãe e seu pai a adoravam. Ainda gostam muito, na verdade. E ela também, gosta bastante deles dois... — Dei um sorriso. — Assim como a mãe dela também gosta bastante de ti. — Então quer dizer que eu me dava bem com a minha sogra e que a Emma também se dava bem com minha mãe? Quer dizer que minha mãe sabia de minha sexualidade e além de me aceitar, gostava da minha namorada? Que maravilha!

Você disse: “namoraram por um bom tempo”. Não estamos mais juntas? — Ruby balançou a cabeça negativamente. — Por... Por quê?

— Bem... — Coçou a nuca. — Acho melhor você perguntar para a sua irmã ou sua mãe, ou para a própria Emma.

E onde... Ela está? — Quis saber. Eu não a tinha visto desde que abri meus olhos no hospital.

— Viajando a trabalho desde o dia em que você acordou... Está para voltar esse final de semana.

Mas... — Tossi e pigarreei para limpar a garganta. Ficar forçando-a para as palavras saírem o mais certa possível não estava sendo bom. — Ela... Sabe que eu estou em casa? Sabe que eu... Voltei?

— Ela te acompanhou por quase todos os dias, Rê... — Abri a boca em surpresa. Emma esteve ao meu lado durante todo esse tempo? — A Emma te visitava todos os dias após o trabalho. Algumas vezes ela conseguia entrar e chegar perto de ti, outras ficava só olhando de longe. Algumas vezes até dormiu por lá, nas poltronas do seu quarto. Ela foi uma das primeiras a saber quando você abriu os olhos. — Concluiu. Eu estava sem palavras. Fui totalmente pega de surpresa. — Ela gosta muito de você. — Acrescentou, apertando minha mão e fazendo um carinho. — Olha, infelizmente eu vou ter que ir e você também precisa descansar... Está forçando muito as suas cordas vocais... Mas amanhã de noite estarei por aqui para te ver de novo.

— Tudo bem! Obrigada por vir. — Ruby se levantou e beijou minha testa. — Ruby? — Chamei-a para ter certeza do nome.

— Oi? — Respondeu-me, dando-me a certeza que eu precisava.

Desculpe-me ter te perguntado como... Te conheci...

— Não se preocupe, eu já estava preparada para algo desse tipo... — Levantou-se da cama e foi até a porta. — Até amanhã. — E então sumiu de minha visão.

Olhei ao redor, observando cada item do quarto onde estou. O meu quarto. Nada me era familiar. Nem mesmo as cores.

Então aqui será onde eu dormirei e acordarei todos os dias a partir de agora?

Essa é a minha realidade verdadeira?

Esse tempo todo eu estive em coma?

Todas as minhas lembranças não passavam de ilusão? Mais uma vez? Tudo mentira?

Ao menos aqui, Zelena e mamãe estão vivas, minha mãe não tem problema com a minha sexualidade, Emma realmente existe e nós já tivemos algo.

Agora só me resta aceitar que é nesse mundo mesmo que eu vivo.


Notas Finais


Perdoem-me os erros. Costumo escrever apenas a noite, e estou sempre cansada e com sono.

Agora é com vocês. Qualquer coisa, me procurem nas DM aqui ou do twitter.

** As falas de Regina estão em itálico porque eu não consegui colocá-la como se ela estivesse com dificuldade de falar sem parecer que está gaguejando. Então, o itálico é para representar seu problema em falar corretamente.


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