História Memories - Senhor Li

​S/n po.v on

- P-pai ? - falei para aquele estranho que dizia ser meu pai.

Me afastei um pouco, com medo.

- Eu não tenho pai, eu acho.

- Claro que você tem, e sou eu - ele se aproxima mais- seu braço está melhor ? - então percebo que meu braço esta engessado.

-Não se faça de boba, S/n sou eu - ele coloca a mão em meu ombro, demonstra um sorriso, e me puxa para um abraço - seu pai.

Não sabia como reagir a aquela abraço, ele era realmente meu pai ? Mas, porquê eu não consigo me lembrar dele, toda vez que tento aparece um vazio branco em minha mente, está tudo confuso, eu não sei onde estou,eu  não me recordo de nada.

Li ?- falei me soltando do abraço.

- Pai - ele me corrigiu.

- P-pai -falo ainda incerta do que ele disse, de que ele ser realmente meu pai - onde estou ? - foi a única coisa que consegui falar.

- Ah, querida - ele senta na cama - você sofreu um acidente caindo da escada de casa, ficou inconsciente por um dia e ... - o interrompo.

- Um dia ?! - pergunto incrédula.

- Sim, e falando nisso, me perdoe pela agressividade dos médicos eu....... - o interrompo novamente.

- Médicos? - pergunto novamente sem saber de nada do que ele fala.

Por um momento ele me olha sério e então fala:

- Nada, esqueça o que eu falei, bem, você sofreu um acidente e ficou inconsciente por um dia, mas vejo que está bem e pronta para voltar para casa comigo - ele dá um sorriso.

- Ca-casa ?

- Sim, nossa casa, olhe aqui estão sua coisas -ele me entrega uma bolsa que continha algumas roupas - vá trocar-se, estarei esperando ali fora.

Ele se retira da sala. Me levanto com um pouco de dificuldades por conta do meu braço, vou em direção ao banheiro e retiro as roupas da sacola. Visto uma blusa de manga comprida preta e uma calça branca, coloco os tênis brancos e saio. Ao sair do banheiro, dou uma boa olhada naquela sala, na esperança de me lembrar de alguma coisa, mas nada me vem a memória. Saio do quarto e senhor Li , ou melhor.... Meu pai estava me esperando, ainda não me acostumei com isso. Me encontro com meu pai, ele coloca a mão em ombro me puxando para perto de si, me comparando a ele sou um pouco baixa deixando minha cabeça na altura de seu peito. Descemos de elevador e paramos no térreo. Enquanto andávamos pelo hospital eu olhava para os rostos das pessoas, na tentativa de me recordar de algo, mas nada.

Um carro preto estava na porta do hospital, meu pai deu um sinal com a cabeça para que eu entrasse, hesitei um pouco mas entrei.

Meu pai logo entrou em seguida no banco do motorista. Ele deu a partida e logo nos distanciamos do hospital. Demorou um pouco mas logo chegamos, paramos em frente a uma casa enorme, enorme mesmo.

- É aqui ? - perguntei-lhe.

- Ora, claro que é,não se lembra ? - ele me perguntou com um sorriso.

Apenas desci do carro e continuei a admirar aquela casa. Parei em frente ao porta do lado de meu pai, os portões se abrem do nada, meu pai manda eu entrar e logo entro. Passo por um jardim enorme e belo. Paro em frente a uma porta que dá para casa, um homem de terno se curva em minha frente.

- Bem-vinda de volta, senhorita S/n.

Ele abre a porta e vejo aquela casa enorme por dentro. A sala continha móveis de cores vermelhas e um tom de branco, muitos quadro nas paredes, objetos que aparentavam ser de valor e uma escada enorme com um tapete vermelho que levava para o segundo andar.

- Suba, seu quarto é o último - senhor Li me diz - não que você não saiba onde fica seu próprio quarto, certo ?

Subo as escadas.

- Com cuidado - senhor Li adverte.

- Certo, pai - logo subo as escadas, observando tudo, tentando me lembrar de alguma coisa.

Ando por um corredor extenso, com vários quartos e logo avisto o último, que é o meu. Entro e me deparo com um quarto enorme, enorme mesmo, a cama era enorme cabiam umas cinco de mim, ela tinha lençóis de tons de azuis, tinha um tapete enorme de cor azul escura, um closet que tinha várias roupas, uma escrivaninha com vários livros e materiais, mas o que mais me chamou a atenção foi uma janela que dava uma bela visão do jardim, em frente a ela tinha um sofá com travesseiros azuis e vermelhos, aquele lugar era perfeito, como não posso me recordar daqui ?

Quebra de tempo

Logo anoiteceu, e estava tarde, fiquei o dia todo naquele quarto me perguntando o que acontecera comigo. Logo o sono veio, vesti uma roupa confortável e me joguei naquela cama enorme e confortável.

...

Vidros, sangue, luzes, uma voz....

- S/N, ACORDE POR FAVOR!!!!

- JUNGKOOK!!!!

- AAAAAAAAAHHHHH!!!!!! - me acordei aos prantos, assustada.

- S/N ?! - senhor Li entra correndo no meu quarto, ele senta ao meu lado e segura o meu rosto - Calma, calma - ele passa a mão na minha testa, eu estava quando frio, ainda assustada e ofegante com aquele sonho - Calma, se acalme - ele retira algumas mechas de cabelo do meu rosto e me abraça, e começa a fazer carinho nos meus cabelos.
Aquilo estava me acalmando aos poucos, fui diminuindo a respiração e me acalmando.

- O que houve ? - senhor Li se separa do abraço, ele estava com um roupa formal, como se estivesse trabalhando, seus olhos estavam cansados, exaustos, seu cabelo estava bagunçado e ele estava sem os óculos - S/n, o que foi ?

- U-um pesadelo - falei baixo, meio envergonhada por ter feito senhor Li se preocupar tanto.

- Não se preocupe, eu estou com você minha filha - aquelas palavras serviram de consolo para mim, mas não muito, eu não parava de pensar no ocorrido.

Ele se retirou. Deite-me novamente, mas não dormi, apenas fiquei fitando o teto. Pensando naquelas cenas, naquela voz, Jungkook ?