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História Memories. - III. Certas Coisas Nunca Mudam.


Escrita por: lollyoongi

Capítulo 3 - III. Certas Coisas Nunca Mudam.


SPECIAL: Reencontro. Narrado por Jeon Jungkook:

Não estava nada bem, minha cabeça doía e sinto o medo, de tudo estar acontecendo novamente, percorrer todo meu corpo, suspiro frustrado e olho no relógio novamente, Jimin Hyung estava atrasado, me fez vir nessa maldita cafeteria pra nada, o café que havia pedido já tinha acabado há minutos e nada do ruivo aparecer, passa os olhos pelo espaço distraído, ele iria adorar esse lugar. Ao lembrar-se dele, sente o peito doer e se lembra do momento que teve no dia anterior.

"- Vou acabar virando alcoólatra desse jeito. - sussurro comigo mesmo ao retirar o cartão da maquina pagando as bebidas que acabou de comprar, abre uma garrafa na loja mesmo não ligando nenhum pouco pro fato que teria que voltar pra casa dirigindo e da um longo gole na vodca pura enquanto anda pra fora do estabelecimento, tento evitar a careta pela bebida quente rasgando minha garganta e atravesso a rua bebendo meu veneno e ignorando os olhares feios em minha direção, o que foi? Nunca viram alguém beber em plenas duas da tarde? Bando de hipócrita.

Já estava no fim da garrafa quando chega ao carro, tateio meus bolsos procurando as chaves não encontrando, procuro meu celular pra ligar pra um táxi e começo a rir quando percebo ele junto das chaves na minha mão, me atrapalho com as coisas na hora de abrir o carro e derrubo as chaves e o celular, quando me abaixo pra pegar um idiota esbarra em mim enquanto corria e o maldito nem pra parar para se desculpar serve, se levanta pronto pra xingar o desgraçado quando o percebo.

Acabo soltando a sacola com as outras quatro garrafas no chão quando começo a correr tropegando atrás dele, não era possível, mas ao mesmo tempo era tão possível.

- Yoongi Hyung. - grito ele todo o caminho que percorro seguindo ele e travo no lugar quando ele vira me olhando também, ao mesmo tempo que estava diferente com os cabelos pretos amarrado em um coque apertado ainda era o mesmo que perdi.

Quando volto a andar em sua direção ele faz uma careta como se sentisse dor e volta a andar e logo o perco de vista, dou algumas voltas procurando ele novamente mas não encontro, me sento no chão escorado a porta de uma loja fechada e deixo as lágrimas escorrerem, não consigo acreditar que está acontecendo novamente." 

Com um suspiro pesado começa a juntar suas coisas e tirar o dinheiro da carteira quando ouve a sineta da porta, levanta o olhar pra mesma esperando ver o ruivo, mas não é o homem de bochechas fofas que passa pela porta, não conseguia acreditar no que estava vendo, coçou os olhos várias vezes, até mesmo se beliscou achando que estava vendo coisas, mas nada da imagem do mais velho sumir, era real, ele era real, e estava tão lindo como sempre, tinha um sorriso singelo nos lábios enquanto tirava fotos de todo lugar, se sentia surpreso e feliz por saber que durante todo esse tempo estava certo, o loiro não tinha morrido no acidente, quando o mais velho virou o olhar pra si, se sentiu nervoso, e se todo esse tempo ele tivesse com raiva de si? E por isso não o procurou? E se ele não quisesse falar consigo? Vários "e se" passavam por sua cabeça quando o mais velho levou a câmera ao rosto tirando fotos de si, acabou sorrindo com isso, certas coisas nunca mudam. Apoiou o rosto sobre a palma da mão observando o mais velho corar e abaixar a câmera lhe lançando um último olhar de pura confusão antes de virar pro homem ao seu lado conversando com ele.

Não havia se passado nem cinco minutos desde a última troca de olhares, o acompanhante do mais velho levantou afobado e saiu porta a fora correndo, reuni toda coragem existente - e a inexistente também - em meu corpo e fui em sua direção, quando estava próximo o suficiente pra entender seus resmungos, ouço coisas como "filho da puta", "desgraçado", "se ele me ensinasse a porra do caminho eu não me perderia", esse último me fez rir mesmo sem entender nada, realmente, certas coisas nunca mudam. Com todo o nervosismo que tinha em meu corpo, acabei me jogando na cadeira ao invés de se sentar como gente, parabéns Jeon, no reencontro com o mais velho você vai lá e passa vergonha. Acabo prendendo a respiração quando os dois pontinhos negros me encaram.

- Posso ver? - pergunto baixo com medo da minha voz acabar saindo tremida.

- Ver o que garoto? - sua voz rouca transmitia confusão, assim como seus olhos, estava estranhando essa confusão toda, 'tava com uma hipótese em mente, mas só de imaginar ser real meu coração doía.

- As fotos, que tirou de mim. - respondeu no automático.

- A vontade. - e então lhe passou a máquina fotográfica, parecia a antiga do mais velho, ele sempre teve uma paixão por fotografia e cuidava das máquinas como se fossem filhos, tentou ver o máximo de fotos possível em pouco tempo, tinha muitas fotos de paisagens e pessoas ao acaso.

- Você é muito bom, trabalha com isso? - perguntou como quem não quer nada torcendo internamente pra que não fosse o que estava pensando. Ele balançou a cabeça concordando enquanto guardava a câmera na bolsa. Okay, agora é a hora da verdade. - Incrível. Sou Junkook, muito prazer. - digo estendendo minha mão pra ele, no qual ele aperta, por favor...

- Suga. - Ele... será?

- É o seu nome artístico?

- Mais ou menos isso. - ele suspira e desvia o olhar pra janela. - Eu não tenho um nome. - Não, por favor, não...

- Seria muito indelicado da minha parte perguntar o motivo? - pergunto baixinho, eu sei a resposta mais não quero ouvi-la, por favor me deixe estar errado, sinto meus olhos ardendo e abaixo a cabeça fingindo estar constrangido.

- Sofri um acidente, há três anos, bati a cabeça e então esqueci tudo sobre o meu eu, inclusive meu nome. - ele parecia desconfortável ao falar isso, então eu estou certo, me obrigo a engolir o choro que quer descer.

- Tudo bem, me desculpe. - olho o relógio pra disfarçar e me lembro do ruivo ao notar que o mesmo esta uma hora atrasado. - Eu tenho que ir agora, mas você pode me passar seu número? Tenho um amigo que é dono de uma empresa de modelos e ele 'tá precisando de fotógrafos, posso te indicar se você quiser.

- Eu não sou profissional garoto, eu só tiro as fotos e entrego pro homem que estava comigo para ele vender, simples assim. - ele começa a juntar suas coisas pra ir embora e eu prendo a respiração novamente com medo de não vê-lo de novo.

- Mas suas fotos são maravilhosas, tenho certeza que o Hyung iria adorar te contratar mesmo que você não seja profissional. - insisto, não posso arriscar não vê-lo novamente, ele pega uma caneta e anota um número no guardanapo, ao terminar empurra a folha à minha frente sorrindo irônico.

- Até mais, pirralho. - e então saiu, simplesmente saiu porta à fora, tão inconstante como sempre foi.

- Até mais Yoongi-Yah. - sussurro um tempo depois com o papel em mãos e um sorriso nos lábios. 

Pego meu celular desbloqueando-o e indo até os contatos, até um contato em especial, durante esses três anos nunca deixou de pagar a conta do telefone do mais velho, ao achar o contato que queria, ficou encarando a tela por alguns segundos, decidiu editar por precaução, tirou o "Suga" com um emojion de coração ao lado que tanto irritava o mais velho para por "Min Yoongi", depois de salvar, clicou na tela sensível pra iniciar a chamada.

"Aqui é Min Yoongi, no momento não pude atender, se for urgente deixe seu recado que quando eu puder, irei retornar."

- Fazem três anos hyung, que eu costumo ligar todo dia, só pra ouvir sua voz, mas hoje... hoje eu te encontrei, o problema é que você não me reconheceu... eu sabia que você estava vivo... eu sentia isso... mas nunca imaginei que tivesse se esquecido de mim... você não tem noção do quanto me doeu não poder te tocar quando te vi... não poder falar sobre nós, que somos... bem não importa... te liguei hoje pra lhe prometer a seguinte coisa: eu prometo fazer você se lembrar de mim hyung, e o mais importante, se lembrar de quem é.

BIP.

Quando o tempo da mensagem acabou, me levanto voltando pra minha mesa pegar minhas coisas que deixei lá e limpo as lágrimas teimosas que insistem em cair, paro pra anotar o novo número do mais velho como Suga, guardo o papel no bolso pra entregar ao Jimin quando for encontra-lo, coloco a mochila nas costas indo em direção a porta quando o ruivo entra ofegante pela mesma, acabo suspirando e me jogo sobre a cadeira lançando meu olhar mais mortal ao mais velho.

- Me desculpe, me desculpe, me desculpe...

- Min Yoongi está vivo. - interrompo as desculpas dele assim que se senta a minha frente, congelando no lugar.

- Jungkook... - começou com a voz baixa. - Nós... nós já conversamos sobre isso kook, eu também quero que o Hyung esteja vivo, mas sabemos, todos nós sabemos, que é impossível.

- Você não tá entendendo Hyung... - sussurro me apoiando sobre a mesa pra chegar mais perto dele. - Eu o vi, ele estava aqui com o... bom... com um homem, esse homem tocou nele, então não pode ter sido coisa da minha cabeça.

- Jungkook... Eu... - e então silêncio, estava claro que ele não acredita em mim, mas tudo bem, eu entendo ele, depois de tudo, eu também não acreditaria em mim mesmo.

- Tudo bem. - voltei ao meu lugar pensando seriamente em ir embora e deixar ele ai, mas ainda havia o fator do atraso de uma hora e meia. - Por que se atrasou?

- Me desculpe, estávamos vendo os currículos e trabalhos de alguns fotógrafos, mas sabe como o Tae é perfeccionista, não gostou de nenhum. - Isso acaba me fazendo sorrir, pelo fato de ser verdade sobre o Hyung e pela belíssima oportunidade do destino.

- Um minutinho Hyung. - digo pegando o celular e mando uma mensagem ao mais velho.

Jeongguk. [18/11 17:15]

Suga Hyung, aqui é o Jungkook da cafeteria. Amanhã, por volta das 10, estará ocupado?

Demorou quase dois minutos pro mais velho responder e o tempo todo o ruivo ficou lhe cutucando pra saber o que era, eu só levantava a mão pedindo pra esperar.


Suga [18/11 17:17]

Estarei ocupado sim, tenho um compromisso muito importante com minha cama, o que você quer comigo a essa hora da madrugada pirralho?

Jeongguk [18/11 17:19]

Queria te levar na empresa daquele meu amigo que eu te falei, ai você pode fazer a entrevista e depois eu te pago um almoço. Que tal?

Suga [18/11 17:20]

...

Tá bom.

Jeongguk [18/11 17:21]

Quer que eu vá te buscar?

Suga [18/11 17:21]

Não abusa.

...

Depois te passo o endereço.


- Jimin Hyung, você pode chamar todo mundo pro escritório principal amanhã de manhã? - pergunto assim que recebo a confirmação do mais velho.

- 'Tá bom, mas com quem tava conversando pra me ignorar por cinco minutos?

- Hyung, acabo de arrumar um fotógrafo pra você, você com toda certeza vai ficar muito surpreso com ele. - bota surpreso nisso.

- Que fotografo? - pergunta confuso, pego o papel no bolso deslizando pela mesa até sua frente, ele pega e analisa os números provando que não foi imaginação minha e Min Yoongi realmente está vivo.


~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

 

Depois daquela troca de mensagens com o mais novo que interrompeu seu passeio pelo parque, o loiro decidiu voltar pra onde morava, já tinha passado das seis então Joongki provavelmente já havia ido pra própria casa, não dava mais para passar no seu escritório, ao chegar ao seu quarto, trocou o cartão da câmera e pós duas das baterias pra carregar por precaução, enquanto arrumava a pouca bagunça do quarto pensava se dava o cano no mais novo ou ia para essa tal entrevista, estava tão distraído com seus pensamentos que levou um susto com o barulho na porta.

- Entre.

- Licença Suga, o diretor perguntou se você vai jantar hoje ou já comeu na rua.

- Ah noona eu... eu já comi obrigado, mas eu dispenso, eu já vou dormir... preciso acordar cedo amanhã. - explico pra ruiva que sorri maldosa pra mim.

- Boa noite criança. - diz gargalhando em seguida e fechando a porta a tempo de desviar do travesseiro que jogo em sua direção. Resmungava consigo mesmo enquanto ia buscar o travesseiro no chão, tomou seu banho pensando no mais novo, não entendia o porquê de não conseguir ter dito 'não' pra ele, configurou seu despertador pra manhã seguinte decidindo que só iria ou não pra essa entrevista amanhã dependendo do seu humor matinal. Se deitou em meio aos edredons fofos e quentinhos sentindo finalmente o cansaço de ter andado do parque até ali e depois subir todos os lances de escada, sentiu o sono chegar com facilidade e rapidamente dormiu.

 

 

"Estava trabalhando -tentando- em um acorde de uma música pra faculdade, era seu primeiro ano e queria caprichar, mas a presença de certo pirralho ao lado tirava toda sua concentração, estava difícil se concentrar com o olhar fixo do mais novo em si, parecia que ele conseguia ler sua alma, era difícil se concentra com sua inspiração -não que ele saiba disso- tão perto de si, quando o mais novo baixava o olhar pra escrever sei lá o quê, sentia que finalmente conseguia respirar.

- Quem é a inspiração pras suas músicas hyung? - perguntou pela quarta vez naquela hora, fazendo o mais velho respirar fundo e virar a cadeira em direção ao moreno, que novamente lhe olhava fixamente.

- Eu te conto se me deixar ler o que tanto escreve. - na mesma hora ele abraça o caderno ficando com as bochechas vermelhas isso só atiça minha curiosidade, vou até ele arrancando o caderno de suas mãos o fazendo gritar comigo pedindo pra não ler, começo a rir dele mas isso não dura muito, só o tempo de processar as palavras escritas.

'Hyung, enquanto você está tão concentrado em seu trabalho, eu estou aqui, novamente, me perguntando, qual será o sabor dos seus lábios? Sei que me considera uma criança, e que esses pensamentos são errados, mas por que dói tanto quando penso que você nunca poderá retribuir? Nunca poderá retribuir o que sinto por você. Meu amor por você. Sim hyung, estou apaixonado por você, por que isso é tão errado?'

Ao ler essas palavras travo no lugar, dizer que estou surpreso não chega nem perto do que realmente estou sentindo, o mais novo toma o caderno de minha mão me fazendo olha-lo, seu rosto estava extremamente vermelho de tanta vergonha, seus olhos estavam úmidos e o lábio cheinho sendo maltratado pelos dentinhos que tanto o assemelhava ao um coelho, quando o mais novo se virou pra fugir, seguro seu braço e o jogo contra a parede, com um pouquinho de força a mais do que gostaria, o prendo sobre meus braços e o obrigo a olhar em meus olhos.

- Não é errado se apaixonar por alguém Jeon. - começo baixinho e com cuidado como se a qualquer momento ele fosse sumir. - Não é errado amar alguém, não importa o gênero, idade, cor, gostos ou cidadania, nunca foi, e nunca será errado amar alguém, entendeu isso? - ele confirma com a cabeça. - O porquê dói tanto eu não sei, só sei que dói em mim também quando penso que a pessoa que eu amo, a minha inspiração, não me retribui. - lágrimas de um choro silencioso começou a descer pelo seu rosto bonito, lágrimas que eu capturo imediatamente com meus dedos, tento lhe dar o meu sorriso mais gentil antes de encostar meus lábios de leve aos seus. - Já beijou alguém antes Jeon? - em seus olhos transmitiam toda a sua confusão e surpresa quando balançou a cabeça negando, então sou seu primeiro? Sorrio com meu pensamento e puxo novamente seu rosto de encontro ao meu selando novamente nossos semelhantes, não tenho palavras pra descrever como está sendo maravilhoso beijar o mais novo, quando a língua do maior pediu passagem e eu entre-abro os lábios fazendo nossos gostos se chocaram, tudo pareceu explodir, faltava experiência no mais novo, mas ele aprende rápido e em questão de segundos já estava tentando domar o beijo, me fazendo rir entre o ósculo. 

Quando o ar fez-se necessário, separei nossos lábios, mas ainda sim deixei nossos rostos próximos, estávamos ofegantes, seus lábios estavam inchados e bem vermelhinhos, passo os dedos sobre o dito limpando o rastro de saliva. - Meu gosto é tão bom quanto imaginava?

- É melhor. - disse com a respiração pesada, confesso que isso inflou meu ego um pouquinho -muito- e acho que ele notou pelo sorriso que dei, roubo um breve selar dele o fazendo soltar uma risadinha.

- É você pirralho. - o olhar que direciona a mim é de pura confusão. - Você é minha inspiração, pra todas aquelas músicas clichês que você acha incríveis, você é a pessoa que eu amo, e eu não me importo se você é homem ou mais novo, eu amo você, e só isso importa pra mim."

 

 

Encarou o teto branco ao acordar, todos os seus flashbacks haviam sido reais, mas esse foi mais do que real, em sua opinião, até mesmo conseguiu sentir o gosto do beijo do mais novo, o rostos que sempre estavam borrados, dessa vez estava tão nítido, e ele conhecia aquele rosto, levou os dedos da destra aos lábios, relembrando novamente do beijo no mesmo instante em que o nome do mais novo sai sussurrado. O despertador toca o assustando, ele bate a mão em cima do aparelho, desligando-o e leva a outra ao pescoço agarrando a correntinha fina, estava rodando o anel em seus dedos quando decidiu ir a tal entrevista.


- Então você teve mais um sonho? - Joongki pergunta ao que o loiro termina o relato.

- Isso é meio óbvio já que eu acabei de conta-lo pra você.

- Entendi. - o mais velho sorri pela patada do loiro, certas coisas nunca mudam. - Mas pelo que modo que você contou, dessa vez foi diferente, por quê?

- Sim, foi. - Por algum motivo o loiro ficou apreensivo de contar, passou a mão diversas vezes no cabelo pelo nervosismo, mas por fim decidiu ignorar tudo e contar. - Ontem, depois que você saiu da cafeteria... Eu conheci um cara... E é ele que apareceu no sonho, ele é o garoto para quem eu me declaro. - diz baixinho sentindo as bochechas queimarem.

- Pretende contar pra ele sobre esses sonhos? - o mais velho perguntou com um sorriso no rosto.

- Enlouqueceu? - gritou o loiro, sentia-se extremamente corado só de pensar na possibilidade. - O garoto me afetou muito, isso é óbvio, por isso tenho medo de que tenha sido só um sonho, e não uma memória entende?

- Claro. Claro, mas então, sabe o nome dele?

- Jungkook... o nome dele é Jungkook. - assim que o nome sai dos lábios do albino, o moreno paralisa sobre a cadeira, com um suspiro ele abre a gaveta tirando um caderno de capa de couro falso entregando ao loiro.

- É um diário. - o psiquiatria diz sério. - Quero que você anote cada detalhe que lembrar dos sonhos que já teve, e dos que você ainda vai ter, isso vai te ajudar. - o mais novo até tentou dizer algo mas foi calado pela mão do mais alto o interrompendo. - seu tempo acabou.

Estava a duas quadras de distância do escritório do moreno, não entendia o por que ele ter praticamente lhe expulsado do cômodo, tentava entender a estranha cabeça do mais velho, quando o castanho parou a sua frente em um carro grande.

- Olá hyung. Vamos? - disse sorrindo tão bonitinho que o faz lembrar do sonho, desvia o olhar do mais novo tentando - inutilmente - não corar ao entrar no carro, observou todo o automóvel se sentindo meio nostálgico. - Hyung dirige?

- Eu... Eu não sei... - responde tímido, desde que tinha acordado nunca tinha pensado nisso, então nunca tinha tentando.

- Posso te ensinar se você quiser. - ofereceu o mais novo, olhou pro mesmo surpreso e também animado com a ideia.

- Eu adoraria Jeon.

- Jeon? - perguntou franzino o cenho.

- E-eu... é o seu nome né? - acaba gaguejando nervoso, o mais novo não havia lhe dito o sobrenome, isso viera dos seus sonhos.

- Sim, é o meu nome. - ele confirmou, dando um sorriso bem grande de pura felicidade, menino estranho.

Recolocou o boné preto sobre os fios ao descer do carro na frente do enorme prédio, sentia um frio na barriga, pois mesmo que não se lembre de já ter pisado no prédio, sabia que conhecia o lugar. A cada passo que dava sobre o piso bem limpo, uma cabeça se virava pra olha-los, todos cumprimentavam o mais novo, e quando iam falar consigo congelavam como se tivesse visto um fantasma, isso estava o incomodando, incomodando muito, acaba pegando uma máscara de pano da mesma cor do boné, cobrindo seu rosto, tentando se esconder.

- Hobi Hyung. - disse o mais novo animado ao abraçar um homem de cabelos pretos. - Todos já estão lá em cima?

- Já sim Kook. - quando o vira o olhar pra si o loiro abaixa a cabeça, puxando o boné pra baixo, não deixando o homem de cabelos escuros ver o pouco do seu rosto. - Quem é esse? - perguntou curioso.

- O fotógrafo que eu prometi. - respondeu automaticamente, fazendo o loiro estranhar o modo como falou, mas ignorou. - Já vai subir?

- Já já, vou só resolver uma coisa no andar de marketing e já subo.

Os dois se despediram com um até logo e o mais novo o puxou em direção ao elevador, o mais velho agarrou a mão do castanho quando o viu apertar o botão do último andar, estava apavorado, pra quê tantos andares? Quando finalmente chegaram ao vigésimo andar, o loiro soltou tanto o ar quanto a mão do mais novo, só notando naquele instante que estava segurando ambos. Naquele andar só conseguia ver quatro salas, três espalhadas nos cantos dos andares, mas esses não davam pra ver por dentro, e a quarta bem no meio do andar, as paredes dessa eram todas de vidros, e o mais velho conseguia notar quatro pessoas dentro da sala, mas não era essa sala que estava lhe chamando a atenção, estava andando inconscientemente em direção a sala fechada do meio, algo estava lhe puxando pra lá, e ao notar que essa é a única porta sem placa, ficou mais curioso ainda, estava quase chegando na porta desejada quando foi puxado pelo mais novo, esse sorria gentil pra si, seu olhar mudava da porta pra si e de si pra porta, quando ele voltou o olhar pro loiro, sussurrou um "eu entendo" deixando o loiro confuso e o puxa pra sala de vidro, o homem de cabelos pretos já estava na sala, o mais novo enlaçou seus dedos lhe puxando pra frente de si.

- Hyung. - começou baixinho só pra si. - Esses são, Kim Taehyung, Park Jimin, Kim Seokjin, Jung Hoseok e Kim Namjoon. - disse apontando pra cada um, e o citado se curvou quando ouviu o nome sair pela voz do mais novo. - Hyung's. - disse mais alto pros outro cinco. - Este é o fotógrafo que eu comentei. - o loiro se curva pros cinco à frente mas antes de conseguir ficar ereto direito, o mais novo arranca tanto a máscara, quanto o boné. - Seu nome nome é Suga. - mal olhou pra frente e o baixinho dos cabelos laranjados começou a chorar desesperadamente e o homem da recepção desmaia fazendo o loiro se desesperar. Onde foi que se meteu?

 


Notas Finais


Esqueci de avisar mas eu postei duas ones, yoonkook obviamente, pois yoonkook é vida.

O Dia Em Que A Morte Se Apaixona Pela Vida/ angst :
https://spiritfanfics.com/historia/o-dia-em-que-a-morte-se-apaixonou-pela-vida-7855745

Estranho/ fluffy/ YKSHP:
https://spiritfanfics.com/historia/estranho-8048742

Para as autoras de plantão e que curtem yoonkook, participem do projeto ykshp, é maravilhoso, aqui o link com as regras e tudo mais:
https://spiritfanfics.com/perfil/drawmuky/jornal/-yoonkook-superhero-project-7858802

De uma pessoa completamente apaixonada por yoonkook, para outras!

xoxo.

Ren.


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