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História Memories in the Wind - Possível esperança


Escrita por: vishimariia e crzyvvian

Notas do Autor


Este é o típico capítulo desnecessário, porém muito necessário para... enfim!

Tenham uma deliciosa leitura!

Capítulo 4 - Possível esperança


Yoongi situava-se estático, chegando a pensar que romperia a maçaneta da porta devido a força que segurava-a. Sua mão minimamente tremia. O Min não via-os existiam anos. Imaginara como seu companheiro ficaria feliz em revê-los, sentindo um nó na garganta novamente e as inclementes lágrimas que ali fizeram-se presentes.

— Quanto tempo, hyung! — exclamou Jimin,  já adentrando o quarto. Pousou os lábios na bochecha direita do mais velho e sentou no sofá.

— Oi, Suga! — disse Jungkook, abraçando o Min que, após atordoadamente ouvir o familiar apelido, não conseguiu segurar-se. Mais uma vez soluçara;  magoava demais. Pesava excessivamente compreender que seu esposo, um ser tão benévolo e deferente que não merecia permanecer a meio-termo de a vida e a morte, localizava-se naquela maca; pesava muito saber que ele exercia tal situação sem sequer estar ciente. Magoava saber que era Hoseok e não ele quem achava-se deitado naquela pálida cama, que o Min poderia perdê-lo a qualquer momento.

Quando o Jeon constatara que Yoongi soluçava, este pensou que Jungkook romperia o abraço, mas ao invés disso o baixinho abraçou-o com mais abundância, e, antes de concluir o enlace, fez uma suave massagem na cerviz do mais velho. Esta mísera ação lembrou-o de outros momentos que viveu com seu amado: sempre que o Min saía do trabalho e chegava em casa exausto e esgotado, Hoseok estava ali. Sempre esteve. A todo momento encontrava-se compreensível, às vezes prepotente, e responsável. Seu prometido sempre arrastava-o em direção ao banheiro para tomar um banho antes de repousar. Suas costas geralmente doíam e, quando seu esposo estava em casa fazia massagem, mas quando estava sem paciência, o que não é muito corriqueiro, dava tapas para distinguir se algo melhorava, mesmo cônscio de que apenas agravaria situação. Quando o Min não conseguia dormir, Hoseok alcançava sua nuca para realizar uma fricção que quando pequeno adquiria da sua mãe, além de cantar alguma música aleatória, estas que nem se esforçava em prestar atenção; mantinha-se ocupado demais aproveitando aquele contato gostoso e aquela voz rouca e e melodiosa. Deu um sorriso sincero logo após seus pensamentos, enquanto Jungkook ainda estava ali, abraçando-o e o transmitindo conforto, este último pediu-lhe perdão sussurradamente em seu ouvido, mas o outro apenas negou. Ninguém era culpado pelo fato de que tudo lembrava o Min do Hoseok.

— Como o Hobi está, hyung? — perguntou Jimin, afastando Yoongi dos seus pertinentes pensamentos e, assim como Jungkook percebeu que na sua voz havia um timbre choroso. Aquilo fez com que seu abraço com o mais baixo se quebrasse, e, após virar-se para o outro, o encontrou encarando-os com os olhos marejados, o que o surpreendeu bastante, pois era custoso o mais novo ficar naquele estado, ainda mais se fosse na frente de outras pessoas. Demais, sempre mostrou-se orgulhoso, um mimado na não tão humilde opinião do Min, este que, sinceramente, não sabia como Jungkook suportava-o. 

— Ele está melhor, Chim. — respondera com dificuldade, notando que o garoto já estava à beira do choro.

— Me desculpe por isso, Yoon. Ele está assim desde que ficamos cientes das notícias. — disse Jungkook indo em direção a Jimin, abraçando-o. Yoongi pareceu não compreender o recado, então o outro continuou: —  Não há muito tempo em que descobrimos, mas... você será titio! — concluiu observando o Min fechar a porta.

— Só para deixar claro: quem vai parir sou eu, então eu serei o pai. — esbravejou Jimin. 

— Na verdade, se olharmos por esse lado você será a mãe. 

Não muito tempo depois, Jungkook viu-se com fome e estava extremamente preocupado com o amigo, uma vez que tinha certeza que este ainda não havia alimentado-se. Também ficara muito angustiado com o esposo do colega em uma situação assim. Não o conhecia bem, mas o suficiente para notar o quão amoroso este era, amável o bastante para não merecer estar naquela maca. Sempre admirou o casal, ambos eram continuamente doidos, tanto quanto ele e o Jimin, que permanecem casados há mais de dezesseis anos. Pode não parecer, entretanto Jungkook já havia pensado em divórcio pouco mais de três vezes quando completaram três meses de casados. Eles, assim como a maioria dos casais existentes tiveram brigas desventurosas, porém o resultado, até então, não incomodava nenhum dos dois. Afinal, qual par não gostaria de terminar uma discussão mal resolvida na cama?

— Jungkook-ah? — Yoongi chamou-o, e Jungkook percebeu que seu marido dormia no seu colo. O mais velho calçou seus tênis e chamou-o para irem ao mercado comprarem algo para comer, e pediu para que o amigo acordasse Jimin para cuidar de Hoseok. Com cuidado, o mais alto tentou erguer-se do sofá sem acordar o outro, sendo logo em seguida bem-sucedido. Mas antes que levantasse completamente, de alguma forma seu cônjuge segurou sua camisa pedindo uma bebida, mas não disse o nome, pois Jungkook com certeza já sabia qual era. Antes de soltar-se do outro depositou um beijo em sua testa. Rodara seus olhos por todo o quarto, até parar num Yoongi ajoelhado, segurando na mão de Hoseok, beijando-a e a acariciando.

— Vamos, hyung. — falou em um quase sussurro, pois não queria atrapalhar, mas desejava ir logo para voltarem o quanto antes. O Min levantou-se e foi em direção a porta e destrancou-a, enquanto Jungkook virava-se novamente na direção em que seu marido encontrava-se e sussurrou para que tomasse conta do Hoseok enquanto estivessem fora, ganhando em resposta o dedo do meio do companheiro. — Também te amo! — sibilou para Jimin e foi em direção a porta, onde Yoongi esperava-o.

Poucos minutos após a saída dos dois, Jimin ficara observando seu tão amável e importante hyung naquela maca enquanto conversava com o próprio. Mesmo chorando, sabia que não poderia continuar daquela forma em virtude do bebê, entretanto simplesmente não dava para segurar seus soluços que em instantes preenchiam o quarto.

— Hyung, eu... eu estou grávido... — Sussurrou. Só ansiava ver seu amigo reagir àquele informe, ver seu grande e lindo sorriso em saber que em breve seria titio. — Eu queria saber se você está bem, hyung, eu... — Continuou falando na esperança de que o mesmo reagisse a algo, nem que fosse um breve suspiro. — Sabe, hyung... eu estou muito triste. Por que você não acorda? Por que não se levanta, hyung? Por quê? Eu queria tanto ver você sorrindo de novo... —  O jovem chorava com tanta intensidade que sua voz falhava de um modo em que nem o mesmo conseguia descobrir quais eram as palavras saíam dos seus lábios. — Volte, por favor, eu estou te pedindo, hyung. Vai, acorda! Sai dessa maca, por favor! — assim que terminou de falar, Jimin passou a chorar ainda mais. Abaixou o olhar e fechou os olhos, mas logo em seguida levantou-os novamente, e, após olhar mais uma vez para a maca arregalou os olhos. — Mexeu... — sussurrou gaguejando ainda desacreditado. Nem reparara quando Jimin e Yoongi retornaram ao ambiente.

— Chegamos, Jim... — Jungkook fora cortado por um grito do marido.

— Mexeu! Ele mexeu, Jungkook! Yoongi, ele mexeu! — após instantes Yoongi desesperadamente entrou no quarto correndo e cheio de sacolas nas duas mãos, e em uma delas Jimin pôde perceber uma lasanha. Até que o Min olhou pra maca e enxergou o que pensara que não veria tão cedo: o mindinho do pé do seu amado mexia lentamente. E caiu aos prantos como um bebê recém-nascido.


Notas Finais


E foi isso...
Gostaríamos de deixar claro que quaisquer sugestões ou opiniões serão bem-vindas! Um bjão!


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