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História Memories of my love. - Hospital II


Escrita por: StylesWay

Capítulo 27 - Hospital II


– O que está acontecendo... – Harry perguntou.

Sentado, os dois já estavam mais calmos. Um ao lado do outro, Harry mantinha a cabeça baixa e John observava o aquário a sua frente.

– Sophie, na verdade, é Katherine.

– O- o que?! – o menino ficou estático. Seus olhos estalaram e instantaneamente virou para encarar o homem ao seu lado – o que diabos você está falando?

– Quando uma pessoa que cometeu crimes ou, teve uma vida cheia de pecados morre ao mesmo tempo que outra morre para salvar alguém, tal pessoa tem uma segunda chance. Mas de imediato não vai se lembrar da sua vida passada.

– Você... – balbucinou atordoado.

– Se Sophie não tivesse morrido, Katherine seria uma guardiã, assim como eu. Muita informação ao mesmo tempo, não? – John riu – eu não tive essa chance.

– O que mais você está escondendo de mim?

– O nome daquele corpo na verdade é Luce. Eu que dei o nome Sophie para ela. Quando Katherine acordou, disse que seu nome era Sophie e ofereci o trabalho de “carteira”, Sim, ela entregou todas aquelas cartas.

– Ela se lembra de quem é? Ou melhor, de quem foi?

– Dei a ela os mesmos fósforos que você.

– Por que fósforos? – a voz embargada de Harry soava quase inaudível.

– A memória mais forte de vocês. Se fosse uma pedra, eu teria jogado nos dois.

– Ela vai morrer?

– Claro que não, idiota. Ela vai ficar bem, você vai ver.

Harry enterrou a cabeça entre suas mãos e puxou os cabelos, mordendo o lábio em um sinal de nervosismo. Tentou  assimilar todas as informações repentinas que recebeu, mas parecia cada vez mais impossível. John parecia não se importar  muito com o desespero do homem ao seu lado.

Ficaram alí em silêncio pelo que julgaram horas, cada um preso em sua própria bolha de pensamentos. Harry ainda em choque, queria chorar, gritar e abraçar Sophie o mais forte possível. Tudo parecia tão real, mas tão falso.

Mas não era Sophie, era Katherine.

Era insano, pura loucura.

Mas o mais engraçado é que não desconfiava de John, muito pelo contrário, acreditava nele. Mesmo com toda aquela história que parecia ser tirada de um conto de fadas.

– Você sabe o que a Sophie, não... Luce. Você sabe o que a Luce fez?

– Parece que ela transformava garotas que queriam ser modelos na Europa em prostitutas, veio para Holmes Chapel se esconder e morreu esfaqueada. Não sei mais que isso. Cuida dela. – John se levantou e começou a caminhar, desaparecendo da vista do menino.

E então, a porta se abriu e a equipe saiu, pareciam exaustos. Harry se levantou de prontidão e correu até um dos médicos.

– Como ela está?!

– Foi um sucesso. Ela está estável. Provável que acorde daqui algumas horas ou só amanhã, mas de qualquer forma não passa disso.  – sorriu fraco – ela vai ser transferida para um quarto, você pode ver ela daqui alguns minutos, a enfermeira vai te guiar.

– Muito obrigada! – Harry agradeceu e recebeu um sorriso como resposta.

Seguiu a enfermeira por todos aqueles corredores brancos e ridiculamente iguais, respondendo algumas perguntas que a simpática mulher fazia, provavelmente tentando o distrair ou só quebrar o clima tenso ali.

Após esperar alguns minutos, finalmente ela já no quarto. Harry parou na frente da porta nº 17 e respirou fundo, limpando o suor de suas mãos antes de abrir a porta e entrar.

Não conseguiu tirar os olhos da menina por um segundo sequer.

Com alguns fios ligados ao seu corpo, usava um aparelho para respirar e o único som no quarto era do aparelho medindo seus batimentos cardíacos.

Mas aquilo era como música para seus ouvidos.

Sentou na poltrona ao lado da cama e pegou na mão da menina, entrelaçando seus dedos aos dela. Pode então perceber alguns machucados em seus dedos, numa terna carícia, foi impossível segurar as lágrimas, que caiam pouco a pouco. Retirou alguns fios de cabelo que grudavam em seu rosto calmo e sereno.

– Sophie? Katherine? Não sei como devo te chamar, mas... me desculpe, hm? Eu te amo. Só te causei problemas, não? –respirou fundo, dando um riso nasalado – só abra os olhos... mesmo que não se lembre de mim, ou me odeie para o resto da vida sua vida, apenas abra os olhos...

Não teve condições de continuar sua confissão tímida, pois toda dor, agonia, medo e culpa foram refletidos num choro desesperado, silencioso e cruel. Em poucos minutos adormeceu com a cabeça apoiada na cama e mãos entrelaças com as de sua amada, embarcando num sono sem sonhos.



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