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História Memory Lane: Everybody Knows - The sun is in the sky and its gonna be a glorious day


Escrita por: pandani

Notas do Autor


Olá, pessoinhas!

Então, estamos aqui, em mais um projeto, dessa vez é o You Are The One, de que eu estava fugindo com força, mas uma certa pessoa (não vou dizer que tem o nome parecido com o meu) me empurrou pra ele e aqui estamos. Vou confessar que o couple era exatamente o único que eu não queria, mas um desafio é um desafio não é mesmo? q

E, mais uma vez, vou aproveitar pra trazer mais uma fanfic pra esse nosso projeto bonitinho baseado em músicas de McFly, que é o Memory Lane (se quiserem saber mais sobre ele, deem uma olhadinha nas fanfics na tag). Se bem que acho que essa talvez tenha fugido um pouco à ideia, mas enfim q

Enfim, chega de notas porque isso aqui já tá mais que atrasado né? (Mas antes tarde do que nunca e)

Capítulo 1 - The sun is in the sky and its gonna be a glorious day


The sun is in the sky and it’s gonna be a glorious day

 

Quando sentiu o peso deixar o outro lado da cama, Minseok nem se deu ao trabalho de se virar e só se apertou mais no lençol que o cobria. O sol ainda nem bem tinha saído e ele sabia o que encontraria de qualquer forma: ele estaria vestindo as roupas jogadas pelo quarto, tentando não fazer barulho enquanto saía de fininho para evitar qualquer tipo de contato posterior. Como se não dizer o nome ou deixar o telefone não fossem sinais o suficiente. Ou talvez ele tivesse dito o nome, mas Minseok não se lembrava. Quem poderia saber?

Minseok ainda pensou em ignorar a luz que entrava pelas frestas da cortina fina demais e dormir mais um pouco, mas sabia que não ia demorar muito e estaria sendo acordado pelo barulho na sala e acordar de uma vez era melhor que acordar no susto. O dia já prometia ser glorioso sem ter que lidar com o próprio mau-humor matinal. Ainda levou algum tempo entre se espreguiçar ainda na cama, vestir a calça de moletom que encontrou por cima das outras roupas no armário só para não ter que discutir sobre seu hábito de andar sem roupas pela casa mais uma vez — embora ele ainda achasse que tinha esse direito já que aquela ainda era sua casa — e finalmente sair do quarto.

— Min, o seu amigo não consegue achar as chaves do carro.

Zitao estava com os cotovelos apoiados desleixadamente no balcão da divisão que servia de cozinha e mordiscava uma torrada, parecendo se divertir com o quase desespero do homem que revirava a sala com os olhos em busca do objeto perdido. Como se a sala fosse grande o suficiente para ter que ser revistada mais de uma vez.

— Você tem um carro? — Os olhos de Minseok se arregalaram em uma falsa surpresa e ele se desencostou do batente.

— Na verdade, não é bem meu carro. — O outro resmungou sem se atentar muito às palavras enquanto ainda seguia na busca.

— Minseok, você dormiu com um ladrão de carros?

— Em minha defesa, eu não sabia que ele tinha carro nenhum. — Minseok respondeu ao tom repreensivo segurando uma risada.

— Eu não sou ladrão!

— Então de quem é o carro, afinal?

— Da minha namorada.

— Minseok, você dormiu com um hétero? — Zitao levantou a voz para que ele ouvisse de dentro do quarto.

— Eu juro que ele não parecia um hétero ontem!

— Seus padrões estão ficando cada vez mais baixos.

— Eu não tenho padrões. Quem tem é a vodca. — Minseok jogou a chave e o hétero agarrou no ar meio no susto.

— Eu... er... então... — Ele segurava a maçaneta da porta sob o olhar julgador de Zitao e Minseok decidiu acabar com o sofrimento, mesmo que estivesse sendo divertido.

— Valeu aí, cara. — Deu um aceno breve com a mão e o viu sair depois de um aceno de cabeça.

Zitao só esperou a porta ser fechada de vez para finalmente rir da cena.

— É uma pena, ele era bem bonitinho.

— Eu devia ter desconfiado da camisa polo.

Minseok abriu a geladeira e tomou um gole do resto de leite direto da garrafa, se apoiando no balcão ao lado do colega de apartamento que já terminava de tomar o café da manhã. Depois de um mês, ele ainda não havia se acostumado em ter alguém que acordava voluntariamente todos os dias assim que o sol nascia. Tinha alguma coisa a ver com o fato de que a antiga rotina dele envolvia acordar cedo, tomar um café da manhã muito mais elaborado do que o-que-quer-que-ainda-tivesse-no-armário e malhar na academia que ocupava um dos milhares de cômodos da mansão em que costumava viver. Mas um mês inteiro já havia se passado desde que a família foi à falência e nem mesmo ter que dividir um apartamento minúsculo — em que tinha que dormir no sofá-cama na sala — com um, até então, desconhecido havia feito aquele hábito mudar. Minseok só queria poder dormir até meio dia e Zitao já tinha resolvido a vida inteira antes das dez. Pelo menos agora ele já não se surpreendia com as pessoas aleatórias que deixavam o quarto vez ou outra, geralmente no meio da madrugada.

— O açúcar acabou.

— É. — Minseok respondeu no mesmo tom casual enquanto mordia a fatia de pão que nem se deu ao trabalho de torrar.

— Como você vai fazer os cookies assim?

— Eu não vou fazer.

— O quê? — Zitao parecia abalado com a informação como quando Minseok disse que não daria comida ao gatinho que apareceu na porta deles outro dia. — Mas você precisa!

— Eu preciso dormir. Isso aí eu posso fazer outro dia.

— Mas como é que você espera que as pessoas se acostumem com os Cookies do Min se não tem todo dia?

— Quem espera que as pessoas se acostumem com alguma coisa é você, Tao.

— Minseok, é sério, a gente pode ganhar muito dinheiro com isso.

Minseok rolou os olhos e se desencostou do balcão se enfiando no banheiro enquanto a voz do loiro o perseguia naquela ladainha insistente.

Com certeza aquele seria um dia glorioso.

 

But don’t expect results because the kids ‘round here just don’t give a

 

— Eu mesmo faria se eu soubesse a receita.

Nem parecia que já havia se passado uma manhã inteira e várias horas depois do almoço desde que Zitao havia começado cedo demais com aqueles discursos. Minseok já conhecia de cor todos os argumentos que envolviam o fato de que os cookies que ele costumava vender de vez em quando na lanchonete em que trabalhava eram os melhores e que o mundo devia saber disso; que Minseok estava perdendo uma oportunidade de abrir uma empresa e ficar rico em pouquíssimo tempo; que Minseok não poderia ficar trabalhando ali para sempre porque aquilo não era vida para ninguém e ele era mais que isso — e era geralmente quando ele tinha vontade de rir. Mas dessa vez, a risada veio numa situação um pouquinho diferente.

— Você faria? — Zitao acenou com a cabeça em afirmativa enquanto observava o mais baixo apoiar a bandeja no balcão esperando o próximo pedido. — Você faria os cookies?

— Não pode ser tão difícil assim.

O sininho que indicava que o pedido estava pronto vindo da janela que dava para a cozinha chamou a atenção de Minseok que já começava a rir alto demais enquanto Zitao permanecia naquela pose altiva de quem não aceita não ter seus talentos reconhecidos.

— O que não é tão difícil assim? — Yixing se espichou para fora da janela.

— Tao disse que pode fazer os cookies se tiver a receita. — O chinês voltou os olhos que piscavam incrédulos de Minseok a Zitao.

— O mesmo Tao que queimou os ovos mexidos semana passada?

— Eu estava sob pressão!

Minseok voltou a rir e pôs os dois pratos sobre a bandeja, equilibrando-a sobre a mão direita e seguindo para a mesa que esperava há uns bons vinte minutos.

— Desculpem a demora, mas vocês deviam ter escolhido um restaurante melhor. — Disse com um sorriso quase amável antes de voltar para trás do balcão, quase esbarrando em Zitao que o seguia de perto.

— Eu estou falando sério, Minseok, nós estamos perdendo dinheiro aqui!

— Mas que porra, Zitao, você não cansa de repetir a mesma coisa o dia todo não? — Minseok se sentou no balcão, mesmo sabendo que levaria mais um esporro se Joonmyun chegasse ali e visse aquilo.

— Tao, ninguém liga pra você e ninguém se importa. — Baekhyun se intrometeu, entregando o troco sem nem olhar pro cliente que saía e Zitao o ignorou prontamente.

— Min... — Zitao iniciou arrastando o nome numa tentativa frustrada de parecer fofo enquanto cutucava a coxa do mais velho com a bandeja. — Eu não acredito que você não quer nem um pouquinho sair daqui. Me ajuda a te ajudar, hyung!

Minseok suspirou e rolou os olhos. Zitao podia ser realmente insuportável quando queria. E nem precisava tentar muito.

— Tá certo, Tao.

— Você vai voltar a fazer os cookies?

— Vou. — A animação do mais novo durou apenas a espera pela resposta. — Se você conseguir fazer pelo menos um hambúrguer direito.

 

They think we waste our lives but they wrong, we’re moving on

 

Yixing não se importou nem um pouco de ser enxotado de perto da chapa pelo resto da noite. Por ele, deixaria logo a cozinha de uma vez e ligaria para um daqueles números de emergência para uma fodinha eventual no meio da madrugada, mas que podia muito bem ser no começo da noite. Mas esperar que Zitao pudesse atender todos os pedidos era praticamente pedir para que a lanchonete entrasse em colapso e não sabia se ainda teria seu emprego quando voltasse se Joonmyun ouvisse aquelas notícias.

Uma informação chocante sobre Huang Zitao: ele nunca havia cozinhado na vida. Exceto pela tentativa frustrada de fazer ovos mexidos na semana anterior. E, em sua defesa, aquilo não era culpa dele. Quem é que precisava cozinhar tendo um chef e uma dezena de empregados prontos para servi-lo no que quer que fosse sempre que quisesse? Minseok percebeu isso logo no primeiro dia, quando mostrou a ele a cozinha da lanchonete e viu em seus olhos que ele não fazia a mínima ideia de para que servia todos aqueles utensílios espalhados por ali e por sorte a vaga que tinha para ele era de garçom e não de cozinheiro — não que a experiência servindo mesas tenha sido de cara muito boa, mas ninguém era muito bom em nada por ali mesmo, então estava de bom tamanho.

E até hoje, o som estalado da carne grelhando na chapa escura fazia Zitao parecer meio assustado. Yixing observava de longe enquanto mexia uma salada meio suspeita e distribuía em três pratos se dividindo entre rir da cena e ir fazer aquilo de uma vez antes que os pedidos se acumulassem mais. Zitao segurava uma espátula na mão direita e rondava a chapa metálica posicionada no centro da cozinha. Os hambúrgueres crus estavam em uma caixa na bancada ao lado e quem olhasse de fora poderia muito bem pensar se tratar de um animal selvagem estudando sua presa e traçando a melhor estratégia de ataque.

— Você pretende começar hoje ou eu aviso que os pedidos só saem amanhã?

A voz de Yixing o tirou de sua concentração e ele respirou fundo.

— Ok, eu posso fazer isso. — Zitao ditou mais para si mesmo e amarrou o avental manchado sobre o uniforme cor de mostarda. — Não pode ser tão difícil.

Era muito difícil.

— Vocês pediram três saladas, dois milk shakes de chocolate e um chá gelado, certo? — Minseok recitou para a mesa onde as três garotas de óculos sem lentes começavam a parecer impacientes pela demora.

— Na verdade, a gente pediu três hambúrgueres.

— Certeza? — A menina de touca verde sobre os cachos castanhos confirmou com uma feição arrogante. — Vocês escolheram um péssimo dia. — Ele escondeu a risada num sorriso forçadamente agradável. — Eu já volto com seus pedidos, ok?

Minseok guardou o bloquinho no bolso da calça e se apressou para a cozinha.

— Eu ia perguntar se tá tudo bem, mas...

Em todo aquele tempo, Minseok nunca havia visto aquela bagunça. Não na cozinha, a cozinha era sempre uma bagunça mesmo. Mas em Zitao. Os cabelos loiros estavam sempre arrumados para cima daquele jeito que Minseok achava que dava trabalho demais para valer a pena manter. O uniforme estava sempre impecável e parecia tão bem quanto não ficaria em ninguém mais — e aquilo não fazia sentido algum! Ele tinha sempre aquele sorriso todo cheio de charme como se pudesse ganhar todo o mundo só com aquilo — e podia mesmo, porque ninguém mais ganhava tantas gorjetas como ele por ali. E foi provavelmente por isso que Minseok ainda demorou um bom tempo antes de entrar de vez e fechar a porta atrás de si. Ainda olhou pra Yixing como se para confirmar que não era só ele a ver aquilo e ele deu de ombros.

— Eu não tenho nada a ver com isso.

Huang Zitao estava arrasado. Os fios loiros estavam uma zona, meio caídos pela testa, meio apontando para todos os lados. O uniforme era todo respingos de gordura e Minseok podia ver, mesmo de longe, os pontinhos vermelhos pelas mãos e a parte descoberta dos braços. A fumaça escura se dissipava aos poucos, mas por aquele cheiro não estranharia se o corpo de bombeiros estivesse ali daqui a pouco só para checar.

Mas, a pesar de todo o cenário apocalíptico que encontrou ali, Minseok só não conseguia mesmo entender o sorrisinho presunçoso no rosto do mais novo.

— Pode começar a separar os ingredientes, Kim Minseok.

— Porque você quase pôs fogo na cozinha?

Minseok acompanhou seu olhar até os três pratos em cima da bancada. Dois deles só tinham aquela salada suspeita e os pães requentados de ontem abertos, mas no do meio, estava lá. Meio torto entre as fatias de pão e queijo, mas era um hambúrguer com uma cara até mais agradável do que a maioria dos que costumavam servir ali.

— Você conseguiu? — Minseok se aproximou só pra checar melhor ainda incrédulo.

— Eu consegui. — Zitao jogou o avental energicamente no chão. — E agora nós vamos ficar ricos com os Cookies do Min.

— Não com esse nome. — Yixing gritou já saindo da cozinha.

— A gente pode pensar em alguma coisa.

A risada dos dois foi morrendo aos poucos até que Zitao finalmente pareceu notar a queimadura nos dedos ao tentar tirar a franja da testa, o lábio inferior se projetando automaticamente em uma careta magoada.

Minseok resmungou qualquer coisa que ele não entendeu e Zitao já estava se questionando quando ele voltou da geladeira com um pote de manteiga em mãos e puxou as do mais novo verificando os pontos vermelhos que em breve virariam bolhas.

— Não ache que vai me deixar atendendo sozinho só por isso. — Ele afirmou, espalhando a manteiga sobre as feridas sem olhar para nada além daquilo.

Zitao até pensou em dizer qualquer coisa sobre aquele não ser o tratamento mais indicado e que provavelmente pioraria tudo depois, mas talvez estivesse gostando do toque geladinho. Da manteiga, não das mãos de Minseok, é claro.

— E quem é que ia ganhar as gorjetas que vão ajudar no nosso negócio?

Não seria naquele momento que eles sairiam dali ou fariam sucesso com os Cookies do Min ou o que fosse. Mas nada daquilo seria desperdício de tempo.

 

Total atual:

$ 95,00


Notas Finais


Obrigada por ler ♥


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