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História Menina de Fases - Aos Quinze


Escrita por: Kalish

Capítulo 3 - Aos Quinze


Fanfic / Fanfiction Menina de Fases - Aos Quinze

Já faziam cinco anos que eu tinha um leve romance com Sasuke, ele era o menino mais atencioso, gentil, carinhoso e respeitoso que eu conhecia. Sasuke já era especial pra mim desde os dez anos de idade e agora eu sabia realmente que sentia algo extremamente único por ele. Ele era fã de um time de futebol e sempre que ia aos jogos me levava junto, dizia que amava ter as duas coisas que ocupavam seu coração juntas. Eu e aquele time dele que não saia da segunda divisão. Nos divertíamos tanto, continuamos a ir todos os verões para o rancho do pai dele e era sempre especial, dormíamos do lado de fora na rede para não ficarmos nem um momento sequer separados. Só tinha dois problemas entre nós: a distância e a sua madrinha que ainda insinuava que ele casaria com sua filha dez anos mais nova que ele. 

Sasuke morava na cidade vizinha, a uma hora de viagem. Não era muito, mas mesmo assim me deixava com o coração na mão toda vez que o via partir. Todo final de semana ele passava na casa da avó, que morava na minha cidade. Nosso romance não era mais inocente, mas ainda assim era puro. Eu não parecia mais um menino, meus cabelos já estavam no meio das costas e usava saias e roupas em tons mais quente, mesmo assim não tinha abandonado o preto e nunca faria isso, assim como nunca abandonaria Sasuke. Era assim que eu pensava.

- Eu estava na rodoviária, hoje tive que vim de ônibus, e uma senhorinha me parou. - Ele estava encostado no portão enquanto eu trancava a casa.

- Até as senhorinhas no meio da rua Sasuke? Devo me preocupar? -Me virei indo em sua direção.

- Você sabe que não há outra mulher que eu queira ao meu lado a não ser você, não deve se preocupar. - ele pegou minha mão e a beijou. - Mas ela me disse uma coisa que me deixou muito feliz.

- E o que foi que ela disse?

-"Você tem uma flor ao seu lado, que precisa de cuidados. Se fizerem as escolhas certas irão se casar e ter a felicidade plena. Somente o amor puro suporta qualquer dificuldade". Foi o que ela disse - ele forçou uma voz aguda e ranhenta, o que arrancou-me gargalhadas.

- Espero que essa flor seja eu.

- Não, não tem mais nenhuma garota que pinta o cabelo de rosa, que tenha olhos mais verdes que os seus e que tenha nome de flor, então creio que ela falava sobre você mesmo, Sakura Haruno. - Ele me abraçou e passou a mão em meu rosto. - A propósito verde é a minha cor favorita. -Encostou seus lábios nos meus num beijo calmo, entre nós dois tudo se encaixava. O beijo, o abraço, o enlace dos dedos. Eu pertencia a ele e ele a mim.

Naquele dia fomos ao parque de diversões, passamos parte da tarde e o começo da noite no lugar onde as luzes coloridas brilhavam. Eu tenho medo de altura, mas naquele dia, naquele parque, ao lado dele deixei todo o meu medo para trás e me aventurei em todos os brinquedos, não permitiria que medo algum fizesse eu perder um minuto sequer ao lado do amor da minha vida.

O final de semana havia chegado novamente, e como todo sábado às nove eu acordava com o coração acelerado, fiz minha higiene e o esperei. Mas ele não apareceu como fazia a cinco anos, sempre as dez da manhã. Meu celular vibrou e sabia que era ele, só não esperava ler o que li. 

Bom dia princesa. Me desculpa, meu pai precisa de mim em uma das lojas. Espero chegar até o jantar.

Naquele momento me senti sozinha, o que eu faria? Estava de short e blusa regata no sofá e assim fiquei até a hora do jantar, perdida. Não conseguia me levantar, meu coração palpitava de vinte em vinte minutos tão forte que eu quase não conseguia controlar. Sentia que algo escapava das minhas mãos. Minha mãe tentou me acalmar, disse que estávamos crescendo e ele como um dos herdeiros deveria começar a tomar conhecimento dos negócios do pai. Eu fingi estar melhor, mas isso não aconteceu de fato.

Ele apareceu no domingo e fizemos um piquenique, um dia maravilhoso. Mas meu coração continuava a me dar sensações de perda. Mas de qualquer forma eu não iria permitir que isso me atrapalhasse de aproveitar a presença dele. Depois de mais dois finais de semana ao meu lado ele me falou que só poderia vir aos domingos, que agora estava um pouco difícil pois o irmão não estava colaborando com o pai e ele iria começar a tomar frente das franquias a pedido de Fugaku. Eu sabia que o estava perdendo aos poucos e não podia fazer nada quanto a isso, ele não me amava menos, só não tinha mais tempo e todos sabem que o tempo é precioso.

É o tempo que faz e desfaz laços e bem embaixo do meu nariz o laço mais forte que achei ter feito em toda minha vida estava se desfazendo e eu estava de mãos atadas.



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