História Menina era Eu e Mulher era Ela. - Diamantes

A noite estava fria, minha tequila já estava no fim, foi o prêmio por ter roubado um velhote que vivia me cantando. Eu vim pára aqui no dia do meu aniversário de 15 anos e já fazem 10 anos que estou nessa rua. Já fiz de tudo, pra sobreviver não tem limites, mas o tempo de vida é limitado, nessa década já se foram centenas daqui e a maioria eu vi partir, talvez seja por esse motivo que não tenho medo de ir. Eu já havia vivido o suficiente para uma vida toda e a bebida me anestesiava das dores nas costas mas não as dores da alma. Lá eu aprendi a viver sem medo das ruas, mas o que me assombrava era a solidão, tinha muita gente mas me sentia só e aquelas pessoas eram mais vazias do que meu próprio estômago. Elas eram pálidas, não sorria e nem chorava, parecia não ter sentimentos e logo eu que transbordava de emoção, ficava ali imaginava minha vida fora dali e de tanto imaginar, uma bela noite eu à vi meiga, sorrindo de canta a canto da boca e que boca linda, era vermelha, suas pernas finas e os pés cruzados balançando de um lado pro outro, me fazia balançar junto, eu não sabia se tudo aquilo era realidade ou Nóia do beck que havia acabado de fumar. Então ela veio, seus olhos eram diamantes e de repente tudo ficou claro. Mas do nada bateu a bad e me vi nela, uma jovem, linda e cheia de vida entrando em um beco sem saída, pois eu nunca havia saido de lá, talvez nem queria sair, mais eu quis tira-lá dali e levar para qualquer lugar. Me levantei daquela calçada suja e fui ao seu encontro, que sensação boa chega mais perto e foi ali que percebi que você era a motivação que precisava. Quando cheguei frente á frente, faltou o ar, não sabia mais falar e só ouvi ela dizer: Oi, você tem fogo?