No dia seguinte acordei com uma resseca horrível era como se eu tivesse brigado com uma gangue a noite passada,depois de relembrar o que fiz liguei para trevor me desculpando sobre os acontecidos,ele claro aceitou as oz que estava evitando que aquela conversa continuasse.
Oficialmente estávamos de férias ou melhor se preparando para a universidade,encerrando e ao mesmo tempo iniciando um capítulo novo na e para comemorar Vicki faria uma festa em sua linda mansão,que era de frente a praia e super aconchegante definitivamente eu amava aquela casa em um dos bairros mais luxuosos de Atlanta e claro que todos iriam.
Ela ficou muito brava ao receber a notícia de que eu não poderia ajuda-la nos últimos preparativos e ficou mais furiosa ao saber que não teria minha presença,amanhã era a prova que tanto temi e precisava relaxar se quisesse fazer este exame e de preferência sem estar de ressaca.
Depois de 5 horas dos últimos momentos de sabedoria que eu ainda poderia absorver de todos aqueles livros espalhados pela cama,acabei mais despertei com as batidas na porta do quarto,ainda sonolenta e com a voz rouca,mandei entrar.
— A porta está aberta pode entrar.
Disse enquanto juntava os livros em um canto a princípio pensei que fosse Alan,ainda sem olhar quem era pedi que sentasse,olhei rapidamente na direção do corpo parado em frente a porta parecendo observar cada movimento meu,ao reconhecer aquela silhueta minha vontade era que abrisse um buraco ao chão me absorvendo dentro dele .
— Trevor,o que faz aqui ?
As palavras foram o suficiente para desperta-lo de seu transe,assustado ele ainda me olhava parecendo pensar no que dizer.
— E-eu-eu.
Ele não havia conseguido completar sua frase,tratou logo de desistir das palavras e usufruir das atitudes,ele caminhou até a minha frente que ainda continuava parada a espera de uma resposta,assim que percebi o que ele ia fazer me afastei rapidamente,colocando as mãos em sua boca na tentativa de impedi-lo que tocassem a minha.
— Não,você não pode ficar dias me evitando,vir na minha casa e tentar concertar as coisas me beijando,eu to confusa afinal estava bêbada na festa mais me lembro perfeitamente de você retribuindo o beijo e dizendo que gosta de mim.
Eu dizia com a voz falha,não conseguindo ainda olha-lo diretamente.
— Me desculpe,Alexi eu precisei de um tempo para entender tamanho sentimento por você,acredite foi horrível ter que te evitar todo esse tempo,tentando negar a meu corpo que ele precisa de você.
Ele me olhava na esperança que eu dissesse alguma coisa,mais as palavras não vieram.
Me sentei na beirada da cama soltando um alto suspiro,para que a conversa não se tornasse um rio de lágrimas ou em uma grande feira de peixe,precisava me controlar se eu deixasse toda aquela adrenalina tomar conta a situação seria bem pior ,repeti como um mantra em minha mente várias vezes. Calma Lexi-Calma Lexi-Respira.
Depois de alguns minutos em silêncio,ele também se pós ao meu lado.A verdade era que nenhum dos dois conseguia esconder os sentimentos que tínhamos um pelo outro,mais era errado iludi-lo eu nunca poderia dar o amor que ele merece,os dias de gelo que ele me deu foram bons para refletir sobre a pergunta feita no dia da festa de formatura mais só poderia responde-la depois do resultado de amanhã,cansada de todo aquele eco de nossos pensamentos,mais antes que a situação ficasse ainda mais constrangedora resolvi começar.
— Trevor,eu estou ciente de seus sentimentos por mim mais você sabe que não posso,não me sinto preparada para isso e de jeito nenhum quero te decepcionar,você é o melhor amigo que eu podia ter a melhor pessoa que eu já conheci ,porém não podemos confundir as coisas.
Era impossível esconder como aquela situação,a conversa tudo ali,me deixava desconfortável e como queria que acabasse logo e voltasse a ser como há duas semanas.
— Alexi,eu jamais te forçaria a fazer algo que não queira mais a verdade é que você tem medo de ser feliz,precisa viver Lexi já fazem 4 anos sei que é difícil mas tem que seguir em frente,não estou falando para esquecer e sim se dar uma chance e de se preocupar com si,por favor eu odeio te ver assim remoendo-se todo dia a uma coisa irreversível que nem sequer foi sua culpa que fica te privando de viver.
Ele agora estava com aquele olhar que me transmitia tanta confiança,aquelas palavras saíram tão sinceras de sua boca ,talvez ele tivesse toda a razão eu não poderia lamentar para sempre,mais mesmo assim eu não me sentia confiante para começar uma nova página.
Sabendo que eu refletia sobre suas sábias palavras,Trevor ainda estava em silêncio,me deixando em conflito com a própria mente,a questão é que tenho que me deixar seguir,mesmo que mais para frente me arrependa da decisão que finalmente havia tomado.
Ao respirar e inspirar algumas vezes,virei-me na direção de Trevor me aproximando mais de seu rosto e o segurando com as palmas de minhas mãos,aquelas cascatas verdes que pareciam transbordar de surpresa já adivinhando o que eu estava prestes a fazer,não desviavam o olhar nem por um segundo se quer.
— Eu te amo,Trevor Sawntman.
Era tão difícil,não pensar que estava tomando o caminho errado,mais pela primeira vez fui aberta ao meu coração.Sem hesitar o beijei,meu mundo parecia girar mais devagar a sensação de enterrar as minhas mãos naqueles ralos cabelos era a melhor que já senti, os nossos corações pareciam ter parado com o encontro de nossos lábios,aos poucos fomos entrando em sintonia perfeita com nossas línguas na boca um do outro,o toque era calmo e sem preocupação com as testas encostadas uma na outra nos olhávamos sorrindo satisfeitos com minha atitude .
Depois daquele caloroso beijo,nos encontrávamos deitados encarando o teto e por mais que eu quisesse fugir não podia era mais forte do que eu,me causava dependência como uma droga era definitivo eu amava com todas as células,moléculas e partes do meu corpo.
No dia seguinte...
Parecia ser um dia comum mais a questão era que hoje seria um dos grandes dias da minha vida e apesar do receio e de toda a insegurança estava satisfeita com minhas escolhas e muito feliz.
Fiz questão de afastar todos os pensamentos otimistas,toda concentração era pouco para um exame com tanto peso como este,era classificado em os 5 mais difíceis do mundo.
Já aposta em uma carteira no meio daquela grande sala que tinha no mínimo uns 50 lugares em que por incrível que pareça estavam todos preenchidos .
O homem de aproximadamente 35 anos,entregava as folhas com as perguntas e os gabaritos para as respostas.Todos se colocaram em silêncio ao perceber que o homem começaria a dar as instruções.
— Bom dia jovens,Como sabem este é um exame nacional em que requere muita atenção para faze-lo,se alguém for pego colando terá a prova anulada imediatamente,espero que todos tenham desligado os celulares e guardado na caixa como pedido no edital,o tempo total são de 6 horas e o mínimo para terminarem é de 2:30,boa sorte e podem começar.
Coloquei todos os dados em que na prova pedia e comecei a faze-la sem pressa e tentando ficar calma o máximo para não errar questões fáceis que só precisam de raciocínio.Em menos de 2 horas de prova pude perceber que um número significativo já havia terminado,provável que pessoas que chutaram ou que sejam super inteligentes,faltando 1 hora para o término do tempo acabei de passar as respostas para o gabarito ainda havia gente na sala mais bem poucas,ao entregar a prova ao mesmo homem que deu as ultimas instruções dei uma espiada na sala e vi duas garotas que estudavam na mesma escola que eu,mais não na mesma turma.Depois de muito pensar lembrei o nome das duas,uma era Maya Meirelles a irmã da Vicki em que ela sempre reclama dizendo que ela era muito estudiosa e não fazia mais nada de útil na vida,a outra era a Rebekah Belluchi uma morena exótica de traços marcantes,ela sempre estava sozinha pelos jardins desenhando e ouvindo música.
— Senhorita Alexi Petrovic,os resultados saem amanhã pela tarde.
Disse o homem ainda esperando alguma resposta minha.
— Me desculpe estava distraída,tudo bem obrigada.
Falei dando um sorriso envergonhado ,por tamanha distração.
Ao chegar em casa Eloise se encontrava deitada no sofá assistindo tv,afinal era um sábado e ela também estava de férias do trabalho para passar mais tempo com a gente.
— Oie,tia Eloise.
Disse me largando na poltrona do lado do sofá.
— Olá,Lexi e a prova como foi ?
Parei para pensar um pouco sobre as questões,as que tive dúvidas e as que respondi confiante.
— Acho que fui bem,poderei falar mais amanhar sobre isso.
Falei rindo olhando para tv e percebendo que Eloise estava assistindo programa culinário.
— Desde quando se interessa em cozinhar ?
Ela riu em uma alta gargalhada ,ainda sem desviar o olhar da televisão me respondeu.
— Desde que cuido de dois adolescentes que não pode sobreviver apenas de comida congelada.
Ela me olhava agora para ter certeza que aquela resposta foi o suficiente .
— Cadê o Alan? - Perguntei já ciente da resposta que viria.
Finalmente eu tinha conseguido desviar sua atenção da grande tela a sua frente,ela suspirou antes de começar a falar.
— Para variar não está em casa,ultimamente o último lugar que ele tem estado.
Me levantei dando um leve suspiro pegando minhas coisas e caminhando para meu quarto,de repente a campanhia tocou e fiz um gesto com mão para Eloise sinalizando que eu iria atender.
Ao abrir a porta me deparei com duas viaturas estacionadas em nosso jardim ,na mesma hora soube que aquilo não era bom,eu podia sentir meu coração disparar em meu peito,lutava para que não percebessem meu nervosismo.
— Queremos sua responsável,Eloise Petrovic está em casa ?
Eles continuavam parados a espera de alguma resposta minha,eu controlava a respiração já prevendo o que eles queriam.
— Sim,ela está esperem um minuto vou chama-la.
Antes que eu pudesse virar e pedir para que viesse ,ela já estava posta bem atrás de mim,com um sorriso falso estampado no rosto.
— Olá,o que eu posso ajuda-los?
Ela mantinha ainda aquele riso e agora descansava uma de suas mãos em meu ombro direito enquanto os policiais explicavam rapidamente o que havia acontecido.
— Bom é sobre Alan Petrovic,pode nos acompanhar até o hospital ?
Um dos oficiais nos olhava tentando não transmitir preocupação.
Eloise não disse nada apenas assentiu com a cabeça batendo a porta atrás de nós apesar de não transparecer eu estava com medo,ninguém havia nem suspirado o caminho inteiro e aquilo me deixava cada vez mais preocupada pensado no pior que poderia ter acontecido.Ao entrarmos no hospital fiquei surpresa ao avistar Vicki abraçada e com a cabeça no ombro de Maya sua irmã eu precisava saber o que estava acontecendo,porque nada mais estava fazendo sentido ali.
Me aproximei de Vicki tentando entender a situação toda,Maya então me vê e faz um sinal com as mãos para que eu parasse antes de chegar até elas e se levantou vindo em minha direção.
— Oie,acho que nunca fomos apresentadas eu sou Maya Meirelles irmã da Vicki e você deve ser Alexi,ela fala muito de você.
— Sei quem você é,pode me explicar o que é tudo isso,por que estão aqui ?
Talvez eu tenha sido um pouco grossa,mais a questão é que eu estava muito nervosa para ser educada.
— Calma Alexi vou explicar tudo,podemos tomar um café ?
Balancei a cabeça em confirmação caminhando até a lanchonete do hospital,após nossos pedidos chegarem pedi para que ela me contasse tudo sem abreviações.
— Bom como você sabe,Vicki deu uma festa em casa ontem e tinha sobrado muitos comes e bebes,ela resolveu continuar essa social chamando os mais chegados e isso incluía seu irmão,como ela ainda estava brava por você não ter ido ontem,não te convidou...
Interrompi ela no meio da história já irritada com toda aquela enrolação.
— Por favor Maya ,pule para parte em que meu irmão vem parar no hospital.
Maya muito paciente,deu um sorriso para me confortar e mostrar que minha falta de educação não havia atingido.
— Desculpe,eles resolveram tirar racha já que estava tudo vazio e Vicki estava no carro com seu irmão quando ele se chocou a uma árvore capotando três vezes na estrada,ele ta em coma Alexi e a Vicki está em choque...
Não esperei que ela terminasse de falar,me levantei da mesa ofegante fazendo com que algumas pessoas direcionasse sua atenção a mim,o sentimento de perda estava atingindo minha mente,fazendo com que todo o lugar parecesse está rodando,eu precisava vê-lo apesar de sentir minhas pernas como duas gelatinas prestes a cair,eu me encorajava em voz baixa para ter forças e chegar na UTI,bem de longe era possível ouvir vozes gritando meu nome,mais não importava eu precisava ter certeza de que ele estava vivo.
Minhas ultimas lembranças eram de dois homens de branco,um tentando me conter dizendo para que eu ficasse calma e que não me machucaria e o outro com uma seringa na mão caminhando em minha direção, só tive tempo de gritar o nome de Alan,logo desmaiando e sentindo os toques das mãos me segurando para não ir de encontro ao chão.
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