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História Meramente Korrasami - Melhores amigas


Escrita por: Cotinha

Notas do Autor


É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA QUE VOCÊ SAIBA QUE MEU PC É TEMPERAMENTAL E DUPLICOU O CAPÍTULO, EU CORRIGI E POSTEI O CERTO, SEM PERCEBER QUE O "RASCUNHO" TAMBÉM FOI POSTADO, QUE NO CASO É ESSE. PASSA PRO CAPÍTULO 12 E MIL PERDÕES.
P.s. Não excluí esse por consideração aos comentários e pra mostrar que todos somos humanos e temos computadores bugados hahahahah.

Capítulo 11 - Melhores amigas


Fanfic / Fanfiction Meramente Korrasami - Melhores amigas

Korra é minha melhor amiga.

Asami é minha melhor amiga.

Korra é leal e parceira, não poderia pedir por uma companhia melhor.

Asami é extrovertida e engraçada, uma joia rara que eu tive a sorte de conhecer.

Senna foi melhor amiga de minha mãe durante os anos da escola católica. Elas cresceram e embora tenham se afastado um pouco por conta do casamento de ambas, que tiveram que ir para cidades diferentes, continuaram o contato e eram velhas amigas.

Eu cresci escutando histórias sobre mamãe e a amiga dela que aprontavam todas para as freiras da escola. Elas eram inseparáveis e faziam tudo que faz a vida valer a pena.

Minha mãe falava com melancolia dos “velhos dias”. Uma saudade alimentava as narrativas e todas as histórias me encantavam, mesmo quando mamãe repetia o mesmo relato horas à fio, rindo sempre na mesma parte. Eu sempre a acompanhei nas risadas.

Um dia mamãe abriu um sorriso fora do normal ao receber mais uma das cartas da titia Sato. Eu ainda não havia tido a oportunidade de conhecer a tia e o tio Sato, mas mamãe falou que eu logo teria minha chance. Eu mal podia esperar para conhecer a amiga tão querida de minha mãe.

Eu estava no colo de minha mãe enquanto ela escreveria para tia Senna. Eu já conhecia a titia, porém só nos vimos algumas vezes em minha vida toda. Ela e tio Tonraq tinham vindo nos visitar no meu aniversário de um ano e passaram algum tempo em nossa casa. Eu era muito pequena para lembrar, mas mamãe me contou um tempo depois que já naquela época Senna estava esperando um nenê para a família dela aumentar. Eu desejei secretamente que fosse um menino. Eu adoraria ter um relacionamento e quem melhor do que o filho da melhor amiga de minha mãe?

Mamãe estava tão contente com as novas notícias que pulou da cadeira e saiu gritando pela casa inteira alguma coisa do tipo: “Isso...uhum...tenho que preparar as coisas...Korra pode ficar com a avó...será que mamãe tem médico? Não, eu lembraria...Deus, estou tão perdi...Tonraq, Tonraq...” e sumiu pela casa procurando por meu pai. Eu não estava entendo era nada e decidi ir brincar com meus brinquedos enquanto mamãe se descabelava.

Eu estava tão contente por saber que finalmente poderia reencontrar meus tios depois de tanto tempo. Poderia ver os olhos deles e tocar em seus rostos. Finalmente poderia conhecer suas feições sem ser por fotos. Eu esperava mesmo que eles aceitassem e trouxessem a filhinha deles. Estava ansiosa para conhecer Korra, uma menina só um ano mais nova que eu e que parecia ser bem legal por algumas coisas que Senna escrevia nas cartas que trocavam com mamãe.

Depois de papai acalmar dona Senna, ela finalmente conseguiu explicar tudo. Embora estivesse eufórica, ela se mantinha sentada no sofá com uma xícara na mão. Ela queria parecer calma para não me alarmar. Eu até estaria animada com a ideia, mas ela tinha gritado antes que eu ficaria com minha avó e eu não pretendia bancar a criança teimosa, mamãe estava muito feliz para isso.

Lembro de ter ficado acordada naquela primeira madrugada inteira imaginando tudo que faria com a menininha que viria. Mamãe tinha me instruído a já ter em mente que teria que ser cortês e deixar a pequena o mais confortável possível. Eu estava ansiosa para conhecer minha mais nova amiga. Estava eufórica com a ideia de que talvez pudesse ter uma amizade tão bela como a da minha mãe e titia Senna.

Lembro de papai e mamãe conversando sobre a viagem. Papai não poderia ir, estava atolado no trabalho e não teria como tirar a folga que tanto desejava agora. Minha mãe não se desanimou e decidiu que iria. Meu pai não fez oposição. Um dia eu sentei com minha mãe na cama dela e perguntei a quanto tempo ela não via a tia Sato.

        “- Faz muito tempo, meu bem. – Ela me puxou para si, iniciando um cafuné enquanto eu deitava a cabeça em cima de suas pernas cruzadas. – Você estava na barriga da mamãe da última vez.

        - Nossa, faz tempo mesmo. – Cresci os olhos por conta daquela constatação.

        - Cinco anos. O tempo passa rápido demais, meu amor. – Ela sorriu protetoramente para mim, que fechei os olhos e me acomodei mais em minha progenitora.

Nós ficamos quietas por um tempo, apreciando o silêncio, até que ela o cortou:

        - Sabe, filha. Nós não teríamos dinheiro para levar você se fossemos, mas como seu pai não poderá ir, deseja fazer essa viagem comigo? Sabe, conhecer seus tios pela primeira vez e quem sabe fazer amizade com a bela princesinha deles.

Meus olhos marejaram com aquilo. O que eu mais queria era ter uma amizade com a menina Asami, de que eu ouvia falar muito bem.

        - Que oportunidade maravilhosa, mamãe, eu super topo.”

Senna viria com Korra, mas titio Tonraq não poderia vir por conta do trabalho. Lembro de ver meu pai murchar um pouco com aquela notícia, depois que mamãe a leu em voz alta. Talvez ele se sentisse mais para baixo com a perspectiva de ficar no meio de quatro mentes femininas. Eu não me importei. Embora tenha ficado um pouco triste por não poder rever meu tio, eu estava animadíssima com a chegada da pequena filha deles.

 

Foi assim que eu e Korra nos tornamos amigas mais que inseparáveis. Viramos unha e carne naquele um mês que ela e a mãe dela passaram aqui.

Eu havia adorado conhecer a filha da senhora Sato. Ela era realmente uma princesa em forma de criança. Sempre vestida com roupas lindíssimas, o cabelo arrumado e uma polidez impressionante. Mas não era chata, de jeito nenhum. Eu logo percebi que aquela pompa toda era só em sua aparência. Asami era uma menina normal e não era metida, mesmo tendo muito pelo que se gabar.

Depois de elas voltarem para casa, nós duas começamos a trocar cartas desesperadamente. Tia Senna e minha mãe trocavam duas cartas por mês, eu e Korra batemos a marca de oito facilmente. Nós éramos muito crianças e mandávamos desenhos mal feitos uma para outra. Nossas conversas não eram profundas. Geralmente discutíamos sobre um programa de tv ou um brinquedo novo. Falávamos sobre nossas famílias e músicas. Contávamos tudo que quiséssemos, nossa amizade sempre foi livre e sem drama.

Tudo piorou numa fatídica sexta feira. Minha mãe recebeu uma carta, uma carta não é o nome daquilo, eu classificaria como pesadelo disfarçado em papel de carta. Hiroshi Sato havia mandado dois papéis no envelope. O primeiro era um papel formal, com informações do funeral de sua esposa. O segundo era uma carta pessoal, onde ele contava tudo que tinha acontecido e se oferecia para pagar as despesas de nossa viagem, pelo pouco tempo que teve entre a nossa última viagem e a tragédia.

        “- Morta por ladrões, Tonraq. Que porra de mundo é esse?”

Minha mãe sempre havia sido uma mulher controlada, mas perdeu as estribeiras com a situação. Se encheu de ódio e raiva e posso jurar que ela via tudo em vermelho.

Eles foram no funeral de minha mãe. Korra tinha sido a pessoa perfeita. Ficou do meu lado, me escutou quando me senti pronta pra falar e fez silêncio quando eu tentava controlar a confusão em minha cabeça. Ela tinha apenas cinco anos e era uma das pessoas mais maduras que eu já tinha conhecido.

Eu fiz tudo que pude por Asami. Claro que eu estava triste pela morte de tia Sato, mas não era tão ligada a ela como era a Asami, sem contar que acredito que lá do céu, onde ela nos observava, ela sorria para nós duas. Eu sei que estava dando meu melhor para aquela situação toda.

Senna fez uma coisa que nunca pensei que fosse fazer. Ela se ofereceu para cuidar de nós. De mim e do meu pai.

Minha família e eu fizemos as malas e depois de duas semanas embarcávamos no avião que nos levaria a morar na mesma cidade que a família Sato.

Todo dia Senna nos visitava. Preparava a comida, verificava como eu ia na escola. Checava meu dever de casa e me ajudava a arrumar o cabelo. Meu pai insistiu para ajudá-la de uma forma financeira. Ela não aceitou. Ela insistia que mamãe faria o mesmo se o caso fosse o contrário. Aquilo me marcou para sempre.

Eu estava na cidade da minha melhor amiga e mal podia esperar para ser a melhor amiga de todas. A amiga que ela merecia.

 

Nossa amizade só cresceu. Íamos para a escola juntas. Almoçávamos juntas. Estudávamos juntas. Crescíamos juntas.

Nós mudamos de escola juntas. Ficamos de recuperação juntas. Conseguimos seguir com a vida escolar juntas. Íamos para as festas juntas, comprávamos roupas juntas.

Dormíamos juntas pelo menos três vezes por semana. Tomávamos banho juntas sempre.

Eu amadureci do lado dela mais do que eu sequer possa imaginar que amadureceria se não a tivesse como amiga.

Korra me ensinou tanta coisa que eu nem sei que tipo de pensamentos eu teria hoje em dia se não a conhecesse.

Eu tenho dezenove anos agora e ainda não consigo imaginar como minha vida seria sem graça sem a presença de Asami.

Eu tenho vinte anos e não tenho motivo para reclamar da minha vida. Meu namoro com Mako terminou, não estava dando certo, mas eu tenho a melhor amiga do mundo, quem se importa com Mako?

Eu creio que teria a vida mais tediosa do mundo sem minha princesa Sato.

Korra queria bater em Mako depois que me encontrou chorando por ele. Eu não permiti. Ela sempre teve esse jeito protetor. Minha pequena é um tesouro.

Eu não ligo para o que o mundo mande em cima das minhas costas. Agora, se ele lançar um único grão de arroz em cima da Asami, eu mato ele.

Eu amo minha amiga Korra.

Eu amo Asami.


Notas Finais


Espero que tenha gostado e muito obrigada por ler.
Até o próximo e tudo de bom sempre :3


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