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História Meramente Korrasami - A paz depois do terremoto


Escrita por: Cotinha

Notas do Autor


Oie :3
Fico muito feliz que estejam gostando dos capítulos e comentando, sério, isso me deixa bem mais empolgada para postar.
Boa leitura e espero que gostem

Capítulo 7 - A paz depois do terremoto


Fanfic / Fanfiction Meramente Korrasami - A paz depois do terremoto

- Você não vai sair com aquele canalha.

- Por que não consegue confiar em mim? – Asami bufou, com extrema raiva. – Já te disse que não é culpa minha que nossos professores formaram as duplas desse jeito. – A morena cruzou os braços. – Quer que eu fique sem nota?

- Se isso significar que ficará longe dele, não vejo problema nenhum. - Disse cruzando os braços na altura da barriga.

- Para de ser criança. – Ela bufou. – Nunca te dei motivo pra duvidar de mim. – Se aproximou da namorada. – Quando vai perceber que sou louca por você? – Colaram os lábios.

Se separaram do longo selinho por falta de ar e a mulata soltou ar no rosto da menina mais alta.

- Ainda não quero que vá.

Asami esqueceu do momento carinhoso que tinha acontecido. Largou bruscamente a amante e virou as costas, pisando pesado, só parando para apanhar sua mochila.

- Foda-se, Korra. – Segurou na porta e antes de sair se virou para a sala. – Repense muito bem o que fez e quem sabe nós possamos voltar ao normal ainda hoje.

Bateu a porta com certa propriedade, gerando um baque seco.

Ótimo! Saio da casa daquela controladora que chamo de mãe e venho morar com mais uma doida que me deixa no cantinho de castigo para... completando o pensamento ela falou, imitando a voz da namorada:

- Pensar no que fez. – Fez aspas com os dedos e formou uma careta de metida. – Ela não entende como é ter uma menina mais que linda sendo sua. Dá um baita medo de perder ela só pras comidas pelos olhos que todo mundo envia na direção dela.

Korra deitou no sofá de três assentos da sala e afundou o rosto no estofado, sentido os cabelos que estavam soltos pendendo. Os fios fazendo cócegas nas bochechas.

Começou a relembrar de situações que tinha quase se mordido para não sair correndo e matar uns e outros.

- Lembro daquela vez no parque de diversões. Na fila da montanha-russa, o rapaz atrevido ficava fazendo alguns comentários durante a fila. Ele estava na nossa frente e não foi nada legal esperar mais de duas horas naquele lugar só para um passeio de alguns segundos e ainda mais ouvir um zé ninguém cantando a minha menina. Lembro de ficar com os braços cruzados o tempo todo, mantendo a expressão fechada para os flertes e revirando os olhos para todas as reclinações que Asami mandava para o menino. Todas polidas, ela não seria grossa, se fosse não seria ela. – Korra jogou as mãos para o alto.

- Você que não confia em seu taco. – Ela mudou o tom de voz, como se duas personalidades diferentes estivessem discutindo em sua cabeça e ela verbalizando. O que era justamente o que acontecia. – Estava com medo de perder a namorada e está até hoje. Ela é muito pra você, não acha? Seu caminhão é tão pequeno, a caçamba não aguenta nem um terço de Asami, quem dirá aquela perfeição toda. – Korra semicerrou o olhar.

- Não é assim. Asami me ama, eu sei disso. – Korra se sentou de perna de índio. – Só que ela é maravilhosa e todos parecem perceber isso, quando na verdade ela tinha que ser maravilhosa só para mim. - Gesticulava abertamente.

- Ela nunca vai ser só sua. Ela é do mundo. Nunca vai ser só sua. Nunca vai se entregar só a você.

Korra coçou os cabelos, ficando os dedos no couro e puxando. Soltou uma bufada e junto despejou fogo em boa parte do ar.

- Cala a boca, parte escrota de mim.

Levantou num sobressalto e decidiu que iria tomar um banho quente e lento.

 

Asami já havia chegado na biblioteca da faculdade e estava organizando os livros.

13h30m e nada dele, previsível. Sorriu lembrando dos atrasos recorrentes do amigo.

Mako entrou correndo, esbarrando em tudo que encontrava pela frente, visivelmente atrapalhado com a pilha de livros nos braços e a mochila entreaberta que sambava no ombro esquerdo.

- Me desculpe a demora, minha deusa. – Disse largando todo o material em cima da mesa e depositando um beijo rápido na mão da amiga.

- Sempre atrapalhado, meu príncipe. – Brincou.

Esse era o problema, Korra não entendia que eles eram só amigos. Mako nunca tentara nada com ela e Asami não iria trair a namorada, preferia ficar sem sentir o vento no rosto por trás de um volante a vida inteira do que conviver consigo mesma sabendo que tinha traído.

- Acontece. – Ele coçou a nuca, sentindo algumas gotículas de suor que limpou no cachecol. – Podemos?

- Mas é claro. – Sato puxou a cadeira, ficando de frente para o menino. Ambos abriram seus livros e se perderam no mundo das palavras.

 

- Puta que pariu! – Korra soltou, baixinho.

Havia começado uma inundação no banheiro. A menina havia deixado a torneira de água quente ligada, aquela que encheria a banheira, enquanto fora passar café. Acabou se perdendo na hora, visto que abriu o navegador e começou a passar os olhos pelas várias lutas que tinham ocorrido naquela semana. Só parou com o entretenimento quando ouviu a chaleira quase guinchar de tão agudo que estava o apito. Havia corrido para o fogão e preparado tudo. Levando a xícara mais do que quente para cima.

Depois de ver a cena a Avatar deu somente dois passos para trás, suficientes para derrubar ela e a xícara de café pelando no chão. Boa parte do café havia caído em cima do corpo da jovem. Que urrou de dor.

Ficou deitada no chão, sentindo a água inundar o pequeno apartamento, mas temendo que não poderia se mexer por um certo tempo. Concentrou certa força na mão e com um movimento congelou a água na saída da torneira, parando a torrente de água. Em outro minuto fez a água evaporar, com um certo esforço pelo braço dolorido do café quente.

Levantou o pescoço e viu bolhas cobrindo boa parte do corpo.

Foda-se. Voltou a se concentrar no trabalho. Puxou um pouco de água da pia da torneira e curou precariamente a dor, não se importando em retirar as marcas, teria tempo depois. Se levantando, agora bem mais aliviada, fechou a torneira da banheira e descongelou o resto de água que tinha grudado na ponta. Desistiu do banho. Limpou o chão que tinha ficado sujo do líquido preto e decidiu que sairia para correr. Precisa extravasar a raiva que sentia.

Num murmúrio cansado foi se dirigindo ao quarto. Alcançou o guarda-roupas e colocou a calça dum conjunto de moletom todo cinza, com alguns detalhes azuis. Calçou os tênis e voltou ao banheiro. Curou-se completamente com a água e suspirou de alívio. Com um aceno de cabeça para o próprio reflexo no espelho se pôs a correr casa a fora.

Deu voltas e mais voltas no bairro até sentir que todo seu corpo explodiria se desse mais um trote que fosse. Sorriu feliz pela sensação.

 

Chegando em casa subiu as escadas, numa posição rude e arqueada. As coxas reclamaram, ela ignorou.

Tomou uma ducha rápida em água fria e saiu do banheiro de toalha, esperando encontrar Asami no quarto, talvez estudando. Não a achou.

- Vá atrás dela. – Korra disse, positivamente. – Ela vai adorar uma surpresa.

- Ela vai pensar que a estava espionando. – Fechou o rosto. – Não vá.

- Vá sim, ela não vai pensar isso, vai ficar feliz de te ver. Como sei que ficaria feliz ao ver ela.

- Não escute, está querendo causar treta. – Korra cessou a briga com uma balançada vigorosa de cabelo.

Se arrumou, iria ao encontro da namorada.

 

O sol já se punha lá fora e nada do trabalho dos dois terminar.

- Me desculpem, jovens, mas a biblioteca está fechando.

Ambos levantaram o olhar de seus relatórios e se olharam, rindo em seguida. Com um aceno mole de cabeça, Mako concordou que iriam sair.

Em silêncio os dois se levantaram e guardaram tudo. Só trocaram palavras ao se levantarem para sair. Tudo sobre o trabalho.

- Você acha que o professor vai querer tabelas também ou só gráficos?

- Acho que devemos elaborar os dois e perguntar pra ele, se ele falar que tanto faz escolhemos o melhor. – Asami sorriu e ajeitou os fios atrás da orelha.

- Genial. – Mako sorriu de lado e empurrou a porta para que a cruzassem.

- Bom, eu preciso ir nessa. Tudo bem? – Mako disse, ajeitando a enorme pilha de cadernos que quase cobriam sua vista. – Vai ficar bem aí sozinha?

- Acho que sim.

- Tudo bem. – Ele abaixou a pilha, gemendo pelo peso e se aproximou dela, depositando um beijo em cada bochecha. – Nos vemos depois.

- Sim, boa noite.

Asami observou o amigo se perder na praça em frente a biblioteca, depois se sentou nos degraus, largando a mochila em qualquer lugar por ali. Não queria voltar para casa, não estava pronta para encontrar uma Korra zangada por ser contrariada.

Enlaçou os joelhos com os braços e escondeu o nariz neles, olhando por cima do jeans. Fechou a vista e sentiu o vento puxar e levar seu cabelo, suavemente.

 

- Ei, meu amor, acorde. – Asami sentiu um balanço.

- O quê? Quem?

- Sou eu. – Asami demorou para se adaptar com a luz fraca da lua. No começo só reconhecia uma silhueta que logo foi trocada pelo corpo musculoso de Korra.

- Você por aqui? – Asami levantou o rosto, mantendo o enlaço, em posição de defesa. – Pensei que estivesse com raiva de mim.

- Eu estava. – Korra assumiu, envergonhada. – A senhorita saiu de casa sem nem me dar um beijo de despedida. – Riu. – E ainda me mandou pro cantinho do castigo como costumava fazer com Naga quando ela destruía tudo.

- Funcionou com ela. Agora é comportada. – Asami concluiu. – Funcionou com você?

- O que acha? – Korra se sentou do lado dela. – Eu sinto muito.

Asami virou o rosto para ela quando sentiu as mãos quentes da mulata encostando em seus ombros.

- O castigo pareceu ser eficiente. – Ambas riram.

- Não quero mais ir pra ele. – Korra formou um bico com o lábio inferior.

- Basta se comportar.

Ficaram se encarando enquanto a lua começava sua ascensão.


Notas Finais


Obrigada por lerem. Tudo de bom sempre e até o próximo


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