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História Meramente Korrasami - A meditação


Escrita por: Cotinha

Notas do Autor


Esse capítulo é bem curtinho. Eu não tinha muito ideia do que fazer com essa fan art, mas eu achei ela fofíssima e precisava escrever algo.
Enfim, espero que gostem e boa leitura :3

Capítulo 9 - A meditação


Fanfic / Fanfiction Meramente Korrasami - A meditação

A Avatar estava meditando de frente para o mar. O memorial em honra ao Avatar Aang estava a sua direita e a Cidade República estava agitada, como sempre, mais a frente, longe o bastante para Korra não reconhecer vultos que não fossem prédio gigantescos.

A menina inspirou fundo, enchendo os pulmões de ar. Junto do ar veio o cheiro bom de água salgada, acompanhado do cheiro de mato fresco, visto que tinha chovido na noite anterior. A Avatar também não pode deixar de sentir leves toques de lichia no ar e alguns odores um pouco mais desagradáveis, visto que Meelo andava treinando os lêmures-voadores por todo o canto da ilha. Korra se concentrou no ar entrando, descendo pela traqueia e atingindo os brônquios. Sentiu a troca de gases nos bronquíolos.

A jovem começou a relaxar o diafragma com calma. Sentiu os pulmões desinchando, expulsando o excesso de ar do corpo. O ar voltou o caminho e Korra relaxou ao expirar o ar pela boca, soltando um assovio fino pelo formato da boca.

Repetiu o processo, diversas vezes, sentindo a paz atingir-lhe o espírito. O peito subia e descia, o cérebro só focando nessa ação, esvaziando a mente.

Ela não tinha mais preocupações. O peso que havia se acumulado ao longo da semana em suas costas já tinha evaporado e a postura da menina voltou a ser ereta e confiante. Ela não se preocupava mais com a missão de Avatar, ela não se preocupava com brigas, guerra ou tríades. Não se importava com a restauração dos templos do ar e nem com a locação dos espíritos. Ela só se preocupava em inspirar e expirar. Ela só se importava com repetir esse ato tantas vezes que gravasse em seu ser a sequência de acontecimentos.

Os ponteiros do relógio rodavam em seu próprio eixo, primeiro o dos segundos, depois o dos minutos e após muitas voltas o das horas. O menor dos ponteiros demorava pra rodar, mas Korra se perdeu tanto no tempo que se parasse para ver o relógio teria a impressão de que o ponteiro menor estava disputando corrida com o mais fino e ligeiro dos três, o dos segundos.

Uma brisa vinha atingindo o pescoço da Avatar, pelo lado esquerdo. Isso balançava os cabelos curtos da menina e impedia que o corpo dela suasse. Era refrescante e Korra ficou feliz por essa corrente de ar estar transitando por ali.

As roupas da jovem quase não balançavam. Korra tinha crescido desde a luta final com Kuvira. Ela havia encorpado, ganhado massa e músculos, fazendo assim com que a roupa ficasse mais regulada ao corpo.

Korra estava tão concentrada na meditação que nem sequer ouviu os passos calmos de Asami.

A mais velha chegava de fininho, numa tentativa de não perturbar a namorada. Na ponta dos pés foi se aproximando cada vez mais daquele ser rígido de frente para o mar.

A cena era linda. Não era fim de tarde, o sol não estava se pondo, mas nem precisava, sua luz enquadrava perfeitamente a visão. Asami imaginou que talvez nunca mais tivesse a oportunidade de ver algo tão bonito na vida. Aquela visão a aquietou, trazendo paz para si, assim como a meditação fazia com Korra.

Ao se aproximar da namorada, Asami sentiu a corrente de ar explorando suas pernas. Ela sentiu o vento entrando pelos minúsculos furos que a meia calça dela possuía. Um calafrio lhe subiu pela espinha, ela sempre havia sido fraca para o frio.

A morena ajeitou a saia em volta da cintura e caminhou com a planta do pé até a mais jovem.

Ficou em pé, a milímetros das costas de Korra, olhando para o couro cabeludo da menina, sentindo uma vontade absurda de bagunçar-lhe os cabelos. Foi o que fez.

Sentindo o movimento repentino nos fios, a Avatar virou a cabeça para cima, o que fez com que as mãos da engenheira se desafundassem do cabelo da mais nova e se apoiassem na lateral da cabeça para não caírem. Asami sorriu, Korra sorriu.

Asami achou extremamente fofo o sorriso da mulata, que tinha os olhos fechados de tão esticada que estava sua feição.

"Eu te amo" a mulata mexeu os lábios, sem produzir som.

Mesmo que Asami não tivesse escutado palavra alguma, só aquele mexer de lábios já faria com que aquela frase ficasse gravada em seu cérebro, para sempre.


Notas Finais


Obrigada por ter lido e espero que tenha gostado.
Tudo de bom sempre e até o próximo :3


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