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História Merci, je t'aime - Je t'aime mon amour


Escrita por: Lunnah_Byu

Notas do Autor


Psé, depois de um tempinho reescrevendo - e esquecendo de repostar - eu voltei aqui. o/

A fanfic foi praticamente reescrita por completo, acho que eu deixei muito pouco da versão original e, olha só, vocês ganharam mais 347 palavras de brinde :vv

Sinceramente, eu me sinto muito melhor agora que ela está reescrita e espero que vocês também gostem~

Capítulo 1 - Je t'aime mon amour


Fanfic / Fanfiction Merci, je t'aime - Je t'aime mon amour

 

 

Merci, je t'aime

Je t'aime mon amour

 

 

 

Cada toque era um novo estimulo para uma nova descoberta. Os lábios que buscavam o contato mútuo eram o combustível para as línguas que dançavam sutilmente junto as mãos curiosas sobre as roupas em excesso.

 

O jovem professor de piano não poderia estar mais feliz. Finalmente havia encontrado alguém que conseguisse burlar seu mau humor para fazê-lo rir ou ser o motivo de sua irritação. Não que isso fosse bom, mas Kwon Soonyoung era o tipo de pessoa que o tirava do sério com facilidade.

 

E esse era um dos defeitos que mais adorava no moreno.

 

Não se arrependera nem um pouco quando aceitou aquele convite tão peculiar do barista, de dividir a mesa consigo ao fim do expediente. Poderiam o chamar de louco por deixar um estranho sentar-se consigo, mas sabia alguns golpes de defesa pessoal, e se aquilo saísse do normal, ainda poderia usar a cadeira ou a mesa como arma.

 

Mas, algo havia o cativado naquele sorriso amplo e o modo apaixonado como o outro trabalhava. O moreno era um exemplo de simpatia, e talvez fora aquilo que instigou Jihoon a voltar tantas vezes ao mesmo café – além do cappuccino ser delicioso.

 

Jihoon dizia ter um coração gelado, mas Soonyoung sempre rebatia lembrando que trabalhava em um café, preparando ótimas bebidas para acalentar o mais frio dos corações.

 

E, de fato, havia conseguido.

 

Era dia 22 de novembro, fazia frio em Lyon. O dia em questão marcava o aniversário do menor e coincidentemente, de 100 dias junto com “Hoshi”, sua estrela brilhante – e inteligente, pois quem lhe explicou o que era “hoshi” em japonês, foi o mesmo. O barista tentou fazer algo especial, mas só conseguiu acertar comprando velas aromáticas bem suaves e vinho, pois o jantar foi arruinado, se resumindo a macarrão de dois tipos diferentes e um molho que lembrava bolonhesa.

 

Jantaram a luz das velas, bebericando as taças ora ou outra. Depois da refeição, aconchegados sobre o tapete felpudo com algumas almofadas, finalizavam a terceira taça até que tudo parecesse mais quente.

 

Era verdade que pretendiam dar um passo mais longo naquela noite, mas ambos não esperavam que o mundo fosse começar a girar com metade da garrafa consumida. 

 

Começaram com algumas carícias e troca de olhares intensas até que os rostos se aproximassem o suficiente para dar início aos beijos. Estes que iam da volúpia a inocência de um casal de adolescentes imaturos.

 

– Está gostando da noite? – Aproveitou um momento qualquer de busca por ar para perguntar ao menor.

 

Jihoon se remexeu sobre o colo do outro na tentativa de se posicionar melhor – Está maravilhosa. Posso até mesmo ignorar os contratempos – Levou as mãos da nuca do moreno ao rosto iluminado pela luz da chama até o abdômen coberto.

 

Soonyoung voltou a roubar selares daqueles lábios que sorriam de modo tão belo.

 

– Você é maravilhoso... Hoshi... – Segredou depositando um último selar antes de retornarem ao que realmente interessava.

 

Mordidas leves e puxões de lábios deixava tudo mais intenso. Em questão de segundos as mãos do Lee se encontravam na barra da camisa de Soonyoung para no instante seguinte, estar a arranharem o peitoral desnudo. 

 

O Kwon também não esperou mais para retirar o maldito casaco e a blusa que ainda cobria a parte de cima do corpo de Jihoon. Ansiava tocar aquela pele, maculá-la para depois cobri-la de beijos enquanto torcia para que as vestes do mesmo não caíssem em cima de uma vela quando as jogou em um lugar qualquer. 

 

Sentiu os dedos finos a dedilhar os cabelos de sua nuca em um pedido mudo para que prosseguisse e levou os lábios aos dele. Pensou em descer com os mesmos depositando selares por seu pescoço até sua clavícula, mas quando subiu com as mãos pelas coxas do rosado apertando-a e ameaçou dar o primeiro beijo em seu pescoço, sentiu um aperto em sua nuca e uma respiração pesada.

 

Tentou focar em Jihoon, mas quando notou que o corpo pequeno tremia, cessou todos os movimentos. Chamou seu nome em um sussurro, involuntariamente levando a destra para tocar-lhe os ombros, mas tudo que recebeu foi uma recusa assustada.

 

Por reflexo, Soonyoung retirou as mãos rapidamente e o outro retraiu o corpo ao vê-las no ar.

 

– J-Jihoon? – Tentou mais uma vez – Sou eu... Soonyoung...

 

– Está... Tudo bem... – Respondeu um pouco ofegante, mais para si que para o namorado.

 

Sem compreender o que estava acontecendo, o maior estreitou os olhos sobre o corpo ainda retraído. Jihoon ainda tremia, mesmo que levemente. Pensou em tentar tocar seus ombros novamente, mas tinha medo que isso só piorasse a situação.

 

– Jihoon, o que aconteceu? – Perguntou calmo, inclinando a cabeça para tentar focar o olhar do menor ao seu.

 

O mesmo parecia suar frio. Sua íris refletia o medo que ainda existia no fundo de sua mente, agora marcado pelos pequenos pontos luminosos e molhados que brotavam no canto de seus olhos.

 

– Me... Me desculpe, Soonyoung – Segredou limpando o canto dos olhos com pressa – Eu não achei que... Que isso aconteceria novamente...

 

– Jihoon, me diz... Você continua frequentando as sessões com frequência? – Ficou apreensivo com a resposta que demorou a vir.

 

Essa veio com um aceno de cabeça.

 

– Eu confesso que fui relutante demais... Faltei algumas, mas a Ailee conseguiu me convencer. Não se preocupe, logo eu vou estar bom – Segurou o rosto do Kwon deixando um sorriso leve adornar seus próprios lábios.

 

Aquelas palavras eram dolorosas. Soonyoung sabia o que o menor havia aguentado por tanto tempo, e ouví-lo pronunciar aquelas palavras faziam parecer que o próprio Jihoon se via como culpado, como já fizera quando tocaram pela primeira vez no assunto.

 

Soonyoung era muito sensível a dor alheia. Parecia querer sempre abraçar o sofrimento da pessoa e acalenta-la em um abraço que poderia durar horas. Ele tinha um coração bom e generoso demais – o que, às vezes, se tornava uma fraqueza.

 

– Me dói ouvir você falar dessa maneira quando não teve culpa pelas escolhas erradas das outras pessoas, Jihoon – A visão se tornava turva e a voz mansa.

 

– Por que está chorando? – Riu de leve acariciando a nuca do moreno. Entreabriu os lábios, mas desistiu de externar a resposta que veio a sua cabeça, o namorado já sabia o que iria dizer: “A minha culpa foi não tê-lo impedido... Ou tentado mais.”

 

– Você nunca chora... Por isso eu choro por você...

 

– Você é muito manteiga derretida – Riu.

 

O menor quebrou a distância entre eles colando os troncos e enroscando os braços no pescoço do maior. Repousou a cabeça rente ao ouvido alheio sussurrando um obrigado, enquanto um filete salgado escorria por seu rosto.

 

Se Soonyoung era o sensível, Jihoon seria aquele que não exterioriza seus sentimentos naquela relação, era o que pensava.

 

– Você quase não fala sobre como está se sentindo... – Segredou abafado contra o pescoço e ombro, retribuindo o abraço com cuidado – Não esconda seus sentimentos de mim Jihoon... Não precisa ser forte a todo o momento. Estamos aqui pra te segurar – Não forçou mais do que a linha que limitava a evolução de Jihoon e deixou que o mesmo findasse o contato.

 

Naquelas palavras suaves, o pianista sabia que podia encontrar conforto e veracidade. Confiava em Soonyoung e em Ailee, aqueles que estavam mais próximos de sí depois que tudo acabou. Deixou que algumas lagrimas caíssem mais uma vez para que não caíssem mais, para que não precisassem mais cair pelo mesmo motivo.

 

Aquele momento tornou-se íntimo, para que ambos deixassem claro os sentimentos que cultivaram durante os 100 dias juntos. 

 

Até que o efeito do álcool passasse, ficaram abraçados deixando que as últimas lágrimas caíssem e levassem toda história já vivida para trás, para que o novo começou pudesse se fazer presente.

 

E lá pelas quatro horas da manhã, quando o frio do inverno voltou para lembra-los de sua presença, ambos decidiram por se encolherem debaixo do edredom ali mesmo no sofá, sem qualquer indício de segundas intenções.

 

– Soonyoung, sobre mais cedo... Você, não precisa se limitar. Não pense que eu sou de porcelana que não possa ser tocado, viu. Eu... Gosto quando você me abraça, me beija e diz que me ama – A voz foi se perdendo a medida que avançava nas palavras.

 

– O que está dizendo, Jihoon? Acho que não consegui ouvir direito – Brincou recebendo um peteleco na testa junto de um “idiota” – Desculpa, eu não pude perder a oportunidade! – Riu – Eu sei o quão forte meu namorado é, mas não quero e nem pretendo ultrapassar seus limites até que você se sinta bem.

 

Jihoon se surpreendeu com a sinceridade na voz do moreno e não escondeu o leve sorriso que brotava nos lábios.

 

– Então, se quiser que demos um passo a mais, terá que tomar a iniciativa por você mesmo.

 

O barista piscou para o menor que apenas virou o rosto, concordando com o acordo em um sussurro.

 

– Ah, eu te amo muito Jihoon! – Puxou-o para um abraço escondendo o rosto do menor em seu peito.

 

– T-ta me sufocando! – Choramingou fazendo o outro rir.

 

– Desculpe!

 

 – Eu também te amo Soonyoung...– Seu rosto esquentava, mas permanecia sério – Eu quero que você saiba que eu te amo. Eu te amo Hoshi.

 

– Eu nunca duvidarei – Selou os lábios aos dele – Eu te amo Jihoon.

 

Jihoon sabia que podia confiar naquelas palavras.

 

Não queria pensar em mais nada, nem seu passado e nem o desenrolar do futuro, o que importava era aquele momento a sós, dividindo um sofá de três lugares com o namorado, sentindo o cheiro suave de rosas.

 

Dormiram abraçados, desejando que aqueles momentos durassem para sempre. 

 

 

 

 


Notas Finais


Papapum!
O que acharam?

Volto a dizer que: relacionamento abusivo não é legal gente, seja ele qual for. Ele destrói a pessoa por dentro e só torna mais difícil pra ela perceber que está quebrada a medida que isso se estende. Caso você veja alguém próximo a você passando por isso, ajude esta pessoa. Mostre pra ela até que ela veja o quão mal aquilo faz a ela e incentive ela a buscar a ajuda certa.

A nível de curiosidade: Esse plot, inicialmente, era uma ChanBaek, maaas, eu deixei a tag antes de postar e ela ficou mofando na gaveta. Um belo dia, quando um projetinho começou, eu pensei em modificá-la pra outro couple. Foi ai que ela virou Soonhoon :v

Essa fanfic foi postada durante a HoziWeek junto com mais algumas, caso queira ler, pode achá-las no meu jornal: https://spiritfanfics.com/perfil/tsuyochan/jornal/projetos-para-a-hozi-week-6927825

E é isso amores <3
Obrigada por lerem~





Twitter @fanARTic


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