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História Mercy - Il


Escrita por: maliaya

Notas do Autor


BOA NOITE! Então gente, eu pensei que da fanfic fosse flopar muito, mas tem gente gostando dela e eu postei ainda só o primeiro capitulo!

Capítulo 2 - Il


Fanfic / Fanfiction Mercy - Il

Anteriormente em Mercy:

— Alteza — disse Yvla passando a mão pelo meu rosto — Acorda — ela disse e eu me sentei na cama — Chegamos. 

Mercy — Capítulo II — Baile de boas-vindas. 

Levantei da cama rapidamente e corri para o banheiro que tinha do outro lado do quarto. Escovei os dentes e lavei meu rosto. Yvla já me aguardava segurando meu vestido dourado, tirei o da minha mãe e o vesti. Ela penteou meu cabelo rapidamente e colocou a fita nele, peguei meus acessórios e os coloquei de volta.

— Você não vai sair com essa cara lavada — disse pegando uma bolsa debaixo da cama e tirou de dentro várias maquiagens. Sentei na cama e fechei os olhos, em 2 minutos eu já estava pronta. 

— Uau, você é muito eficiente — eu disse para Yvla que fez uma reverência e puxou-me para fora do quarto, o avião já havia pousado e toda a comissão estava a minha espera perto da porta.

— Seja bem-vinda a Portugal alteza — disse o piloto com uma reverência e eu sorri. Desci as escadas e pisei pela 2º vez em solo português. 

— Esse é o carro que levará vocês duas ao palácio — disse Angel apontando para um veículo preto com a insígnia da corte portuguesa, assenti e andei até o carro com Yvla me seguindo. O motorista abriu a porta e nós duas entramos.

— Bom tarde princesa — ele disse em português e eu notei que já era de dia aqui. O fuso horário de Angeles até Lisboa era de 8 horas, e o voo demorou 15 horas, então para eles eu passei um dia inteiro voando.

— Boa tarde senhor — eu disse tentando me adaptar ao idioma que estava um pouco enferrujado. Como princesa, eu deveria falar no mínimo 3 idiomas, e eu falo 5. Inglês, a língua oficial do meu país, Francês, Espanhol, Português e Alemão. 

— Eu amo minha cidade! — disse Yvla olhando pela janela do carro as construções antigas portuguesas. Deve ter sido estranho para ela se adaptar à Angeles, uma cidade já moderna. — Vai demorar chegar ao palácio senhor? 

— Não madame, são apenas 5 minutos do aeroporto particular real até o palácio. 

Yvla estava se comportando como uma Dama de Companhia, eu sempre quis ter uma, essa foi a oportunidade. Era bom ver que ela estava feliz com o novo título, como minha companhia oficial, ela seja cortejada por vários nobres, e logo, poderá dar uma condição melhor para a sua família. Ela não me disse como eles eram ou a situação financeira, mas da para imaginar, já que ela saiu daqui para ser criada quase no outro lado do mundo.

Não consegui pensar mais em nada quando vi os enormes portões do palácio se abrirem. O senhor que dirigia parou o carro na frente da grande porta de entrada. Ele abriu a porta para mim e Yvla. A primeira coisa que eu pensei quando desci foi: Lisboa é mais fria do que Angeles. 

Os guardas abriram as portas para nós duas e dois lacaios tocaram uma trombeta. Um som já conhecido por mim, quando uma certa melodia é toda por uma trombeta, significa que alguém da realeza internacional chegou. 

Assim que as portas do palácio se abriram e eu entrei no palácio, vi a família real que já estava me aguardando ali no hall de entrada. Yvla os olhava com um brilho nos olhos, provavelmente nunca os viu tão de perto assim. Eu não sabia o que fazer, na verdade eu sabia, só estava nervosa demais. Eu não poderia mostrar que estava nervosa, então respirei fundo e caminhei até a pequena família. 

— Boa tarde — eu disse fazendo uma reverência perfeita. A rainha sorriu e fez uma reverência também, assim como o rei, a princesa e o príncipe. Procurei pelo meu noivo mas não o achei.

— Seja bem-vinda a Portugal. Especificicamente, seja bem-vinda a minha casa, ao meu palácio. Eu junto com o meu marido e meus filhos vamos fazer o possível para que você se sinta à vontade — disse a Rainha Marlee vindo ao meu encontro e segurou minha mão — Você não se parece nada com os seus pais, mas continua igualmente linda.

— Lembra-se da Amberly meu amor? — perguntou o Rei Carter se aproximando de nós duas — Você se parece muito com ela Eadlyn, sua avó era uma mulher brilhante.

— Tenho aula de idioma agora, com licença — disse a Princesa Josie com nariz empinado e saiu do hall, eu tinha a leve impressão de que ela não simpatizava comigo.

— Boa tarde Princesa Eadlyn — disse Erick com um sorriso travesso e pegou minha mão e depositou um beijo nela.

— Boa tarde Príncipe Erick, vejo que não mudou nada — eu disse retirando minha mão e a limpei discretamente na saia do meu vestido. 

— Erick! Onde está Kile? Que falta de educação ele não vim cumprimentar a própria noiva! — a Rainha Marlee perguntou e eu olhei para ele esperando a resposta. 

— Kile saiu para cavalgar com Fiona, senhora — Erick respondeu dando ênfase no nome Fiona, olhei para ele com duvida mas ele fingia que eu não estava a olhá-lo.

— Quando ele voltar, diga para passar no meu escritório — disse a Rainha entrando em um corredor — Leve Eadlyn para seus oposentos, vamos querido? — finalizou e saiu junto com o rei, sobrando apenas Erick e eu, Yvla não estava mais comigo, deve ter saído para explorar o palácio.

Príncipe Erick estendeu o braço para mim e eu entrelacei o meu ao seu, e juntos adentramos no palácio. Ele era menor comparado com o meu, mas a quantidade de ouro presente em sua arquitetura fazia o Palácio de Illéa parecer simples. Nos corredores era constante ver pinturas dos antigos membros reais e dos atuais. Um muito grande que cobria uma parede inteira chamou minha atenção, puxei Erick para que ele a admirasse comigo também.

Na tela, o rei estava sentado em seu trono e a rainha no dela. A princesa Josie estava ao lado da mãe em pé, enquanto Erick se apresentava em pé ao lado do rei, e Kile em pé atras dos tronos dos pais. Aquela não era uma simples pintura, qualquer um conseguia interpreta-la. Josie ao lado da mãe, mostra o empoderamento da mulher, uma vez que atualmente a rainha não cuida somente de bailes e servir ao seu rei, ela participa de reuniões e cuida do país tanto quanto o rei. Kile atras dos pais mostra o seu poder sobre ele e os irmãos, pois ele um dia será rei de Illéa. Erick é dois anos mais velho, mas não é considerado o primogênito, pois é filho apenas do rei. 

— Estou bonito no quadro? — perguntou e eu sorri e voltamos a andar até meus aposentos.

— Claro — provoquei e ele sorriu. — Fiona é a melhor amiga dele — disse e eu assenti — Não é da realeza, então calma.

— Calma porque? Tenho autoconfiança — eu disse e ele arqueou a sobrancelha — O que? 

— Nem parece a Eadlyn que eu vi da última vez, primeiro, agora você não está mais feia — ele disse e eu belisquei seu braço enquanto subíamos uma escada para o segundo andar. — Tudo bem, você já era bonitinha, mas a puberdade lhe fez bem — disse me deixando em frente de uma porta, supôs que era meu quarto.

— Digo mesmo de você — eu disse e entrei no meu quarto e fechei a porta rapidamente. Eu estava flertando com o irmão do meu noivo, com certeza eu iria para o inferno.

Deitei na cama e senti minha costa estalar, saudades de uma cama assim, a do avião era horrível. Sentei a analisei o quarto, as paredes eram douradas – obrigada corte Portuguesa –, havia um armário grande e incrível trabalho em ouro, a penteadeira era mais linda ainda, branca com detalhes dourados. Tinha minha própria biblioteca no quarto, era pequena mas o suficiente para mim. Eles tinham pensando em tudo! Tinha uma mesa de estudos enorme e um pote com os meus lápis favoritos para desenhar croquis. O melhor de tudo era a varanda com uma linda vista para a movimentada cidade portuguesa.

Yvla entrou no quarto seguida de vários guardas que traziam consigo minhas malas. Após 5 minutos, meus pertences haviam sido guardados em seus devidos lugares. O lugar agora parecia ser mais meu do que antes. Meus livros sobre leis de Illéa e sobre moda foram guardados na estante. Todos os meus inúmeros vestidos foram guardados no armário, junto com meus sapatos. A penteadeira estava repleta de joias e outros acessórios. 

— Você tem muita coisa — disse Yvla ao fechar a porta do quarto quando os guardas saíram. 

— Eu desenhei quase todos — eu disse e ela arregalou os olhos — Inclusive esse que você está a usar.

— Neena sempre dizia isso, mas quase ninguém acreditava, diziam que ela desenhava e você apenas assinava — ela disse e se sentou na cama — Hoje você não descansa, já fui avisada de que terá um baile de boas-vindas para você. Vou começar a arrumar vossa senhoria desde agora, precisa estar deslumbrante! Seu noivo não veio recebê-la por estar ocupado com a Senhorita Gallagher, então você vai linda para ele ver que você é melhor do que uma amiga. 

— Eu não ligo Yvla — eu disse bufando e me deitei na cama, eu queria negar para eu mesma que não havia ficado triste, mas eu esperava a presença dele ao chegar na corte.

— Você não liga mas eu ligo, sou sua dama de companhia e você tem que ir linda, se não vão falar mal de mim, dizendo que sou incompetente — ela disse e me puxou até ao banheiro. Yvla irou meu vestido e meus acessórios e eu entrei na banheira que já estava com a água morna. 

Yvla molhou meus cabelos e o lavou, quando terminou, passou meu creme para não ter acne e rugas – por conta do estresse, muitas vezes princesas novas tem –, cortou duas rodelas de pepino e colocou sobre os meus olhos. Enquanto meu corpo relaxa na água morna, Yvla pegou minha mão e tirou o esmalte dourado e o substitui por um vermelho. Uma coisa que eu amo é relaxar na banheira, é o momento do meu dia em que eu esqueço meus problemas e penso somente em fazer bem para eu mesma.

Depois de um bom tempo, levantei-me da banheira e Yvla me cobriu e secou meu corpo, sentei em frente da penteadeira e ela começou o seu trabalho. Secou meus cabelos e o deixou liso, prendendo a parte de cima com vários grampos. 

— Não vou encher seu rosto com maquiagem, você não precisa — disse abrindo minha maleta de maquiagens e começou a passar vários produtos no meu rosto, isso porque ela não queria encher meu rosto de maquiagem. — Querendo ou não, o povo português agora é seu povo. Gostamos de ver como a realeza é nos filmes, um exemplo disso são os príncipes portugueses, Kile parece que saiu do filme da Bela e a Fera e o Erick, por mais clichê que seja, se parece com o príncipe da Pequena Sereia. E mais clichê ainda é você se parecer com a Bela.

Assenti e levantei-me, ela já havia acabado o trabalho com o meu rosto. Yvla abriu um cofre debaixo da penteadeira e tirou de lá meu conhecido baú com minhas jóias. Eu o abri e tirei um par de brincos banhados em ouro e dois anéis da mesma cor. No final, tirei minha coroa e sorri para ela, só a usava em ocasiões especiais. A deixei encima da cama e abri o armário atrás de um vestido. Minhas unhas estavam pintadas de vermelho e eu usava brincos dourados, para combinar, peguei um vestido das mesmas cores. 

— Você está incrivelmente linda — disse Yvla enquanto eu me olhava no espelho, modéstia à parte mas eu estava mesmo — Mas está faltando algo — ela disse pegou minha coroa e encaixou sobre o penteado.

— Eu sou Eadlyn Schreave, princesa de Illéa e futura rainha de Illéa. Eu consigo fazer isso, eu consigo fazer tudo — disse para eu mesma enquanto me observava. O vestido era lindo, tomara que caia com mangas compridas, todo vermelho com detalhes dourados. Sorri com o fato de até a minha coroa ter combinado.

— Sente-se, deixe eu calçar deus sapatos — disse e eu fiz o que pediu, e agora em meus pés estavam um par de sapatos vermelhos, o vestido era longo e chegava a arrastar no chão, então ninguém o veria.

Caminhei até a varanda e abri a porta, daqui de cima dava para ver as pessoas chegando para o evento, isso inclui os inúmeros fotógrafos e jornalistas. Eu não poderia ser vista, ou nem pelo menos acenar, esse era um dos protocolos de segurança. Se eu fizesse isso, as pessoas saberiam que ali era o meu quarto, isso implicaria tanto a minha privacidade quanto a minha segurança.

Como minha dama de companhia, Yvla tinha que se arrumar igualmente a mim. Mas como o seu tempo era curto, ela apenas tomou um banho e eu escolhi um vestido dourado para ela combinar comigo. Emprestei-lhe um par de brincos também e ela estava parecendo uma nobre.

Escurei uma batida na porta e ajeitei a postura e Yvla correu e se pôs ao meu lado. A porta fora aberta e revelou o rei Carter com seus guardas.

— Boa noite princesa — ele disse e eu fiz uma reverência e Yvla também.— Vim buscá-la para o seu baile de boas-vinda. — disse e eu assenti, ele ofereceu o abraço e eu entrelacei o meu ao seu. 

No corredor, a rainha e o príncipe Erick também me aguardavam. Era tão bom ver que, mesmo não sendo seu filho legítimo, ela o tratava como se fosse. Como mãe e filho, rainha e príncipe, ela estava com o branco entrelaçado ao seu também. 

— Kile nunca se atrasa, onde está ele? — perguntou a rainha procurando-o com o olhar e eu forcei-me a não fazer isso também. 

— Kile já está na festa com a senhorita Fiona e a princesa Josie também, Vossa Majestade — disse um dos guardas e assentiu.

— Já é a segunda vez — ela disse com um pouco de raiva na voz — Eadlyn querida você está linda! — ela disse ao virar o rosto e me ver — Você é uma das princesas mais bonitas que eu já vi! 

— Obrigada majestade — eu disse e ela sorriu. 

— Vamos logo — disse o rei me guiando e juntos descemos as escadas e caminhamos pelos corredores. Ele era um grande amigo do meu pai, assim como a rainha era da minha mãe, mas como ambos tinham a responsabilidade de cuidar de uma nação, acabaram se afastando um pouco.

Ao chegar em frente da grande porta que levava até o enorme salão de festas, dois lacaios com trombetas tocaram anunciando a entrada da família real.

— Senhoras e senhores, a família real — disse um deles quando a porta foi aberta. Como toda vez, eu sorri enquanto acompanhava a família até o púlpito que se localizava em um pequeno palco. Era difícil, muito difícil subir com aquele vestido, Erick notou e ajudou-me a subir, me carregando discretamente pela cintura. Enquanto o rei se preparava para discursar, a rainha se colocou do seu lado e Erick do meu. Levei um pequeno susto quando notei uma outra pessoa do meu lado, era Kile. Por mais vontade que eu tivesse, eu não poderia virar meu rosto e encara-lo, mas com o canto do olho eu consegui ver seus incomparáveis traços. 

— Boa noite a todos — o rei disse e todas as pessoas presentes no salão fizeram uma reverência. — Esse baile de hoje, não é qualquer um, como vocês já sabem. Essa noite completa será em homenagem a princesa Eadlyn de Illéa — ele disse e eu dei um passo à frente e sorri — Que irá se casar com o filho de Portugal, o príncipe Kile — ele disse e Kile também deu um passo à frente. — Uma união que fará muito bem para o nosso povo, uma salva de palmas para a princesa Eadlyn! — ele finalizou e o salão inteiro se cobriu de palmas, até Kile. O rei fez sinal para que eu fosse lá falar, eu não havia preparado um discurso formal, mas no banho eu havia pensado em um.

— Boa noite cidadãos portugueses, é uma honra estar presente aqui hoje, para comemorar minha chegada. Em Illéa todos diziam que eu tinha sorte, que o povo português era um povo gentil e receptível, e eu pude comprovar isso nesse curto tempo em que me instalei no palácio. Fui muito bem recebida e presenteado com um baile! Muito obrigada a todos que compareceram aqui hoje, é muito importante para mim, uma vez que desde pequena eu escutei pessoas falando como seria meu tempo em Portugal e eu criei muitas expectativas, e é muito bom ver que eu não estou me decepcionando e que está tudo como eu imaginei, muito obrigada novamente — finalizei e novamente o salão foi coberto por palmas, sorri e voltei para o meu lugar entre Erick e Kile. 

— Aproveitem a noite — disse a rainha e todas as pessoas começaram a conversar entre si e a banda começou a tocar música clássica. Assim como na descida, Erick ajudou-me a descer.

— Está com fome? Tem bolinho de bacalhau e é muito bom — disse Erick enquanto passávamos em frente a mesa de comida.

— Não como peixe — eu disse e ele arregalou os olhos — Você vem para Portugal e não quer comer bacalhau? O que você está fazendo aqui? 

— Vim casar — eu disse pegando uma taça de champanhe que um garçom ofereceu para nós dois.

— Boa noite — disse Kile de aproximando de nós dois e Erick revirou os olhos, eu queria rir mas não podia então segurei, virei-me para ele e finalmente o vi depois de tanto tempo na corte, queria conversar com ele e puxar assunto mas eu me lembrei que ele preferiu ficar com a melhor amiga do que me receber duas vezes. 

— Boa noite — eu respondi e tomei mais um gole de champanhe. Enquanto encarávamos um ao outro, notei que seus olhos eram azuis e não verdes, e que de perto seu cabelo parecia castanho claro e não loiro. Kile quebrou o contato visual ao pegar uma taça de champanhe e substitui a minha vazia por outro.

— A nós dois — ele disse e fizemos um pequeno brinde. Olhei para o lado e Erick não estava lá, com ele era tão mais fácil conversar.

— Kile — disse uma menina loira muito bonita se aproximando de nós dois — Vem aqui comigo — ela pediu ignorando totalmente minha presença. 

— Já volto Eadlyn — ele disse e virou as costas. Virei de costas também e tentei disfarçar minha raiva bebendo mais um gole de champanhe. A garota não sabia o que era educação e não fez sequer uma reverência, e Kile me deixou só. O pior de tudo era que todo mundo viu a cena. Procurei Erick com o olhar mas não o achei.

— Eadlyn — disse Yvla surgindo do nada. Eu agradeceria ela para sempre — Não liga para o que aconteceu, você está linda — ela disse e eu sorri, eu não estava ligando.

— Concordo com ela — disse Erick surgindo do nada também e se posicionou ao meu lado — Aquela era a Fiona, não gosto dela, nem a Marlee e o meu pai, só Josie, mas ninguém gosta dela também — ele disse e eu soltei uma gargalhada.

— Realmente — Yvla disse e eu sorri.

— Desculpe-me senhorita, mas eu irei roubar sua princesa — disse Erick para Yvla e me guiou pela cintura até o centro do salão. Todas as pessoas olharam para nós dois, não me intimidei, já estava acostumada a ser o centro das atenções. Logo a banda começou a tocar uma música lenta, coloquei minha mão em seu ombro e ele permaneceu com a sua na minha cintura, com a mão livre, segurei na dele e começamos a dançar. 

Não era uma coisa difícil para mim, ao dançar eu me sentia livre, não era algo monótono, dois passos para frente, dois para o lado e para trás e uma rodada. Sentia-me tão bem, era como se minha alma dançasse por si própria. 

Quebrei o contato visual com Erick e olhei para os lados, agora a pista de dança não era só minha e dele. Até o rei e a rainha estavam dançando juntos, e Kile e Fiona. 

— Ele faz de propósito ou é assim mesmo? — perguntei para Erick que demorou para entender do que eu estava falando.

— Na verdade, não sei, ninguém sabe qual é a deles dois — ele disse e eu assenti e baixei a cabeça. Quando a música lente acabou, uma mais animada começou a tocar e a rainha deixou o rei e trocou de lugar com Erick e começou a dançar comigo.

— Esquece o título que esse objeto de brilhante que está na sua cabeça lhe dá apenas por um instante — ela disse e eu assenti e comecei a dançar com ela, não era uma dança clássica igual com Erick, ela me rodava e eu a rodava, ambas riamos e estávamos nos divertindo. A rainha estava no seu ápice e até tirou os sapatos e o entregou para uma criada. Se ela que era a rainha podia, por que eu que era uma princesa não podia? Assim como ela tirei meus saltos e me senti mais leve para dançar. Fiona, a loira do Kile estava dançando do meu lado tentando ter uma vez com a rainha, eu ri do fato de que Marlee não dava chance para ela.

— Sem querer ofender, mas eu quero dançar com a minha nora — disss Marlee para ela que saiu corada — Menina inconveniente, já basta ter roubado meu filho.

Tentei não ligar para o que ela disse e voltei a dançar. A rainha parecia estar se divertindo como nunca e eu também, mas passou-se muito tempo e Yvla chamou-me dizendo que eu deveria ir dormir, olhei para o salão e notei que eram poucas pessoas que estavam ali. A rainha com certeza havia bebido champanhes demais e começou a dançar com Yvla, que ficou chocada com seu ato mas tentou se jogar. 
Eu estava cansada, deixei a pista e me sentei em uma das cadeiras vagas. 

— Todas as festas minha mãe faz isso — disse Kile se sentando ao meu lado — Bebe e começa a dançar.

— Fiona já foi? — perguntei sem pensar, o chamoanhe havia dado efeito.

— Preocupada com ela? — ele perguntou arqueando a sobrancelha e eu queria me bater por ter perguntado aquilo.

— Não sei, mal educada do jeito que ela é, deve ter ido sem se despedir de ninguém — eu disse e resolvi não falar mais nada a partir de agora.

— Você aceita dançar comigo? — perguntou se levantando e eu me levantei também.

— Deveria ter pedido antes — eu disse e sai correndo do salão. Com certeza eu me arrependeria disso no dia seguinte.


Notas Finais


Eu espero que vocês tenham gostado de capítulo!
No capítulo anterior, me perguntaram se a história era com o Kile, SIM se trata de uma história sobre a Eadlyn e o Kile, agora acabou o suspense


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