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História Mercy - Ill


Escrita por: maliaya

Notas do Autor


Dois dias seguidos de atualização sim!! Muito obrigada para vocês que estão gostando da fanfic, é muito importante para mim saber que tem gente gostando, eu AMO os comentários de vocês, obrigada

Capítulo 3 - Ill


Fanfic / Fanfiction Mercy - Ill

Anteriormente em Mercy:

— Deveria ter pedido antes — eu disse e sai correndo do salão. Com certeza eu me arrependeria disso no dia seguinte.

Mercy — Capítulo III — Você quer cavalgar? 

Yvla abriu as janelas do quarto e os pequenos raios de sol causaram-me dor de cabeça. Deitei novamente e me cobri com o cobertor. Não havia dormido tão tarde na noite anterior, mas por conta do fuso eu ainda não tinha me acostumado, mas Yvla parece não ter notado a diferença, mas tentou amenizar meu impacto com o tempo fazer uma massagem nas mãos que eu tanto amo, assim como amo os pequenos luxos do meu dia. 

Vestidos feito sob medidas, um suprimento interminável de coisas bonitas,  eu tinha privilégios, e eles com certeza eram a minha parte favorita do cargo. 

Olhei para Yvla e notei as olheiras da noite anterior contidas com maquiagem. Deveria ter ficado até tarde dançando com a rainha. Sorri lembrando da noite anterior, Marlee era uma pessoa muito boa, não é atoa que ela e a minha mãe são amigas, ou eram não sei. Mas em algum momento se suas vidas elas já foram.

Lembrei da minha mãe e me senti culpada instantaneamente ao me lembrar que não havia pensado na minha família desde o momento em que nos despedimos. Minha mente estava ocupada demais pensando em como seria recebida por Portugal, mas até agora nada de ruim aconteceu comigo, até agora. A realeza se trata de um jogo de poder e eu tenho quase certeza que todo esse ar de bondade acabará daqui uns dias.

Após Yvla ter me dado banho e me arrumado, eu a dispensei. Lembrei-me da promessa que havia feito a ela, para visitar sua família. Dei o dia de folga para ela, isso significa que eu teria que me virar no palácio. Quando ela saiu pela porta do quarto eu me arrependi, mas ela ia ver sua família então tentei não correr atrás dela e dizer que não estava mais de folga.

Hoje seria um dia normal para mim, mesmo há mais de 9,136,40 km de Angeles em Illéa, eu teria que fazer meus afazeres de princesa, ocasionalmente futura rainha. Trouxe comigo vários livros falando sobre finanças que meu pai lia quando ainda era um príncipe, minha tarefa seria ler todos eles e criar a minha doutrina, ou continuaria com a do meu pai. Que seria, a construção de novas escolas, hospitais e serviços de seguranças para estabilizar o povo que ainda tentava se acostumar com o fato de não terem uma casta.

Mas para pensar em tudo isso, eu deveria estar alimentada. Eram 07h30min e eu não sabia se a família acordava esse horário, fiquei um pouco receosa, mas dei mais uma olhada no espelho, ajeitei meu conjunto de saia e blusa que eu mesma havia desenhado. Se tratava de uma com mangas compridas branca rendada que acabava na minha cintura, dois dedos abaixo estava a saia que chegava até os pés, com o mesmo tecido da blusa. Já vi várias pessoas em Angeles usando roupas do tipo, e consegui adaptar para ser a roupa ideal de uma princesa. Como era um dia normal, não coloquei nenhuma tiara ou minha própria coroa, apenas um simples anel com um brinco, para que mantivesse a simplicidade. Para dar um toque especial e para que não ficasse tão simples assim, coloquei um salto vermelho, o qual fazia um lindo contraste com o tecido branco da minha roupa.

Sai do quarto e caminhei pelos correios atrás do meu café da manhã, a parte ruim é que eu tinha me esquecido que não conhecia direito o palácio. Mas perguntando para guardas e criados eu consegui chegar até a sala de jantar, e cada vez eu ficava mais encantada com a quantidade de outro existente na arquitetura  do palácio.

Os guardas abriram a grande porta para mim e me deparei com toda a família já reunida, se antes eu estava preocupada de ser a primeira a chegar, não relaxei ao saber que era a última.

— Bom dia — eu disse sentando-me na última cadeira vaga da mesa, a qual estava reservada para mim, fiquei com vergonha ao notar que era entre Kile e Erick, fiquei com vergonha pois eu havia recusado danças com Kile, mas havia dançado primeiro com Erick. — Desculpem-me pelo atraso, eu me perdi no palácio.

— Tudo bem querida —  disse a rainha com uma voz sonolenta, olhei para ela que exibia um rosto tomado pelo sono — Pensei que nem viesse por conta do fuso.

Era muito bom saber que meu nutricionista havia enviado meu cardápio para Portugal. Enquanto todos tomavam café e comiam bolos dos mais variados tipos, eu tomava um copo grande de leite de cabra e uma torrada com geleia de morango diet. Não comia isso para ficar magra, eu já era, mas para ficar saudável, minha mãe diz que uma rainha tem que ser saudável para poder cuidar de um povo. 

— Não acredito que você não vai comer nem uma fatia de bolo — Erick disse colocando uma fatia do bolo de chocolate no meu prato — Come logo, eu sabia nem que dava pra beber leite de cabra.

— Eu não posso — eu disse sorrindo para ele que colocou uma fatia em seu prato também, só que diferente de mim ele já estava comendo. — Erick, como você não sabia que dava para beber leite de cabra? Eu sou alérgica a leite de vaca, e provavelmente nesse bolo deve ter alguma coisa de leite de vaca. 

— Eadlyn — chamou-me Kile e eu virei o rosto para vê-lo pela primeira vez hoje — Depois do café, você aceita cavalgar comigo? — ele pediu e o "não" estava na ponta da língua, eu poderia dar a desculpa de que tinha que estudar por exemplo mas pelo canto do olho eu vi que a rainha estava sorrindo, ela esperava um sim.

— Pode ser, mas me pegue no meu quarto, para que eu possa colocar uma roupa  adequada — eu disse enquanto tomava o último gole do copo de leite.

— Não é necessário, eu já terminei — disse se levantando e eu me levantei também — Mãe, vou sair com a Eadlyn, cancele minha aula de esgrima por favor.

— Claro, divirtam-se — ela disse enquanto eu e Kile saíamos da sala de jantar. 

Eu estava esperando para quer ele desde o braço para eu entrelaçar o meu ao seu, como é o de costume, mas ao contrário disso, ele deu sua mão e a entrelaçou com a minha. Tentei não sorrir mas ele mesmo estava então eu sorri com o seu ato. 

Caminhamos pelo palácio em um silêncio constrangedor, nenhum dos dois tinha coragem o suficiente para puxar assunto, então o som dos criados trabalhando era melhor do que tentar se comunicar. Entramos na cozinha e os criados estavam ocupados demais para notar a nossa presença, assim, saímos pela porta dos fundos. Há menos de 100 metros eu consegui ver os estábulos, tive que andar apoiada em Kile, uma vez que era mais difícil andar de salto na grama. 

— Bom dia senhor Yang — disse Kile para um criado que estava a sua espera na frente do estábulo — A Clarisse já está preparada? — ele perguntou e eu demorei para entender que se tratava de uma égua.

— Sim alteza, mas e para a princesa Eadlyn? O cavalo de Fiona está preparado já se você quiser — disse o criado mas Kile negou, ele sabe que eu não sei andar de cavalo.

Depois de um tempo, o senhor Yang voltou de dentro do estábulo com a Clarisse, que de longe era a égua mais bonita que eu já tinha visto em toda a minha vida, ela era totalmente preta.

— Bonita não? — perguntou Kile e eu assenti — Eu amo os cavalos da raça Frísio. 

O senhor Yang deu o cavalo para Kile e voltou para dentro dos estábulos. Ele começou a acariciar Clarisse e eu fiquei de longe admirando a beleza da égua. 

— Vem Eadlyn — Kile me chamou e eu me aproximei devagar da égua, eu tinha medo de montar em cavalos, por isso nunca tinha tentado andar de cavalo antes, não sozinha. Quando cheguei perto demais, a égua abaixou a cabeça e levantou, eu sorri com o seu ato, mas Kile estava surpreso — Isso significa que ela gostou de você, e você não fez nada! Eu demorei 3 meses para que ela fizesse isso comigo — ele disse e pegou minha mão e colocou sobre a cabeça de Clarisse, comecei a fazer carinho sobre ela.

Kile me carregou e colocou-me encima de Clarisse, logo ele subiu também, pegou suas rédeas e começamos a cavalgar. O meu medo de cair era enorme, então eu me agarrei em sua cintura e ele soltou uma gargalhada com o meu ato. 

O vento batia sobre o meu cabelo causando-me uma sensação muito boa. Fazia muito tempo que eu não fico ao ar livre como agora.

Descansei minha cabeça sobre sua costa, agora estávamos mais perto um do outro. De vez em quando eu soltava uma gargalhada, eu realmente estava precisando disso, nenhum banho de banheira ou massagem se compara com a sensação de cavalgar.

Depois de um longo tempo cavalgando nas propriedades do palácio, Kile parou Clarisse perto de um lago, ela estava cansada, e assim que descemos, ela se deitou. 

Tínhamos ido longe demais, mas parecia que aquele lugar já era muito conhecido por Kile, que tinha se sentado em uma toalha que estava estendida no chão e fez um sinal para que eu sentasse ao seu lado, e assim eu fiz.

— Antes de você chegar, minha mãe estava elogiando você, parecia uma fã — disse e eu comecei a rir — Estou falando sério, ela disse que você era muito gentil e que ficava a cada dia mais linda, e eu tenho que concordar com ela — ele disse e eu baixei a cabeça para ele não ver que estava corada. 

— Obrigada — eu disse levantando a cabeça e ele estava me encarando. Ele se levantou e caminhou até a beira do lago, Levantei e o acompanhei, o lago era tão cristalino que eu fiquei encantada de imediato — A gente pode entrar? 

— Eu ia fazer isso — ele disse e começou a tirar o terno e eu virei meu rosto discretamente para o lado o oposto — Pode admirar eu deixo —  ele disse e eu virei meu rosto para protestar mas ele já estava só de cueca box, tentei com esforço desviar meu olhar do seu abdômen e braços extremamentes definidos e foquei com dificuldade apenas em seu rosto. 

— Tudo bem — eu respondi e comecei a tirar minha roupa, começando pelo sapato, mas ele em nenhum momento virou o rosto assim como eu, o contrário, eu continuei encarando seu rosto e ele o meu. Tirei minha blusa ficando apenas com o sutiã vermelho a mostra, e logo depois tirei a saia, ficando também com a calcinha vermelha de fora. — Pode admirar eu deixo — repeti sua frase e ele sorriu.

— Como se eu já não estivesse — disse sem quebrar o nosso contato visual, mas eu quebrei quando entrei no lago. 

A água estava morna, dei um mergulho e quando voltei pra a superfície e procurei Kile com o olhar mas não o achei, Clarisse ainda estava deitada e seu terno estava sobre a grama. Logo senti algo puxando meu pé e comecei a gritar, mergulhei para ver o que era e Kile estava rindo debaixo d'água da minha reação. Quando ele voltou para a superfície, eu pulei em sua costa e o afoguei, mas acabou dando uma reviravolta, ele tomou o controle da situação me afogou também. Moral da história, nós dois estávamos brigando debaixo d'água mas subimos pois o ar já fazia muita falta.

— Idiota — eu o xinguei e ele se aproximou novamente — Nem tenta me afogar.

— Você ficou preocupada? — provocou e eu joguei água na sua cara. — Se servir de consolo, belo par de peitos.

— Belos bíceps — respondi entrando no seu joguinho e ele começou a se aproximar.

— Belas coxas — disse bem perto de mim que eu conseguia sentir sua respiração.

— Belos olhos — eu disse encarando seus incríveis olhos azuis que se pareciam com o lago que estávamos.

— Belos lábios — disse quase encostando o seu no meu, sentia sua respiração ofegante e ele a minha. Ficamos naquela posição por 30 segundos até que eu finalmente tomei a iniciativa e o beijei. 

De acordo com os protocolos, o beijo de um príncipe com uma princesa deveria ser leve e calmo, como eles parentavam ser. Mas esse protocolo não estava sendo nenhum pouco seguido por nós dois. Coloquei minhas pernas ao redor de sua cintura e minhas mãos brincavam com o seu cabelo, enquanto as suas estavam ocupadas na minha cintura e a outra na minha nádega.

Enquanto eu o beijava com desejo, não conseguia pensar em mais nada, apenas me concentrar nos meus movimentos e sentir Kile mais perto de mim. Tivemos que parar por conta da falta de ar, mas não demoramos muito até recomeçar tudo de novo.

— Kile tira sua mão daí — eu disse interrompendo o beijo para tirar sua mão dos meus seios.

— Não — ele disse voltando a me beijar ferozmente e eu retribui da mesma maneira, como ele mesmo havia dito, não tirou a mão do meu seio. Como resposta, tirei a mão de seus cabelos e comecei a passar pela sua barriga definida.

— KILE — eu me assustei e separei o beijo quando alguém começou a gritar seu nome. Eu princesa de Illéa estava aos beijos com o príncipe de Portugal, normal ao considerar que somos noivos, mas muito ruim ao considerar que estamos os dois só de peças íntimas. Olhei para quem o chamava e era a Fiona, que garota insuportável. — Vem aqui.

— Ele está ocupado — eu disse para ela que parecia estar com raiva, fiquei um pouco feliz por Kile não ter saído do meu lado.

— Estou vendo — ela disse e se virou para ir embora. Mas eu fui mais rápida e sai do lago e me coloquei em sua frente.

— Não tente em hipótese nenhuma contar para ninguém o que você viu aqui. Está me escutando? — tentei parecer ameaçadora, mas estar só de peças íntimas não ajudava muito.

— Se vocês não quisessem que as pesssoas soubessem, deveriam ter sido mais discretos — ela disse se virando para mim.

— Vá em frente, pode contar então, conte que eu estava beijando o meu noivo e que você atrapalhou, com uma melhor amiga assim não é nem preciso ter inimigos — virei as costas e pulei de volta no lago.

— Ela só estava com ciúmes — ele disse dando ombro. Olhei de volta para onde ela estava, e ela e seu cavalo haviam ido embora.

— Na minha terra isso se chama inveja, com certeza queria estar aqui no meu lugar fazendo isso — eu disse e voltei a beija-lo.

Perdi o tempo de quanto minutos ficamos ali fazendo aquilo. Mas quando o sol estava no seu pico, saímos do lago, deveríamos voltar para o palácio na hora exata do almoço, estava escrito no protocolo de segurança, se demorássemos, iriam mandar guardas atrás de nós dois. 

Vesti minha blusa e minha saia, se eu continuasse com a calcinha molhada, iria marcar o vestido, então discretamente e tirei e joguei no meio do mato, o bom era que eu estava de vestido longo e com certeza não daria para ver. Kile me colocou encima de Clarisse e logo subiu também e voltamos pelo mesmo caminho pelo qual saímos.

Com o sol forte e o vento, ao chegarmos de volta ao palácio meu cabelo estava seco novamente, então ninguém poderia desconfiar de nós dois. Entramos de novo pela cozinha mas dessa vez nossa presença foi percebida pelos criados. 

— Boa tarde altezas — disse a chef fazendo uma reverência e os outros também.

— Boa tarde — eu e Kile respondemos ao mesmo tempo. Subimos correndo para o nosso quarto, e nos separamos, ele entrou no dele e eu no meu. Yvla estava de folga então eu tinha que me virar.

O almoço já tinha sido servido então eu estava atrasada já. Olhei meu reflexo no espelho e meu cabelo não estava tão ruim assim, mas por via das dúvidas, o prendi em um coque e coloquei uma tiara para disfarçar, troquei de peças íntimas e peguei o primeiro vestido que vi pela frente, que no caso era um lilás que chegava até a minha panturrilha. Calcei um salto branco e pronta, eu havia conseguido me arrumar em apenas 3 minutos, novo recorde. 

Abri a porta do quarto e sai correndo até a sala de jantar, e assim como no café da manhã, dois guardas abriram a porta para mim, e como de manhã também, eu estava atrasada.

— Boa tarde — eu disse tentando esconder minha vergonha e sentei ao lado de Kile. Erick não estava presente, nem seu prato havia sido colocado. — Desculpem-me pelo atraso novamente — eu disse e a rainha sorriu.

— Acabamos de chegar também querida, que o almoço seja servido — ela disse e os criados entraram com os pratos e cada um foi servido. — O que temos hoje sr. Gomes? 

— Blanquette de vitela, majestade. Para a sobremesa eu fiz torta invertida — ele disse e logo se retirou. Dei a primeira garfada e senti vontade de comer logo tudo de uma vez só! Aquilo era muito bom, não sabia o que era mas era bom, e com certeza havia leite de vaca ali, minha hipótese estava certa. Minha garganta começou a coçar instantaneamente e fiquei com uma vontade enorme de tossir. Tomei um pouco de suco para ver se melhorava mas eu não consegui engolir. 

— Kile — eu disse rouca antes de começar a tossir.

— Eadlyn você está bem? — ele perguntou e eu neguei. 

— Meu deus Eadlyn, chame o cozinheiro Josie — disse o rei e eu escutei a princesa sair correndo. A minha tosse não parava, eu tentava falar mas a minha garganta coçava.

— Algum problema majestade? — o sr. Gomes perguntou entrando. 

— Você utilizou leite normal para fazer a comida? A princesa é a alérgica, eu já disse — o rei disse tentando parecer calmo.

— Majestade eu mesmo coloquei o leite de cabra na composição do prato majestade, eu garanto que não é isso — ele disse se aproximando de mim. — Isso não é reação alérgica, levem-na agora para a enfermaria! 

— O que foi sr. Gomes? — perguntou a rainha nervosa. Eu levantei a cabeça e vi sangue começar a pingar da minha boca.

— Isso é envenenamento. 


Notas Finais


O que vocês acham? Quem envenenou?
Vocês gostam dos capítulos longos? Eu me empolgo muito escrevendo e não tenho noção do tamanho


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