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História Mercy - Trinta e seis


Escrita por: cupcake_styles1

Notas do Autor


OI OI OOOOI, tudo bom com vocês??
Espero que sim meus amores sz
Essa fic não vai demorar muito, MUITO pra acabar, então comecei a escrever outra...
E EU TÔ SUPER ANIMADA COM ELA.
É isso, obrigada por tudo, adoro vocês.
Bjos da Cah <3

Capítulo 36 - Trinta e seis


Eu precisava correr. Exercícios físicos nunca foram uma coisa muita agradável pra mim, me esforçar, e sentir dor depois não é muito legal, por isso passo toda minha vida fugindo de academias. Mas hoje resolvi inovar, correr pareceu um boa idéia pra espairecer, sem aquela casa me sufocando, e as flores pra todos os lados, Ally não jogou os buquês fora, muito pelo contrário enfeitou a sala com os dois, distribuindo rosas por todos os cantos inimagináveis. Então fiz o que me pareceu certo aquela hora, coloquei meus tênis de corrida -que nunca usei - e que estavam mofando dentro da caixa, prendi o cabelo e corri pra fora do apartamentos. Deixei Ally alí, com todo seu charme cor de rosa e reclamona, eu conseguia ouvir os gritos dela me chamando de volta pra casa quando corri pra longe de lá, atravessando a calçada movimentada, cheia de crianças elétricas com seus pais tentando parar aqueles mine poços de energia, senhoras com sua sacolas de compras, distribuindo sorrisos e saudações pra todas as pessoas que passam por seu caminho, moças e rapazes, de repente me senti meio velha com meus vinte anos, o que é irónico.

Na volta pra casa eu me sentia mais leve, correr realmente me desestressou e tirou aquela carga dos meus ombros, e colocou parcialmente minha cabeça no lugar, o que um boa corrida não faz? Mas por outro lado eu estava morta e desesperada por um banho, correr uma vez por ano por mim tudo bem.

Eu sorri aliviada por ter um elevador no prédio e eu não precisar subir quatro lances de escada, e quase gritei em apreciação com o cara que entrou na cabine pouco depois de mim, ele gritou da entrada pra eu segurar a porta com sua roz rouca pra porra, e eu assim o fiz,ele subiu os poucos andares comigo, toda aquela loucura de cabelos negros e olhos tão escuros quanto, me peguei ofegando e fitando descaradamente o moço, que pareceu não se importar, e nem dar atenção com seus fones plugados na orelha.

Eu senti vergonha de mim mesma por estar tão descabelada e suada perto daquela personificação perfeita de um modelo bem pago da Calvin Klein.

Obrigada Ally por morar no palácio dos deuses, eu te venero.

Quando o elevador parou no meu andar eu tive que morder minha língua pra não fala uns bons palavrões pela viagem ter sido tão rápida, ele ainda estava lá quando eu saí, e deu tempo suficiente pra pegar ele me dando uma boa encarada antes das portas se fecharem. Caralho, mesmo fedida e putamente desgraçada me senti fodidamente gostosa por ele ter me olhando, eu ri, qual é. Deixa eu sonhar, o gostoso do elevador me notou.

— que sorrisinho é esse? - Ally estava de prontidão, escorada no sofá e mastiga do um chiclete quando eu entrei eufórica em casa, já berrando aos ventos do encontro segundos atrás. Ela me olhou atenta a cada detalhe e ouviu cada palavra e no final soltou a bomba.

— ele mora no andar de cima - ela diz sugestiva, balançando as sobrancelhas, e falou por um bom cinco minutos o quanto estava eufórica por eu ter me interessado em alguém, que não seja loiro ou stripper. Eu tive que concordar fielmente com isso. Mas que o cara era um puta tesão era.

— ele deve ter namorada - bufo — ou namorado, talvez casado…

— ele parece jovem demais pra ser casado - ela diz e anda pra cozinha, rebolando a bunda pro vento a cada passada em cima dos saltos.

— eu tenho vinte e já fui casada.

— ele parece ter juízo - ela mandou um beijinho pra mim, e não pude controlar em mandar meu maravilhoso dedo do meio pra ela.

— olha quem fala, não fui eu quem tranzei com um gangster - deixo um sorrisinho escapar.

Ela me ignorou completamente, e continuou fazendo sei lá o quê com um pão que ela colocou em cima da ilha central.

— você tá parecendo uma adolescente com fogo na bunda - ela diz e eu riu.

— eu ainda não sai da puberdade tecnicamente, e nem você, e eu vou tomar banho, se precisar grita- aviso.

Eu precisei me meia hora de banho, me esfregando, e esfregando de novo, até eu sentir que o suor escorreu pra fora de mim e minha pele estava impecável e brilhante com todo aquele sabonete esfoliante, eu tinha cheiro de sorvete quando entrei no meu quarto, meu cabelo tinha cheiro de morango, eu poderia ser uma sobremesa com todo esse doce em cima de mim. Ally tinha ligado o som aos berros na sala, eu tinha quase certeza que não demoraria muito pro síndico vir reclamar, pra variar. Só nesse mês foram cinco vezes, não esquecendo do cachorro de algum dos vizinhos que fugiu com todo o barulho de música pop. Hoje era Beyoncé. Talvez hoje venha o morador gato do andar de cima reclamar. Eu oro por isso.

— vão reclamar de novo - Ally estava largada no chão, gritando a música pelo lado dos ventos e com um sanduíche na mão. Era quase hora do almoço e eu tinha certeza que hoje não teria os mimos da vizinha cozinheira.

— eu tô feliz - ela diz e suspira.

— eu percebi.

Eu deixei ela lá e fui procurar alguma coisa que saciasse minha fome, achei metade um pacote de biscoito recheado em uma das estantes. E fuzilei Ally por cima do ombro, ela é um monstro, como alguém consegui comer tanto assim? Eu fiz compras semana passada, as estantes eram pra está cheias.

— quero ver o Jace - ela fala, dando a última modida.

— chama ele - sugiro e ando até ela, me largando ao seu lado e olhando pro teto, contando as vigas de madeira do forro.

Alguns minutos mais tarde Jace estava alí brilhando com seu cabelo loiro reluzente e bem hidratado, contando um de suas aventuras amorosas, e xingando por não ser bom com essa história de amor, eu quase o abracei por isso, me identifiquei seriamente. Romance é fodido pra mim. Ele também riu muito da minha situação, claro não é pra menos.

— também quero um ex gostosão de quatro por mim - ele resmunga bebericando o resto de sua cerveja. Jace não poderia ser mais charmoso, ou sem medo de inovar com as pontas rosas no seu cabelo, fazendo o contraste nos seus olhos azuis que eu pessoalmente invejo.

— não queira - dou um gole na minha bebida quase quente — é quase um pacto com o capeta.

Eles riram e continuaram tagarelando sobre a minha vida, até chegarem a um ponto que eu tentei evitar o resto do dia.

— e o dançarino? - ele pergunta sugestivo.

Ally fez uma careta, a mesma que ela faz pra justin, de sua fã número um, ela passou a ser a pessoa que mais odeia o moreno no mundo, e não maneirou nos palavrões e ofensas a ele quando nós duas andamos de volta pra casa, depois da sena lamentável na outra noite.

— ele é um fodido - Ally diz e Jace olha pra mim com a testa franzida.

— o que eu perdi? - ele pergunta.

Eu não precisei abrir a boca, como todas as vezes que Ally precisa ofender alguém por mim, ela disse tudo pro loiro que no final me olhou de um jeito que parecia dizer “ lamento por você vadia”, eu sorri pra ele murmurado um “tudo bem” ele não aceitou assim na hora, mas se conformou bem.

Do meio pro fim, Jace arrancou o cardigan do corpo e estava dançando ao som de crazy in Love, não era uma sena má na verdade, Jace em toda sua forma absoluta e gay, era uma tentação de homem, com todas aquelas curvas e um tanquinho assassino, não demerecendo sua bunda. A morena levantou correndo pra atender seu celular, e acabou voltado pouco tempo depois.

— Cassie! - Ally me olha apavorada e com o celular grudado na orelha. Eu já sabia que alí, meu dia calmo e sem confusões tinha dado merda.

— o que foi?

— Justin - ela e Jace trocam um olhar estranho e eu reviro os olhos com a droga do salto que meu coração deu só com a pronuncia do nome daquele idiota.

— pra variar - levanto do meu amado sofá e ando pra saída.

— e Harry.

Eu fiquei estatelada no meio da sala, fechei os olhos com força, por favor, alguém diz que é mentira. Eu precisei  respirar fundo e tentar colocar minha cabeça no lugar de novo, é com certeza deu merda.

Jace me olhou quase da mesma forma, eu bufei e andei porta a fora, com Ally e o loiro - já vestido - atrás de mim. Eu precisei chingar muito cada um dos dois pra conseguir me acalmar um pouco quando o elevador descia, agora não tinha o moreno maravilha comigo nessa caixa de ferro.

O elevador fez o plim infernal quando parou no térreo, e o arrependimento rasgou dentro de mim quando vi aquela verdadeira zona, juro que quis correr de volta pro meu quarto e me enfiar embaixo de edredom quando vi aquilo.

Puta merda.

Harry e Justin estavam aos socos, um socando a cara do outro, chutes, muitos chutes e o síndico gritando desesperado. E não é por nada, mas dois marmanjos se matando dentro de seu prédio não é muito legal. Harry tinha o nariz sangrando depois do soco que ganhou, Justin não estava muito diferente com o lábio cortado, era quase impossível dizer quem dos dois estava pior. Até Jace correu pro socorro deles, se metendo no meio dos tapas e empurrando Harry pra longe do loiro que cuspia fogo pela boca, algum dos moradores segurou Justin que se debatia e não ia ficar muito tempo preso.

E eu?

Eu não tinha muito o que fazer, só parei olhando aquela sena lamentável e de braços cruzados, eu não ia entrar no meio daquela confusão gritando com os dois, eles já são bem grandinhos, e eu tô puta com eles, então que se matem. Ally me fitava esperando que eu fizesse alguma coisa, e deve ter se decepcionado amargamente quando não fiz, quer dizer…

— que porra é essa? - pergunto calmamente, distribuindo minha atenção entre os dois que se fuzilavam. Eles não tinha me percebido alí até agora, e me olharam impassíveis, os dois, ao mesmo tempo.

—  falem agora! - gritei.

Ally deu uma risadinha, e jace soltou Harry quando viu que era seguro, as pessoas que estavam olhando a briga começaram a se dispersar, voltando a seus afazeres.

— ele que começou - Justin diz, dando atenção pra Harry de novo que fez uma careta quando tocou no nariz sangrento.

— que se dane quem começou, o que vocês estão fazendo aqui? - Ally quase gritou.

— eu vim ver ela - os dois falaram ao mesmo tempo e eu levantei uma sobrancelha, eles se encararam de novo, Harry ia pra cima de Justin, mas Jace foi mais rápido em segura-lo.

— podem parar de palhaçada? - o loiro com pontas rosas resmungou. O porteiro olhava pra nós com cara de tédio, o síndico ainda estava apavorado, mas nenhum dos dois resolveu se meter.

— esse idiota não aceita que foi trocado - Harry alfineta com um sorrisinho.

— e você não aceita que foi corno - Justin riu debochado e continuou — não espera, eu esqueci, ela nunca te quis.

Ally gargalhou alto, eu tenho certeza que ela adorou já que agora quer matar Harry. Jace mordeu o canto da boca pra calar um sorriso.

Eu não tinha muito o que dizer, queria ver até onde o teatro de Harry iria, mas agora fingir gostar de mim já é jogo baixo.

— eu nunca trai ela - Harry murmura e Justin trinca o maxilar.

Geralmente o sonho de toda garota é ter dois caras maravilhosos brigando por ela, num jogo de quem pode mais, onde no final o prêmio principal é o amor dela e blá blá blá, quer dizer, até era o meu uns quatro anos atrás, um triângulo amoroso que me marcasse, sádico eu sei, mas eu queria me sentir amada, mas agora, esse sonho de menina é a porra de um pesadelo, onde o único prêmio real é a desgraça. Justin me traiu, fez um estrago na minha cabeça e parte da minha vida, eu o amo, porra se amo, mas tem coisas que são absurdas e puta merda como eu posso perdoar?

Harry é complicado de um jeito fácil de resolver,  e eu não ter me apaixonado por ele facilitou muito a minha vida, e eu despachar ele vai ser rápido.

Muito sem coração por pensar assim?

Naah.

—isso não fez ela gostar de você… - ele devolve.

— me perdoa Cassie, mas eu tô amando isso - Ally murmurou no meu ouvido. Eu balanço a cabeça concordando.

— olha, se vocês quiserem se matar, que seja. - eles olham pra mim — mas longe daqui, longe de mim, agora vão embora.

Justin ficou calado me fitando, sustentando meu olhar sobre o dele, eu pensei em sair correndo com a intensidade disso. Eu podia ouvir Ally falando alguma coisa, Harry resmungando, mas eu não tinha atenção, meu foco era nele, só nele. Era o mesmo olhar da nossa última noite, era saudade, e mais alguma coisa, o sorrisinho pequeno que nasceu no canto da sua boca o denunciou, ele estava pensando a mesma coisa. Era muita tensão em um lugar só, era quente, tinha chama em nossos olhos, e era frustrante de um jeito satisfatório. Eu sabia que alguém percebeu, mas eu não ligava, sabia que no momento que ele daria as costas eu faria a mesma coisa que nos últimos dias, eu ia tentar esquecer, e falhar miseravelmente. É tipo o efeito dominó, ele empurrou a primeira peça e as restantes caíram juntas.

— quero falar com você - ele siliba.

As minhas palmas soaram, minhas pernas fraquejaram e eu tive entreabrir a boca pra procurar ar.

— Cassie - uma voz distante falou — Cassie…- eu não tinha foco, o que aconteceu comigo? — Cassie!

Eu acordei dos meus desvaneios num solavanco, Jace me sacudia e me fez querer socar sua cara.

— o que é?

— acorda - ele riu.

Harry revirou os olhos e andou em nossa direção, eu olhei pra Ally que tinha uma sobrancelha arqueada, o que ele ia fazer?

— o que você está fazendo? - ally fez a pergunta que todo mundo queria fazer.

— vou pro apartamento, espero vocês lá - ele disse como se fosse óbvio e eu tive que rir. Rir muito.

— vai porra nenhuma - disse.

Ele olhou pra mim com a testa franzida em confusão, é claro que ele não estava entendendo nada, na sua cabeça cheia de cachos, ele ainda achava que eu não sabia da sua suposta namorada, e ainda queria me enrola com a história bonitinha dele. An an, não vai não.

— eu sei que você está chateada por causa dessa confusão, a gente vai conversar - ele diz.

— eu não quero saber.

Justin riu divertido com o quase bate boca.

— é por causa dele Acácia? - ele perguntou incrédulo.

— claro que não - ele sorriu sínico pra Justin — é por causa de você - e o sorriso sumiu

—o que eu fiz? - ele perguntou.

— mentiu, qual é Harry, eu vi, você e aquela garota - ele arregalou os olhos e ficou tão branco quanto papel - você no final não é tão diferente dele, agora por favor, vai embora, por que eu tô de saco cheio de olhar pra sua cara.

— como? - ele murmura.

— ontem, no cinema.

— eu posso explicar… - ele tenta.

— não, você não pode, só vai embora.

Ele geme frustrado e bagunça o cabelo — como é?

— você ouviu Harry.

— eu não acredito nisso - ele balança a cabeça — você é inacreditável.

— irônico você falar isso - digo — eu digo a mesma coisa sobre você.

Jace piscou pra mim, ele estava se divertindo com a desgraça alheia.

Harry balançou a cabeça, me olhando de um jeito tão voraz que eu resisti em não exitar e andar pra trás, ele então resolveu dar a volta e andar pra longe de nós pra saída, e finalmente eu pude respirar tranquila de novo.

Mas não pude resistir em falar.

— Harry! - grito, quando ele estava atravessando a porta, ele virou pra mim com um sorriso lindo na boca, ele era um homem tão bonito, puta merda. Mas acho que ele pensou que eu voltei atrás.

—  eu quero que você se foda.

Ele deixou de sorrir e ficou impassível, não disse nada e foi embora, acho que não vou ver mais o moreno, e isso sei lá… é diferente, eu gostava dele.

Mas que... droga!

Porquê ele tinha que ser tão lindo, beijar tão bem e ser tão idiota?

— nossa - Ally sussurrou. — ele é tão bonito.

— e beija tão bem - choramingo, e ela rir.

Eu sorri, tinha esquecido de justin por um instante, não por muito tempo, ele fez questão de me lembrar da sua existência quando pigarreou e chamou nossa atenção de volta pra ele.

— eu consigo te amar mais depois disso, mesmo depois de ouvir da sua boca que o cabeludo sabe beijar, eu ainda te amo- ele sorriu, Jace fez um sorrisinho apaixonado com as palavras do outro loiro.

— Jace - resmungo.

— o que é? Foi fofo - ele diz e Ally dá um tapa atrás da sua cabeça. Justin fez uma cara estranha, que dizer, não estranha, ele estranhou o jeito de Jace, acho que ele perdeu a parte em que o outro não tem a mesma opção sexual, vou deixar isso por hora, Justin vai continuar achando que Jace é hétero.

— Você também pode ir embora - falo pra Justin — e também quero que você se foda, sabe, pra não perder a graça.

Ele não perdeu o sorriso, até Ally e jace riram da piadinha.

O rosto dele estava um desastre, não um completo desastre, ele ainda continuava lindo mesmo arrebentado e um olho roxo.

— vai me deixar ir embora assim? - ele levanta uma sobrancelha e faz uma careta, parece que alguém está sentindo dor.

— sim, vai na sombra - dou a meia volta pronta pra voltar pro apartamento e ter o resto da minha noite tranquilamente.

— Cass - ele me chama de novo.

— o quê Justin? - olho pra ele.

— tá doendo - ele diz manhoso e faz aquela puta carinha de cachorro manhoso, aquela que ele sabe que eu cedo, e usou tantas vezes contra mim pra eu ceder aos seus caprichos.

— ah não, nem começa.

Então ele fez biquinho, Jace riu atrás de mim.

— por favor…

— trás logo esse idiota - Ally resmunga e entra no elevador, que estava esperando por nós.

Eu bufo em desistência, Justin sorriu contente e correu pra se juntar a nós.

— eu tô começando a te odiar menos - ele diz pra Ally.

— cala a boca - ela revira os olhos.

É a noite vai ser longa.

Justin não era confiável no apartamento, então fiz questão de deixar ele na sala enquanto ia buscar o kit de primeiros socorros. Quando voltei ele estava andando em voltas olhando as flores espalhadas pelos cantos e sorria, com aquela expressão estranha dele.

Allison e jace estavam em algum outro lugar, segundo ela, não queria estar no mesmo ambiente que ele por muito tempo, e arrastou o loiro junto com ela, sem pestanejar ele foi, mas eu sei, ela queria me deixar com ele, Ally é uma falsa fingida, ou uma péssima mentirosa. Jace não poderia falar muito, por ele, estaria lambendo o peito de Justin agora.

— senta - ele salta com o susto, mas o faz mesmo assim, senta confortavelmente no sofá. Eu tive que juntar forças de novo pra conseguir chegar perto dele sem ter um colapso, Justin abala minhas estruturas muito fácil, e ficar longe ultimamente está ficando cada vez mais difícil, cada passo que eu dou pra trás, ele dar dois pra frente, me cercando e deixando sem saída, ele me cegava pro mundo, tapava meus olhos e deixava só uma fresta, um espaço tão pequeno que só tinha lugar pra ele. Sempre foi assim, ele sempre dava um jeito que conseguir o que queria. Eu era o objetivo da vez.

Mas… como ele pode não ver que isso está me cansando? Me deixando sem ar e sem saída, eu precisava de mais, mas ele me priva.

Sempre que estou determinada a alguma coisa ele aparece de novo, e de novo, e de novo, me quebrando mais uma vez, me desmontando e encaixando as peças ao contrário do jeito que quer, ele se aproxima e me arrasta pra ele, quando tudo o que mais quero agora é correr pra longe. É tão confuso. Agora por exemplo, eu quero fugir, mas o quero perto, eu limpando os seus machucados quero que ele sinta dor, mas quero beijar ele até um de nós dois ficar sem fôlego.

Ele estava tão perto, com o rosto tão perto, medido meus ângulos e mordendo a ponta do lábio machucado, com a chama nos olhos, aquela de minutos atrás, ele estava alí depois de tudo, me quebrando de novo, e eu sem saber como resistir a situação. Ele vai me encurralar de novo, e vai conseguir o que quer e  eu me sinto tão idiota por isso.

— eu não consigo ficar longe de você - ele diz num sussurro baixo, tenho a segurança que só eu ouvi. E eu estremeci com a gravidade da sua voz.

— eu percebi - digo, e me repreendo por ter gaguejado.

Ele riu, e esticou a mão pra alcançar a mexa rebelde do meu cabelo e colocar atrás da orelha, eu me senti dormente quando Justin acariciou meu lábio com a ponta do dedão.

E senti a necessidade de recuar, e ele foi bem mais rápido arrastando a mão pra minha cintura me puxando de volta pro mesmo lugar, perigosamente perto.

— para - peço cansada de resistir.

— você não quer que eu pare - murmura, me encarando de novo, da mesma forma do térreo, percebi que ele sustentou a respiração e ofegou se aproximando de mim, sua boca da minha, de novo. Ele iria me beijar, quando eu já disse que não iria mais acontecer.

— não faz isso - choramingo.

— porquê? - ele paira sua boca na minha. Eu e ele sabíamos que eu tinha força pra afasta-lo quando quisesse, chutar sua bunda pra longe do prédio, mas também sabia que eu o queria, e não afastaria ele de mim. Talvez eu já tenha meu lugar especial no inferno por ser tão fraca e não resistir a carne e o coração.

— eu não aguento mais - digo. — eu não suporto mais isso Justin.

Ele fechou os olhos, era uma sena deprimente, bem filme antigo dos anos quarenta, um romance trágico e deprimente.

Era triste pros dois, porquê nenhum queria dar o braço a torcer.

— volta pra mim - ele segura minha nuca, puxando meu cabelo e me assendendo por dentro.

— não - eu falo sem exitar.

— então me dá mais uma chance.

Eu cheguei a exitar, juro que sim, pensei em gritar um sonoro sim, mas minha cabeça falou mais alto:

— sem mais chances - eu tentei o empurrar pra longe de mim, mas ele me travou.

— por favor - ele me beija demoradamente e lentamente, e sequer pensei em negar, eu disse, sou fraca por ele.

Idiota.

— não - murmuro contra sua boca.

— então por quê está me beijando? - eu consegui sentir seu sorriso.

— você beija bem.

— é claro que é isso - ele ironiza e se afasta.

— sim é isso.

— então diz que não me quer - ele me testa — se for convincente eu desisto de você, de nós.

Ele falou sério dessa vez e me pegou de surpresa. Eu parei, não porquê quis, mas porquê não consegui fazer nada, eu parecia um boba por agir dessa forma, eu era tão inconstante e indecisa de tudo, dos meus sentimentos principalmente, mas era tão orgulhosa pra ceder e perdoar, eu não sei como fazer isso, nem sei se quero perdoar. Ele me prova diariamente que pode fazer diferente, mas se não for? Ele vai me quebrar de novo?

— me deixa em paz.

— então me responde.

—eu só quero viver a droga da minha vida Justin, como você não ver isso? Como pode ser tão egoísta assim?  É de mim que estamos falando, dos meus sentimentos, você acabou com parte deles, então me deixa, por favor. - choramingo.

Ele balançou a cabeça e fechou o olhos por um instante, e voltou a me fitar com seus olhos castanhos, os meus estavam marejados depois de eu desabafar, tentei engolir o nó que tinha na minha garganta.

— só preciso que me responda - ele suspira — nossa última vez, não significou nada pra você? - pergunta.

Como ele pode…

Significou?

Claro que sim, se não fosse por isso eu não estaria mais acabada por dentro, e mais confusa ou totalmente dispersa de pensamentos.

—me responde.

Ele pede, depois do silêncio que se fez.

— eu não te quero - murmuro. Era isso que eu queria acreditar.

Ele me soltou e levantou do sofá, eu sem querer caí pra trás com minhas mãos me sustentando. Respirei fundo com a separação, então era isso? Eu só tinha que fazer isso? Era decepcionante.

Então ele se agachou na minha frente, se levando mais pra perto, perto o suficiente pra susurrar no meu ouvido, e assim ele fez.

— mentirosa.













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