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História Mermaid - Larry Stylinson - Novas formas de fazer o amor florescer


Escrita por: Wulfric

Notas do Autor


Olá, amores! Eu sei que demorei um pouquinho, mas eu estava em semana de provas, então podem imaginar, né?
Mas voltei com um capítulo muito aguardado por todo mundo, então aproveitem u.u
Boa leitura!

Capítulo 10 - Novas formas de fazer o amor florescer


Fanfic / Fanfiction Mermaid - Larry Stylinson - Novas formas de fazer o amor florescer

O sol já começava a se pôr enquanto eu e Louis ainda estávamos juntos, sentados lado a lado em um dos lagos de água morna e cristalina que a ilha formava. Ele me olhava com a admiração e o fascínio de sempre, daquele jeito que eu havia descoberto ser apenas para mim e que, talvez, não fosse em decorrência de minha natureza, mas de todo o contato e carinho que tínhamos.

– Me diga, Harry, o tritão. – Ele brincou, abrindo um sorriso ao dizer. – Quais são suas novidades?

– Eu descobri tanta coisa, Lou! – Disse super animado e seu sorriso aumentou. – Eu era criança quando soube da história envolvendo um humano e uma sereia, então eu não lembrava de tudo, mas agora eu descobri tanta coisa e eu estou tão animado e tenho tanto a te mostrar e aprender. – Disse tudo em um fôlego só, fazendo meu sorriso aumentar conforme ia falando. – Eu posso ser como você! Eu posso ter pernas!

– O quê? Espera, o que foi que eu perdi? – Seu sorriso foi substituído pela confusão.

– Essa ilha é encantada, quando a sereia rogou a Afrodite que a ajudasse, pediu um lugar seguro, no qual eles pudessem se amar de verdade. Então, nas noites de lua cheia, ela ganhava aspecto humano, o que significa que ela tinha pernas e podia amar seu humano de verdade. Eu posso fazer o mesmo! – Deixei minha animação florescer novamente.

– Harry, nós já nos amamos de verdade. – Ele disse de forma doce, acariciando minha bochecha.

– Você não está entendendo, eu digo sobre a forma humana de fazer amor. – De repente as bochechas de Louis adquiriram um aspecto vermelho e ele se afastou visivelmente envergonhado.

– Ah, é sobre isso... – Ele disse meio sem jeito, rindo no final. – O que exatamente você sabe sobre o amor dos humanos?

– Nada. – Ri baixinho. – Não, na verdade, eu já vi alguns humanos fazendo aquilo que você fez comigo. – Ele fez uma expressão confusa e eu continuei. – Você encostou seus lábios em mim. – Suspirei involuntariamente, mas vendo que ele se calou, eu continuei. – Eu sei que não é muita coisa, mas você pode me ensinar. – Voltei a me animar. – Quero aprender tudo com você!

– Harry... – Ele voltou a sorrir docemente e levou sua mão a meu rosto, me trazendo a boa sensação de seu toque. – Você é tão doce, tão inocente, tão puro... – Então ele uniu sua testa à minha. – Eu odiaria te corromper com algo tão humano. – Disse com pesar.

– O amor não corrompe, Lou. – Eu expliquei, mantendo nossas testas unidas. – O amor une. – Peguei suas mãos com as minhas e enlacei nossos dedos para ilustrar minhas palavras. – E eu quero me unir a você. – Eu senti sua respiração acelerar e seu hálito quente acariciar minha pele, mas ele não disse nada, apenas permaneceu ali, com as mãos juntas à minha, os olhos fechados e as testas unidas. – Lou... – Ele abriu os olhos, olhando diretamente nos meus, fazendo com que eu me apaixonasse ainda mais pelo azul intenso, como o fundo do oceano. – Toque seus lábios nos meus.

Ele se afastou levemente, sorrindo de lado. Soltou uma de nossas mãos e a levou para minha bochecha, acariciando-a.

– Se eu te beijar agora, será para sempre. – Ele disse divertido. Então era esse o nome? Beijar era tocar os lábios? – Nunca mais vou conseguir deixar você partir.

– Então me beije, porque eu não vou para lugar algum sem você.

Acompanhei todos os movimentos de Louis enquanto ele erguia meu rosto com uma de suas mãos delicadamente em meu queixo. Senti meu coração acelerar e minha respiração fugir ao controle, mas era só uma conseqüência de tanta proximidade.

Seus lábios tocaram os meus de maneira delicada, mas a reação em meu corpo estava longe de qualquer delicadeza, foi como se todas as células de meu corpo gritassem o nome de Louis. Como se tudo em mim se resumisse a ele e a esse momento.

Seus olhos estavam fechados, então, apesar de toda a euforia, eu também fechei os meus. A mão de Louis saiu de meu queixo para minha nuca e ele se moveu, fazendo nossos lábios iniciarem uma dança lenta e absurdamente incrível.

Senti sua língua desenhar meu lábio e logo depois se juntar à minha. Eu tinha razão, o amor tinha a função de unir as pessoas e nesse momento eu queria desesperadamente me unir a Louis.

Enlacei meus braços em sua nuca e me aproximei ainda mais, pronto para receber tudo o que ele podia me dar, mas ele se afastou rindo e ofegante.

– Vamos com calma... – Ele disse divertido.

– Por quê? – Disse confuso, embora também estivesse ofegante. – Beijar é bom.

– Sim, beijar é ótimo. Beijar você então, nossa... – Ele suspirou rindo. – Mas vamos com calma. – Ele me olhou e percebeu o quanto eu parecia decepcionado por não poder beijá-lo mais. – Vem aqui. – Ele me chamou e eu me aproximei, esperando que ele fosse me beijar novamente, mas ele segurou meu corpo para que eu sentasse em seu colo. Corei violentamente. – Quer sair? – Ele me perguntou um pouco preocupado.

– Não, eu gosto quando você me carrega, lembra? – Sorri e me aconcheguei mais a seu corpo, sentindo o calor e o cheiro de sua pele, minhas duas sensações favoritas no mundo. – Seus lábios estão vermelhos. – Eu comentei, percebendo o quanto estavam vermelhos e inchados e levei meu dedo até lá, para sentir a textura sob meu toque.

– Culpa sua. – Ele riu, deixando um beijinho em meu dedo.

– Lou... – Eu o chamei, mas ele continuava a deixar beijos em meus dedos. – Eu quero mesmo poder te amar. – E então ele parou para me olhar. – Eu quero ser seu para sempre.

Seu sorriso voltou a abrir e seus lábios tocaram os meus. Dessa vez, eu já sabia o que me esperava, então fechei meus olhos e deixei que Louis me beijasse. Uma de suas mãos estava em minhas costas, me apoiando, enquanto a outra foi até minha cintura, no lugar exato em que minha cauda iniciava. Senti um arrepio percorrer meu corpo e suspirei pela nova sensação.

Louis quebrou o beijo, mas não se afastou, pelo contrário, seus lábios começaram a explorar outras partes de meu corpo. Primeiro o maxilar, depois minha orelha e, por último, meu pescoço, o que era definitivamente o melhor lugar.

– E qual o problema com a sua forma de fazer amor? – Ele murmurou muito próximo, me fazendo soltar um gemido esquisito enquanto sua mão descia para minha cauda. – Eu gosto da ideia de tocar você. – Ele continuava a dizer, em meio aos beijos que alcançavam tudo o que ele podia tocar.

– I-isso é diferente. – Disse com dificuldade, inundado por todas as sensações que ele me causava. – Nós não sentimos isso. – Arfei enquanto ele percorria toda a extensão de minha cauda com a ponta dos dedos. – Nós só produzimos filhotes. – Disse em um último fôlego.

– Então por que você se contorce quando eu te toco assim? – Sua voz estava rouca e carregada, fazendo meu corpo corresponder ainda mais a ele. – Por que eu sinto como se você estivesse amando cada toque meu em você? – Seus olhos de fixaram nos meus e eu me forcei a respondê-lo.

– Porque eu estou. – Disse o mais firme que consegui. – Porque eu amo tudo em você, amo tudo sobre você e meu corpo responde a isso. Amo a ideia de que só você pode me tocar assim.

Ele tomou meus lábios novamente e eu me agarrei ainda mais a ele, sendo tomado por um êxtase sem precedentes enquanto sentia meu corpo arder diante de seus toques. Um último suspiro e eu senti como se meu corpo todo estivesse sendo arrebatado por um torpor diferente de tudo o que eu já havia experimentado. Soltei outro gemido estranho e até vergonhoso e seus movimentos pararam.

Meu rosto estava escondido na curva de seu pescoço e eu estava mais envergonhado do que já estive em toda a minha vida. O que havia acontecido aqui?

– Está tudo bem, Hazz... – Ele disse baixinho, acariciando minhas costas e eu estava tão atordoado que nem pude corresponder ao novo apelido.

– E-eu não entendo. O que foi isso? – Me afastei um pouco, deixando que ele olhasse meu rosto.

– Quando duas pessoas se amam, elas encontram muitas formas de fazer seu amor florescer. – Sua voz era doce e gentil, além do sorriso bonito que ele tinha nos lábios. – Nós acabamos de encontrar uma forma só nossa. – Ele sorriu e afastou uma mecha dos meus cabelos que caia sobre o rosto, afagando minha bochecha logo depois, fazendo minha covinha aparecer.

– Eu te amo muito, Lou.

– Eu também te amo muito, Hazz. – Ele voltou a juntar nossas testas, nos fechando em um mundo de puro amor.

Tornou-se cada vez mais difícil me despedir de Louis, principalmente depois que eu havia descoberto o quão bom era beijá-lo. Nossos encontros noturnos agora eram o que fazia meu dia valer à pena. E para ele, parecia ter o mesmo efeito.

Conversamos várias vezes sobre a lua cheia e seus efeitos sobre mim, e Louis finalmente pareceu perceber que eu queria muito fazer isso. Eu amava ser um tritão e sempre amei minha natureza, mas amava ainda mais a ideia de poder caminhar ao lado de Louis e a ideia de amá-lo sem qualquer impedimento.

Então, ele passou a maioria das noites arrumando a clareira central da ilha, deixando o mais confortável possível para mim e para ele. Eu não podia ajudar muito, apenas tecia algumas redes que serviriam para que ele pudesse descansar quando precisasse e que ele conseguiu improvisar uma cama, com algumas coisas que trouxe.

Também fui eu quem fez o tecido que cobria a tenda que Louis ergueu, e aos poucos o lugar ia ganhando um aspecto melhor, principalmente agora que era iluminado por tochas e havíamos descoberto uma fonte de água potável, além de inúmeras árvores frutíferas.

Eu gostava de descobrir tudo o que aquele lugar podia nos oferecer, mas ver a fascinação nos olhos de Louis era ainda mais incrível. Ele parecia estar tão admirado o tempo todo que eu só podia rir de sua animação.

Também trouxe Niall até a ilha e, diferente do que eu achei que sentiria, eu confiava tão plenamente nele que nem pensei nas consequências narradas naquela velha lenda. E no fim, foi ótimo experimentar as frutas que Louis nos deu e perceber que sim, nós dois podíamos nos alimentar como os humanos.

– Essa é a melhor! – O loiro disse enquanto mordia uma das frutas vermelhas que Louis disse se chamar morango. Ele havia mesmo amado as frutas dos humanos e não parava de comer um só minuto, o que fazia com que viéssemos para cá todos os dias no final de tarde.

– Eu também gostei bastante dessa. – Concordei vagamente, porque, embora tenha de fato gostado da fruta, estava preocupado com outra coisa: a lua cheia era na noite seguinte. – Niall... – O chamei e meu tom deve ter demonstrado minha preocupação, já que ele, que boiava sobre a água do lago principal da ilha, se levantou e aproximou-se, o que me fez corar pelo assunto que eu iria abordar. – Quer saber, esquece...

– Francamente, Harry, sabe que eu odeio isso. – Ele fez uma carranca. – Só estamos nós dois aqui, pode falar.

Louis estava trabalhando com James e eu não o veria mais hoje, já que ele disse que precisava deixar algumas coisas arrumadas para amanhã, o que só me deixava mais ansioso e nervoso. Louis precisava de um tempo para se preparar, será que eu também precisava? E o que eu precisava fazer?

– Eu estou apavorado. – Confessei.

– Com o que exatamente? – Ele me olhou interessado.

– Você sabe que amanhã é noite de lua cheia e eu e Louis vamos ficar juntos... – Deixei que ele subentendesse tudo.

– Bom... – Niall assumiu aquela pose de pessoa experiente e eu ri nasalado. – Louis vai entender se você não quiser acasalar com ele. – Minhas bochechas coraram pela palavra. – Ele é um cara legal.   

– Não é isso, eu quero, mas... – Suspirei. – Eu não tenho ideia de como é, do que esperar e do que fazer. E se eu o decepcioná-lo?

– Harry, o Louis sabe que vocês são diferentes. Ele jamais se decepcionaria com isso.

– Mas você já viu os humanos fazerem isso.

– Sim e gostaria de apagar essa imagem da minha mente. – Ele riu, mas eu fiz uma expressão assustada. O que poderia ser tão ruim que Niall odiou presenciar? – Ok, eu me expressei mal. – Ele explicou logo. – Não é isso, é que foi constrangedor e eu mergulhei para longe logo. Qual é, eles estavam na praia! – O loiro riu e eu o acompanhei. – Eu não sei nada sobre o amor, principalmente quando você fala sobre isso, mas se eu fosse definir esse sentimento tão humano, eu diria que o amor é a forma como você fala de Louis, porque você faz com que ele se transforme na coisa mais incrível e importante do mundo. – Sorri involuntariamente. – E que o amor é o olhar absurdamente fascinado que Louis tem quando está com os olhos em você. E olhando para vocês, eu me sinto bem, me sinto em paz. Então pare de se preocupar, vocês se amam.

– Você não sente vontade? – Ele ergueu a sobrancelha para mim, fazendo uma pergunta tácita. – Não sente vontade de amar alguém como eu amo Louis?

– Não me vejo estando tão ligado a alguém como vocês dois estão agora. Eu nunca tive esse interesse pelos humanos, eu só quero saber por que eles fazem o que fazem. – Ele deu de ombros. – Eu não sou do tipo romântico.

– Mas vai chegar o momento em que a colônia irá te escolher para participar do ritual de acasalamento. Você já tem idade.

– Eu penso nisso o tempo todo. – Ele suspirou. – Penso no quão difícil seria não poder ter um vínculo afetivo com aquele ser que eu geraria. Então, para não me deprimir eu só vou até Maura e fico vendo ela cuidando dos ovos. – Ele sorriu, mas eu sabia que não havia humor algum ali. – Eu estou torcendo para que isso não aconteça, mas se acontecer, eu vou torcer para conseguir ir até lá e seguir os costumes da colônia, sem causar mais problemas do que eu já causo. – Eu ri abraçando, passando as mãos em seus ombros.

– Não podemos fazer nada se nascemos para quebrar regras. – Ele concordou e nós rimos juntos, trazendo a paz que tanto apreciávamos e que nos era tão rara. – Obrigado por me ouvir e me ajudar.

– É para isso que os melhores amigos servem. – Ele sorriu.

– Sabe que se precisar de mim, eu também estarei aqui, não é? Principalmente com essa história do ritual. – Ele suspirou assentindo. – Eu confiaria a minha vida a você, Niall, membro do clã Horan. – Ele sorriu.

– Você já confiou e eu prometo nunca decepcioná-lo. – Ele sentenciou e eu senti aquele tipo de sensação estranha que nos dá a certeza de que você tem a pessoa certa ao seu lado.

Peguei um morango e mordi, mas coloquei o resto na boca de Niall, deitando minha cabeça em seu ombro e aproveitando para ver o sol se pôr e dar lugar ao brilho da última noite de lua crescente.


Notas Finais


Foi maldade terminar o último capítulo daquele jeito e foi maldade terminar esse capítulo assim, eu sei, mas eu precisava dar um jeito nas coisas antes da tão esperada lua cheia, eles precisam de algumas descobertas antes.
Eu sei que pode parecer estranho a forma como eles "fizeram seu amor florescer" nesse capítulo, mas eu queria abordar algo assim como forma de mostrar que o Louis também faz parte do mundo do Harry e não só o contrário, ok?
Também dei algumas pistas sobre o futuro do Niall na fic, já que algumas pessoas queriam saber se ele teria participação na história e eu respondo que sim e será bem importante.
No mais, espero que tenham gostado e já sabem o que esperar no próximo, não é?
XO


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