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História Mermaid - Larry Stylinson - Novos lugares para explorar


Escrita por: Wulfric

Notas do Autor


Olá, amores! Olha só quem voltou com esse tiro na foto de capa? Eu mesma, que ainda não sei lidar com o Louis de gatinho <3
Boa leitura!

Capítulo 3 - Novos lugares para explorar


Fanfic / Fanfiction Mermaid - Larry Stylinson - Novos lugares para explorar

Sempre fui obcecado por ficção, principalmente aquelas em que seres mitológicos existiam. Comecei minhas viagens literárias em Julio Verne, passei por Lewis, Tolkien, Rowling e, recentemente, venerava a genialidade de Riordan.

Todos esses livros fizeram parte de minha infância e colaboraram para que as ideias loucas que eu tinha em relação à existência desses seres, ainda mais as sereias, tomassem forma.

Usei todo o tipo de informação que tinha e agradecia a Rick Riordan por ter decodificado grande parte dos mitos antigos e transformado em uma linguagem simples, pois Homero era um excelente escritor, um contador de histórias sem igual, mas um péssimo GPS.

Não era só a linguagem de seus contos que era difícil, a cronologia e a localização geográfica eram péssimas, o que me deixava totalmente perdido em meio à Grécia.

Estava há duas semanas no país e tinha visitado mais ilhas do que podia contar. Para ajudar, meu dinheiro estava indo por água abaixo e alugar um barco para fazer as pesquisas, manter o hotel e as refeições estava ficando bem difícil.

Eu precisava mesmo arrumar um emprego e um lugar mais barato para morar, já que pedir dinheiro para minha mãe estava fora de questão.

Eu ainda não havia criado coragem para contar a ela que eu tinha desistido da bolsa para a pós graduação no melhor centro de pesquisa marinha do mundo, eu tentava pensar em algo que não soasse tão ruim quanto “ei, mãe, desisti da carreira para correr atrás de sereias”, mas nada vinha à minha cabeça.

O problema é que arrumar um emprego significava ter menos tempo para procurar. Só o que me restava era procurar uma saída menos prejudicial, já que desistir depois de tão pouco tempo não era uma opção.

No início da noite, eu já estava totalmente exausto, como me sentia todos os dias depois de percorrer grandes áreas de barco e andar inúmeros quilômetros por ilhas desabitadas, mas que os escritores afirmavam de alguma forma tinha alguma ligação com sereias.

Me olhei no espelho e encontrei o corpo mais magro e totalmente bronzeado que agora aparecia em meu reflexo, além das olheiras que não me deixavam e alguns machucados que consegui nos períodos de exploração. E diferente do que deveria fazer, por conta de toda a minha situação, eu sorri.

Eu devia mesmo ser muito louco, mas conhecer os corais e as espécies marinhas do lugar que era berço da civilização era uma experiência tão enriquecedora que eu não conseguia me deixar abalar pelos problemas. Além do mais, eu nunca me senti tão próximo de meu objetivo.

Vagava pela cidade em busca de um lugar para jantar que fosse acessível o suficiente para meu bolso e estava atravessando a rua quando vi um cartaz preso a um dos postes de iluminação: temos vaga para mergulhador-guia.

Caminhei ainda mais rápido em direção ao local e descolei o cartaz da parede para que pudesse ler melhor. Aparentemente era um dos barcos que realizava passeios turísticos e precisavam de um guia para realizar os mergulhos.

Guardei o papel no bolso e sorri animado, eu poderia até me dar ao luxo de ter um jantar mais decente, porque eu realmente não conseguia acreditar em minha própria sorte.

Para meu estranhamento, o endereço constante no cartaz era o do píer central e tudo só piorou muito quando percebi que o barco ao qual o cartaz se referia era o menor e mais antigo ali. Tinha Argo pintado e descascado no casco e eu só não tive uma crise de riso porque estava assustado demais com a imagem de um gordinho loiro puxando com dificuldade uma das cordas que prendiam o barco.

– Quer uma ajuda aí? – Eu me ofereci, o que só o assustou, soltando a corda de uma vez e fazendo um solavanco puxar o barco um pouco para longe.

Nem esperei uma resposta, pulei no barco enquanto ele ainda estava próximo e agarrei a corda prendendo-a no local indicado, o que fez o barco tomar o rumo certo e seguir caminho em direção ao mar aberto.

– Eu queria só afastar um pouco para repintar o nome do barco no casco, mas isso também serve. – Ele disse rindo. – Muito obrigado pela ajuda. Sou James Corden. – Ele estendeu a mão para mim.

– Louis Tomlinson. – Apertei sua mão. – Creio que está procurando um guia. – Tirei o papel do bolso e levantei para que ele pudesse ver.

– Deus, eu achei que nunca ia aparecer alguém! – Ele disse surpreso. – Está interessado na vaga, Sr. Tomlinson?

– Só Louis. – Corrigi. – E eu realmente estou interessado na vaga.

– E você tem experiência no mar?

– Eu sou biólogo marinho, tenho mais de trezentas horas de mergulho e tenho licença para dirigir barcos. – Mas no momento o sorriso animado de James morreu. – Espero que isso seja o suficiente. – Disse receoso pela mudança de humor.

– É um emprego modesto, não posso pagar muito. – Ele disse mais sério. – Não posso te contratar. Deveria tentar um dos barcos maiores ou o futuro centro de pesquisa que irá abrir aqui.

– Vão abrir um centro de pesquisa aqui? – Disse surpreso, afinal, apesar de lindo, o local não era grande o suficiente para um centro de pesquisa, era mais para férias e turismo.

– Sim e pelo que vi, será enorme e de um homem bem famoso. Um cara que tem sobrenome de vaca. – James deu de ombros e eu gargalhei.

– Simon Cowell? – Eu perguntei morrendo de rir.

– Isso! Esse aí mesmo. Você o conhece?

– Infelizmente. – Meu sorriso sumiu aos poucos. – E estou tentando entender o que alguém como ele quer por aqui. – Era realmente assustador imaginar que Simon e seus robôs treinados estavam vindo ao mesmo local que eu.

– Ei, o lugar é legal. - James defendeu e eu ri. Concordava totalmente. 

– Eu sei que sim, mas não era por isso. – Voltei a sorrir. – Enfim, James, eu realmente preciso desse emprego, não se preocupe com minha formação e nem nada disso, foque no fato de que mergulhar é a minha vida e eu amarei estar aqui todos os dias para te ajudar. 

– Você é novo por aqui, não é? – Ele ergueu uma sobrancelha para mim. 

– Vim fazer uma de minhas pesquisas aqui na região, cheguei há duas semanas.

– Mas vocês não ganham tipo uma bolsa para realizar essas pesquisas, por que alguém como você precisaria de um trabalho? 

– É uma pesquisa mais pessoal. – Abri um sorriso envergonhado e cocei a nuca. 

Como poderia contar a alguém que nenhuma universidade seria louca o suficiente para desprender parte de seus investimentos em uma pesquisa como a minha?

– Onde você mora, Louis? 

– No momento, no hotel Olímpico, mas estou procurando uma opção melhor. 

– Bom, eu moro no barco. Não é grande coisa, mais fique à vontade para ficar aqui se precisar. 

– Isso significa que eu estou contratado? – Abri um sorriso esperançoso.

– No momento, eu não posso pagar muito e nem estamos tendo muitos turistas assim, mas eu com certeza ajudaria alguém como você. 

– Como eu?

– Fodido e falido. Mas que contraria qualquer coisa para correr atrás daquilo que acredita. – Ele abriu um sorriso e estendeu a mão. Eu sorri também e apertei sua mão, assentindo. – Está contratado! 

– Ao trabalho então. 

James e eu passamos um longo tempo conversando enquanto limpávamos todo o convés e ele atracou novamente para que pudéssemos usar uma lixa para polir o casco e repintar o nome do barco, o que atraiu alguns olhares atravessados dos usuários das embarcações luxuosas que nos cercava. 

Pelo que ele havia me contado, James nasceu aqui, filho de um pescador e uma cozinheira. Ele sabia tudo sobre o mar e sobre a cozinha, o que me rendeu um ótimo almoço com ensopado de peixe. 

Ele era um cara tão legal que eu realmente não sabia como não tinha tantos turistas para transportar ou não tinha uma família. Ele parecia mesmo estar passando por algumas dificuldades financeiras. 

– Gastei todos os meus últimos recursos nesses dois conjuntos de mergulho, então estou realmente torcendo para dar certo. – Ele disse mostrando-me os cilindros e as roupas que havia comprado e eu senti a responsabilidade crescer dentro de mim. Eu tinha que ajudá-lo.

– E então, qual é o plano? – Perguntei demonstrando animação para que ele também se animasse.

– Ir a alto mar e mergulhar? – Ele me olhou confuso e eu senti minha animação se esvair.

- Mas você sabe que isso não é muito original, não é? Todo mundo leva os turistas para mergulhar próximo aos corais, eu mesmo fui um deles. – Seus ombros caíram e eu me senti mal pelo cara. – Espera, tenho uma ideia. Vou até o hotel e volto logo. – Disse colocando as mãos em seu ombros.

– Tem um quarto por aqui se quiser. Ele é pequeno e a noite balança bastante, mas é de graça. – Ele deu de ombros. 

– Posso mesmo ficar aqui? 

– Você disse que estava sem dinheiro, então... – Ele deu de ombros e eu assenti sorrindo, pulando do barco e partindo em direção ao hotel. 

Peguei todas as coisas que estavam espalhadas pelo quarto, principalmente a grande pasta que eu usava para carregar as informações coletadas sobre a Grécia e, principalmente, sobre sereias. Fiz o chek-out do hotel e voltei até o píer. 

– Aqui está o nosso diferencial, caro Sr. Corden. – Eu disse jogando a pasta sobre a mesa e acordando James que dormia em uma rede pendurada no que seria a sala de estar do barco. 

– O que é tudo isso? – Ele pegou uma folha em que eu havia tentado desenhar a figura da sereia que eu vi quando era pequeno, mas que estava um completo desastre porque eu realmente não tinha nenhum talento artístico.

– Essa é a minha pesquisa. Mas é isso que nos interessa. – Abri o mapa do litoral do país ao qual tinha dedicado grande parte do meu tempo. Nele estava marcado cada marco importante para a história ou para a mitologia. – Os mergulhadores estão acostumados a levar os turistas pra os recifes mapeados. – Apontei para uma parte do mapa. – Mas há uma imensidão de outros lugares para se explorar. Como esse, por exemplo. – Apontei para um ponto específico em que estava escrito "Argo". – Esse é o lugar estimado para o naufrágio do Argo. Alguns historiadores afirmam que há destroços dele por toda a região. 

O Argo? – James me olhou confuso. – O original?

– Sim, o original. – E aqui, apontei para uma ilha. – É a ilha que indicam como o lar de Circe, então por toda essa região seria o que chamam de Mar de Monstros. 

– A bruxa? Aquela que odeia homens? – Ele perguntou incrédulo. – Louis, não me leve a mal, mas são só lendas ou histórias para criança. – Senti uma fisgada em meu estômago, mas ignorei totalmente, não querendo fugir ao assunto.

– Pode ser que seja, essa não é a questão. O que chama a atenção é que são lugares inexplorados, que ninguém costuma visitar. 

– Porque é só uma ilha no meio do nada ou os restos de um navio que afundou há muito tempo. 

– Ainda assim, eu conheço muitos desses mitos, colhi todas as informações necessárias, podemos oferecer passeios a esses lugares e de quebra contar essas histórias. 

– É uma ideia e como eu não consigo pensar em nada melhor, acho que devemos apostar nisso. Mas como vamos saber se tem mesmo algo a ser mostrado ou se é perigoso se ninguém nunca vai a esses lugares?

– Eu vou primeiro. Posso realizar os mergulhos de reconhecimento. 

– E se for perigoso para você? – Ele apontou para mim. 

– Bom, aí só vamos saber se tentarmos...


Notas Finais


Deu pra perceber que eu sou muito fã de ficção, né? Todos os livros que eu citei aqui moram no meu coraçãozinho e fizeram com que essa fic existisse, então vamos venerar todos esses escritores <3
Eu amo muito o James e o Ben e como eles ajudam os meninos, então aqui não poderia ser diferente. James é muito amorzinho, né? <3
No mais, deu para perceber a tensão do final do capítulo, né? Aquele cheiro de "isso mudará tudo"? Espero que sim, o próximo capítulo promete u.u
Espero que tenham gostado
XO


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