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História Mermaid - Larry Stylinson - Novidades excelentes


Escrita por: Wulfric

Notas do Autor


Olá, amores! Viu como sou boazinha e volto logo? Me amem hahah'
Boa leitura!

Capítulo 9 - Novidades excelentes


Fanfic / Fanfiction Mermaid - Larry Stylinson - Novidades excelentes

– Eu sei que é pedir muito e que vocês estão tendo um romance e tudo o mais, mas seria estranho se eu dissesse que seria legal conhecer o Louis? – O loiro me disse enquanto eu já nadava em direção a Louis.

Eu não queria admitir que não era o maior entusiasta da ideia de Niall e Louis juntos. Eu sabia que Louis sentia algo diferente por mim, mas eu não podia negar que tinha medo de que o charme de Niall agisse sobre Louis.

Por mais que Niall, assim como eu, sempre houvesse se controlado afim de nunca seduzir um humano, qual garantia eu tinha de que ele não gostaria de Louis assim como eu havia feito?

– E-eu não acho que seja uma boa ideia. – Soei evasivo.

– Eu vou ser rápido, eu só quero ver ele de perto. – Ele insistiu.

– Ele é normal de perto, Niall, como todos os outros humanos que você já viu. – Resisti.

– Aí é que está, sabe que diferente de você eu nunca tive coragem de me aproximar, nunca os vi de perto, ficava de longe colhendo informações ou tentava adivinhar tudo através do que via. – Sua voz soou triste. – Eu só sou curioso, quero saber sobre eles, entendê-los, entender porque eles fazem o que fazem com os animais e com o próprio planeta e porque nós é que temos que fazer o trabalho sujo. Eu só quero saber se vale a pena, Harry. Quero ter a certeza de que se temos que matá-los, é por uma forma justa de lidar com as coisas. Quero entender nossa própria biologia.

Niall era tão sincero em suas palavras que eu não tive escolha. Além do mais, eu sempre soube que ele tinha uma curiosidade genuína acerca de nossa realidade e de nossa relação com os humanos, então não era como se esse interesse tivesse surgido agora.

– Tudo bem, você tem razão. – Sorri para ele. – Vamos encontrar o Louis.

O barco não estava atracado no píer, o que foi bem triste. Então eu e Niall começamos a procurá-los por todos os recifes em que os barcos costumavam ir. O encontramos algum tempo depois, à deriva em mar aberto, com o amigo de Louis dentro da cabine e Louis sem camisa agachado e tentando arrumar algo na popa do navio.

Abri um sorriso involuntário pela visão e senti meu corpo queimar, ainda mais quando ele passou o braço para secar o suor que escorria, trocando o peso de seu corpo de lado e deixando suas coxas ainda mais marcadas. Louis era lindo.

Arrisquei um olhar para Niall, apenas para ver se ele estava olhando para Louis e, mais importante, para ver se estava tendo a mesma reação que eu. Mas para minha felicidade total, ele estudava a área, olhando concentrado para todos os lados, certificando-se de que nossa aproximação era segura.

Mergulhei novamente e estava bem perto do barco quando emergi, assustando Louis a ponto de jogá-lo para trás, caindo sentado.

– Droga, Harry, que susto! – Ele reclamou ainda sentado e levemente irritado, mas até irritado ele estava lindo, então só sorri.

– Desculpa, não foi a intenção. – Disse sincero pouco antes de Niall aparecer ao meu lado, visivelmente envergonhado. – Louis, eu quero te apresentar meu amigo Niall.

– Ei, oi. – Louis se levantou animado, vindo cumprimentá-lo. – Harry me falou sobre você, disse que era o melhor amigo dele. – Niall sorriu brevemente.

– Niall é um estudioso dos humanos, Lou. – Passei o braço por seus ombros e o vi ruborizar, o que o deixava adorável. – Ele provavelmente vai te fazer muito mais perguntas do que eu fiz.

– Eu não vou tomar seu tempo, prometo. – O loiro se justificou.

– Eu te entendo totalmente, Niall. – Louis abriu um sorriso lindo, do tipo que faz seus olhos sumirem em um milhão de ruguinhas e eu suspirei apaixonado. – Eu sou um cientista, basicamente um cientista marinho, tenho milhões de perguntas a fazer para vocês, vai ser uma via de mão dupla.

– Sério? Posso começar perguntando se você acha que somos capazes de comer a mesma comida de vocês? Eu já achei algumas latas flutuando perto da praia, tinha uma vermelha e bem bonita, mas eu não sei dizer do que era. – Niall disse animado e Louis riu.

– Eu realmente não tenho essa resposta, na verdade, ia perguntar isso ao Harry e, para ser sincero, não sei se quero correr o risco de tentar, tendo em vista que vocês tem genes de criatura marinha, não sei se faria bem.

– Promete que vamos tentar? – Niall fez uma carinha fofa e Louis pareceu não ter como resistir, o que foi perigosamente irritante para mim.

– Um teste, mas eu vou monitorar as reações que comida humana pode ter em seu corpo.

– Fechado! – Niall comemorou feliz.   

Estávamos tão entretidos na conversa que só percebemos que o amigo de Louis tinha se aproximado quando ele falou.

– Caramba, quem são esses dois garotos? – Ele disse curioso, olhando em volta e fazendo os olhos de Louis se arregalarem. – Da onde vieram? Não tem nenhuma embarcação aqui, eu perdi alguma coisa?

– James, eu... – Louis parecia não saber para onde correr, eu percebia que buscava uma explicação plausível em sua mente. Então, para salvá-lo, eu olhei firme para ele e assenti, como se o autorizasse a contar.

– Hazz, nós temos que ter certeza. – Niall disse incerto olhando para mim.

– Louis, você confia nele?

– Gente, o que foi que eu perdi? Eu quero fazer parte desse papo cheio de olhares e palavras não ditas também. – O homem, James, disse brincalhão.

– Ele me acolheu, me deu um lugar para ficar e se mostrou a pessoa mais gentil que eu conheço. – Louis explicou. – Eu confio nele.

Eu me apoiei na parte plana do barco e me sentei ali, vendo o olhar confuso que James lançou quando viu uma pequena parte de minha cauda.

– Uma ajuda? – Disse a Louis com um sorriso e ele se prontificou a me pegar em seu colo. Aproveitei nossa proximidade para enlaçar seu pescoço e olhar de perto seu rosto bonito e ele fez o mesmo, o que nos fez trocar um sorriso. – Gosto de ser carregado por você. – Sussurrei para que só ele ouvisse.

– Gosto de te carregar. – Ele devolveu o sorriso e me colocou sobre um banco.

– Oh meu Deus! – James disse assustado, caminhando para trás, para longe de mim, então eu me encolhi. Ele estava com medo de mim?

– Eu não vou te machucar. – Disse baixo, visivelmente magoado por conta de sua reação.

– Ele sabe, Hazz. – Louis escovou meus cabelos com seus dedos. – Ele só está digerindo isso, é tudo muito novo. – Sorriu me tranquilizando.

– Isso não pode ser real. – James disse ainda chocado. – É uma fantasia muito bem feita. Tem que ser. – Disse mais para si mesmo do que para todos nós. – Eu posso tocar?

– O quê? Não! – Louis disse logo, tirando qualquer possibilidade e eu sorri feliz ao ver que ele tinha um vinco na testa, demonstrando sua relutância quanto a deixar outra pessoa tocar minha cauda. Louis tinha ciúme de mim tanto quanto eu dele. – Olha, James, eu vim para a Grécia para fazer estudos em relação às sereias, eu sempre soube que elas eram reais, ou pelo menos desde que eu vi Harry quando ainda éramos garotinhos. Por isso eu não tinha nenhum patrocínio e nenhum laboratório bancando, era uma pesquisa minha, uma convicção minha. E eu estava certo, Harry apareceu para mim algumas vezes, foi ele que me salvou aquele dia do afogamento, lembra? Nós temos uma relação especial. – Ele segurou minha mão, enlaçando nossos dedos e sorriu em minha direção, fazendo meu peito aquecer pela demonstração de carinho.

– Isso é uma pegadinha? Um sonho? – O homem ainda parecia transtornado.

– Só fica olhando. – Niall se intrometeu, chamando a atenção.

Ele mergulhou e apareceu alguns segundos depois em um salto que atravessou o barco, fazendo a sombra de seu corpo nos cobrir momentaneamente e alguns pingos de água caírem.

– Wow! Isso foi lindo. – Louis disse admirado assim que Niall voltou para o fundo do oceano, fazendo um pouco de água respingar em nossos corpos.

– Eu também posso fazer isso. – Disse visivelmente enciumado.

– E nem preciso ver para saber que é ainda mais lindo. – Ele sorriu e deixou um beijo em meus cabelos, o que me fez sorrir satisfeito. 

– São dois... – James disse ainda chocado, olhando para o nada. – Dois sereios no meu barco.

– Dois tritões, por favor. – Eu corrigi.

– Deu certo? – Niall voltou a aparecer.

– Ele ainda precisa de um tempo, mas ajudou bastante, belo salto. – Louis respondeu.  

– Lou, você pode me colocar na água de novo? – Pedi incomodado. – Não gosto de ficar longe muito tempo.

– Você se sente mal? – Ele perguntou visivelmente preocupado.

– Na verdade, como fomos feitos para estarmos sempre nos oceanos, como guardiões, não podemos ficar fora por muito tempo, caso contrário nosso corpo começa a corresponder, precisamos sempre estar em contado com a água, mesmo que seja uma gota, mas precisamos. – Foi Niall quem explicou e Louis assentiu, demonstrando que havia entendido.

– Viu? Ele sabe tudo sobre nós, vocês vão poder conversar sobre muitas coisas. – Disse enquanto Louis me trazia para perto do mar novamente. – Mas não me excluam das conversas, também quero saber de tudo. – Alertei e mergulhei, sentindo-me revitalizado por estar novamente no mar.

– Estou animadíssimo para começarmos nossas experiências, Louis, mas vou deixá-los sozinhos agora, imagino que tenham muito a conversar. – Ele me olhou e eu assenti.

– Nós podemos ficar sozinhos? – Eu disse para Louis visivelmente envergonhado.

– Claro. – Louis disse prontamente, preparando-se para cair na água. – Ganho uma carona? – Ele riu e eu revirei os olhos.

– Espera, você não está planejando me deixar aqui no meio do nada com o barco sem funcionar, não é? – James se pronunciou pela primeira vez depois do choque.

– Oh, é claro que não. – Louis respondeu rindo, depois de lembra-se o que estavam fazendo antes da gente chegar.

– Talvez Niall possa ajudar. – Disse incentivando o loiro.

– Acho que eu sou mais especialista em estragar barcos, Hazz, e não consertá-los.

– Quem sabe fazer um, sabe fazer o outro. – Dei de ombros. – Niall boicota os barcos dos caçadores, poluidores e pescadores de larga escala. – Expliquei para Louis.

– Sério? – Ele disse admirado.

– É isso ou afogá-los, mas não é uma ideia que me anima muito. – O loiro explicou meio sem graça.

– É uma ideia excelente. Que tal uma ajudinha? – O garoto pediu.

– Posso tentar.

Passamos um bom tempo tentando fazer o barco funcionar e dessa vez, em um esforço conjunto de Niall, Louis e James. Eu fiquei mais com a parte de fazer a comunicação entre eles, já que Niall estava mergulhando sob o navio, Louis estava na popa e James na proa.

No fim, eles acabaram conseguindo fazer tudo funcionar e eu até tinha tentado entender a linguagem técnica utilizada, mas não era o meu forte, então eu apenas comemorei.

Niall se despediu e com um mergulho rápido sumiu no horizonte. Louis pediu que eu esperasse enquanto ele iria trocar de roupa e quando apareceu, vestia seu material de mergulho, o mesmo que usava no dia em que eu o resgatei.

– James, não me espere mais hoje, ok? – Ele explicou. – Eu vou ficar bem, não precisa se preocupar, estarei com Harry.

– É difícil acreditar em suas palavras quando tudo o que você me diz é “estou fugindo para um lugar desconhecido com um ser mitológico, não se preocupe”. – Os dois riram, mas eu não achei tão engraçado assim. Eu não deixaria nada acontecer com Louis, era triste que ele pensasse que eu poderia deixar alguém feri-lo. – Tudo bem, vai lá. E, Harry. – Ele voltou sua atenção para mim. – Conhecer você foi a coisa mais louca que já aconteceu em toda a minha vida, então, obrigado. E eu confesso que estou com medo de dormir essa noite e amanhã perceber que isso foi um sonho muito louco.

– Eu apareço para você amanhã para te garantir que não foi um sonho. – Eu disse animado e ele riu.

– Seria ótimo, assim os riscos de eu enlouquecer são menores, não é?

Louis deu um abraço nele e o agradeceu, logo depois se sentou na borda e jogou-se para trás, caindo na água. Mergulhei rápido a tempo de vê-lo nadar de volta até a superfície e retirar a máscara.

– Que tal um passeio? – Perguntei animado.

– Achei eu não ia pedir nunca!

– Quanto tempo temos? – Me lembrei de perguntar antes de arrastá-lo para qualquer lugar.

– Mais ou menos uma hora. – Ele disse olhando em seu relógio de pulso.     

– Parece bom para mim, mas sabe que qualquer coisa você tem que me avisar, não é? Eu te levo para cima na mesma hora. – Minha preocupação era visível.

– Eu sei, sabe que eu confio em você. – Segurou minha mão e eu sorri involuntariamente.

Esperei que ele colocasse a máscara e o respirador e o puxei para baixo com um sorriso no rosto. O levei de mãos dadas pelo caminho mais longo e mais bonito que eu sabia existir, vimos um cardume de peixinhos dourados brilhando sob o sol quente e uma baleia azul migrando para o sul.

Passamos por recifes e corais habitados por espécies raras, aqueles lugares que minha colônia foi ordenada a proteger com sua própria vida se necessário. E eu sentia a excitação de Louis só de olhar para ele. Era possível ver o brilho de seus olhos mesmo através da máscara e o aperto que ele tinha em minha mão ficava mais firme e eufórico à medida que ele via tudo.

Estar ali, mergulhando junto de Louis e vendo suas reações só me faziam ter mais certeza de que ele era diferente de tudo o que nós aprendemos sobre os humanos. Ele era doce, gentil, tratava a natureza e as espécies, inclusive a minha, com amor, delicadeza e carinho.

Louis era um humano pelo qual valia à pena lutar. Um humano que valia à pena amar.

– Essa foi a coisa mais incrível que já aconteceu em toda a minha vida! – Ele disse assim que tirou a máscara, quando já estávamos perto o suficiente da ilha. De nossa ilha. – Harry, aquelas espécies em extinção! Um santuário inteiro de espécies em extinção! – Ele disse em êxtase total.

– Aquele é o nosso lugar mais sagrado, todas as espécies em risco de extinção são levadas para lá e cuidadas com o mais profundo zelo. Sabe que não pode falar daquele lugar para ninguém, não é?  

– Claro, eu jamais faria isso. Se eu falasse para alguém que vi um leão-marinho-japonês ninguém ia acreditar em mim, eles estão extintos há mais de cinquenta anos. E de qualquer forma, eu jamais saberia como voltar lá.

– E nem deveria, o local é super protegido e qualquer humano que se aproximasse seria imediatamente morto por um de nós.

– Não vai acontecer. – Ele se aproximou de mim e acariciou meu rosto. – Muito obrigado, Harry. Muito mesmo. Foi a coisa mais incrível que eu já vi, eu juro que não sei como te agradecer.

– Eu posso pensar em algo. – Disse travesso e abri um sorriso malicioso, que o fez olhar curioso para mim.

Percebi uma corrente diferente no mar e pedi para que Louis me esperasse enquanto eu iria checar. Encontrei um caminho entre as pedras, que me levava para perto de algumas ruínas, provavelmente os resquícios do local usado pelos antigos habitantes, abria-se em um pequeno lago natural e eu sorri por saber que assim eu poderia ficar mais perto dele.

Louis também amou a novidade e se despiu de seu equipamento de mergulho antes de vir a meu encontro, sentando-se em uma parte rasa e feita de pedras no lago.

– Acha que esse lugar estava aqui ontem à noite?

– Pode ser. Esse foi apenas um dos caminhos, a parte submersa da ilha é cheia de túneis, deve dar acesso a muitas outras coisas. Eu escuto uma queda d’água, deve haver uma cachoeira aqui por perto.

– Muito útil, espero que tenha uma fonte de água potável também. – Eu assenti concordando. – Temos muito a descobrir sobre esse lugar.

– Sim, mas não agora, temos outras coisas para conversar antes.

– Acho que estou um pouco nervoso. – Ele disse visivelmente incomodado, embora estivesse sorrindo.

– Não fique. Eu tenho novidades excelentes! 


Notas Finais


O que acharam da reação do James ao descobrir sobre o Harry? Não tinha como ser muito diferente, né? Imagina só descobrir que sereias são reais. Aos poucos ele se acostuma.
Perceberam o ciúme do Harry também?, a bicha é possessiva u.u Mas logo o ciúme dele aquieta também, ele vai ver que Niall não está nem perto de olhar para o Louis com os mesmos olhos que ele.
Enfim, espero que tenham gostado <3
XO


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