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História Mês de Setembro - Mulher Misteriosa


Escrita por: Flor_de_Fogo

Capítulo 1 - Mulher Misteriosa


Fanfic / Fanfiction Mês de Setembro - Mulher Misteriosa

Esse é um mês tão bom, ameno e fresco. Marcado por acontecimentos dos mais diversos.
    Além de guardar a "independência" e a primavera, guarda situações engraçadas ou tristes, amorosas ou violentas.
      Esta em especial aconteceu há uns tempos, num setembro distante.
     Contaram que não se podia mais ir na praia pois, por algum motivo desconhecido, o mar estava muito revoltado.
     Não tinha como conter a fúria marinha e, por mais que se conseguisse prever cada piti, não tinha como fazer algo além de avisar para que as pessoas dessem seus "pulos" para não se prejudicarem.
      Depois de tantos prejuízos, avisos de maré alta e o caramba de informações, uma bela jovem surgiu na praia bem no meio de um pôr-do-sol, assustando alguns casais de namorados no grande jardim que contorna a baía. Só não assustou mais pois muitos estavam ocupados em seus celulares.
      Realmente, uma dama de longos cabelos negros que iam até o joelho, vestido branco enfeitado de pérolas, chama muita atenção, a partir do momento que surge do nada no que pareciam espumas de onda.
     Ela atravessa o jardim até chegar perto de uma outra moça, sentada num banco próximo da areia, chamada Manoela, que, sozinha, contemplava o belo horizonte que se abria na sua frente. Assustada, ela pensa em sair correndo, porém se sente presa ao banco sem conseguir se mexer. A moça misteriosa senta ao seu lado e começa:
       -- Sabia que ninguém sabe o que quer?! -- aponta para os casais -- Eles pensam que falar mal, xingar ou até mesmo humilhar é fazer crítica construtiva.
        -- Concordo, mas... quem é você?
        -- Uma pessoa que pode ajudar, mas antes me responda uma coisa.
        -- O que você quer saber?!
    -- Será que eu resolvendo esse problema vocês respeitarão uns aos outros? Respeitarão ele?! -- apontou para o mar.
        -- Não faço ideia. Porém há pessoas que se prejudicaram mesmo respeitando o mar, claro que possa ter feito algo pequeno mas, com toda certeza, quem tomou o lugar dele nem saiu mal na situação.
         -- Acho que tem alguma razão no que você disse. Vou acalmá-lo dessa vez, mas tenho uma coisa a dizer antes, vai ser cada vez mais difícil sem um respeito.
         -- Como assim?!
         -- Como querem que o mar lhes respeitem se não o respeitam e nem se respeitam? A água é sentimento, depende muito disso! -- levantou-se e já ia em direção do mar quando Manoela a parou, perguntando:
         -- Quem é você?! Como passo a informação?!
         -- Sou Janaína. Converse com os amigos que fofoca corre rápido, mais do que você imagina. -- e foi se afastando. Quanto mais se afastava mais o mar se acalmava. Claro que em comparação aos dias anteriores de enchentes e o mar atravessando a avenida, ele estava bem calmo, mas ainda assim estava agitado.
         A notícia se espalhou e ao invés de ser levada a sério foi motivo de piada por todos que conheciam Manoela. Por quem a conhecia e por quem nunca tinha ouvido falar dela, só pela notícia a julgavam louca. Todos preferiram debochar em vez de, pelo menos, tentar seguir o que ela dizia.
          Dias depois de toda aquela confusão, Manoela fora andar na praia, colher conchas para ver se seu humor melhorava. Porém isso não acontecia.
          Até que, em nome do desespero e da vergonha, ajoelhou e chamou por Janaína, a bela e poderosa Janaína que acalmava o mas caprichoso. Alguns minutos passaram e a bela moça surgiu diante de Manoela.
            Janaína abriu os braços e Manoela atirou-se neles, soluçando.
            -- Vem comigo, merece vir comigo! Tentou me ajudar e merece minha ajuda. -- e, de mãos dadas caminharam em direção do horizonte, que ficava cada vez mais distante.
            Enquanto caminhavam, a garota ia ficando cada vez mais feliz por ir morar com a Senhora do Mar.
             Até hoje é um mistério o paradeiro de Manoela, muitos acabaram por concluir que morrera afogada. Alguns ainda acharam que ela nem existira. Porém, começou a correr que em noite de lua cheia, viam uma moça, de longos cabelos prateados, na beira do mar com conchas nas mãos, cantando para acalmar o mar.
              Isso eternizou um setembro inteiro e, por muito tempo, os dias disputavam entre si para representar o dia em que tão corajosa criatura foi embora pro mar.


Notas Finais


Espero que tenham gostado *-*


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