História Mesmo que adulto, ainda acredito em você, Jack - Cap 1

- Jack, você não acha estranho eu ser o único que ainda te vê? - Jamie perguntou quebrando o silêncio.

- Eu não sei. Você é o único adulto que consegue me ver. Deve ser porque você foi o primeiro que me viu. - Jack fala olhando fundo nos olhos de Jamie, ainda não sabe o porquê de se sentir sendo puxado por aqueles olhos marrons.

- Jack? O que foi? Tem algo no meu rosto? - Jamie passa a mão no rosto em quanto Jack ri. "Ah, por mais que você cresça ainda é uma criança pra mim." pensou Jack.

- Bom, está na hora de ir. Cuide-se. - Jack fala se aproximando da janela e acenando para Jamie, que acenou de volta e sorriu vendo Jack ir.

Jamie continuou a olhar para a janela. Era sempre assim. Via Jack partir e fingia ser algo normal, mas no fundo ficava extremamente triste. Queria que Jack ficasse junto contigo. "Isso já está passando dos limites. Não consigo nem fazer os deveres da faculdade, tenho que arrumar um jeito de esquecer ele." Pensa Jamie bagunçando os cabelos. Como ele ficou até tarde com Jack já estava na hora de dormir, como não viu o tempo passar não fez a tarefa de caso de novo. Jamie foi tomar banho para depois dormir.

Em quanto isso Jack foi implicar com o coelhão de novo.

- Eaí canguru?

- Quantas vezes vou ter que te dizer que sou um coelho?!

- Quantas você quiser, esse é o seu apelido, e nada vai me impedir de te chamar assim. Muito menos você.

- Quer saber? Fica lá com o seu “namoradinho”, e não esquece que o aniversario dele é daqui a duas semanas.

Droga, Jack havia se esquecido de aniversario de Jamie... ESPERA AÍ. O CANGURU DISSE “NAMORADINHO”?!

- O-o que você disse?

- NA-MO-RA-DI-NHO. Tu é surdo? Ah, eu acertei? - Canguru maldito. Ele começou a rir sarcasticamente.

- O que?! Claro que n-não. “Doeu, dizer isso doí” – Ele é só... Meu amigo. - Dizer isso, doeu, foi difícil para Jack segurar as lagrimas.

- Nossa, parece que eu mexi na ferida. – Diz o coelhão rindo, antes de olhar para Jack e ver sua expressão, nunca havia visto Jack com uma feição triste. – Oe, é serio? ‘T-tá tudo bem?

- C-clar- antes que jack terminasse de falar grossas lagrimas correram pelo seu rosto, o que fez coelhão e o próprio Jack ficarem surpresos. – O que... Há de... Errado co-comigo? – Jack dizia em soluços.

- Cara, você ‘tá péssimo, se quiser pode falar okay? Pode não parecer mais eu sou seu amigo.

- E-eu não sei... O que sinto. O que eu faço?- Jack olha para o coelhão. Sua face estava corada e molhada com suas lagrimas.

- Só diga a verdade ok? – Coelhão diz colocando a mão no ombro do amigo tentando acalma-lo.

***

Já estava de manha e Jamie tinha que ir para faculdade, mas a sua vontade era de pegar o despertador e tacar do decimo andar e ficar o dia inteiro na cama. Mas por instinto desligou despertador e foi para o banheiro, ficou se encarando no espelho ate criar coragem e entrar de baixo da agua fria, que foi a única coisa que Jamie não conseguiu se acostumar. Ao sair do banho colocou uma calça jeans e uma blusa social branca, foi para a cozinha, agora que estava morando sozinho tinha que fazer o próprio café. Depois de tomar café foi para a faculdade, saiu de casa pegou o seu mp3 e colou Gangsta para tocar.

Chegou à faculdade e foi para sua sala, mas foi impedido no meio do caminho por uma garota. Que pediu que ele a seguisse. Chegaram no lugar que jamie denominou ser o armário do zelador.

- J-jamie, e-eu queria dizer q-que- A garota estava extremamente corada e com a cabeça baixa olhando para os sapatos que pareciam a coisa mais divertida do mundo. – te amo! – a ultima parte ela praticamente gritou, coisa que incomodou Jamie.

- O que você quer que eu faça? – Jamie perguntou seco.

- S-saia comigo.

- Por que eu faria isso? – Jamie perguntou se aproximando da garota.

- P-porque eu quero que você goste de mim. – Aquela conversa já estava irritando Jamie.

- Tsc. Me deixe em paz. – Jamie falou irritado e saiu da sala, mas foi impedido pela garota.

- P-por favor, eu farei de tudo.

- Você não deveria dizer isso para um garoto que nem conhece. E se eu fosse mau? – Jamie diz aproximando sua boca do ouvido da garota. – Me convença.

Jamie saiu da sala e deixou a garota paralisada lá. Chegou na sala e seus amigos já começaram com o interrogatório. Afinal, a garota mais desejada da faculdade havia se declarado para ele. Jamie não entendia o que eles viam nela, ele apenas a via como uma puta que ficava se esfregando em qualquer garoto que se aproximava dela, pelo menos foi o que ele viu no intervalo. Mas o que eu ele disse foi apenas uma tentativa de esquecer Jack, sim, iria sair com a garota apenas para tentar esquecer o que sentia por Jack. Era algo horrível para Jamie ter que esquecer o que sentia por Jack, então sairia com a garota para não encontrar com ele.