História Mesmo que fosse assim - Capítulo 2

Hora de ir pra escola , vou até ao banheiro e me vejo no espelho como realmente sou não muito branca cabelo liso castanho escuro , pego a minha maleta de maquiagem e começo a transformação , lápis, rímel, sombra preta, batom preto , blusa, preta calça preta, luvas pretas, all star preto ,
Estou pronta

Vou para escola onde piso ninguém se atreve a encostar o pé ,logo de cara vejo o Fábio , e fecho a cara não suporto a ideia de não ser temida por ele , ele me deu um sorriso debochado
Se ele quiser jogar vamos jogar só que eu não costumo perder...

Aula de educação física tenho que usar essa maldita calça cinza e esse top branco porque não podia ser preto!?! Essas cores vão contra tudo o que eu acredito.

Vejo o Fábio jogando vôlei com alguns garotos enquanto as garotas brincam de pular corda faça-me o favor não podiam achar algo mais interessante para as meninas? Pular corda ?! Por isso que elas não amadurecem parece menininhas do primário

Vou até o armário do Fábio e visto que tonto não tranca o armário foi fácil abrir

Na porta havia seu nome completo vejo no fundo do armário uma foto dele com outras pessoas suponho que seja a família havia uma linda garota ao lado dele coloco a foto no lugar e mais ao fundo vejo um papel acho que é uma reportagem

- O que você está fazendo? - vejo o suor escorrendo pelo seu queixo , nojento

Coloco uma cara de pau no rosto e digo

- Não te interessa – digo, e saio andando quando olho para trás ele não está mais lá balanço a cabeça em frenesim

Como ele foi tão rápido?

Quando dou um passo esbarro nele

Eca suor em todo meu rosto

- você borrou minha maquiagem - Eu disse com certa voracidade

- Aqui garota louca, não se invade a privacidade dos outros assim e não se fala desse jeito, você é só uma menina mimada pela família, vai levar muita surra por causa dessa sua arrogância - ele fala

E eu começo a chorar e ele começa a ficar culpado e eu começo a lembrar dá minha família dos nossos momentos juntos lembrar deles dói muito por meses sufoquei as memórias mas ele conseguiu fazer com que elas explodissem
Ele ficou comovido e me abraçou e não tive forças para empurra-lo muito pelo contrário retribui o abraço eu precisava daquilo é sempre tão doloroso me lembrar deles

-Eu sinto tanta falta deles - falei sem pensar

- vai ficar tudo bem - disse ele

Me afastei e sai correndo

Eu não era a mesma menina fraca que eu costumava ser , agora eu era forte, e não podia ter recaídas

Oh droga minha maquiagem está toda borrada vou ter que limpar mas aí meu rosto vai ficar sem nada, vou pra ducha e logo depois visto minhas amadas roupas pretas coloco o capuz para cobrir meu rosto nu e vou para a sala de aula , agora é música

Sou a única dá sala que gosta de músicas internacionais então eu sou a única que presto atenção na aula

Hoje a professora me escolheu para tocar um instrumento então escolhi tocar piano por eu ter certa experiência toquei uma música que eu mesmo criei , a professora gostou muito até bateu palmas

Quando minha família morreu para não enlouquecer comecei a tocar piano e hoje é uma terapia.

Os horários passaram rápido logo eu estaria em casa

Quando chego em casa vejo que meu pai acabou de chegar de uma reunião ele me vê sem maquiagem pesada e sorrir lhe dei um beijo faço massagem em seus pés e pergunto como foi seu dia

Aquilo havia se tornado um hábito era ótimo saber sobre o dia do papai

- Você é a melhor filha do mundo - ele fala e eu sorrio fico feliz de saber , depois que ele sobe para seu quarto vejo a mamãe chegando do supermercado e lhe dou um abraço ela também ficou feliz de me ver sem maquiagem fico triste por decepciona-los decido que vou começar a me maquiar de um preto mais leve . Subo pro meu quarto e vejo meu notebook em cima dá cama e decido procurar o perfil do Fábio vou em acontecimentos importantes e vejo que ele também perdeu a família em um acidente de carro só ele sobreviveu num carro de 5 pessoas seus pais um irmão e a namorada morreram na hora.

De repente me vejo sentada no banco de trás com meus dois irmãos que me cutucavam sem parar quando me abaixo para pegar uma coisa não me lembro o que é no chão do quarto .
Balanço a cabeça em frenesim tentando tirar a memória dá cabeça , lágrimas inundam meu rosto fecho meus olhos , mais a memória insiste em voltar , vou até a piano que tenho em meu quarto começo a cantar uma melodia que eu criei , só isso me acalma cantar e tentar esquecer, deito em minha cama e a dor vira anestesia e durmo imediatamente