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História Mess - I Wanna Try.


Escrita por: fromkiwitable

Notas do Autor


Olá. Eu gostaria de me desculpar pelos erros de digitação no primeiro capítulo. Eu estou muito feliz que tenha pessoas lendo. E peço encarecidamente, que comentem o que estão achando, e que caso tenham amigos ou amigas directioners/ zquad indiquem a fic. Está sendo muito gostoso escreve-la. Espero que quem leia goste também. Até mais ❤

Capítulo 2 - I Wanna Try.


Fanfic / Fanfiction Mess - I Wanna Try.

Alice me olhou por algum tempo, depois olhou para o bebê. Sua expressão era confusa.

- Primeiramente, eu sugiro que você se vista - ela me olhou de cima a baixo, com reprovação. O que me deixou surpreso.

- Eu já volto - subi rápido as escadas, de toalha.

Quando voltei a sala, o bebê estava em cima do sofá, Alice o olhava com ternura.

- Um filho não é algo ruim. Quer dizer, depende do seu ponto de vista, e da sua conta bancária - Alice disse sem tirar os olhos do bebê, que dormia profundamente.

- O QUE? - exaltei minha voz, o que assustou a pequena criatura ainda de olhos fechados.

- Você vai acordá-la - me olhou zangada. - Tome. Leve o Bebê Conforto para algum quarto - então aquele troço tinha nome, Bebê Conforto, pensei - Assim podemos conversar - fiz como ela disse, e voltei para a sala.

- Coloquei ele no meu quarto - avisei.

- É ela, não ele.

- Tanto faz - me sentei no sofá, colocando minha cabeça entre minhas mãos - O problema não é o sexo do bebê, mas sim, que há um bebê.

- Não é simplesmente um bebê, é seu bebê.

- Meu bebê? - levantei a cabeça, encarando Alice, que estava de pé, há alguns metros de mim - Há meia hora atrás eu nem sabia que ele sequer existia - me levantei - Eu não posso ter um filho - me aproximei dela, que me olhava sem nenhuma expressão.

- E onde está a mãe? - me perguntou calmamente.

- Eu não sei - eu estava aflito, andando de um lado para outro novamente - Ela deixou recados com Anne a semana toda, mas eu não atendi, não me lembrava dela, nem sabia do que se tratava. Então ela veio aqui, e atirou essa criança em mim, dizendo que não a quer, e foi embora - ela me olhava com atenção, como se tivesse juntando as peças, para entender o quebra-cabeça - Mas eu também não quero - parei, me sentei novamente. Ao contrário, do que pensei, Alice não me atacou com palavras. Ela andou até o sofá, e se sentou ao meu lado.

- Você já parou de ver a coisa do seu ponto de vista?

- Como assim? - olhei para ela, que mirava o nada.

- Essa criança foi renegada pela mãe, e agora está prestes a ser renegada pelo pai - ela olhou nos meus olhos. Eu ainda não havia pensado nisso.

- Então, o que eu devo fazer? - perguntei atordoado.

- Seja o melhor pai que ela poderia ter.

- Não posso - balancei cabeça negando.

- Não pode ou não quer? - ela arqueou a sobracelha me questionando - Você vai deixar aquele bebê tão inocente crescer em um orfanato sujo e frio, sabendo que nem os pais o quis? Você vai mesmo arruinar uma vida que mal começou?

- EU NÃO SEI CUIDAR DE CRIANÇAS, EU NÃO SEREI UM BOM PAI - me levantei do sofá, quase gritando.

- Não grite - me adverteu com um olhar severo - Tenho certeza que se você quiser, você será um bom pai.

- Mas e a minha vida? - isso arruinaria tudo.

- Você aprende a viver de um modo diferente.

- Eu não quero viver de um modo diferente. Eu amo minha vida do jeito que ela é - ela se levantou indo até a saída.

- Não escolha para esse bebê o futuro que não escolheria para você - sua mão estava parada na maçaneta.

- ONDE VOCÊ VAI? - me desesperei.

- Vou embora - se virou para mim.

- Você não pode! - andei até ela - Você não pode me deixar sozinho com esse bebê - eu estava assustado como uma criança assistindo filme de terror - Por favor - segurei seus ombros - Me ajude - supliquei. Ela me encarou,  eu ainda estava segurando seus ombros esperando por uma resposta.

- Eu só vou te ajudar - ela tirou os óculos, e voltou a me encarar - Se você me prometer que não vai jogar sua filha em um orfanato - eu vi a pupila de seus olhos castanhos dilatarem, sentindo a intensidade de suas palavras.

- Eu não posso te prometer isso - me afastei.

- O QUE VOCÊ NÃO PODE É DESCARTAR UM FILHO POR CAUSA DA SUA VIDINHA PERFEITA - ela explodiu - ERA SÓ VOCÊ USAR A PORRA DA CAMISINHA QUE NADA DISSO ESTARIA ACONTECENDO. É UM BEBÊ, NÃO UM OBJETO QUE VOCE PODE JOGAR FORA. É UMA VIDA - Alice se aproximou, ficando a centímetros de mim - Eu juro - disse devagar - Se eu pudesse, eu mesma cuidaria dessa criança, Zayn. Porque ninguém merece ser rejeitado, apenas por ser quem é - eu não fui capaz de dizer nada. Eu não sabia o que pensar. Pela primeira vez na minha vida, eu me senti egoísta e mesquinho. Mas não podia evitar em pensar nas consequências que ter um filho traria a minha vida.

                             [...]

Já passava das 22h. Estava sentado no chão do meu quarto. O bebê estava do meu lado no Bebê Conforto, ainda dormindo. Eu encarava o porta retratado a minha frente. Uma fotografia antiga da minha família. Meu pai abraçava minha mãe por trás, as mãos de ambos seguravam a imensa barriga dela. Eu estava na frente deles, com um sorriso enorme que mostrava minhas janelinhas. Eu tinha apenas seis anos, mas consigo me lembrar perfeitamente do quão feliz eu era. Desejei que eles estivessem comigo para me ajudar. Sorri ao pensar que eles, provavelmente, amariam ser avós. Decidi ligar para o meu tio Scott.

- Alô? - a voz do outro lado atendeu rouca.

- Oi, tio - suspirei, me perguntando se era uma boa idéia contar a ele.

- Há algo de errado, meu querido? - tio Scott, me conhecia como ninguém.

- Eu acho que sim - não consegui falar o que estava acontecendo.

- Você não costuma me ligar, principalmente, sexta-feira à noite.

- Eu... - não tinha ideia do que dizer.

- Você está se sentindo sozinho?

- Também.

- Você está cansado da badalação? - na verdade, era ao contrário, não queria abrir mão dela - Talvez esteja na hora de você sossegar, Zayn. Encontrar alguém, começar a formar uma família - engoli seco.

- Talvez - disse em voz baixa.

- Você quer vir aqui? Nós podemos tomar um uísque e conversarmos.

- Eu não acho que seja uma boa ideia. Não hoje - olhei para o bebê, que começava a se mexer, fazendo menção em acordar - Eu preciso desligar. Obrigado por me ouvir.

- Mas você não disse nada, filho - ele riu bem-humorado.

- Nesse caso, obrigado por falar - ri.

- Eu estou sempre aqui - me lembrou.

- Eu sei - disse em sussurro.

Não se passou nem dois minutos desde que havia desligado o telefone, e o bebê acordou. Ao contrário do que imaginei, ele não chorou. Seus olhos pretos como jabuticaba me encararam e quando eu disse oi, ele sorriu para mim. O que me fez sorrir de volta, instantaneamente. Ela era tão calma e serena. Eu havia cogitado a idéia de Alice já ser mãe, quando a vi olhando com ternura para o bebê. Mas naquele momento eu pude entender. Não havia nenhum sentimento ruim no olhar daquela pequena criatura. Eu estava diante da forma mais pura e linda de vida.

Peguei meu telefone, e busquei pelo contato de Alice, que é claro que não foi a mesma quem me deu, arranquei de Anne. Liguei.

- Alô?

- Oi. É o zayn.

- Eu sei - ela esperou que continuasse.

- Eu acho que...Eu quero tentar.


Notas Finais


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