Arrebata-me em tua cama, faça-me tua submissa, tua messalina, tua mulher, tua amada. Marque-me com tuas mãos pesadas, com tuas unhas ralas e com tua boca quente, atroz. Arranha-me das coxas até o pescoço, delineia-me com tuas falanges de pianista da coluna aos pés. Estarei deitada na tua cama a mercê de teus toques, contorcendo-me de prazer e clamando por mais. Banha-me com tua saliva misturada ao meu suor, percorra-me com tua língua e arranha-me novamente com teus dentes brancos e perfeitamente alinhados.
Devassa estou em tua cama, entregue as prazeres carnais; no entanto com meus sentimentos. Diga-me que é recíproco, que não lhe amo em vão. Diga-me, mesmo que seja uma inverdade, que gosta de mim como eu gosto de ti. Faça-me sentir tua pelo menos por esta noite, sob a luz daquela lua que nos abençoa com teu manto prateado; mesmo que seja apenas uma mentira, que seja somente algo criado em minha mente.
E era.
Eu era somente mais uma em tua cama, mais uma de tuas vadias descartáveis.
Ao menos demonstre-me que fui especial, dai-me um beijo carinhoso para mostrar-me um pingo de afeto. Não vá embora, abrace-me por alguns segundos, faça-me carinho e diga que voltará à noite para repetir todo o processo e fazer-me sentir o mesmo que senti quando me pus submissa ao teu lençol de seda branco perolado; manchado pelo mel de nossos corpos, pelo sangue que escorreu por meus cortes causados por ti.
Pelas minhas lágrimas ao ter a certeza de que não voltaria mais aos meus braços, porque era somente tua messalina e nada mais.
A mulher que nunca amaria, pois a que realmente amava estava em tua casa te esperando.
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