Hoje ele me perguntou o que exatamente estava acontecendo e eu, sincero, respondi:
– Eu não sei, acho que ando louco. Minha cabeça está uma zona.
Sorriu.
Sorrindo ainda respondeu que essa era sempre a minha resposta.
Aquilo me bagunçou ainda mais. Contei e cheguei à conclusão que era verdade, era sempre essa a minha resposta.
Talvez fosse realmente sempre essa a verdadeira resposta, mas é inadmissível que alguém ande sempre louco.
Talvez meu DNA tivesse realmente um pouco disso. Meu andar sempre foi louco, todas as vezes inventando um novo país com gatos sorridentes e lagartas falantes (e eu acredito que eles realmente existam, eu acho que já vi).
Talvez o furacão fosse uma catástrofe recorrente aqui, que bagunça e faz tudo girar e me dá um território novo a ser construído todas as vezes que vai embora.
Talvez o furacão não fosse tão ruim assim.
Talvez a loucura fosse realmente parte de mim.
Confuso e com um pouco de receio, era a minha vez de perguntar.
– E você, me acha louco?
– Sim – olhou pro lado e logo voltou suas íris para as minhas novamente – Mas essas são as melhores pessoas.
Agora quem estava sorrindo era eu.
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