História Metamorfose - Aniversário

As irmãs não reclamaram tanto quanto imaginava, na verdade foi proibido de dormir fora por tempo indeterminado. No entanto, Gabriel recebeu seu castigo no mesmo dia que chegou em casa, passou o dia todo com maiô feminino, as curvas ficavam mais acentuadas, seria perfeito se o volume no meio das pernas entregassem seu verdadeiro ser.

- Está linda irmãzinha, não precisa ficar tímida. - Teresa dizia servido o jantar do irmão. Gabriel estava totalmente vermelho e conformado.

- Sim, você deveria estar acostumado. Além disso, é para você aprender a não repetir o que fez. -  Susana estava do lado do rapaz, ao contrário de suas palavras afagava seus cabelos de leve.

- Vocês são muito cruéis isso sim. - O garoto choramingava enquanto comia, mas elas simplesmente riram cúmplices.

- Amanhã chegaremos tarde, trate de não demorar a chegar em casa, se não vai vestir lingerie. - Susana ameaçou fazendo o menino de corado ficar pálido, sacudiu a cabeça positivamente de forma energética. - ótimo.

- Mas, o que vão fazer amanhã? - Gabriel indagava curioso tentando esquecer o sadismo delas.

- Terça é aniversário do representante, então vamos organizar uma festa, amanhã compraremos ingredientes para fazer o bolo. - Teresa parecia animada com a idéia da festa.

"Eliot faz aniversário na terça então, nós não falamos do nosso aniversário... Não tinha como eu saber, tenho a minha mesada, posso comprar um bom presente." Gabriel se perdeu em pensamentos animados enquanto não escutava mais as irmãs. Deu um fraco licença e foi correndo até o quarto, ligando para seu amigo Arthur.

- Arthur, terça é aniversário do Eliot, pode me ajudar a comprar um presente, sei que amanhã a Karin tem lição de piano e não pode ir, por favor. - Gabriel falava rápido despejando todas as informações sob o amigo.

- Ah, o Eliot? Sim. - Arthur era meio lento então demorou a conciliar tudo. - Opa, lembrei, claro que te ajudo sim, depois da aula vamos no shopping, tem lojas muito boas lá.

- Obrigado! - Gabriel se jogava na cama, só de pensar que faria algo assim se sentia nervoso, olhando para o teto e sorriu, mas logo se sentou e sacudiu a cabeça, parecia uma menina apaixonada... Era quase isso, fora a parte da menina.

No dia seguinte, durante a aula, não conseguia se concentrar, Gabriel foi chamado a atenção pela primeira vez naquele ano sobre distração, no entanto, nem isso foi o suficiente para o menino sair do mundo da lua.

- Você tem algo em mente Arthur? - Gabriel indagava quando estavam no caminho do shopping. 

- Ah, não. Calma Gabriel, você está empolgado demais e o aniversário nem é seu. - Arthur estava com o jeito tranquilo como sempre e sincero, parecia super de boa enquanto andava ao lado do amigo.

Eliot andava pelo centro da cidade, após sair da faculdade, na verdade estava procurando uma camiseta limitada da banda que curtia, no entanto, não esperava ser surpreendido, claro que iria ver Gabriela de longe, a menina chamava atenção, antes que tomasse a iniciativa de aborda - lá notou que estava com um rapaz alto, adolescente, cabelos negros, olhos castanhos, tipo físico forte e era bonito.

- Devo está ficando paranóico. - Falou para se convencer, todavia, viu o mesmo rapaz puxar a menina e da um abraço e bagunçar seus cabelos, claro que se sentiu exatamente incomodado com isso, principalmente quando ela sorriu e não se afastou, pensou que estavam tendo alguma coisa e agora via ela interagindo com alguém livremente sendo que parecia tímida o bastante para não acreditar que fosse uma coincidência. Estava sendo enganado? Achou que tinham algo especial, talvez o jeito fofo escondesse uma mente ardilosa e falsa.

Eliot não tinha mais vontade de comprar a blusa, se retirou do local, antes que visse o beijo de um casal apaixonado. Preferia se abster de tal visão.

Gabriel fazia o caminho de volta para casa com o presente de Eliot na mochila, na verdade foi mais como passear, pois Arthur não lhe ajudou em quase nada, não iria comprar um álbum de figurinha do naruto, que idéia. De qualquer forma foi divertido. Ainda estava cedo, decidiu passar no mercado, não costumava ir dia de semana, só aos sábados. Contudo, se não se enganava o horário do Eliot era ao anoitecer. Ficou na frente do estabelecimento, esperando o rapaz, iria pedir o número dele se tivesse coragem.

- O que você está fazendo aqui? - Eliot indagava frio. Surpreendendo Gabriel que não notou ele se aproximar, virando - se na direção do maior, na verdade não sabia o que dizer com a recepção tão áspera.

- E-eu... Como minhas irmãs vão demorar, vim rápido te... Ver. - Sentiu o rosto esquentar quando admitia abertamente. - E... - antes que pedisse seu telefone, o outro se antecipava.

- Não precisa mais vim aqui. - Eliot estava mais irritado, por mais fofa que ela fosse, não queria mais se envolver.

- Que? Eu pensei que amanhã nós... - Novamente foi cortado, mas pela atitude do rapaz que se antecipava na direção do mercado.

- Já disse que não venha mais no meu trabalho que não seja para comprar alguma coisa. - As palavras eram cruéis o suficiente para Gabriel não acreditar no que ouvia, na verdade começou a acreditar que ele sabia seu segredo, para lhe tratar tão frio dessa forma.

- Eu queria te contar antes... - Dizia com a voz mais baixa. Abaixando a cabeça, olhando os próprios pés.

- Não preciso de explicação nenhuma, fique feliz com seu namorado. - Eliot adentrava o mercado para não ter que se sentir mais derrotado.

- Ah?! - Gabriel encarava o rapaz indo embora de costas. Como assim namorado? Que namorado? Não tinha nenhum namorado. "Não, eu estava com o Arthur hoje, ele deve ter visto e pensando besteira." levou a mão até o rosto, tentando não chorar. Acabou indo para casa.

Se jogando na cama, olhando para o presente que tinha comprado. Iria explicar a ele, esclarecer as coisas, não poderia deixar que ele continuasse pensando besteira. Na verdade Gabriel tinha que contar que não era o que ele pensava que era. Sabia o que iria fazer, entregar o presente no dia seguinte, só esperava que ele não lhe evitasse.

As irmãs apareciam barulhentas lá em baixo, o garoto não sentiu a mínima vontade de sair da cama, sentia como se seu corpo pesasse. Quando Teresa subiu para chama - lo para jantar, notou que ele estava dormindo, tentou acorda - lo, quando o irmão abriu os olhos, estava mole, tocou em sua testa e notou a febre.

- Susana, cadê o remédio para febre? O Gabi acabou adoecendo. - Teresa dizia vasculhando na caixa de comprimidos. A irmã pegou onde estava, dando na mão da menina.

- Deixe ele descansar, se a febre piorar nos o levamos para o hospital. - Susana começou a se preocupar, dificilmente ele ficava doente.

Por causa da febre Gabriel não foi a aula no dia seguinte, não estava tão febril, se descansasse acabaria melhorando. No entanto, em determinado momento adormeceu.

O toque suave em sua pele, sentia a mão envolver seus pequenos botões rosados, sinuosos, era a mão de Eliot, sabia disso, estava tão excitado, ele não parecia nenhum pouco incomodado pelo fato de ser um garoto. Na verdade estava totalmente nu, então ele sabia, sabia pois estava muito ereto.

- Tão linda Gabriel. - Mesmo sabendo que era um rapaz me tratava como se fosse uma garota, porém isso não era um incômodo, pelo contrário, só fazia me melar ainda mais.

Os dedos dele me invadiam, gemi envergonhando, tentei falar não, mas da minha boca só saiam gemidos sinuosos que excitavam ainda mais o outro. Quando o membro dele me invadiu, o tremor e o prazer foi tão intenso que gozou... Gozou desejando aquele homem dentro de si... Que tudo fosse real.

Gabriel acordou assustado, estava suado e melado. Havia melado a cueca, respirou fundo. Só de imaginar Eliot daquele jeito se sentiu mais envergonhado, no entanto, tinha algo a mais para se preocupar, olhou o relógio, era oito na noite, tinha que sair, sair e entregar o presente, no entanto suas irmãs não deixariam... Poderia sair pela porta da cozinha. Apenas se limpou, colocou um casaco e saiu, suas irmãs estavam vendo filme na sala, poderia passar abaixado e foi o que fez... De alguma forma elas achavam que ainda estava doente de cama.

Quando saiu foi direto até o mercado. Gabriel sabia que a febre não havia passado completamente, mas não havia o que fazer, se demorasse a desfazer o mau entendido ou entregar o presente a magia acabaria.

- Eliot. - Se antecipou assim que o viu, Gabriel só queria lhe dar o presente.

- De novo, que insistente... - Eliot iria dizer algumas palavras hostis, porém, notou ela estendendo o pressente na sua direção com o rosto vermelho, não esperava por isso, na verdade não havia falado sobre o seu aniversário, então deduzia que havia sido as irmãs dela.

- Feliz aniversário. - Gabriel estava vermelho e tímido, sorriu de leve. - Ontem eu estava com meu amigo da escola, o Arthur, ele me ajudou a escolher o presente. Você entendeu errado...

- Que?! - Agora Eliot se sentia idiota e ciumento sem motivo, poderiam ter ponderado, os dois eram amigos o suficiente para terem intimidade, no final, acabou sendo sua inveja. O que significava que gostava mais da menina do que previa. - obrigado Gabi.. - Pegou o presente e percebeu ser um relógio, era lindo e parecia caro.

- Eu queria ter te explicado... - Gabriel iria falar mais algumas palavras, no entanto, seus lábios foram bloqueados pelos dele. Sentiu o beijo e estremeceu, fechando os olhos, dessa vez não se afastou, o sonho ainda estava em sua cabeça, tornando tudo mais quente, constrangedor, todavia deixou ele lhe beijar, derreteu em seus braços, se sentia tão bem e apaixonado. A língua dele explorando sua boca, não sabia o que fazer, contudo foi guiado por ele.

- Namore comigo. - Ele dizia, segurando meu rosto com as duas mãos, Eliot estava disposto a ir em frente com aquele relacionamento. Antes que Gabriel pudesse responder, deixou o corpo cair sobre o dele, apagando, estava ardendo em febre.