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História Metamorfose - Namorado


Escrita por: BananaArt

Notas do Autor


Só não to postando notas porque estou repostando os capítulos u_u

Capítulo 5 - Namorado


Fanfic / Fanfiction Metamorfose - Namorado

Gabriel estava sendo carregado, Eliot o segurava em suas costas, era leve e no momento estava com bastante febre, o rapaz deveria deixa - lo em casa, então acabaria tendo que dar alguma explicação para suas irmãs, só esperava não ser morto. Não havia recebido a resposta da menina, apesar disso tinha quase certeza que ela aceitaria, no entanto, se sentia inseguro, fazia tanto tempo que não sentia aquele sentimento de carinho e paixão, dês do ensino médio, na verdade, queria esquecer o que havia ocorrido naqueles tempos.

- O que está acontecendo aqui?! - Ambas as irmãs falaram praticamente ao mesmo tempo, com os braços cruzados, olhando para o representante como se ele fosse um molestador maldito, que na visão delas ele era. Ainda mais segurando seu irmão indefeso.

- A Gabi foi entregar meu presente de aniversário, mas foi muito imprudente da parte dela. - Eliot dizia inseguro. Teresa se aproximou do irmão e o pegou nos braços, olhando no rosto dele, as bochechas estavam vermelhas.

- Des de quando vocês conversam? - Susana se aproximou, para Gabriel fazer algo imprudente, saindo escondido das duas, deveria ter motivo.

- Há algumas semanas. Estou trabalhando no mercado próximo e ela sempre vem conversar, então acabamos nos tornando amigos. - O rapaz dizia achando mais prudente não revelar o romance que eles tinham antes de conversar com a menina.

- Entendi, obrigada. - Susana dizia friamente e entrava na casa. Na verdade desconfiava do que estava acontecendo, porém precisava do irmão curado para confirmar suas suspeitas.

- O que vamos fazer? - Teresa indagou depois de voltar, após deixar o irmão na cama e lhe dar novamente o remédio para febre.

- Esperar o Gabi acordar, não gosto dessa história. É melhor afastarmos os dois. - Concluiu Susana, seu irmão parecia querer fugir da gaiola que tinham imposto e não deixaria isso acontecer.

Quando Gabriel acordou no dia seguinte, era de tarde, então perdeu mais um dia de aula. Se sentia muito melhor, na verdade teve o sonho que Eliot havia lhe pedido em namorado e sentiu o rosto ficar vermelho. Levou ambas as mãos até as bochechas totalmente envergonhado, não era só um sonho. Era realidade, tão real que lhe deixava sem fôlego. Tomou banho para desviar todo aquele calor, desceu e comeu o que suas irmãs tinham deixado. Limpou o que era necessário, enquanto cantava uma música a qual aumentou o volume, até ser drasticamente interrompido e a música cessou, era Susana que havia desligado o rádio, ela sempre tinha mania de fazer essas coisas.

- Precisamos conversar visto que você está bem. - A seriedade dela deixava Gabriel desconfortável, sabia que deveria ser pelo que ocorrerá no dia anterior, então merecia algum castigo. Se sentou comportado no sofá, não demorou e Teresa apareceu.

- Ainda não começou a tortura? - O tom debochado foi reprovado pela irmã, contudo Susana se aproximou do menino.

- Se afaste do Eliot. - Foi calma e concisa, não precisava enrolar na conversa. - Você está obviamente gostando dele e o pior, ele acha que você é uma menina.

- A culpa é de vocês. - Gabriel não estava surpreso com a conversa, contudo ficava teimoso, não queria deixar Eliot, não agora, não conseguiria se afastar dele.

- Não imaginávamos que você iria se apegar a ele e continuar com essa farsa Gabriel. - Teresa tomou a palavra dessa vez. Agiam com certa naturalidade pelo irmão gostar de meninos, não era surpreendente. - Não alimente algo que nunca vai se concretizar, apenas termine com isso e se afaste.

- Eu... Eu não vou fazer isso. Eu gosto do Eliot e da companhia dele. - O menino não conseguia sustentar o olhar, normalmente não desobedecia as irmãs, contudo, não abriria mão do outro.

- Quando ele descobrir que você não é uma menina vai apenas sentir nojo, a inclinação sexual do Eliot parece ainda mais clara agora e você sabe disso. - Susana não poupava as palavras, se fosse para ser cruel, seria. 
- Ele não é assim... Vocês não sabe de nada. - O menino não aguentava mais aquela conversa, acabou se erguendo, o rosto estava cheio de lágrimas. - E-eu vou continuar falando com ele, não se intrometam! - Exasperou, correndo para o quarto e se trancando. Não queria... Não queria... No entanto, a mínima possibilidade dele lhe olhar com desprezo só fazia com que sentisse medo de dizer a verdade.

- Gabriel enlouqueceu. - Teresa bufou, colocando as mãos na cintura, pensando em arrombar a porta daquele quarto e enfiar alguma juízo na sua cabeça.

- Uma hora ele vai perceber que Eliot não é essa figura heróica e altruísta que ele construiu. - Susana ainda mantinha a visão na parte de cima, exatamente na porta do quarto do irmão. Eliot era um rapaz bonito e algumas vezes recebia convites para sair, normalmente recusava, apesar disso é hetero, não conversavam tanto, não eram amigos, apenas colegas de faculdade que faziam algumas matérias em comum, não gostava dele, e o que acontecia agora apenas contribuía para isso.

- E ele gosta de colegiais. - Teresa dizia sendo fuzilada pelo olhar de Susana. - O que? É verdade.

Gabriel estava com tanto medo do que iria acontecer, ainda poderia ouvir claramente em sua cabeça "namorada" Era no feminino, no feminino, contudo, não conseguia ver Eliot lhe desprezando, suas irmãs não entendia absolutamente nada, elas que o fizeram assim, se nunca tivessem lhe vestido e mostrado a Eliot, no entanto, assim não estariam quase namorado agora. Só precisava aceita. Iria provar que estavam erradas, aproveitar o momento. No dia seguinte, falaria com ele... Iria fazer todo aquele sonho nunca se acabar.

- Espera, ele te pediu em namoro?! - Karin dizia alto, Gabriel colocava a mão na boca dela, mesmo que estivesse barulho ao redor por causa do intervalo não queria que ninguém ouvisse a conversa. - Ual! E vocês ainda se beijaram, que lindo!

- Olha, só acho que você está esquecendo um detalhe... Bom, um pequeno detalhe, seu pênis. - Arthur dizia de forma descarada e levava um tapa da namorada que o olhava incrédula.

- Não é tão pequeno assim! - Gabriel estava indignado.

- Não é esse o problema da frase dele. - A amiga suspirava, voltando a pensar. - Você vai continuar com isso? Ser namorada dele... Mesmo que devesse ser namorado.

- Eu tô tomando coragem pra dizer que sou menino. Vou falar com ele hoje sobre esse GRANDE detalhe. - olhou nos olhos do Arthur o desafiando.

- Tá, tá. Talvez ele nem note a diferença mesmo. - Outros tapas em Arthur para que o rapaz ficasse calado. - Arg, tudo bem, então boa sorte Gabriel.

- Vai dar tudo certo! - Karin parecia super confiante, já que Eliot parecia mesmo gostar do amigo, talvez o dito detalhe não atrapalhasse.

Voltaram para aula e foi anunciado as provas, para tristeza de Arthur, Gabriel era ótimo aluno então não chegava a de preocupar com isso. Karin ficava na média então não fazia diferença, era só estudar, mas eles tinham a certeza de que teriam que ajudar Arthur.

Os três foram no shopping depois da aula. Apenas para que chegasse o anoitecer e Gabriel fosse encontrar com o rapaz, ele estava levando o lixo para fora, era o melhor momento.

- Ei, Oi... - Acabou corando quando se aproximou. Era quase inevitável não ficar nervoso.

- Gabi! Você está bem? Suas irmãs fizeram alguma coisa? - Ele indagava se aproximando da moça, parecia preocupado, além disso ela tivera febre no dia anterior.

- Nada demais, estou totalmente curada. - Gabriel acabava sorrindo, não era certo engana-lo, tinha que falar a verdade, deveria dizer seu verdadeiro gênero, não era justo.

- Gabi... Eu não sabia que me sentia assim por você, digo, acabei sendo muito ciumento e cuidadoso com você. - Eliot desviava o olhar por estar vermelho agora. - Realmente, gosto de você e quero que seja minha namorada.

Gabriel não esperava por isso, era como uma flecha no seu coração que ao mesmo tempo sentia dor e felicidade, mau conseguia respirar, o rosto eram duas maçãs de tão vermelho, era loucura ceder a essa tentação, novamente o sonho que teve lhe veio a mente, as palavras da irmã lhe irritavam e o quão imprudente poderia ser?

- S - sim... Eu aceito. - Tremeu, sua felicidade parecia ofuscar qualquer pensamento racional que poderia ter. E o sorriso de Eliot foi o suficiente para não entender que aquele sonho a qualquer momento poderia terminar e perceber seus atos impensados... Porém, só queria que seus olhos continuassem fechados e nunca despertar.



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